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Luja Machado e Nilza Cantoni – Membros da ALLA Continuação do trabalho A Imprensa em Leopoldina (MG) entre 1879 e 1899 Como foi dito no artigo anterior, o trem de história traz hoje o vagão da pesquisa sobre o público alvo dos periódicos. Isto é, o pessoal que devia sentar no banco do trem, na espreguiçadeira do alpendre ou, na cadeira da sala para ler o jornal. E começa pelo mais antigo jornal da cidade que se chamou “O Leopoldinense”. Este periódico teve como seu primeiro editor e gerente o Alferes Francisco da Costa Sobrinho. Sua primeira edição data de 01.01.1879 mas só existem em arquivo os números publicados a partir de novembro de 1880. Era “propriedade de uma sociedade anônima” cujos membros podem apenas ser suspeitados, já que não se encontraram fontes que os identificassem. Apresentava-se como “Folha Comercial Agrícola Noticiosa”, trazendo o subtítulo “Consagrado aos Interesses dos Municípios de Leopoldina e Cataguases”, o seu público alvo declarado. Abra-se aqui um parêntese. O subtítulo acima se confirma pelo fato de que a publicação surgiu quando havia apenas três anos e dois meses que Cataguases se emancipara de Leopoldina e somente um ano e quatro meses da instalação daquele município. Registre-se, ainda, que é possível constatar, em matérias publicadas no jornal e em documentos do Arquivo da Câmara Municipal de Leopoldina, como os livros dos cartórios de notas, que por esta época Cataguases ainda mantinha certo nível de dependência em relação a Leopoldina e que, além disso, ali a imprensa periódica só apareceu cinco anos depois, em 1884, conforme Xavier da Veiga. Seria, entretanto, uma simplificação perigosa afirmar que O Leopoldinense tinha como público alvo apenas os moradores de Leopoldina e Cataguases. Até porque as divisões administrativas nem sempre correspondem ao que se observa na realidade. O público do jornal poderia ser constituído pelos 59.390 habitantes da área imediata de influência de Leopoldina e não somente dos que residiam no território então pertencente ao município. E para entender esta ampliação do público alvo basta lembrar o fato de que alguns dos distritos emancipados estavam subordinados a municípios onde ainda não havia imprensa periódica. Porque além de Cataguases, já mencionado, este é o caso dos distritos que foram transferidos para Mar de Espanha, Muriaé e São João Nepomuceno, como pode ser deduzido da obra de José Xavier da Veiga, quando mostra que o primeiro jornal de Mar de Espanha é de 1882 e informa que em Muriaé e São João Nepomuceno os primeiros apareceram somente em 1887. Importante destacar que, do total de moradores (59.390) apurado em 1872, apenas 65,54% deles eram cidadãos livres, o que poderia levar à conclusão de que o mercado do jornal seria de 38.924 pessoas, das quais apenas 9.010 eram alfabetizadas. Entretanto, o baixo índice de alfabetização não se torna totalmente excludente por conta de notas encontradas em vários jornais consultados, as quais confirmam a opinião de Walmir Silva, em A Imprensa e a Pedagogia Liberal na Província de Minas Gerais, que citando Gramsci afirma que: “o referido público não se resumia a letrados, sendo condição da pedagogia liberal alcançar os simples”. E conforme o mesmo autor, a oralidade teve grande importância num ambiente de baixa alfabetização: “a circulação dos periódicos e sua leitura pública alimentavam uma elite intelectual moderada, em sentido amplo”. No mesmo sentido coloca-se Marcus J. M. de Carvalho, em A Imprensa na Formação do Mercado de Trabalho Feminino no Século XIX, ao mencionar a leitura em voz alta e também a frequência aos locais de concentração de pessoas como osmeetings e clubs, para ter acesso à informação. Aliás, Carvalho referiu-se a uma expressão interessante ao declarar que as novidades chegavam através das conversas com agregados, com os escravos de dentro de casa ou com vizinhos. Afirmou ele: “vestidos e ideias francesas vinham na mesma embalagem” cuja ideia central remete ao processo da Inconfidência Mineira, de inspiração francesa. E para sintetizar as referências à influência dos costumes da França na sociedade brasileira, presentes em inúmeras obras, cita-se aqui a Revista Gragoatá, da Universidade Federal Fluminense, volume 10-13, de 2001, com um artigo intitulado “As ideias francesas [chegaram ao Brasil] nos movimentos preparatórios da Independência”. Este aspecto foi observado, nos jornais de Leopoldina analisados para este trabalho, em situações tais como citações naquela língua, anúncio de livros de autores franceses e comentários sobre a moda parisiense. Presume-se, portanto, que o francesismo era sinal distintivo e o público leitor estava a ele habituado. Adicionalmente, a análise de anúncios de cursos livres ou regulares na cidade demonstra que havia interesse pelo aprendizado da língua de Rousseau. Fechando o artigo de hoje, resta dizer que em fevereiro de 1881 o subtítulo do Leopoldinense passou a ser “Dedicado à Causa Pública e Social”, embora não se tenha observado mudança editorial ou de público nos exemplares posteriores. Em maio de 1882 ocorreu uma significativa alteração no jornal ao ser desfeita a sociedade Costa Sobrinho & C, ficando todo o ativo e passivo da tipografia, bem como a casa de negócio situada à Rua do Rosário nº 37, a cargo do sócio Francisco da Costa Sobrinho, conforme nota publicada na primeira página da edição nº 39, de 21 de maio daquele ano. Quanto à linha editorial, estrutura do periódico e público alvo, as edições subsequentes não trazem modificações. No próximo número o Trem da História seguirá a sua viagem. |
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A Imprensa em Leopoldina (MG) entre 1879 e 1899
| 01 – APRESENTAÇÃO E INÍCIO DA HISTÓRIA
Luja Machado e Nilza Cantoni – Membros da ALLA Publicado no jornal Leopoldinense de 16 jun 2014 Iniciamos com este, a publicação de alguns textos que pretendemos sejam como um TREM DE HISTÓRIA a levar ao leitor do Jornal Leopoldinense um pouco do passado da cidade. E, numa primeira série de artigos, nossa imaginária Maria Fumaça trará para o público da gare a história da Imprensa em Leopoldina-MG no período de 1879 a 1899. Isto porque segundo Xavier da Veiga na monumental obra intitulada Efemérides Mineiras, Leopoldina figura entre os municípios mineiros com maior presença da imprensa periódica neste período. E porque no dizer de Maria Beatriz Nizza da Silva, no livro Gazeta do Rio de Janeiro (1808-1822), os jornais são fontes preciosas para o historiador como documento da vida cotidiana, permitindo observar aspectos “que dificilmente se encontram em outra documentação”. Embora não se conheça estudo que discuta o papel desta imprensa em Leopoldina, o município teve bom destaque histórico e econômico na zona da mata mineira, o que por si só justifica explorar as fontes desta história. Serão textos inéditos, baseados em trabalho de Nilza Cantoni para o curso de pós graduação em História Cultural pela Universidade Gama Filho. Assunto ainda não tratado por estudiosos, aqui será apresentado o resultado de uma investigação que procurou reunir e sintetizar uma abordagem panorâmica, identificando os periódicos existentes no período pesquisado, o público atingido e o papel desses jornais locais na difusão da cultura. Lembrando que para este trabalho Nilza leu e analisou quinhentas e onze edições de cinco periódicos da época, sendo possível identificar que as matérias tratavam de Administração Pública, Agroindústria, Educação, Escravidão, Imigração, Literatura, Poder Judiciário, Política, Religião, Serviços Públicos, Social, Transportes e Variedades. No correr dos artigos notará o leitor que foi de fundamental importância a análise de algumas das primeiras edições do pioneiro jornal O Leopoldinense, lançado em 1879. Especialmente matérias que declaravam ser sinal de modernidade a libertação dos escravos, bem como de outras que abordavam a necessidade de melhorar a capacidade de produção agrícola. Leituras que permitiram esboçar um panorama da sociedade da época, despertando para o “estudo de um saber local nos moldes históricos” de que Lynn Hunt, em A Nova História Cultural, trata ao definir o que é a História Local. Donde duas questões se destacaram: saber quais eram os assuntos em pauta no período e de que forma eles eram abordados. Fato é que, manuseando este rico material, Nilza tirou algumas conclusões interessantes e constatou, por exemplo, que os primeiros jornais de Leopoldina funcionaram muitas vezes como os almanaques da época, os quais formavam uma coletânea de informações que se destinavam a instruir o público leitor a respeito dos mais variados assuntos. Concluiu, ainda, que aqueles periódicos se propunham a atuar na formação de um público leitor que viria a se tornar consumidor de outros jornais e dos livros divulgados nas quartas páginas daqueles periódicos. Mas para que o leitor também possa tirar as suas próprias conclusões, necessário se faz que a viagem prossiga para descobrir que o município de Leopoldina, situado na zona da mata de Minas Gerais, no final do século XIX contou com diversas publicações periódicas. Segundo Xavier da Veiga teriam sido dezesseis os jornais que aqui se imprimiram no último quartel dos anos de mil e oitocentos. Entretanto, a pesquisa elevou este número para vinte e um títulos lançados, além de um Almanaque. E para finalizar o artigo de hoje, é de se destacar que de alguns destes informativos só foram localizadas esparsas referências em outros periódicos ou em literatura. Mas aprimorando-se as buscas, foi possível encontrar edições de doze deles, sendo que alguns no Arquivo Público Mineiro, em Belo Horizonte, outros na Biblioteca Nacional, no Rio de Janeiro e ainda outros, na Biblioteca Municipal Luiz Eugênio Botelho e na Casa de Leitura Lya Maria Müller Botelho, em Leopoldina. E aqui é preciso registrar um agradecimento especial aos funcionários da Casa de Leitura, especialmente ao seu diretor Alexandre Moreira, que facilitaram o acesso da pesquisadora à única coleção completa da Gazeta de Leopoldina de que se tem notícia. No segundo vagão se falará sobre público alvo destes periódicos. Até lá! |
Partilha Mystica
Este é o título de poema publicado por Américo Lobo Leite Pereira no jornal A Leopoldina do dia 21 de abril de 1893.
Esta edição foi totalmente dedicada ao alféres Joaquim José da Silva Xavier.
O poema pode ter sido uma das últimas contribuições de Américo Lobo para o jornal, uma vez que já residia no Rio de Janeiro, exercendo o posto de Senador Estadual, cargo que se aproxima do atual Deputado Estadual. Em 1894 foi nomeado Ministro do Supremo Tribunal Federal. Faleceu no Rio de Janeiro no dia 1 de outubro de 1903.
Era filho de Joaquim Lobo Leite Pereira e Ana Leopoldina Lopes Araújo, nasceu em Campanha e foi casado com Manuela Urbana de Queiroz com quem teve os três filhos nascidos em Leopoldina: Américo (1878), Manoela (1880) e Antonio (1885).
O Jornal e o Ensino de História
Artigo publicado na Revista Historien (Petrolina). ano 4 , n. 9. Jul/Dez 2013: 113 – 129 sob o título O Jornal como suporte documental e/ou recurso didático para aliar transmissão e produção de conhecimento no ensino de História.
Autor: Luciano Everton Costa Teles
Resumo:
Recentemente, a ideia de um ensino de história assentado estritamente na transmissão de conteúdo tem sido alvo de críticas ferrenhas. Tais críticas têm buscado romper com esta perspectiva que percebe a educação básica, seja ela pública ou privada, como espaço por excelência da reprodução do conhecimento, destacando as possibilidades e potencialidades da produção do conhecimento neste âmbito do ensino. Buscando contribuir com esta discussão, o presente artigo tem como objetivo demonstrar como os jornais podem ser utilizados no processo de ensino/aprendizagem como suporte documental e/ou recurso didático para promoção de um ensino de história inovador, pautado num entrelaçamento entre transmissão e produção de conhecimento.
Jornal O Recreio
O Leopoldinense: o mais antigo periódico de Leopoldina
No dia 1 de janeiro de 1879 saiu a primeira edição do mais antigo jornal de Leopoldina. Infelizmente não foram preservadas as primeiras edições deste periódico, cuja data de lançamento só foi descoberta através do editorial de aniversário que se vê abaixo.


Através de pesquisa nas hemerotecas da Biblioteca Nacional e do Arquivo Público Mineiro, foi possível reconstituir parte da história de O Leopoldinense, pioneiro da imprensa periódica em Leopoldina. Embora outros tenham surgido a partir de 1881, cabe a O Leopoldinense o destaque de ter sido o único a se manter em circulação por 20 anos daquela primeira fase.
Efemérides Leopoldinenses: Janeiro
Memorial Diário da História de Leopoldina, com acontecimentos do mês de janeiro.
1 de janeiro1879 Sai a primeira edição do mais antigo jornal de Leopoldina: O Leopoldinense [1] 1899 Um soneto do poeta leopoldinense Dilermando Cruz é publicado na Gazeta de Leopoldina desta data. 2 de janeiro1868 As fazendas Morro Alto e Bom Destino passam a ser subordinadas à paróquia de Leopoldina. 1875 Assembleia Legislativa Provincial autoriza o governo da província a reconstruir ponte na estrada geral de Leopoldina para Meia Pataca. (Lei Mineira 2095). 5 de janeiro1883 Morre a senhora Maria do Carmo Monteiro de Barros que, com seu marido, formou a Fazenda Desengano em terras que fizeram parte de sesmaria doada aos irmãos Fernando Afonso e Jerônimo Pinheiro Corrêa de Lacerda. 1883 A população servil da Província atinge a 311.666 indivíduos. A cidade com maior número de escravos é Juiz de Fora, com 21.808, em seguida Leopoldina, com 16.001, em terceiro Mar de Espanha, com 15.183, em quarto Muriaé com 7.775 e os demais municípios em ordem decrescente. [7] 8 de janeiro1882 Nesta data Alberto Jackson era professor no então distrito de Campo Limpo[2]. 1899 Circula a primeira edição de O Recreio, periódico do então distrito de Leopoldina, editado por A. Napoleão & Co. 9 de janeiro1881 Leopoldina é sede do 9º Distrito Eleitoral da Província. [3] 11 de janeiro1882 Onças atacam fazendas em Leopoldina. 19 de janeiro1883 Inaugurava-se um local de espetáculos em Leopoldina, denominado Theatro Alencar. Localizado na atual Rua Cotegipe, segundo noticiou o jornal O Leopoldinense dois dias depois, a cerimônia aconteceu às 20:30, “sem o menor aparato” e a comissão encarregada da construção foi composta por Chagas Lobato, Marciano Guimarães e Santa Cecília. 20 de janeiro1855 Instalação solene do município de Leopoldina[4]. 1883 Anúncio do início das atividades do Colégio Leopoldina, filial do Colégio Venerando estabelecido na Corte.[5] 21 de janeiro1861 Assento paroquial de casamento dos escravos Agostinho e Tereza, pertencentes a Vicente Ferreira Monteiro de Barros é o mais antigo registro deste tipo, encontrado na página 10 do Livro número 1. Entretanto, a data de abertura deste livro é 21.1.1857, o que pode indicar que houve registros anteriores e que o livro de casamentos de pessoas livres foi aberto na mesma data. Conforme declarou o padre Aristides de Araújo Porto já na década de 1910, quando iniciou a transcrição dos antigos livros paroquiais de Leopoldina, o livro de casamentos de pessoas livres não foi encontrado. 22 de janeiro1899 O poeta leopoldinense Dilermando Cruz inaugura um externato em Leopoldina, conforme anúncio publicado na Gazeta de Leopoldina. 23 de janeiro1874 Maria Augusta de Freitas Malta foi uma das primeiras professoras públicas em Leopoldina. 31 de janeiro1874 Fernando Pinheiro de Souza Tavares é nomeado Juiz Municipal e de Órfãos. [1] Editorial na página 1 da edição de 1 janeiro 1883. [2] Anúncio publicado ‘O Leopoldinense, 8 de janeiro de 1882, página 3. [3] VEIGA, José Pedro Xavier da. Efemérides Mineiras: 1664-1897. Belo Horizonte: Fundação João Pinheiro, 1998. 2 volumes, pag 139. [4] Primeiro Livro de Atas da Câmara Municipal de Leopoldina, página 1. [5] Anúncio n’O Leopoldinense, 1 de janeiro de 1883, página 4. [7] Fala do Presidente da Província em 2 de agosto de 1883, página 66 e 67. |
Efemérides Leopoldinenses: Julho
O mês de julho na história antiga de Leopoldina.
1 de julho1882Olímpio Clementino de Paula Corrêa é professor de Português, Francês e Latim em Leopoldina. 2 de julho1877Inauguração da Estação de Leopoldina da Estrada de Ferro Leopoldina. [1]
4 de julho1857Laranjal A Capela de Nossa Senhora da Conceição do Laranjal, município de Leopoldina, fica elevada a Distrito de Paz. [2] 10 de julho1876Presidente da Província é autorizado pela Assembleia Legislativa a auxiliar na construção de uma estrada (caminho) que da estação de ferro de Providência se dirija à cidade de Leopoldina. [3] 14 de julho1832São José do Paraíba: trajetória administrativa. 1895Lançamento do jornal O Mediador, tendo como redator Alberto Moretz-Sohn Monteiro de Barros e como gerente, Alexandre Chaves. O novo jornal foi saudado nas edições dos concorrentes A Voz de Thebas – edição de 14 julho e Gazeta de Leopoldina – edição de 18 de julho. 15 de julho1872Criação da Comarca de Leopoldina e seus primeiros juízes. 1896Em 1895 estava em funcionamento uma Hospedaria de Imigrantes em Leopoldina, nas proximidades da Estação de Vista Alegre da Estrada de Ferro Leopoldina. [4] 16 de julho1897Leopoldina deixa de pertencer à diocese do Rio de Janeiro e é transferida para Mariana. [5] 17 de julho1883Antonio Diogo Vieira, professor público de Leopoldina. 19 de julho1872O Curato de Conceição da Boa Vista, pertencente do município de Leopoldina, é elevado à categoria de Paróquia. [6] Referências: [1] VEIGA, José Pedro Xavier da, Efemérides Mineiras: 1664-1897. Belo Horizonte: Fundação João Pinheiro, 1998. 2 volumes, pag. 639 [2] Lei Mineira nr 818, de 04 de julho de 1857 [3] Lei Mineira nr 2287, de 10 de julho de 1876 [4] Mensagem do Presidente da Província Crispim Jaques Bias Fortes, 15 de julho de 1896, pag. 31 [5] Ata de Instalação da nova Comarca Eclesiástica, no livro de batismos 1897-1898, páginas 49 verso e 50 [6] Lei Mineira nº 1902, Coleção de Leis Mineiras do Arquivo Público Mineiro |
Efemérides Leopoldinenses: Setembro
Memorial diário da história de Leopoldina, com acontecimentos do mês de setembro.
4 de setembro1898Fundada a Lyra Leopoldinense. Seu primeiro presidente foi José Marciliano Vieira Nepomuceno, natural de Conceição da Boa Vista e Fiscal da Câmara Municipal de Leopoldina desde 1881.
6 de setembro1882O normalista Angelo de Souza Nogueira, professor provisório em Leopoldina, é nomeado professor efetivo de instrução primária, conforme noticia o jornal Liberal Mineiro, desta data, página 2. 7 de setembro1838A Contagem Populacional do Feijão Cru, realizada em 1835, é encaminhada para a Presidência da Província, conforme documento do Arquivo Público Mineiro, caixa 03 doc 06.
8 de setembro1895Aquisição de terreno para estabelecer a Hospedaria de Jacareacanga. 10 de setembro1851Transfere a sede da Vila de São João Nepomuceno para então criada Villa do Mar de Hespanha. Desta forma, todos os distritos que estavam subordinados a São João Nepomuceno, incluindo o Feijão Cru, passam para a dependência administrativa de Mar de Espanha. Carta de Lei nr 514 , Coleção de Leis Mineiras do Arquivo Público Mineiro 12 de setembro1882Professora pública Clara Sophia Adolphina Gaëde de Carvalho é transferida de Cataguases para Leopoldina. Relatório de Antonio Gonçalves Chaves para a Assembleia Provincial de Minas em 2 de agosto de 1883, pag.24 13 de setembro1881O então distrito da Piedade, hoje Piacatuba, cede mais uma parte de seu território para Cataguases Lei 2764, Coleção de Leis Mineiras do Arquivo Público Mineiro 15 de setembro1879Nasce em Leopoldina, Dilermando Martins da Costa Cruz, patrono da cadeira nº 15 da ALLA Fonte: Gazeta de Leopoldina, 16 de setembro de 1899, edição 23, pag 2 16 de setembro1894É lançado o jornal A Voz de Tebas, cujo editor era F. S. Teixeira. Fonte: A Voz de Tebas, 16 de setembro de 1896, pag 2. 17 de setembro1876Bento Xavier doa terrenos de sua Fazenda Campo Limpo para a formação do povoado, hoje distrito de Ribeiro Junqueira. Fonte: Escritura de Doação, Arquivo Particular. |
Efemérides Leopoldinenses: Dezembro
Alguns acontecimentos de meses de Dezembro em Leopoldina.
1 de dezembro1873
1889Num marco de granito exposto na entrada principal da Casa de Caridade encontra-se a inscrição “SPB – 01.12.1889”. Trata-se de data da fundação da Sociedade Portuguesa de Beneficência, em Leopoldina, instituição da qual a Casa de Caridade Leopoldinense passou a ser sucessora, a partir de 25.03.1917, quando a S. P. B. foi liquidada. Veja. 1894 Funciona uma hospedaria de imigrantes, no sítio Jacareacanga. Fonte: VEIGA, José Pedro Xavier da. Efemérides Mineiras: 1664-1897. Belo Horizonte: Fundação João Pinheiro, 1998. 2 volumes, pag 525 5 de dezembro1882Professor Olímpio Clementino de Paula Corrêa é designado para a 3ª cadeira de instrução primária de 2º grau na cidade de Leopoldina, como professor de Português, Francês e Geografia. Fonte: Relatório de Antonio Gonçalves Chaves para a Assembleia Provincial de Minas em 2 de agosto de 1883, AD 46 e 47 7 de dezembro1888Autorizada a criação de uma Hospedaria de Imigrantes em Leopoldina. Fonte: Relatório do 1º vice-presidência da Província, o Sr. Barão de Camargos, em 7 de dezembro de 1888. 10 de dezembro1874Inauguração da Estação de Providência da Estrada de Ferro Leopoldina Fonte: VEIGA, José Pedro Xavier da. Efemérides Mineiras: 1664-1897. Belo Horizonte: Fundação João Pinheiro, 1998. 2 volumes, pag 1042 1882Anunciada a próxima abertura das atividades de filial do Colégio Venerando. 11 de dezembro1898Circula a primeira edição do jornal O Arame, propriedade de Ovídio Rocha. 15 de dezembro1843É encaminhada ao Governo Provincial a segunda Lista Nominal dos Habitantes do Distrito de São Sebastião do Feijão Cru em 1843. 17 de dezembro1882Numa prática da época, o resultado dos exames do Colégio Nossa Senhora do Amparo e no Externato Santo Antônio foi publicado em jornal. 18 de dezembro1880Autoriza a professora de instrução primária do sexo feminino Joana Carolina Pinto Coelho, a afastar-se em licença de saúde. Lei Mineira nº 2740, Coleção de Leis Mineiras do Arquivo Público Mineiro. 19 de dezembro1865O distrito de Santo Antônio do Muriaé (atual Miraí) é transferido de Leopoldina para Muriaé.
20 de dezembro1882Morre Joaquim Antônio Almeida Gama, proprietário da Fazenda Floresta. 22 de dezembro1863O Arraial de Conceição do Paraíba, no município de Leopoldina, é elevando a Distrito. Atualmente é distrito do município de Pirapetinga. Lei Mineira nº 1172, Coleção de Leis Mineiras do Arquivo Público Mineiro.
23 de dezembro1892Surge a ideia de construir um fórum. Não se sabe como o assunto progrediu. O que se apurou, através de notícia do jornal Novo Movimento, de 9 de outubro de 1910, é que naqueles dias havia sido lançada a pedra fundamental para a construção dos prédios da Cadeia e do Fórum, na Praça Félix Martins. Já a edição da Gazeta de Leopoldina de 1 de janeiro de 1911 informa que estavam sendo feitas as fundações dos dois edifícios. 27 de dezembro1898Suspenso o funcionamento de escola em Campo Limpo. 31 de dezembro1849Curato do Feijão Cru pertence ao Bispado do Rio de Janeiro. No civil, pertence à província de Minas Gerais, ao Termo de São João Nepomuceno.
A transferência para Mariana ocorreu em julho de 1897, conforme Ata de Instalação da nova Comarca Eclesiástica, no livro de batismos 1897-1898, páginas 49 verso e 50. |




