Efemérides Leopoldinenses: Dezembro

Alguns acontecimentos de meses de Dezembro em Leopoldina.

1 de dezembro

1873

  • Lei Mineira nº 2027 eleva o distrito de Nossa Senhora da Piedade (atual Piacatuba) à categoria de Paróquia.
  • Lei Mineira nº 2029 cria escola de instrução primária para o sexo masculino no distrito da Piedade
  • Lei Mineira nº2031 eleva à categoria de Paróquia o distrito então pertencente a Leopoldina com o nome de Espírito Santo do Empossado. Atualmente é o distrito de Cataguarino, município de Cataguases.

1889

Num marco de granito exposto na entrada principal da Casa de Caridade encontra-se a inscrição “SPB – 01.12.1889”. Trata-se de data da fundação da Sociedade Portuguesa de Beneficência, em Leopoldina, instituição da qual a Casa de Caridade Leopoldinense passou a ser sucessora, a partir de 25.03.1917, quando a S. P. B. foi liquidada. Veja.

1894

Funciona uma hospedaria de imigrantes, no sítio Jacareacanga.

Fonte: VEIGA, José Pedro Xavier da. Efemérides Mineiras: 1664-1897. Belo Horizonte: Fundação João Pinheiro, 1998. 2 volumes, pag 525


5 de dezembro

1882

Professor Olímpio Clementino de Paula Corrêa é designado para a 3ª cadeira de instrução primária de 2º grau na cidade de Leopoldina, como professor de Português, Francês e Geografia.

Fonte: Relatório de Antonio Gonçalves Chaves para a Assembleia Provincial de Minas em 2 de agosto de 1883, AD 46 e 47


7 de dezembro

1888

Autorizada a criação de uma Hospedaria de Imigrantes em Leopoldina.

Fonte: Relatório do 1º vice-presidência da Província, o Sr. Barão de Camargos, em 7 de dezembro de 1888.


10 de dezembro

1874

Inauguração da Estação de Providência da Estrada de Ferro Leopoldina

Fonte: VEIGA, José Pedro Xavier da. Efemérides Mineiras: 1664-1897. Belo Horizonte: Fundação João Pinheiro, 1998. 2 volumes, pag 1042

1882

Anunciada a próxima abertura das atividades de filial do Colégio Venerando.


11 de dezembro

1898

Circula a primeira edição do jornal O Arame, propriedade de Ovídio Rocha.


15 de dezembro

1843

É encaminhada ao Governo Provincial a segunda Lista Nominal dos Habitantes do Distrito de São Sebastião do Feijão Cru em 1843.


17 de dezembro

1882

Numa prática da época, o resultado dos exames do Colégio Nossa Senhora do Amparo e no Externato Santo Antônio foi publicado em jornal.


18 de dezembro

1880

Autoriza a professora de instrução primária do sexo feminino Joana Carolina Pinto Coelho, a afastar-se em licença de saúde.

Lei Mineira nº 2740, Coleção de Leis Mineiras do Arquivo Público Mineiro.


19 de dezembro

1865

O distrito de Santo Antônio do Muriaé (atual Miraí) é transferido de Leopoldina para Muriaé.

 


20 de dezembro

1882

Morre Joaquim Antônio Almeida Gama, proprietário da Fazenda Floresta.


22 de dezembro

1863

O Arraial de Conceição do Paraíba, no município de Leopoldina, é elevando a Distrito. Atualmente é distrito do município de Pirapetinga.

Lei Mineira nº 1172, Coleção de Leis Mineiras do Arquivo Público Mineiro.

 


23 de dezembro

1892

Surge a ideia de construir um fórum.

Não se sabe como o assunto progrediu. O que se apurou, através de notícia  do jornal Novo Movimento, de 9 de outubro de 1910, é que naqueles dias havia sido lançada a pedra fundamental para a construção dos prédios da Cadeia e do Fórum, na Praça Félix Martins. Já a edição da Gazeta de Leopoldina de 1 de janeiro de 1911 informa que estavam sendo feitas as fundações dos dois edifícios.


27 de dezembro

1898

Suspenso o funcionamento de escola em Campo Limpo.


31 de dezembro

1849

Curato do Feijão Cru pertence ao Bispado do Rio de Janeiro. No civil, pertence à província de Minas Gerais, ao Termo de São João Nepomuceno.

 

 

A transferência para Mariana ocorreu em julho de 1897, conforme Ata de Instalação da nova Comarca Eclesiástica, no livro de batismos 1897-1898, páginas 49 verso e 50.

Italianos em Miraí, Muriaé e Palma

Muitas vezes encontramos informações que nos remetem aos municípios vizinhos, seja porque o imigrante foi contratado inicialmente por um fazendeiro daquelas cidades ou, no caso inverso, porque a família saiu de Leopoldina para trabalhar em outros lugares. De todo modo, é impossível circunscrever nossas buscas ao limite territorial de Leopoldina.

Agrupamos os imigrantes sobre os quais descobrimos passagem por Miraí, Muriaé ou Palma, com vistas a analisar sua trajetória. Descobrimos que nosso foco deveria centrar-se em antigos distritos. Para melhor situar nossos leitores, informamos a seguir os nomes das localidades na época, com os respectivos fazendeiros contratantes:

  • Banco Verde: Assis Fernandes, Francisco Teodoro Macedo, Gabriel Arcângelo da Silva, Theodoro Alves de Souza e Venâncio Alves da Silva

  • Bom Jesus da Cachoeira Alegre e São Sebastião da Cachoeira Alegre: Eudóxia Augusta Carmelo, Jeremias de Araújo Freitas, João Augusto Rodrigues Caldas, Joaquim Hilário Teixeira, José Januário Rabello, José Machado, Raymundo Correia do Espírito Santo e Xisto Jorge dos Santos

  • Cisneiros: Antonio Balbino Resende

  • Morro Alto: Barão de Monte Alto, José Antônio Alves Oliveira e Miguel Caputo

Além destes locais, Dores da Vitória, distrito de Miraí, aparece em várias fontes sem identificação do fazendeiro contratante.

Outro ponto que guiou a categorização do grupo foi a chegada ao Brasil. Descobrimos as seguintes datas de desembarque e vapores que os trouxeram:

Em 1895:

  • 31 de outubro, vapor Sempione

  • 18 de dezembro, vapor Arno

Em 1896:

  • 03 de janeiro, vapor Rosario

  • 13 de março, vapor Concordia

  • 21 de março, vapor Matteo Bruzzo

  • 05 de abril, vapor Colombo

  • 19 de junho, vapor Montevideo

Em 1897, outra viagem do vapor Rosario que aportou no Rio de Janeiro em abril.

Além das famílias que passaram por Leopoldina, estes vapores trouxeram outros imigrantes que seguiram para os mesmos lugares. Por não temos estudados todos eles, não podemos afirmar que a grafia original do sobrenome corresponda à que encontramos nos registros da Hospedaria Horta Barbosa. A relação a seguir serve, portanto, apenas como primeira informação.

Aggio Aldighieri Alti Andreini Anghietti Arcangeli Arvenghi
Baldazzi Baldi Baldiserotto Balleon Baratella Barbi Barbini
Bazzeggio Bellato Belletto Berardi Bergamini Bernardi Bertinazzi
Boarati Boeri Boldrin Bonfigioli Borile Boscariol Braga
Buontempi Burato Busasca
Carpanese Casagrande Casarin Cassina Cassis Cavalli Cesario
Cesati Chilese Cogo Cortese Curiani
Ermi
De Rosso Dedin Dian Doro Drudi Duse
Facca Faccio Faggionato Felippe Ferri Filippini Fiviani
Gamba Gambati Gatto Grava Guerra
Locatelli Lusti
Maccadanza Maffialetti Maggiolo

Malotto

Maltoni Mamponin Mancini
Mantovan Marzano Marzin Masega Mattioli Mazzuccato Melisen
Mesilon Michieletti Migani Meloni Milani Monfardini Moscardo
Muzzioli
Nati Nicolini Noris
Ottaviani
Paltrinieri Pandin Pareschi Parosi Pasin Patuzzo Pavan
Pezzetini Piccioni Piccolo Pironi Pistore Pozzolo Presti
Ricci Rincini Riz Ruffato
Sabadin Sadocca Salvatico Salviato Santinelli Savoretti Signorelli
Sotterina Suman
Tambo Tangheri Terzi Testa Tinti Tisiot Tittonei
Tonello Topa Tramarin Trapolli Travellin
Vacchi Vandi Vani Vezzole Villa Vio
Zambon Zardetto Zordan

Autoridades em Santo Antonio do Muriaé

Autoridades distritais de Santo Antonio do Muriaé, atual município de Miraí, empossadas pela Câmara Municipal de Leopoldina.

SANTO ANTÔNIO DO MURIAÉ, atual município de Miraí
Antonio Rodrigues da Fonseca 2º Juiz de Paz 13.01.1865
Antonio Vieira de Rezende e Silva 1º Juiz de Paz 05.03.1861
1º Juiz de Paz 13.01.1865
Francisco Garcia de Matos 2º Juiz de Paz 05.03.1861
Francisco Joaquim de Rezende 3º Juiz de Paz 05.03.1861
Joaquim José Gonçalves 3º Juiz de Paz 13.01.1865
José Joaquim de Rezende 4º Juiz de Paz 05.03.1861

FONTE: Arquivo da Câmara Municipal de Leopoldina, antigos códices 32 e 146