Segundo o batismo de Teresa de Oliveira Vargas, ela nasceu no dia 23 de junho de 1867 e não de 1866 como a família fez publicar no cartão de comunicado de falecimento. Era filha de João Antonio de Oliveira Vargas e de Antonina Virgilina do Patrocínio, sendo neta materna de Joaquim Antonio do Patrocínio e de Senhorinha Candida Alves.
Teresa deixou grande descendência de seus dois matrimônios. Casou-se a primeira vez, em janeiro de 1882, com o português Francisco Pereira Garcia, filho de Bernardino José Pereira Garcia e Joaquina da Luz. O casal teve cinco filhos: Carmelita (1882), João (1884), Maria da Conceição (1886), Alice (1887) e Antonina (1889). Maria da Conceição Garcia casou-se com Luiz do Amaral Lisboa, com quem teve, pelo menos, seis filhos, sendo que um deles foi Paulo Lisboa que se casou com Maria Andrade Martins com quem teve o filho Paulo Roberto Lisboa, artista plástico conhecido internacionalmente.
Teresa casou-se a segunda vez com Tomaz Pereira do Amaral Lisboa Filho, pai de seu genro Luiz do Amaral Lisboa. Tomaz era natural de Santa Madalena, Ilha do Pico, Açores e vivia em Leopoldina onde se casara com a leopoldinense Albina de Souza Werneck na década de 1870.
Do casamento realizado em abril de 1892. Teresa e Tomaz tiveram, pelo menos, os filhos Aurora (1893), Olga (1895), Tomaz (1897), Alzira (1898), Maria das Dores (1900) e Ana (1903).
Teresa viveu parte de sua vida no distrito de Tebas.
O título está a mencionar Tebas, distrito a que temos acesso passando pela Colônia Agrícola da Constança, lembrada no Dia Nacional do Imigrante Italiano em 21 de fevereiro.
Distrito importante e que já foi sede do município de Leopoldina em tempos passados. Terras tebanas que, embora não tenham conhecido os trilhos da estrada de ferro, participam da história da imprensa em Leopoldina por ter ali circulado um dos periódicos que abordaremos neste texto.
O Trem de História de hoje recolhe dados para levar ao leitor duas publicações que circularam por pouco tempo, mas que merecem uma atenção especial: A Voz de Thebas e O Arame.
A Voz de Thebas parece ter circulado por apenas três anos e trazia no cabeçalho a informação de ser um “órgão republicano constitucional”. Foi lançado cinco anos após a Proclamação da República, seu slogan parecia indicar que pretendia diferenciar-se dos demais embora não se tenha conseguido determinar a que outro jornal pretendia contrapor-se. Porque, à exceção d’O Leopoldinense, é possível que os demais periódicos existentes nos anos anteriores não tenham sobrevivido ao primeiro ano de circulação. Além disto, durante o segundo ano d’A Voz foi fundada a Gazeta de Leopoldina, em páginas da qual foram publicadas respostas ácidas a acusações feitas pelo jornal de Tebas, em outubro de 1895.
Diferentemente dos jornais republicanos analisados por Nelson Werneck Sodré, em “A História da Imprensa no Brasil”, A Voz de Thebas parece ter servido apenas de veículo para manifestações virulentas de seu editor, Francisco Sequeros Teixeira, que era também proprietário da Photographia Moderna, estabelecida no centro de Leopoldina, na Rua da Estação nº 4. Pelas três únicas edições encontradas, todas pertencentes ao acervo do Arquivo Público Mineiro, pode-se apenas informar que publicaram editoriais arrebatados e aparentemente cifrados, não sendo o conteúdo compreensível por falta de dados esclarecedores. Além disso, apenas em uma das edições foi encontrado um único anúncio, o que remete a um possível patrocínio do próprio editor, apesar de indicação de preços de assinatura.
José César da Silva, em “Memória de um Tebano”, página 49, diz; “Há muito tempo, um aventureiro que se chamava Teixeira, podendo-se dizer que veio sem se saber de onde, imprimiu aqui um jornalzinho que tinha o nome de Voz de Tebas. O nome, na verdade, era mesmo bonito, mas de fato, devia ter o nome de Voz de Satanás, que nem merece aspas, pois era um verdadeiro pasquim que somente servia para difamar, arquitetar intrigas e provocar desordens”.
O segundo periódico, O Arame, apresenta algumas semelhanças com o de F. S. Teixeira. Lançado em 1899, foram localizadas 23 das 25 primeiras edições, sendo que a última encontrada parece ter sido a derradeira do jornal. De certa forma, O Arame e A Voz de Thebas assemelham-se aos pasquins que Nelson Sodré definiu como sendo de características específicas, não tendo nascido de desejos ou de deficiências dos jornalistas da época, mas da realidade circundante. Para este autor, os folhetos muitas vezes injuriosos surgiram quando as publicações existentes deixavam de observar e denunciar o que não estava funcionando a contento, assemelhando-se à imprensa áulica que, segundo ele mesmo, alugava penas “de alguns notórios jornalistas […] desonra da classe que não pode por eles ser aferida”, com o intuito de publicar apenas o que agradasse ao poder instituído.
O Arame apareceu no momento em que O Leopoldinense circulava irregularmente, fazendo suspeitar que passasse por problemas financeiros após o corte das publicações oficiais. Este foi o provável motivo para o encerramento das atividades d’O Mediador no ano anterior e de outros mais que eram considerados de oposição. Coincidentemente, o período do início da carreira política de José Monteiro Ribeiro Junqueira que, naquele momento, trabalhava pelo sepultamento da liderança de oposição na região, representada pelo Senador Joaquim Antonio Dutra.
Esclareça-se que José Monteiro Ribeiro Junqueira era um dos sócios da Gazeta de Leopoldina e, segundo o site do Senado Federal, foi Presidente do Conselho Distrital em 1895, Deputado Estadual entre 1895 e 1900, Deputado Federal de 1903 a 1930, Deputado Constituinte 1933-34 e Senador de 1935 a 1937. Durante a deputança estadual foi, também, Agente Executivo do município de Leopoldina, assim como o fora seu opositor Joaquim Antônio Dutra.
Infelizmente restou, ainda, carga na plataforma da estação, mas o Trem de História precisa fazer uma pausa porque política é carregamento estafante. No próximo Jornal a viagem continuará. Até lá.
Luja Machado e Nilza Cantoni – Membros da ALLA
Publicado no jornal Leopoldinense de 01 de março de 2015
Parte XIV de A Imprensa em Leopoldina (MG) entre 1879 e 1899
Memorial Diário da História de Leopoldina, com acontecimentos do mês de agosto.
1 de agosto
1882
O Relatório da Presidência da Província informa que, no ano de 1881, foram contratados 9 (nove) imigrantes europeus para trabalhar na fazenda do Socorro, município de Leopoldina. [1]
2 de agosto
1866
Joaquim Martins Ferreira Júnior, irmão de Félix Martins Ferreira que dá nome à praça principal de Leopoldina, é nomeado Inspetor Paroquial da Freguesia de Madre de Deus do Angu, então subordinada à Vila Leopoldina. [2]
1882
No alistamento eleitoral de 1881, Leopoldina aparecia com 734 eleitores. O Decreto nr 3122, de 7 de outubro de 1882, alterou alguns dispositivos da Lei nr 3029 de 9 de janeiro de 1881, principalmente no que diz respeito a renda e idade dos candidatos a eleitores. A idade mínima passou de 25 para 21 anos. Foi uma revisão e o número de eleitores em Leopoldina passou a ser de 754.
Libertação de Escravos
No ano de 1882 foram libertados 24 escravos em Leopoldina, por conta da 3ª cota do Fundo de Emancipação distribuída por 70 municípios mineiros. O município foi também contemplado na 4ª cota, distribuída em 1882. [3]
8 de agosto
1882
Professor Firmino Machado de Moraes é nomeado para a Escola de Conceição da Boa Vista. [4]
9 de agosto
1883
Entre as decisões da Sessão Ordinária da Assembleia Legislativa Provincial consta a alteração das divisas entre os distritos de Tebas e Rio Pardo (hoje Argirita), com transferência de diversas fazendas para Tebas. [5]
12 de agosto
1882
Moradores de Angustura encaminham Petição à Assembleia Legislativa Provincial para que a Freguesia seja desmembrada de Leopoldina e anexada a São José do Paraíba. [6]
14 de agosto
1895
Mais uma Escola Pública Feminina é inaugurada em Leopoldina.
16 de agosto
1889
– Elevação do Curato da Piedade a Freguesia, no município de Leopoldina.
Lei Mineira nº 3798, Coleção de Leis Mineiras do Arquivo Público Mineiro
– Aprovação de artigos aditivos às Posturas da Câmara Municipal de Leopoldina e a Tabela de Impostos estabelecida pela mesma Câmara.
Resolução 3809, 3813 e 3828
19 de agosto
1866
José Batista Duarte Castro é ferido em batalha da Guerra do Paraguai.
22 de agosto
1882
Professor Angelo de Souza Nogueira é nomeado para a 2ª cadeira de Leopoldina. [7]
28 de agosto
1881
Escolas no distrito leopoldinense de Bom Jesus do Rio Pardo, hoje município de Argirita.
29 de agosto
1864
O Curato de Santana do Pirapetinga, pertencente à Vila Leopoldina é desmembrado de Conceição da Boa Vista e elevado a Distrito.
Lei Mineira nº 1240, Coleção de Leis Mineiras do Arquivo Público Mineiro
Referências:
[1] Fala de Theophilo Ottoni, 1 de agosto de 1882, pag. 66
[2] Portaria da vice-presidência da Província de Minas Gerais, 16 de agosto de 1866, publicada no Diário de Minas, 28 de agosto de 1866, edição 65, pag.1
[3] Relatório de Antonio Gonçalves Chaves para a Assembleia Provincial de Minas em 2 de agosto de 1883, páginas 64 e 66.
[4] Relatório de Antonio Gonçalves Chaves para a Assembleia Provincial de Minas em 2 de agosto de 1883, pag. AD15.
[5] Jornal Liberal Mineiro de 23 de agosto de 1883, edição 88, página 1
[6] Jornal Liberal Mineiro, 4 de setembro de 1882, edição 100, pag. 4
[7] Relatório de Antonio Gonçalves Chaves para a Assembleia Provincial de Minas em 2 de agosto de 1883, pag. AD15
Publicados os Estatutos da Sociedade Anônima Arcádia Leopoldinense, destinada à instrução da mocidade.
8 de outubro
1873
A Assembleia Legislativa Provincial de Minas decreta que o Curato do Rio Pardo torna-se Freguesia. A Lei Mineira n. 2027, de 1 de dezembro do mesmo ano, em seu artigo 3º confirma a decisão.
Lei Mineira nº 2027, Coleção de Leis Mineiras do Arquivo Público Mineiro.
Na mesma data a Assembleia autoriza a presidência da província a contribuir com a construção de uma estrada de rodagem entre a estação ferroviária de Santa Izabel (hoje Abaíba) e Dores do Pomba (hoje Itapiruçu).
1874
Inauguração das primeiras estações da Estrada de Ferro Leopoldina: Porto Novo (Além Paraíba), Pântano (depois Antônio Carlos, atual Fernando Lobo) e Volta Grande. A estação de São José, localizada entre a Porto Novo e a Pântano, só foi construída mais tarde, com o objetivo de desafogar a estação Porto Novo que era o ponto de ligação da Estrada de Ferro Pedro II com a Leopoldina.
Fonte: Jornal do Commercio, 10 de outubro de 1874, edição 281, pag. 3
9 de outubro
1831
Encaminhada para o governo provincial a primeira contagem populacional com moradores do Feijão Cru.
1895
José Feijó Monteiro de Rezende vende prédio do Bairro da Grama para a Casa de Caridade.
10 de outubro
1851
Criação de novos distritos que em 1854 viriam a compor o território da Vila Leopoldina.
1871
Companhia Estrada de Ferro Leopoldina, obtém concessão para a construção de uma linha de bitola de um metro, ligando Porto Novo do Cunha a Leopoldina. Posteriormente houve mudança na concessão e a Estrada de Ferro Leopoldina passou a ligar Porto Novo ao Meia Pataca, com o ramal Vista Alegre dando acesso à sede do município de Leopoldina.
Lei Mineira nº 1826, Coleção de Leis Mineiras, Arquivo Público Mineiro
1895
Primeira Sede do Colégio Imaculada Conceição.
12 de outubro
1894
Morre o Padre Muniz, sacerdote que dedicou seus últimos anos de vida aos paroquianos da Piedade, hoje Piacatuba.
13 de outubro
1817
Concedida a Fernando Affonso Correia de Lacerda, uma sesmaria com limite no Córrego do Feijão Cru, Distrito de Santo Antônio do Porto do Ubá, Termo de Barbacena.
14 de outubro
1817
Concedida a Jeronimo Pinheiro de Lacerda, uma sesmaria também com limite no Córrego do Feijão Cru, Distrito de Santo Antônio do Porto de Ubá, Termo de Barbacena.
16 de outubro
1861
Leopoldina é elevada a Categoria de Cidade pela Lei Mineira nº 1166.
17 de outubro
1895
Acervo da Câmara Municipal de Leopoldina: patrimônio cultural desaparecido.
18 de outubro
1883
Criação do distrito do Tapirussu que havia sido criado como distrito policial um ano antes.
1883
Criadas duas cadeiras de instrução primária em Thebas, sendo uma para o sexo feminino e outra para o masculino
Lei Mineira nº 3127, Coleção de Leis Mineiras do Arquivo Público Mineiro
19 de outubro
1866
A Secretaria da Presidência de Minas Gerais oficiou ao Ministério da Guerra, pedindo informações sobre a morte, na Guerra do Paraguai, do voluntário Candido Silva Brandão que ocupava o ofício de 2º tabelião em Leopoldina.
Diário de Minas, 9 de janeiro de 1867, edição 160, pag 1
20 de outubro
1882
Criada outra escola de instrução primária para o sexo masculino
Lei Mineira nº 2902, Coleção de Leis Mineiras do Arquivo Público Mineiro
23 de outubro
1882
Cedido território do então distrito da Piedade, hoje Piacatuba, para ampliar o território de Cataguases.
Lei Mineira nº 3049, Coleção de Leis Mineiras do Arquivo Público Mineiro
25 de outubro
1881
O então “districto dos Thebas, município de Leopoldina”, é elevado à categoria de Freguesia.
Lei Mineira nº 2848, Coleção de Leis Mineiras do Arquivo Público Mineiro
28 de outubro
1878
O empresário Custódio José Martins da Costa Cruz obtém concessão de privilégio para construção, uso e gozo de uma estrada de ferro entre Recreio e São Francisco do Glória.
Lei Mineira nº 2452, Coleção de Leis Mineiras do Arquivo Público Mineiro
29 de outubro
1874
Fuga de criminosos na Cadeia de Leopoldina, envolvendo o assassino de João José de Souza Lima, crime ocorrido em maio de 1874 na Freguesia do Espírito Santo do Empoçado, atual Cataguarino, distrito de Cataguases.
No dia 14 de dezembro de 1882 o procurador da Matriz de Santo Antônio de Thebas distribuiu o comunicado abaixo, publicado no jornal O Leopoldinense do dia 22 seguinte.
Segundo familiares de Joaquim Dias de Medeiros, presidente da comissão de obras da Matriz, na década de 1880 estava sendo construída a igreja que substituiu uma antiga capela do povoado. A época da construção é confirmada pelo jornal Liberal Mineiro de 6 de setembro de 1882, quando foi publicada autorização da Assembleia Legislativa Provincial para concessão de verba para as obras.
Não foi possível descobrir a localização ou a data da capela original onde teriam sido batizados todos os filhos de Joaquim Dias de Medeiros e Sophia Marques, bem como os filhos de Juscelino José Tavares e Guilhermina Dietz. Os livros de assentamentos desta antiga capela também não foram encontrados nos arquivos paroquiais de Leopoldina e de Argirita.
Memorial diário da história de Leopoldina, com acontecimentos do mês de novembro.
1 de novembro
1860
O ocaso da carreira política de Antonio José Monteiro de Barros.
1899
A música em Leopoldina: Lyceu Musical Santa Cecília. Veja.
5 de novembro
1866
Assembleia Legislativa Provincial aprova a reforma das Posturas Municipais de Leopoldina que foram adotadas por Cataguases quando de sua emancipação.
6 de novembro
1869
A povoação do “Empossado” (mais tarde Empoçado), na época pertencente ao termo da Leopoldina, torna-se Distrito de Paz. Trata-se do atual distrito de Cataguarino, pertencente a Cataguases.
7 de novembro
1855
Criação do cargo de Juiz Municipal e de Órfãos em Leopoldina.
12 de novembro
1878
Criado o distrito de Campo Limpo, atual Ribeiro Junqueira.
18 de novembro
1857
Segundo o Decreto nº 2031 de 18 de novembro de 1857, o carcereiro de Leopoldina receberia sessenta mil réis anuais. Dentro da estrutura administrativa da época, a remuneração era um atrativo do cargo.
19 de novembro
1875
A Lei nº 2161 autoriza a Companhia Estrada de Ferro Leopoldina a estender-se até Santa Rita do Meia Pataca. Até então a concessão era para o trajeto Porto Novo a Leopoldina.
21 de novembro
1890
A Lei nº 241 cria os distritos de Santa Izabel, atual Abaíba e São Joaquim, atual Angaturama.
24 de novembro
1813
Concedidas duas sesmarias a Antônia Rodrigues Chaves e seu marido Domingos Gonçalves de Carvalho, irmão de Felisberto da Silva Gonçalves mencionado abaixo, dia 29 de novembro. Localização indicada na época da concessão: Mata geral do Sertão do Pomba, no Córrego da Fortaleza, Termo de Barbacena, onde se acha abrindo a estrada para o Porto de São Fidélis. Segundo estudos realizados nos livros paroquiais, as sesmarias de Antônia e Domingos ficavam localizadas em território que viria a constituir São João Nepomuceno, provavelmente no atual distrito de Taruaçu.
O distrito do Meia Pataca emancipa-se de Leopoldina com o nome de Cataguases. Em consequência, Leopoldina perde também os distritos do Empoçado e Conceição do Laranjal, além de parte do território do distrito da Piedade.
Fonte: Lei 2180, Coleção de Leis Mineiras do Arquivo Público Mineiro.
26 de novembro
1813
Concedida a Anna Bernarda da Silveira, uma sesmaria com limite no Córrego da Fortaleza, Mata Geral do Sertão do Pomba, Termo de Barbacena. Este córrego corresponde ao que mais tarde era conhecido como São Bento. Segundo registros do primeiro livro do Cartório de Notas de Bom Jesus do Rio Pardo, esta sesmaria ficava a sudoeste da sede do município de Leopoldina, na divisa com o atual município de Argirita. Esta informação é confirmada no Registro de Terras de 1856.
O Juiz de Paz Manoel Ferreira Brito conclui o levantamento populacional do Curato de São Sebastião do Tesouro do Feijão Cru. Foram computados 135 fogos com 1.274 habitantes.
29 de novembro
1813
Concedida a Felisberto da Silva Gonçalves, marido de Anna Bernarda da Silveira citada no dia 26 de novembro acima, uma sesmaria também com limite no Córrego da Fortaleza, Sertão do Pomba, Termo de Barbacena.
30 de novembro
1880
A povoação de Thebas é elevada à categoria de Distrito de Paz e continua fazendo parte da Freguesia da Piedade.
Em 1881, junto com a nota sobre a visita que o delegado literário Antônio Carlos da Costa Carvalho havia feito às escolas do município, o jornal O Leopoldinense informou sobre o pedido de criação de uma escola em Tebas:
Somente em 1895 voltamos a encontrar notícias em jornal sobre o assunto. Na edição d’O Leopoldinense de 12 de maio daquele ano verifica-se que o distrito de Tebas contava com Aulas Públicas a cargo da professora Alda Ramos da Fonseca, esposa de Francisco Fortes de Bustamante Sá Filho, escrivão.
Mas segundo outra notícia do mesmo jornal, em 26 de dezembro daquele ano foi nomeada outra professora para a “cadeira estadual” de Tebas, a senhora Maria da Trindade, esposa do professor Antonino de Moura Freitas:
Tudo indica que estas duas professoras trabalharam nas salas de aulas femininas, sendo que a segunda pode ter dividido a escola com o marido que trabalharia com os meninos.
Além dos nomes acima mencionados, sabe-se que Tebas contou também com professor João Alves de Souza Machado, conforme consta no livro da Escola Distrital de Tebas de Julho de 1896, encontrado no Arquivo da Câmara Municipal de Leopoldina: