Instrumento de pesquisa composto a partir da Lista Geral dos Votantes de São João Nepomuceno e do Livro das Atas de Eleições de Bom Jesus do Rio Pardo. O ano de nascimento dos moradores foi estimado pela idade informada no alistamento eleitoral. Abrange o período de 1851 a 1867, sendo que a partir de 1854 as duas localidades eram subordinadas administrativamente à Vila Leopoldina.
Categoria: Argirita
Patrimônio de Bom Jesus do Rio Pardo
Quem doou terras para constituir o Patrimônio do padroeiro do atual município de Argirita?
Tema de entrevista concedida a Eliane Policiano em dezembro de 2020.
6 de abril de 1839: criação do distrito de Rio Pardo
A Lei Mineira número 147, em seu artigo 1º, determinou a elevação a Distrito de Paz de vários curatos, entre eles o de Senhor Bom Jesus do Rio Pardo.
Art. 1º Ficão elevados a Districto de Paz os seguintes Curatos:
[…]
§ 2. O do Senhor Bom Jezus do Rio Pardo, no Municipio da Pomba, comprehendendo a Aplicação das Dores, e as vertentes do Rio Pardo, e do Ribeirão de S. João, dividido do Districto do Espirito Santo pela serra dourada grande até a do Angu.
Em 27 de abril de 1854, o distrito foi incorporado à Vila Leopoldina, conforme Lei número 666. Já em 27 de julho de 1863, a Lei número 1600 transferiu-o para Mar de Espanha, de onde foi excluído aos 7 de novembro de 1869, pela Lei número 1630 que o reincorporou a Leopoldina. Finalmente, aos 30 de dezembro de 1962, já com o nome de Argirita foi o distrito emancipado pela Lei número 2764.
Marinato procura parentes
Recebemos a seguinte mensagem de descedente dos Marinato:
Sou filho de Antonio José Gonçalves
– Neto de: Angelina Ginebra Marinatte e Joaquim José Gonçalves
– Tendo como tios em segundo grau: Manoel Alexandre Marinato e Umbelina Marinato.
[…]
Gostaria de fazer contato!
Acrescentamos que Angelina Genebra Marinato nasceu em Leopoldina no dia 25 de julho de 1906, filha dos italianos de Pianiga Ricardo Antonio Marinato e Oliva Palmira Carraro. Este casal era também pai do citado Manoel Alexandre Marinato, nascido em Leopoldina no dia 28 de março de 1905 e Umbelina Marinato nascida em 21 de agosto de 1916 também em Leopoldina.
Angelina casou-se em Leopoldina, no dia 16 de setembro de 1922, com Joaquim José Gonçalves, filho de Antônio José Gonçalves e Castorina Cristina Nobre, casados em Piacatuba em 2 de fevereiro de 1889. A família do marido de Angelina procedia de Argirita e viveu nas imediações da Colônia Agrícola da Constança.
Além de Angelina, Manoel e Umbelina, o casal de italianos teve outros seis filhos que chegaram à idade adulta: José, Maria Luiza, Marcolina, Felisbina, Eugênio e Sebastião. A maioria deles teria migrado para o sul do Espírito Santo e norte do estado do Rio de Janeiro, perdendo contato com os parentes que ficaram em Leopoldina.
Se você puder colaborar, por favor, escreva-nos e transmitiremos as informações ao neto de Angelina.
Igrejas em Leopoldina no ano de 1854
Segundo o Relatório do Presidente da Província Francisco Diogo Pereira de Vasconcellos, em 25 de março de 1855, no ano de sua emancipação administrativa Leopoldina contava com 3 igrejas matrizes e 1 capela. Na descrição constante da página 18 do relatório, informa-se que “uma das matrizes precisa de reparos orçados em 4.000$000; uma está quase a desmoronar-se, e da outra não há informações”.
Analisando diversas fontes, com destaque para os livros paroquiais ainda existentes, é lícito supor que a matriz necessitando de reparos seria a da sede municipal. Dela temos apenas vagas referências sobre a localização no então denominado Morro da Matriz. A mais antiga imagem que encontramos já é do segundo prédio, conforme consta no livro de Roberto Capri, publicado em 1916.
Talvez a matriz que se encontrasse em pior estado fosse a de Nossa Senhora da Piedade, no atual distrito de Piacatuba, uma vez que na década seguinte teria sido reconstruída.
Na época da emancipação administrativa, estavam também subordinadas à então Freguesia de São Sebastião da Leopoldina a Matriz do Senhor Bom Jesus do Rio Pardo, no atual município de Argirita, e a Capela de Nossa Senhora da Conceição da Boa Vista, no atual distrito do mesmo nome, município de Recreio, das quais não temos imagens ou dados precisos. Além disto, os demais distritos que compuseram o novo município também contavam com suas capelas e matrizes, não citadas no relatório de 1855.
Distrito de Bom Jesus do Rio Pardo
Há 175 anos o Curato de Bom Jesus do Rio Pardo era elevado a Distrito de Paz pela Lei Mineira número 147 do dia 6 de abril de 1839. Neste documento observa-se que o território do novo distrito compreenderia a Aplicação das Dores que mais tarde foi elevada a distrito do município de Leopoldina com o nome de Taruaçu. Lembrando que entre 1854 e 1962 o Distrito de Rio Pardo, atual município de Argirita, pertenceu a Leopoldina.
Efemérides Leopoldinenses: Março
Memorial diário da história de Leopoldina, com acontecimentos do mês de março.
1 de março1891Começam a funcionar em Leopoldina o Colégio Werneck e o Banco de Leopoldina. 9 de março1990Morre em Leopoldina a professora Judith Lintz Guedes Machado[1], patrona da cadeira nº 4 da Academia Leopoldinense de Letras e Artes. 12 de março 1891Baldoíno Teixeira Lopes Guimarães presta exame de habilitação para atuar como advogado. 13 de março 1897Nasce em Leopoldina, Ormeo Junqueira Botelho[2], patrono da cadeira nº 22 da Academia Leopoldinense de Letras e Artes. 15 de março 1891Antigos fotógrafos em Leopoldina: F. S. Teixeira, Manoel Machado de Azevedo Dias, Cesar Rolly, Hamilton Vascencelos e Jarbas Pereira da Silva. 18 de março 1941Morre em Leopoldina o médico e político Custódio Monteiro Ribeiro Junqueira[3], patrono da cadeira nº 16 da Academia Leopoldinense de Letras e Artes. 23 de março 1843O Feijão Cru aparece pela primeira vez num Relatório da Presidência da Província, relativo ao ano de 1842, como freguesia composta dos distritos do Feijão Cru e do Angu, pertencendo ao município de São João Nepomuceno, contando com 562 casas e 220 eleitores[4]. 25 de março1855Leopoldina conta com 3 igrejas e 1 capela. 1894Nasce em Pedralva, MG, Irineu Lisboa[5] patrono da cadeira nº 1 da Academia Leopoldinense de Letras e Artes. 1899Dilermando Cruz publica o poema Ser Noivo, dedicado ao amigo e colega de trabalho Ricardo José de Oliveira Martins. 27 de março 1841O curato de Madre de Deus do Angu é elevado à categoria de Distrito de Paz. A lei que criou o Distrito do Angu é a mais antiga referência ao Distrito do Feijão Cru em documentos oficiais, já que não foi encontrado o documento que o criou. Como se pode ver na imagem abaixo, em seu Artigo 5 determina que o Ribeirão do Rio Pardo marque a divisa entre os distritos do Feijão Cru e do Senhor Bom Jesus (atual Argirita). 1872Decreto Imperial concede ao engenheiro Antonio Paulo de Mello Barreto autorização para organizar uma companhia que se incumba de construir uma estrada de ferro econômica, entre a Estação do Porto Novo do Cunha e Santa Rita da Meia Pataca[6] 28 de março 1818Maria Umbelina de Santa Brígida e Antônio Francisco Teixeira Coelho recebem duas sesmarias no Sertão do Rio Paraíba do Sul[7]. No testamento de Antônio Francisco confirma-se que eles haviam tido a filha Maria Antônia de Jesus que se casou em Prados, os 18 de setembro de 1822[8], com Bernardo José Gonçalves Montes, que recebeu as duas sesmarias como dote. No mesmo testamento é informado que as terras foram repassadas para Antônio José Monteiro de Barros. As duas sesmarias estão na origem da Colônia Agrícola da Constança e da Fazenda Paraíso. [1] Cartório de Registro Civil de Leopoldina, MG, Livro de Óbitos 88-91 fls 206 termo 4407. [2] Cemitério Nossa Senhora do Carmo, Leopoldina, MG, lápide no túmulo. [3] Cemitério Nossa Senhora do Carmo, Leopoldina, MG, lápide no túmulo. [4] Exposição feita pelo Exmo. Conselheiro Bernardo Jacintho da Veiga, na qualidade de presidente da província de Minas Gerais, a seu sucessor, o Exmo. Tenente-general Francisco José de Souza Soares de Andréa, no ato da sua posse. Rio de Janeiro: Typ. Imp. e Const. de J. Villeneuve e C.a, 1843, Mapa 9, p. 2 [5] Cemitério Nossa Senhora do Carmo, Leopoldina, MG, data na lápide no túmulo. [6] VEIGA, José Pedro Xavier da. Efemérides Mineiras: 1664-1897. Belo Horizonte: Fundação João Pinheiro, 1998. v. 1, p. 338 [7] Revista do Arquivo Público Mineiro. Belo Horizonte: Imprensa Oficial, vol. 37, nr. 1, 1988, SC. 377 fls 68 e 70. [8] SETTE, Bartyra e JUNQUEIRA, Regina Moraes. Projeto Compartilhar(http://www.projetocompartilhar.org/), ensaio Os Rodrigues Dantas. Acesso set.2007. |
Efemérides Leopoldinenses: Abril
O mês de abril na história de Leopoldina.
1 de abril
1841
A povoação de São João Nepomuceno é elevada à categoria de Vila através da Lei Mineira nr. 202.
6 de abril
1839
Criação do distrito de Rio Pardo, atual município de Argirita, através da Lei Mineira nr. 147.
1882
Professora Idalina Feu Lobo é nomeada para a cadeira do sexo feminino da Freguesia do Rio Pardo, termo de Leopoldina.[3]
9 de abril
1899
Nesta data foi lançado o segundo livro de Dilermando Cruz: Diáfanas.
12 de abril
1910
Criação da Colônia Agrícola da Constança.
16 de abril
1900
Criado um Curso Noturno em Leopoldina, sob a direção de Dilermando Cruz.
18 de abril
1895
Primeira edição do jornal Gazeta de Leopoldina.
19 de abril
1883
Escola para o sexo feminino tem mobília comprada através de contribuição de moradores de Leopoldina.
1897
Nasce em Aiuruoca, MG, Judith Lintz Guedes Machado[1], patrona da cadeira nº 4 da Academia Leopoldinense de Letras e Artes
20 de abril
1851
Primeiro Batismo em Piacatuba.
21 de abril
1893
É publicado o poema de Américo Lobo Leite Pereira denominado Partilha Mystica.
22 de abril
1934
Morre em Belo Horizonte o jurista e poeta Antônio Augusto de Lima, patrono da cadeira nº 18 da Academia Leopoldinense de Letras e Artes.
24 de abril
1889
Irmandade do Santíssimo Sacramento faz campanha para arrecadar recursos e levar água potável até a Igreja Matriz de São Sebastião.
27 de abril
1854
Lei nr. 666 eleva o Distrito do Feijão Cru à categoria de Vila com o nome de Leopoldina.
30 de abril
1881
Visita do Imperador Pedro II a Leopoldina.
1899
Nasce em Leopoldina, José Ribeiro dos Reis[2], patrono da cadeira nº 24 da Academia Leopoldinense de Letras e Artes.
[1] Cemitério Nossa Senhora do Carmo, Leopoldina, MG, data na lápide no túmulo.
[2] Academia Leopoldinense de Letras e Artes, Discurso de Posse da Acadêmica Glaucia Nascimento Costa de Oliveira, 31 mar 2013.
[3] Relatório de Antonio Gonçalves Chaves para a Assembléia Provincial de Minas em 2 de agosto de 1883, pag AD24
Efemérides Leopoldinenses: Agosto
Memorial Diário da História de Leopoldina, com acontecimentos do mês de agosto.
1 de agosto1882O Relatório da Presidência da Província informa que, no ano de 1881, foram contratados 9 (nove) imigrantes europeus para trabalhar na fazenda do Socorro, município de Leopoldina. [1] 2 de agosto 1866Joaquim Martins Ferreira Júnior, irmão de Félix Martins Ferreira que dá nome à praça principal de Leopoldina, é nomeado Inspetor Paroquial da Freguesia de Madre de Deus do Angu, então subordinada à Vila Leopoldina. [2] 1882 No alistamento eleitoral de 1881, Leopoldina aparecia com 734 eleitores. O Decreto nr 3122, de 7 de outubro de 1882, alterou alguns dispositivos da Lei nr 3029 de 9 de janeiro de 1881, principalmente no que diz respeito a renda e idade dos candidatos a eleitores. A idade mínima passou de 25 para 21 anos. Foi uma revisão e o número de eleitores em Leopoldina passou a ser de 754. Libertação de Escravos No ano de 1882 foram libertados 24 escravos em Leopoldina, por conta da 3ª cota do Fundo de Emancipação distribuída por 70 municípios mineiros. O município foi também contemplado na 4ª cota, distribuída em 1882. [3] 8 de agosto 1882Professor Firmino Machado de Moraes é nomeado para a Escola de Conceição da Boa Vista. [4] 9 de agosto 1883Entre as decisões da Sessão Ordinária da Assembleia Legislativa Provincial consta a alteração das divisas entre os distritos de Tebas e Rio Pardo (hoje Argirita), com transferência de diversas fazendas para Tebas. [5] 12 de agosto 1882Moradores de Angustura encaminham Petição à Assembleia Legislativa Provincial para que a Freguesia seja desmembrada de Leopoldina e anexada a São José do Paraíba. [6] 14 de agosto 1895Mais uma Escola Pública Feminina é inaugurada em Leopoldina. 16 de agosto 1889– Elevação do Curato da Piedade a Freguesia, no município de Leopoldina. Lei Mineira nº 3798, Coleção de Leis Mineiras do Arquivo Público Mineiro – Aprovação de artigos aditivos às Posturas da Câmara Municipal de Leopoldina e a Tabela de Impostos estabelecida pela mesma Câmara. Resolução 3809, 3813 e 3828 19 de agosto1866José Batista Duarte Castro é ferido em batalha da Guerra do Paraguai. 22 de agosto1882Professor Angelo de Souza Nogueira é nomeado para a 2ª cadeira de Leopoldina. [7] 28 de agosto 1881Escolas no distrito leopoldinense de Bom Jesus do Rio Pardo, hoje município de Argirita. 29 de agosto 1864O Curato de Santana do Pirapetinga, pertencente à Vila Leopoldina é desmembrado de Conceição da Boa Vista e elevado a Distrito. Lei Mineira nº 1240, Coleção de Leis Mineiras do Arquivo Público Mineiro Referências:[1] Fala de Theophilo Ottoni, 1 de agosto de 1882, pag. 66 [2] Portaria da vice-presidência da Província de Minas Gerais, 16 de agosto de 1866, publicada no Diário de Minas, 28 de agosto de 1866, edição 65, pag.1 [3] Relatório de Antonio Gonçalves Chaves para a Assembleia Provincial de Minas em 2 de agosto de 1883, páginas 64 e 66. [4] Relatório de Antonio Gonçalves Chaves para a Assembleia Provincial de Minas em 2 de agosto de 1883, pag. AD15. [5] Jornal Liberal Mineiro de 23 de agosto de 1883, edição 88, página 1 [6] Jornal Liberal Mineiro, 4 de setembro de 1882, edição 100, pag. 4 [7] Relatório de Antonio Gonçalves Chaves para a Assembleia Provincial de Minas em 2 de agosto de 1883, pag. AD15 |
Escolas em Argirita
Há 132 anos o jornal O Leopoldinense publicava anúncio de um internato para meninas no então distrito de Rio Pardo:
Outras escolas funcionaram no antigo distrito de Leopoldina, incluindo-se as Aulas Públicas que estiveram a cargo do professor José Maria Tesson, nomeado interinamente para o cargo em abril de 1895:
Ao final daquele ano o professor Tesson continuava à frente da escola, conforme indica a Ata dos Exames publicada n’O Leopoldinense de 22 de dezembro: