166 – O surgimento do Arraial do Feijão Cru: revisão de literatura

Nesta edição comemorativa do aniversário da cidade, mais uma vez, à moda da Coluna Trem de História o espaço é ocupado com um tema vinculado à história do lugar. Agora, numa viagem que pretende conduzir o leitor ao surgimento do distrito, procurando fazer a revisão de algumas informações repetidas e que merecem ser pensadas a partir de novos documentos encontrados.

O Padre e a Capela

De início é bom que se repita que a mais antiga informação sobre o surgimento do distrito do Feijão Cru foi obtida na obra de Sinval Santiago[1], base para a investigação sobre a existência da capela de São Sebastião do Feijão Cru em 1831 como querem alguns. E é bom que se diga, também, que houve alguma dificuldade em estabelecer os limites do território onde nasceu o arraial e que não foi encontrada, até o momento, a provisão para erigir a capela. Sobre isso, aliás, existe a declaração de um memorialista de São João Nepomuceno de que várias capelas da região teriam sido erigidas por ocasião de invasão do território mineiro por parte de um padre de Santo Antônio de Pádua, sob ordens do bispo do Rio de Janeiro.

Mas como falar em “invasão do território mineiro” quando, na verdade, o limite da província mineira ainda não estava bem definido naquela área, conforme estudo[2] sobre as divisas entre Rio de Janeiro e Minas Gerais. Além disso, segundo o processo[3] de concessão de título ao padre Vicente Ferreira Monteiro de Castro, desde a década de 1820 o religioso atuava na região sob orientação do então Bispo do Rio de Janeiro. E é sabido que a paróquia de São Sebastião do Feijão Cru, assim como outras da margem direita do Pomba em seu trecho final, só foi transferida para o bispado de Mariana muito tempo depois, pelo decreto pontifício[4] de 16.07.1897.

O vale do Pomba e o Distrito da Pomba

Para Sinval Santiago[5], “todo o vale do Rio Pomba até sua foz no Paraíba, inclusive Santo Antônio de Pádua (hoje município fluminense) pertencia naquele tempo ao município do Pomba”.

Tal afirmativa provoca reflexão visto que, segundo Pizarro[6], em 1812 foram criados os curatos da Aldeia da Pedra (hoje Itaocara) e de Santo Antônio de Pádua, ambos subordinados à Matriz de Santíssimo Sacramento de Cantagalo.

Neste caso talvez a interpretação de Santiago tenha origem na menção de Pizarro ao “distrito da Pomba”, nome que então se dava ao entorno da foz do rio Pomba no Paraíba do Sul. Até porque o próprio Pizarro[7] não deixou dúvidas ao se referir aos dois curatos como São José da Leonissa e Santo Antonio no Rio da Pomba, ambos no distrito de Campos dos Goitacazes.

A criação dos Distritos

Santiago informa que entre 1830 e 1834 “a criação dos distritos era feita por meio de resoluções das Câmaras Municipais em observância ao Decreto Imperial de 11-IX-1830”[8]. Acrescenta que os distritos “Tesouro do Feijão Cru e Santíssima Trindade do Descoberto” foram criados[9] pela Câmara de Rio Pomba com base em tal normativo.

Na verdade, o referido Decreto era de setembro e não de novembro de 1830, como se observa na Coleção das Leis do Império do Brazil[10], e “Manda eleger Juizes de Paz em todas as capelas filiaes curadas, e providencia quanto aos limites de seus districtos”.

No artigo 3º o Decreto estabelece que “Os districtos das capelas, para que devem nomear-se, e de todas as outras, em que já existem nomeados Juizes de Paz, serão marcados pelas Camaras Municipaes, em cujo termo estiverem as mesmas capelas, com tanto que cada uma delas não compreenda menos de setenta e cinco fogos.”

Ainda é de Sinval Santiago[11] a informação de que “uma carta de lei provincial mineira, de 12.08.1834 mudou a legislação sobre a criação de distritos, que passou daí por diante a ser da alçada do Presidente da Província”.

No entanto, o dispositivo que trata do assunto é a Lei nº 16, de 12.08.1834 promulgada pela Regência do Império e não pela Assembleia Provincial Mineira e ela “Faz algumas alterações e adições à Constituição Política do Império, nos termos da Lei de 12 de outubro de 1832” que diz, no Art. 10: Compete às mesmas Assembleias legislar: 1º) Sobre a divisão civil, judiciária e eclesiástica da respectiva Província…

A freguesia do Pomba e o Feijão Cru

É também de Santiago a informação sobre a constituição da Freguesia de São Manoel do Pomba, citando os nomes das capelas filiais existentes em 1829, sem incluir a suposta Capela de São Sebastião do Feijão Cru.

De fato, o decreto de criação da Vila do Pomba[12] de 13.10.1831 não cita São Sebastião do Feijão Cru nem São José do Paraíba. Sabe-se que o distrito de São José do Paraíba só foi criado[13] pelo decreto de 14.07.1832.

Registre-se que o artigo 3º do Decreto Imperial de 11.09.1830 declarava que a criação de novos distritos estava sujeita à comprovação de que ali existiam, no mínimo, setenta e cinco fogos, ou seja, 75 unidades formadas por moradias uni ou multifamiliares.

Talvez por esta razão, em 25.08.1831 foi enviado um ofício para o Curato de São José do Paraíba, que entre outras providências solicitava o envio da relação de habitantes do Curato. Este ofício teve resposta a 01.11.1831, sendo acompanhada pela Relação dos Habitantes do Curato de S. Joze da Parahiba, Termo da Nobre e muito Lial Villa de Barbacena[14]. Tal relação teria subsidiado a decisão de criar o Distrito de São José do Paraíba em 1832.

Importante destacar que no dia 19.11.1831 o Juiz de Paz do Curato do Meia Pataca assinou documento de igual teor que seguiu acompanhado da relação de moradores daquela localidade. O Juiz de Paz de São João Nepomuceno fez o mesmo no dia 22 daquele mês e ano e encaminhou anexo à lista dos moradores do Curato de Mercês do Kagado. Os moradores do Curato do Espírito Santo[15], cuja sede atual é o município de Guarará, seguiram a mesma trilha com documento datado de 10.12.1831.

Curiosamente, quando compulsadas as listagens mencionadas, observa-se que alguns moradores listados no Meia Pataca aparecem, posteriormente, em fontes relativas ao Feijão Cru. Parte deles residente no território que em 1851 compôs o então criado Distrito da Piedade[16]. Entre os moradores do Curato do Espírito Santo, algumas famílias viviam na área que em 1839 passou a constituir o Distrito de Bom Jesus do Rio Pardo[17], atual município de Argirita; ou, que em 1852 se tornou o Distrito de S. A. Aventureiro[18]. Tanto na listagem de São João Nepomuceno como na da futura Guarará constaram moradores que residiam no território que em 1858 passou a ser o Distrito de Dores do Monte Alegre[19], hoje Taruaçu. E na relação de São José do Paraíba constam 142 fogos, entre os quais 62 chefiados por moradores do território que mais tarde viria a se tornar o Novo Corato de S. Sebastiam do Tezouro do Municipio da Pomba, conforme identificado por Manoel Ferreira Brito que nele atuava como Juiz de Paz em 1835.

Diante de todos estes documentos parece difícil aceitar o ano de 1831 como sendo o da criação do distrito do Feijão Cru.

O curato do Tesouro do Feijão Cru e o distrito de São Sebastião do Feijão Cru

Recorde-se que a exigência do número mínimo de 75 fogos ainda permanecia quando o já então Curato do Tesouro do Feijão Cru, devidamente provido de um Juiz de Paz, teria recebido o ofício de 08.05.1838 cobrando resposta a uma correspondência aparentemente do ano de 1835. Tal ofício foi respondido em setembro de 1838 e encaminhado capeando a Relação Nominal dos Habitantes no Destricto de S. Sebastião do Feijão Crú, Termo da Villa da Pomba[20] com a seguinte descrição:

“Pertence este Destricto assima mencionado, ao Termo da Villa da Pomba, Commarca do Rio Parahibuna, hé Curato, e os seos limites com os Destrictos vezinhos são os seguintes = Devide com o Destricto da Aldeia da Pedra, que fica a Norte, em a Barra do Riacho denominado Pirapetinga, que dista deste Arraial dez legoas, a Sul devide com o destricto do Espirito Santo em distancia de seis legoas, e com o Destricto de S. José da Parahiba na distancia de quatro leguas, e de tres com o Destricto de Sta. Rita do Meia Pataca, contada estas do lugar da Povoação do mesmo.”

Verifica-se, pois, que entre julho de 1832 quando foi criado o distrito e paróquia de São José do Paraíba e setembro de 1835 quando Manoel Ferreira Brito assinou como Juiz de Paz, foi criado o Curato do Tesouro do Feijão Cru. E entre esta última data e a resposta ao ofício de maio de 1838, o Curato havia sido elevado a distrito e paróquia, como se observa a seguir:

“Incluzo envio a V. Ex.ª a relação nominal dos habitantes deste Destricto, que V. Ex.ª em Officio de 8 de Maio pp. Determinou que se organizasse e envia-se, por Ter assim rezolvido a Assemblea Legislativa Provincial. Rogo a V. Ex.ª relevar algumas faltas, que encontram na mencionada relação. / Deos guarde a v. Ex.ª / Districto de S. Sebastião do Feijão Crú em 7 de setembro de 1838 / Ilmo. E Exmo. Snr. Prezidente da Provincia. / João Ferreira da Silva.

Vale registrar que a declaração de João Ferreira da Silva está no Arquivo Público Mineiro capeando a Relação Nominal com assinatura de Manoel Ferreira Brito em 1835.

Concluindo, então, a viagem de hoje, resta reafirmar que, pelos documentos hoje disponíveis, não resta dúvida de que o Distrito de São Sebastião do Feijão Cru foi criado entre setembro de 1835 e maio de 1838.

Parabéns Leopoldina, pelos 167 anos da sua emancipação administrativa!

Luja Machado e Nilza Cantoni – Membros da ALLA

Publicado na edição 419 no jornal Leopoldinense, abril de 2021

Fontes consultadas:


[1] SANTIAGO, Sinval Batista. Município de Rio Pomba - Síntese Histórica. Belo Horizonte: Imprensa Oficial, 1991.
[2] CANTONI, Nilza. Disputas de Limites entre Rio e Minas. Mono. Petrópolis-RJ: 1996. Disponível em <https://cantoni.pro.br/2005/05/27/disputas-de-limites-entre-rio-e-minas/>
[3] Arquivo Nacional, COACE/COADI cx 939 pact 131: Processo de Concessão do título de Cônego da Capela Imperial ao Padre Vicente.
[4] TRINDADE, Cônego Raimundo. Instituições de Igrejas no Bispado de Mariana. Rio de Janeiro: SPHAN, 1945 p.132.
[5] Idem, p. 90
[6] ARAÚJO, Joze de Souza Azevedo Pizarro e. Memorias Históricas do Rio de Janeiro e das Províncias anexas a jurisdição do vice-rei do estado do Brasil. Rio de Janeiro: Impressão Regia, 1820 vol 5 p. 230
[7] Idem, vol. 7 p.212
[8] SANTIAGO, op.cit. p.85
[9] Idem, p.86
[10] Colecção das Leis do Imperio do Brazil 1830. Rio de Janeiro: Typograhia Nacional, 1876. Parte 1 p.29
[11] SANTIAGO, op.cit. p.86
[12] Coleção das Leis do Imperio do Brazil 1831. Rio de Janeiro: Typograhia Nacional, 1875. Parte 1 p.134
[13] Idem, p.31
[14] Arquivo Público Mineiro: CX 07 DOC 07, Termo de Barbacena, Comarca do Rio das Mortes, Mapa da População do Curato de São José do Paraíba - 1831.
[15] Arquivo Público Mineiro: CX 07 DOC 03, Termo de Barbacena, Comarca do Rio das Mortes, Mapa da População do Curato do Espírito Santo - 1831
[16] Lei Mineira nº 533 de 10 de outubro de 1851
[17] Lei Mineira nº 147 de 6 de abril de 1839
[18] Lei Mineira nº 575 de 4 de maio de 1852
[19] Lei Mineira nº 947 de 8 de junho de 1858
[20] Arquivo Público Mineiro CX 03 DOC 06, Termo da Vila da Pomba. Mapa da População do Feijão Cru - 1835.

O Feijão Cru em 1853

No momento em que nasceu a Vila Leopoldina, conheciam-se os seguintes dados a respeito do até então distrito do Feijão Cru:

Além dos distritos acima mencionados, a Vila passou a administrar, também, os distritos de Santa Rita da Meia Pataca, Capivara, São José do Paraíba, Angú e Santo Antônio do Aventureiro. Os dois primeiros, conforme o mesmo relatório, compunham a Freguesia de Santa Rita da Meia Pataca, Município de São Januário do Ubá, Comarca do Pomba. Os outros três formavam a Freguesia de São José da Paraíba, Município de Mar de Espanha, Comarca do Pomba.

Utilizando-se das informações do mencionado Relatório de 1 de maio de 1854, temos que o Município de Leopoldina, em seus primeiros anos de emancipação, contava com 1.488 votantes, ou seja, 1.488 homens aptos a participar das decisões políticas, sendo 948 deles estabelecidos na sede e nos distritos da Piedade, da Boa Vista e do Rio Pardo, atuais Piacatuba, Recreio e Argirita. Nos distritos de Meia Pataca (atual Cataguases) e Capivara (atual Palma), encontravam-se 341 votantes. Os demais 199 votantes estavam em São José do Paraíba (Além Paraíba), Angu (Angustura) e Santo Antônio do Aventureiro.

Efemérides Leopoldinenses: Julho

O mês de julho na história antiga de Leopoldina.

1 de julho

1882


Olímpio Clementino de Paula Corrêa é professor de Português, Francês e Latim em Leopoldina.

2 de julho

1877

Inauguração da Estação de Leopoldina da Estrada de Ferro Leopoldina. [1]


4 de julho

1857

Laranjal

A Capela de Nossa Senhora da Conceição do Laranjal, município de Leopoldina, fica elevada a Distrito de Paz. [2]


10 de julho

1876

Presidente da Província é autorizado pela Assembleia Legislativa a auxiliar na construção de uma estrada (caminho) que da estação de ferro de Providência se dirija à cidade de Leopoldina. [3]


14 de julho

1832

São José do Paraíba: trajetória administrativa.

1895

Lançamento do jornal O Mediador, tendo como redator Alberto Moretz-Sohn Monteiro de Barros e como gerente, Alexandre Chaves. O novo jornal foi saudado nas edições dos concorrentes A Voz de Thebas – edição de 14 julho e Gazeta de Leopoldina – edição de 18 de julho.


15 de julho

1872

Criação da Comarca de Leopoldina e seus primeiros juízes.

1896

Em 1895 estava em funcionamento uma Hospedaria de Imigrantes em Leopoldina, nas proximidades da Estação de Vista Alegre da Estrada de Ferro Leopoldina. [4]


16 de julho

1897

Leopoldina deixa de pertencer à diocese do Rio de Janeiro e é transferida para Mariana. [5]


17 de julho

1883

Antonio Diogo Vieira, professor público de Leopoldina.


19 de julho

1872

O Curato de Conceição da Boa Vista, pertencente do município de Leopoldina, é elevado à categoria de Paróquia. [6]


Referências:

[1] VEIGA, José Pedro Xavier da, Efemérides Mineiras: 1664-1897. Belo Horizonte: Fundação João Pinheiro, 1998. 2 volumes, pag. 639

[2] Lei Mineira nr 818, de 04 de julho de 1857

[3] Lei Mineira nr 2287, de 10 de julho de 1876

[4] Mensagem do Presidente da Província Crispim Jaques Bias Fortes, 15 de julho de 1896, pag. 31

[5] Ata de Instalação da nova Comarca Eclesiástica, no livro de batismos 1897-1898, páginas 49 verso e 50

[6] Lei Mineira nº 1902, Coleção de Leis Mineiras do Arquivo Público Mineiro

Efemérides Leopoldinenses: Agosto

Memorial Diário da História de Leopoldina, com acontecimentos do mês de agosto.

1 de agosto

1882

O Relatório da Presidência da Província informa que, no ano de 1881, foram contratados 9 (nove) imigrantes europeus para trabalhar na fazenda do Socorro, município de Leopoldina. [1]


2 de agosto

1866

Joaquim Martins Ferreira Júnior, irmão de Félix Martins Ferreira que dá nome à praça principal de Leopoldina, é nomeado Inspetor Paroquial da Freguesia de Madre de Deus do Angu, então subordinada à Vila Leopoldina. [2]

1882

No alistamento eleitoral de 1881, Leopoldina aparecia com 734 eleitores. O Decreto nr 3122, de 7 de outubro de 1882, alterou alguns dispositivos da Lei nr 3029 de 9 de janeiro de 1881, principalmente no que diz respeito a renda e idade dos candidatos a eleitores. A idade mínima passou de 25 para 21 anos. Foi uma revisão e o número de eleitores em Leopoldina passou a ser de 754.

Libertação de Escravos

No ano de 1882 foram libertados 24 escravos em Leopoldina, por conta da 3ª cota do Fundo de Emancipação distribuída por 70 municípios mineiros.  O município foi também contemplado na 4ª cota, distribuída em 1882. [3]


8 de agosto

1882

Professor Firmino Machado de Moraes é nomeado para a Escola de Conceição da Boa Vista. [4]


9 de agosto

1883

Entre as decisões da Sessão Ordinária da Assembleia Legislativa Provincial consta a alteração das divisas entre os distritos de Tebas e Rio Pardo (hoje Argirita), com transferência de diversas fazendas para Tebas. [5]


12 de agosto

1882

Moradores de Angustura encaminham Petição à Assembleia Legislativa Provincial para que a Freguesia seja desmembrada de Leopoldina e anexada a São José do Paraíba. [6]


14 de agosto

1895

Mais uma Escola Pública Feminina é inaugurada em Leopoldina.


16 de agosto

1889

– Elevação do Curato da Piedade a Freguesia, no município de Leopoldina.

Lei Mineira nº 3798, Coleção de Leis Mineiras do Arquivo Público Mineiro

– Aprovação de artigos aditivos às Posturas da Câmara Municipal de Leopoldina e a Tabela de Impostos estabelecida pela mesma Câmara.

Resolução 3809, 3813 e 3828


19 de agosto

1866

José Batista Duarte Castro é ferido em batalha da Guerra do Paraguai.

Notícia da Guerra do Paraguai


22 de agosto

1882

Professor Angelo de Souza Nogueira é nomeado para a 2ª cadeira de Leopoldina. [7]


28 de agosto

1881

Escolas no distrito leopoldinense de Bom Jesus do Rio Pardo, hoje município de Argirita.


29 de agosto

1864

O Curato de Santana do Pirapetinga, pertencente à Vila Leopoldina é desmembrado de Conceição da Boa Vista e elevado a Distrito.

Lei Mineira nº 1240, Coleção de Leis Mineiras do Arquivo Público Mineiro


Referências:

[1] Fala de Theophilo Ottoni, 1 de agosto de 1882, pag. 66

[2] Portaria da vice-presidência da Província de Minas Gerais, 16 de agosto de 1866, publicada no Diário de Minas, 28 de agosto de 1866, edição 65, pag.1

[3] Relatório de Antonio Gonçalves Chaves para a Assembleia Provincial de Minas em 2 de agosto de 1883, páginas 64 e 66.

[4] Relatório de Antonio Gonçalves Chaves para a Assembleia Provincial de Minas em 2 de agosto de 1883, pag. AD15.

[5] Jornal Liberal Mineiro de 23 de agosto de 1883, edição 88, página 1

[6] Jornal Liberal Mineiro, 4 de setembro de 1882, edição 100, pag. 4

[7] Relatório de Antonio Gonçalves Chaves para a Assembleia Provincial de Minas em 2 de agosto de 1883, pag. AD15

Município da Vila Leopoldina

Em 1854 era elevado à categoria de Freguesia e Vila o então Distrito de São Sebastião do Feijão Cru, com a denominação de Vila Leopoldina.

Naquele momento o território do município era o seguinte:

São José do Paraíba

No início, o Feijão Cru era subordinado ao distrito de São José do Paraíba. Em 1854, quando foi emancipado com o nome de Vila Leopoldina, foi a vez do São José do Paraíba lhe ser subordinado. Mais tarde o território do atual município de Além Paraíba foi transferido para Mar de Espanha até emancipar-se.

Leopoldina, Angustura e São José do Paraíba

Primeiro Livro de Atas das Assembleias Eleitorais de Leopoldina: 1859

Códice 93 – Eleitores presentes à Assembléia de 06.11.1859, do 18º distrito Eleitoral da Província de Minas Gerais, realizada na sede do distrito, a cidade de Leopoldina, Minas Gerais.

Compunham o colégio eleitoral os cidadãos com renda superior a 200$000 anuais, moradores das seguintes localidades: Vilas Leopoldina e Mar de Espanha; Freguesias da Meia Pataca, Conceição da Boa Vista, São José do Paraíba, Santo Antonio do Aventureiro, Rio Novo e São Paulo do Muriaé; Distritos: Espírito Santo, Bom Jesus do Rio Pardo, Madre de Deus do Angu, Nossa Senhora da Piedade, Capivara e Laranjal.

Folha 26 verso

Primeiro Livro de Atas das Assembleias Eleitorais de Leopoldina

  • Antonio José Monteiro de Barros
  • Padre Francisco Julio dos Santos
  • José Vieira de Resende Silva
  • Joaquim Antonio de Almeida Gama
  • Lucas Augusto Monteiro de Barros
  • José Antonio Penna
  • Bento José de Freitas
  • Joaquim José da Costa Cruz

Folha 27

Primeiro Livro de Atas das Assembleias Eleitorais de Leopoldina

  • João Gualberto Ferreira Brito
  • Anacleto da Costa Cordeiro
  • José Carlos da Fonseca e Silva
  • Severino Ribeiro de Rezende
  • José Carvalho da Costa
  • Jacinto Pereira da Silva
  • Custódio Dias Moreira
  • Antonio José Bastos Pinto
  • Gervasio Antonio da Silva
  • Pedro Rodrigues Xavier da Silva Chaves
  • Francisco Barbosa Valente
  • Candido José de Barros
  • João Vieira da Silva
  • Hipolito Pereira da Silva
  • Joaquim Antonio dos Santos
  • José Garcia de Mattos
  • Francisco de Cerqueira Carvalho
  • Joaquim José da Silva Ribeiro
  • José Antonio Ribeiro Duana
  • José Antonio de Mattos
  • Pedro Marçal da Costa
  • Antonio Teixeira Alves
  • João Rabello Teixeira
  • Miguel Rodrigues Pereira
  • Manoel Coelho Guimarães
  • José Joaquim de Resende
  • Romualdo C.M.de Miranda Ribeiro
  • Fortunato José Pereira de Souza
  • Antonio Bernardes Rocha
  • Antonio Luis de Moraes
  • Domingos Custodio Neto

Folha 27 verso

Primeiro Livro de Atas das Assembleias Eleitorais de Leopoldina

  • Antonio José de Menezes
  • José Bernardes Rocha
  • Emidio José de Barros
  • Manoel Jacinto Nogueira da Gama
  • Antonio Prudente de Almeida
  • Valeriano Coelho dos Santos Monteiro
  • Joaquim Vieira da Silva Pinto
  • Manoel Pereira da Silva Torres
  • Pedro Moreira de Souza
  • Domiciano Mateus Monteiro de Castro
  • Luiz Lobo Leite Pereira
  • Francisco Joaquim de Resende