Localização dos Reis Meireles em Leopoldina

O visitante Luciano Meirelles de Miranda fez um comentário importante sobre determinada propriedade que pertenceu a um antepassado dele, oferecendo oportunidade para atualizar alguns escritos. O assunto havia sido abordado, em julho de 2022, pelo visitante Gustavo Medeiros. O texto comentado, dessa postagem, é o seguinte:

“O casal deu entrada na Hospedaria Horta Barbosa no dia 28 de junho de 1897, acompanhado de 6 filhos. Saíram no dia 4 de julho de 1897 para trabalhar na Fazenda Bela Vista, de Antonio Belizandro dos Reis Meireles, localizada no então distrito de Rio Pardo, hoje município de Argirita.” 

Luciano perguntou se seria possível saber a localização da propriedade e vamos desenvolver o tema.

Em primeiro lugar precisamos chamar a atenção para o fato de que Antonio Belizandro teria chegado à Vila Leopoldina em 1867, quando comprou 240 hectares de terras no distrito de Rio Pardo[1]. Pelo que foi possível apurar, a compra teria sido de uma fração da fazenda Monte Alegre que havia sido formada na década de 1830 pelo casal Manoel Joaquim Ferreira e Leocádia Francisca de Assis, como se vê em A Fazenda Monte Alegre.

Quando Manoel Joaquim Ferreira faleceu, em 1847, a fazenda Monte Alegre foi avaliada pelo equivalente a 1.790 hectares. Em 1867, quando Leocádia faleceu, seu segundo marido sacramentou uma decisão dela no sentido de doar terras para a formação do patrimônio de Santo Antônio que viria a ser o distrito de Tebas, criado em 1880. Entre 1850 e 1860, ocorreram várias operações de compra e venda de partes da Monte Alegre que ainda assim chegou a 1874 com área de 890 hectares.

Portanto, as referências de moradia dos Reis Meireles no distrito de Rio Pardo precisam ser analisadas com cuidado porque ele comprou área da Monte Alegre que deu origem ao então arraial que a partir de 1880 passou a ser o distrito de Santo Antônio de Tebas. No entanto, não havia clareza a respeito e diversas fontes o citam como residente no Rio Pardo.

O segundo ponto a observar é o nome Fazenda Bela Vista. Antes de termos acesso aos processos de divisão das propriedades do município de Leopoldina, sabíamos que havia muitas fazendas homônimas sendo que ao sul do município havia pelo menos duas Boa Vista e três Bela Vista. Há seis anos iniciamos um longo processo, ainda não concluído, de identificação das antigas propriedades. Uma das estratégias para distinguir as homônimas foi comparar as confrontações e o tamanho das propriedades originais, segundo as declarações formais dos agrimensores nomeados judicialmente para as medições.  Para tanto, foi necessário estudar as Antigas Unidades e Instrumentos de Medida.

Outro instrumento importante foi a cartografia produzida em 1926, por trazer nomes de antigas propriedades que ainda existiam. Descobrimos, então, que na área provável onde foi formada a fazenda Monte Alegre[2], que deu origem ao arraial de Tebas, em 1926 existiam duas propriedades com o nome de Bela Vista cuja distância em linha reta de uma sede a outra era de aproximadamente 4 km. Oras, se a fazenda Monte Alegre media 18 km2, parece provável que as duas Bela Vista fossem sítios da mesma fazenda.


Figura 1 – Recorte da Carta Geográfica de Cataguases Folha nº 20 S2 E3

Quando transportamos a localização das duas propriedades em 1926 para cartografia atual[3], descobrimos que uma delas ficava na atual divisa entre Leopoldina e Argirita, ou seja, em território do distrito de Tebas.

Figura 2 – Imagem gerada pelo Open Street Map em 19 abril 2023

A corroborar nossas conclusões de que Bela Vista era o nome dado a dois sítios, encontramos informações no processo de inventário de Antonio Belizandro[4] e em divisões de propriedades que ele possuiu.

Segundo a Divisão amigável do imóvel Vargem[5], de 1917, a propriedade media 239 ha e 58 ares. Pertenceu a Antonio Belizandro que possuía partes nas também contíguas Bela Vista e Concórdia, das quais a Vargem fazia parte, mas mantendo-as sempre separadas como, aliás, ficou definido no inventário dele: Sítio na divisa de João Lopes [13.068 ares]; Sítio do Vargedo [17.182 ares]; Terras na Barra de São Bento [3.872 ares]; Sítio do Queira-Deus [5.808 ares]; Sítio da Vargem [10.164 ares]; Sítio do Severino [2.420 ares]; Sítios do Retiro e Alemão [8.228 ares]; Sítio Córrego das Flores [2.420 ares]; Sítio do Aniceto [3.871 ares]; Terras na Grota do Bicame [9.680 ares]; Terras na Grota do Thomaz Ilhéo [22.022 ares]; Terras na Grota do Marcos [9.680 ares]; Fazenda da Concórdia, composta de partes compradas de Joaquim Francisco de Oliveira e sua mulher; uma parte comprada de Herculano Cesar e sua mulher; e uma parte comprada de Francisco Antonio de Souza. Somando-se as três partes, a área da Concórdia, que no passado fora uma fazenda de cerca de 970 hectares, em 1917 não chegava a 20% disso. Importante ressaltar que há imprecisões nas medidas informadas em duas seções do mesmo inventário, tendo sido lançados acima os valores mais altos.

Em 1914, na Divisão Judicial da Fazenda Santa Clara[6], nome que teria sido dado ao que fora a parte da Concórdia pertencente a Antonio Belizandro, os quinhões foram os seguintes: Joaquim Teixeira de Meireles – 58 hectares; Lidia Augusta de Rezende Silva – 9 hectares; Amelia Deolinda de Andrade Rezende – 7 hectares; Horacio de Rezende Meireles – 31 hectares e Ozorio de Rezende Meireles – 24 hectares.

Em 1920, a situação Bela Vista foi incluída entre os Estabelecimentos Rurais[7] identificados pelo então Serviço Nacional de Estatística. Seu proprietário era José Teixeira de Meireles, filho de Antonio Belizandro. A área da Bela Vista, ou parte dela, constitui atualmente a Comunidade dos Coelhos[8] e ali está a Escola Municipal Carlos Rubens de Castro Meireles, nome de um neto de José Teixeira de Meireles falecido em 1968 que também foi homenageado em rua de Leopoldina[9].

Figura 3 – Google Earth, localização aproximada da Comunicade dos Coelhos, distrito de Tebas, Leopoldina, MG

Embora não tenha sido possível estabelecer definitivamente a localização dos Reis Meireles em Leopoldina, esperamos ter contribuído com informações que ajudem a refletir sobre o assunto.


Fontes Consultadas:

[1] Processo 38403994 Divisão amigável da Fazenda [Monte Alegre] dos Montes Claros 
[2] Commissão Geographica e Geologica de Minas Geraes. Recorte da Carta Geográfica de Cataguases Folha nº 20 S2 E3. São Paulo, Cayeiras e Rio: Secção Cartographica da Companhia Melhoramentos. Weisflog Irmãos incorporada), 1926. 
[3] Open Street Map <https://www.openstreetmap.org/#map=12/-21.5751/-42.7793&layers=N> 
[4] Processo 38402519 Inventário de Antonio Belizandro dos Reis Meireles 
[5] Processo 38404735 Divisão amigável do imóvel Vargem 
[6] Processo 38404326 Divisão da Fazenda Santa Clara 
[7] Brasil-Ministerio da Agricultura, Industria e Commercio. Estabelecimentos Ruraes Recenseados no Estado de Minas Geraes. Rio de Janeiro: Typographia da Estatistica, 1924. v. 2 
[8] Imagem do Google Earth com localização aproximada da Comunidade dos Coelhos 
[9] RODRIGUES, José Luiz Machado e CANTONI. Nilza, Nossas Ruas, Nossa Gente. Rio de Janeiro: do autor, 2004

Senhor Bom Jesus do Rio Pardo: 182 anos

Para marcar o aniversário do Curato, recordamos alguns de nossos escritos sobre Argirita.

6 de abril de 1839: criação do distrito de Rio Pardo

A Lei Mineira número 147, em seu artigo 1º, determinou a elevação a Distrito de Paz de vários curatos, entre eles o de Senhor Bom Jesus do Rio Pardo. 

Atualizado em 06/04/2015

Acidentes Geográficos e Antigas Fazendas de Argirita

Localizar as antigas propriedades de uma região é tarefa um tanto espinhosa. 

Publicado em 20/09/2002

Argirita

Cartografia: O Senhor Bom Jesus do Rio Pardo, distrito de Leopoldina, é hoje o município de Argirita.

Publicado em 23/05/2012

Autoridades do distrito do Rio Pardo

Antes da organização do distrito, o povoado tinha sua representação no…

Publicado em 08/01/2003

Contagem Populacional: recenseamentos realizados em Leopoldina

O recenseamento realizado no Brasil em 1872, por ordem de Dom Pedro II, encontrou…

Publicado em 12/07/2004

Da Toscana e da Sardegna

… parte delas se radicou no território de um distrito que hoje é o município de Argirita

Publicado em 20/06/2009

De Minas para o Espírito Santo

…motivo que trouxe os Alves Araújo, Ribeiro Soares e demais parentes para os sertões do rio Pardo

Publicado em 21/03/2003

Distrito de Bom Jesus do Rio Pardo

Neste documento observa-se que o território do novo distrito compreenderia a Aplicação das Dores que mais tarde foi elevada a distrito do município de Leopoldina

Atualizado em 06/04/2014

Escolas em Argirita

Há 132 anos o jornal O Leopoldinense publicava anúncio de um internato para meninas no então distrito de Rio Pardo

Publicado em 28/08/2013

Indígenas em Leopoldina

…nem sempre o que foi publicado sobre o assunto condiz com o registrado em fontes documentais.

Publicado em 19/04/1997

Indígenas no Rio Pardo

A identificação das tribos que habitavam a zona da mata mineira antes da chegada do homem livre só pode ser feita através de documentos remanescentes da Junta Militar da Conquista e Civilização dos Índios.

Publicado em 27/05/1996

Moradores de Taruaçu e Argirita

Lista Geral dos Votantes de São João Nepomuceno e Livro das Atas de Eleições de Bom Jesus do Rio Pardo..

Atualizado em 01/02/2021

Patrimônio de Bom Jesus do Rio Pardo

Vídeo: Quem doou terras para constituir o Patrimônio do padroeiro do atual município de Argirita?

Publicado em 08/01/2021

Pioneiros Esquecidos

Ter a primazia em alguma circunstância valorizada pela sociedade é prêmio almejado por muitos caçadores da fama.

Publicado em 12/08/1994

Posse de autoridades de Bom Jesus do Rio Pardo

Autoridades empossadas pela Câmara Municipal de Leopoldina em Rio Pardo, atual Argirita.

Publicado em 05/03/2002

Professorado antigo em Leopoldina

…definida a localização da Escola no distrito de Rio Pardo, atual município de Leopoldina.

Publicado em 18/03/2013

Raízes no Rio Pardo

Mauro de Almeida Pereira, autor de “Os Almeidas, os Britos e os Netos em Leopoldina”, foi quem direcionou meus passos para Argirita.

Publicado em 13/07/2001

Recontos de um Recanto – 4: Argirita

Vamos, hoje, às terras da atual cidade de Argirita, o antigo arraial do Bom Jesus do Rio Pardo.

Publicado em 09/07/2002

Moradores de Taruaçu e Argirita.

Instrumento de pesquisa composto a partir da Lista Geral dos Votantes de São João Nepomuceno e do Livro das Atas de Eleições de Bom Jesus do Rio Pardo. O ano de nascimento dos moradores foi estimado pela idade informada no alistamento eleitoral. Abrange o período de 1851 a 1867, sendo que a partir de 1854 as duas localidades eram subordinadas administrativamente à Vila Leopoldina.

6 de abril de 1839: criação do distrito de Rio Pardo

A Lei Mineira número 147, em seu artigo 1º, determinou a elevação a Distrito de Paz de vários curatos, entre eles o de Senhor Bom Jesus do Rio Pardo.

Art. 1º Ficão elevados a Districto de Paz os seguintes Curatos:

[…]

§ 2. O do Senhor Bom Jezus do Rio Pardo, no Municipio da Pomba, comprehendendo a Aplicação das Dores, e as vertentes do Rio Pardo, e do Ribeirão de S. João, dividido do Districto do Espirito Santo pela serra dourada grande até a do Angu.

Em 27 de abril de 1854, o distrito foi incorporado à Vila Leopoldina, conforme Lei número 666.  Já em 27 de julho de 1863, a Lei número 1600 transferiu-o para Mar de Espanha, de onde foi excluído aos 7 de novembro de 1869, pela Lei número 1630 que o reincorporou a Leopoldina. Finalmente, aos 30 de dezembro de 1962, já com o nome de Argirita foi o distrito emancipado pela Lei número 2764.

Marinato procura parentes

Recebemos a seguinte mensagem de descedente dos Marinato:

Sou filho de Antonio José Gonçalves

– Neto de: Angelina Ginebra Marinatte e Joaquim José Gonçalves

– Tendo como tios em segundo grau: Manoel Alexandre Marinato e Umbelina Marinato.

[…]

Gostaria de fazer contato!

Acrescentamos que Angelina Genebra Marinato nasceu em Leopoldina no dia 25 de julho de 1906, filha dos italianos de Pianiga Ricardo Antonio Marinato e Oliva Palmira Carraro. Este casal era também pai do citado Manoel Alexandre Marinato, nascido em Leopoldina no dia 28 de março de 1905 e Umbelina Marinato nascida em 21 de agosto de 1916 também em Leopoldina.

Angelina casou-se em Leopoldina, no dia 16 de setembro de 1922, com Joaquim José Gonçalves, filho de Antônio José Gonçalves e Castorina Cristina Nobre, casados em Piacatuba em 2 de fevereiro de 1889. A família do marido de Angelina procedia de Argirita e viveu nas imediações da Colônia Agrícola da Constança.

Além de Angelina, Manoel e Umbelina, o casal de italianos teve outros seis filhos que chegaram à idade adulta: José, Maria Luiza, Marcolina, Felisbina, Eugênio e Sebastião. A maioria deles teria migrado para o sul do Espírito Santo e norte do estado do Rio de Janeiro, perdendo contato com os parentes que ficaram em Leopoldina.

Se você puder colaborar, por favor, escreva-nos e transmitiremos as informações ao neto de Angelina.

 

Igrejas em Leopoldina no ano de 1854

Segundo o Relatório do Presidente da Província Francisco Diogo Pereira de Vasconcellos, em 25 de março de 1855, no ano de sua emancipação administrativa Leopoldina contava com 3 igrejas matrizes e 1 capela. Na descrição constante da página 18 do relatório, informa-se que “uma das matrizes precisa de reparos orçados em 4.000$000; uma está quase a desmoronar-se, e da outra não há informações”.

Analisando diversas fontes, com destaque para os livros paroquiais ainda existentes, é lícito supor que a matriz necessitando de reparos seria a da sede municipal. Dela temos apenas vagas referências sobre a localização no então denominado Morro da Matriz.  A mais antiga imagem que encontramos já é do segundo prédio, conforme consta no livro de Roberto Capri, publicado em 1916.

Talvez a matriz que se encontrasse em pior estado fosse a de Nossa Senhora da Piedade, no atual distrito de Piacatuba, uma vez que na década seguinte teria sido reconstruída.

Na época da emancipação administrativa, estavam também subordinadas à então Freguesia de São Sebastião da Leopoldina a Matriz do Senhor Bom Jesus do Rio Pardo, no atual município de Argirita, e a Capela de Nossa Senhora da Conceição da Boa Vista, no atual distrito do mesmo nome, município de Recreio, das quais não temos imagens ou dados precisos. Além disto, os demais distritos que compuseram o novo município também contavam com suas capelas e matrizes, não citadas no relatório de 1855.

Distrito de Bom Jesus do Rio Pardo

Há 175 anos o Curato de Bom Jesus do Rio Pardo era elevado a Distrito de Paz pela Lei Mineira número 147 do dia 6 de abril de 1839. Neste documento observa-se que o território do novo distrito compreenderia a Aplicação das Dores que mais tarde foi elevada a distrito do município de Leopoldina com o nome de Taruaçu. Lembrando que entre 1854 e 1962 o Distrito de Rio Pardo, atual município de Argirita, pertenceu a Leopoldina.

Efemérides Leopoldinenses: Março

Memorial diário da história de Leopoldina, com acontecimentos do mês de março.

1 de março

1891

Começam a funcionar em Leopoldina o Colégio Werneck e o Banco de Leopoldina.


9 de março

1990

Morre em Leopoldina a professora Judith Lintz Guedes Machado[1], patrona da cadeira nº 4 da Academia Leopoldinense de Letras e Artes.


12 de março

1891

Baldoíno Teixeira Lopes Guimarães presta exame de habilitação para atuar como advogado.


13 de março

1897

Nasce em Leopoldina, Ormeo Junqueira Botelho[2], patrono da cadeira nº 22 da Academia Leopoldinense de Letras e Artes.


15 de março

1891

Antigos fotógrafos em Leopoldina: F. S. Teixeira, Manoel Machado de Azevedo Dias, Cesar Rolly, Hamilton Vascencelos e Jarbas Pereira da Silva.


18 de março

1941

Morre em Leopoldina o médico e político Custódio Monteiro Ribeiro Junqueira[3], patrono da cadeira nº 16 da Academia Leopoldinense de Letras e Artes.


23 de março

1843

O Feijão Cru aparece pela primeira vez num Relatório da Presidência da Província, relativo ao ano de 1842, como freguesia composta dos distritos do Feijão Cru e do Angu, pertencendo ao município de São João Nepomuceno, contando com 562 casas e 220 eleitores[4].


25 de março

1855

Leopoldina conta com 3 igrejas e 1 capela.

1894

Nasce em Pedralva, MG, Irineu Lisboa[5] patrono da cadeira nº 1 da Academia Leopoldinense de Letras e Artes.

1899

Dilermando Cruz publica o poema Ser Noivo, dedicado ao amigo e colega de trabalho Ricardo José de Oliveira Martins.


27 de março

1841

O curato de Madre de Deus do Angu é elevado à categoria de Distrito de Paz.

A lei que criou o Distrito do Angu é a mais antiga referência ao Distrito do Feijão Cru em documentos oficiais, já que não foi encontrado o documento que o criou. Como se pode ver na imagem abaixo, em seu Artigo 5 determina que o Ribeirão do Rio Pardo marque a divisa entre os distritos do Feijão Cru e do Senhor Bom Jesus (atual Argirita).

Esta lei marca as divisas entre os distritos do Rio Pardo e do Feijão Cru.

1872

Decreto Imperial concede ao engenheiro Antonio Paulo de Mello Barreto autorização para organizar uma companhia que se incumba de construir uma estrada de ferro econômica, entre a Estação do Porto Novo do Cunha e Santa Rita da Meia Pataca[6]


28 de março

1818

Maria Umbelina de Santa Brígida e Antônio Francisco Teixeira Coelho recebem duas sesmarias no Sertão do Rio Paraíba do Sul[7]. No testamento de Antônio Francisco confirma-se que eles haviam tido a filha Maria Antônia de Jesus que se casou em Prados, os 18 de setembro de 1822[8], com Bernardo José Gonçalves Montes, que recebeu as duas sesmarias como dote. No mesmo testamento é informado que as terras foram repassadas para Antônio José Monteiro de Barros. As duas sesmarias estão na origem da Colônia Agrícola da Constança e da Fazenda Paraíso.


[1] Cartório de Registro Civil de Leopoldina, MG, Livro de Óbitos 88-91 fls 206 termo 4407.

[2] Cemitério Nossa Senhora do Carmo, Leopoldina, MG, lápide no túmulo.

[3] Cemitério Nossa Senhora do Carmo, Leopoldina, MG, lápide no túmulo.

[4] Exposição feita pelo Exmo. Conselheiro Bernardo Jacintho da Veiga, na qualidade de presidente da província de Minas Gerais, a seu sucessor, o Exmo. Tenente-general Francisco José de Souza Soares de Andréa, no ato da sua posse. Rio de Janeiro: Typ. Imp. e Const. de J. Villeneuve e C.a, 1843, Mapa 9, p. 2

[5] Cemitério Nossa Senhora do Carmo, Leopoldina, MG, data na lápide no túmulo.

[6] VEIGA, José Pedro Xavier da. Efemérides Mineiras: 1664-1897. Belo Horizonte: Fundação João Pinheiro, 1998. v. 1, p. 338

[7] Revista do Arquivo Público Mineiro. Belo Horizonte: Imprensa Oficial, vol. 37, nr. 1, 1988, SC. 377 fls 68 e 70.

[8] SETTE, Bartyra e JUNQUEIRA, Regina Moraes. Projeto Compartilhar(http://www.projetocompartilhar.org/), ensaio Os Rodrigues Dantas. Acesso set.2007.

Efemérides Leopoldinenses: Abril

O mês de abril na história de Leopoldina.

1 de abril

1841

A povoação de São João Nepomuceno é elevada à categoria de Vila através da Lei Mineira nr. 202.


6 de abril

1839

Criação do distrito de Rio Pardo, atual município de Argirita, através da Lei Mineira nr. 147.

1882

Professora Idalina Feu Lobo é nomeada para a cadeira do sexo feminino da Freguesia do Rio Pardo, termo de Leopoldina.[3]


9 de abril

1899

Nesta data foi lançado o segundo livro de Dilermando Cruz: Diáfanas.


12 de abril

1910

Criação da Colônia Agrícola da Constança.


16 de abril

1900

Criado um Curso Noturno em Leopoldina, sob a direção de Dilermando Cruz.


18 de abril

1895

Primeira edição do jornal Gazeta de Leopoldina.

Rescaldo da primeira página da Gazeta de Leopoldina


19 de abril

1883

Escola para o sexo feminino tem mobília comprada através de contribuição de moradores de Leopoldina.

1897

Nasce em Aiuruoca, MG, Judith Lintz Guedes Machado[1], patrona da cadeira nº 4 da Academia Leopoldinense de Letras e Artes


20 de abril

1851

Primeiro Batismo em Piacatuba.


21 de abril

1893

É publicado o poema de Américo Lobo Leite Pereira denominado Partilha Mystica.


22 de abril

1934

Morre em Belo Horizonte o jurista e poeta Antônio Augusto de Lima, patrono da cadeira nº 18 da Academia Leopoldinense de Letras e Artes.


24 de abril

1889

Irmandade do Santíssimo Sacramento faz campanha para arrecadar recursos  e levar água potável até a Igreja Matriz de São Sebastião.


27 de abril

1854

Lei nr. 666 eleva o Distrito do Feijão Cru à categoria de Vila com o nome de Leopoldina.


30 de abril

1881

Visita do Imperador Pedro II a Leopoldina.

1899

Nasce em Leopoldina, José Ribeiro dos Reis[2], patrono da cadeira nº 24 da Academia Leopoldinense de Letras e Artes.


[1] Cemitério Nossa Senhora do Carmo, Leopoldina, MG, data na lápide no túmulo.

[2] Academia Leopoldinense de Letras e Artes, Discurso de Posse da Acadêmica Glaucia Nascimento Costa de Oliveira, 31 mar 2013.

[3] Relatório de Antonio Gonçalves Chaves para a Assembléia Provincial de Minas em 2 de agosto de 1883, pag AD24