Hoje o tema da coluna é o distrito de Tebas cujo nome, para nós, ainda não está devidamente explicado quanto a sua origem. Vamos falar sobre a terra de uma água especial que, no dizer da jornalista Silvia Fonseca,[i]“quem bebe da água tebana sempre volta à fonte.” ![]() Começamos pelo Relatório da Presidência da Província de Minas Gerais de 1894 que nos informa ter a febre amarela atingido a nossa região de forma alarmante.[ii] Uma epidemia que causou, inclusive, um lapso nas anotações de óbitos da cidade entre agosto de 1894 e janeiro de 1898, embora exista um livro iniciado a 01.01.1896,[iii] onde foram anotados “a posteriori” sepultamentos ocorridos entre agosto/94 e dezembro/1895. Foi esta epidemia de febre amarela que motivou a mudança temporária da administração municipal para o distrito de Tebas o que, no mínimo, é muito curioso quando se sabe que o distrito de (Piedade) Piacatuba é bem mais antigo. Mas, como surgiu o nome e o lugar chamado Tebas? Se consultarmos o dicionário veremos que Tebas pode referir-se à cidade grega, a uma pessoa forte e desembaraçada ou, ao nosso distrito.[iv] Autores existem que registram a origem do topônimo na língua tupi, com o sentido de desembaraçado, forte, graúdo[v]. Outros dizem que distrito herdou o nome de um ribeirão local, sem informar de onde surgiu o nome do tal ribeirão.. Hoje sabemos, no entanto, que existiu por ali um Manoel Joaquim Thebas que, entre outros, foi vizinho da fazenda Feijão Cru, que pertencia a Manoel Antonio de Almeida. E como esta informação sobre este Manoel J. Thebas é de 1856 e a paróquia data de 1881, acreditamos ser possível que o patrimônio tenha sido doado por este senhor e dele surgiu o nome do distrito. Quanto ao povoado, tudo leva a crer ser ele bem antigo. Francisco de Paula Ferreira Rezende[vi] a ele se refere quando afirma que por ocasião de sua vinda para Leopoldina, pelos idos de 1860 ainda encontrou remanescentes dos Puris na estrada de Tebas para Rio Pardo. É certo que a povoação foi elevada a distrito pela lei provincial nº 2675, de 30.11.1880. A confirmação eclesiástica veio com a lei nº 2848 de 25.10.1881 que elevou o distrito a Freguesia. E a lei nº 3113, de 1882, registra o nome do distrito como Santo Antônio de Tebas. Vale lembrar que a lei que criou o distrito autorizou a câmara municipal de Leopoldina a estabelecer a divisas. Para este fim a câmara nomeou comissão de vereadores que estudaram o assunto e apresentaram parecer conclusivo. E, segundo consta, o parecer desta comissão foi aprovado em plenário com a ressalva apenas de que o nome do lugar passou a ser Santo Antonio dos Thebas, ao invés de Santo Antonio do Monte Alegre como anteriormente era conhecido. O distrito de Tebas foi constituído por terras antes pertencentes a Leopoldina (sede), Piedade (Piacatuba) e Rio Pardo (atual Argirita). Assim, pela lei nº 2938, de 23.09.1882, algumas fazendas da Piedade foram transferidas para Thebas. Em 06.10.1883 foi a vez de Rio Pardo perder algumas propriedades que passaram para o novo distrito. E em 18 do mesmo mês, através da lei nº 3171, a fazenda de João Pereira Valverde foi transferida de Thebas para a freguesia de Piedade.[vii] Mas vamos retroagir um pouco e começar nossa busca pela venda de seis alqueires da fazenda Monte Alegre, em julho de 1841. As terras vendidas localizavam-se na “cabeceira” ou nascente do córrego hoje chamado Tebas e a sede da fazenda era residência de Elias da Silva Espíndola. Os compradores dessas terras foram Honório Alves Ferreira e João Vieira Machado de Freitas. Por esta fazenda passava uma estrada que, vindo de Bom Jesus do Rio Pardo (Argirita), atingiria as terras de Antônio José Monteiro de Barros (fazenda Paraíso).[viii] Sete meses depois o mesmo Elias da Silva Espíndola vende outros oito alqueires da mesma fazenda para José Miguel Dias da Silva e registra que estas terras limitam-se com as vendidas anteriormente e estão localizadas na serra entre o Rio Pardo e o Rio Pirapetinga.[ix] Sabe-se que um dos vizinhos da fazenda Monte Alegre era o capitão Felisberto da Silva Gonçalves, um dos primeiros sesmeiros do lugar que, juntamente com sua esposa, Ana Bernarda da Silveira, recebeu duas sesmarias entre os córregos Glória e Fortaleza (nomes que desapareceram da toponímia local). Podemos acrescentar, ainda, que estas duas sesmarias limitavam-se com as terras recebidas, também em novembro de 1813,[x] por seu irmão e cunhada, Domingos Gonçalves de Carvalho e Antonia Rodrigues Chaves. E, segundo consta, uma das fazendas de Felisberto ficava no Monte Redondo, no caminho de Tebas para Argirita. Entre os vizinhos de Felisberto surge, ainda, o nome de Joaquim Manoel Coimbra, algumas vezes citado como Manoel Joaquim Coimbra, provavelmente ancestral do vereador Antonio da Costa Coimbra que fez parte da comissão que estudou os limites do distrito de Tebas. As terras deste Manoel Coimbra, por sua vez, limitavam-se com o já mencionado Felisberto da Silva Gonçalves, com os Valverdes e com Elias da Silva Espíndola. Em função dessas informações, passamos a suspeitar que a tal fazenda “Campo Alegre” seja a mencionada por Manoel Antônio de Almeida, em 1856, como propriedade dos “herdeiros de Manoel Joaquim Thebas”,[xi] possivelmente um homem destemido e que recebeu dos puris o nome de “teba”. Vale registrar que pela análise do movimento de compra e venda de bens de raiz no então distrito de Bom Jesus do Rio Pardo, atual Argirita, observa-se que a fazenda Campo Alegre foi citada como local em que o Escrivão realizou diversos registros entre 1841 e 1853. Para encerrarmos por hoje, registramos que entre 1862 e 1864, os eleitores do distrito de Tebas pertenciam às famílias Almeida, Braga, Carvalho, Coimbra, Cunha, Dias, Dornelas da Costa, Freitas, Gonçalves, Lemos, Moraes, Pereira, Policiano, Reis, Ribeiro, Santos e, Silva.[xii] E dentre os italianos que viveram em Leopoldina um bom número deles residiu temporária ou definitivamente em Tebas, dos quais destacamos os sobrenomes Albertoni, Angeli, Bedin, Ceoldo, Gruppi, Marsola, Meneghetti, Stefani e Zotti. Até a próxima edição, com novos recontos. __________ Fontes utilizadas: [i] Jornal O Globo, 16.02.1989. [ii] Mensagem do Presidente da Província de 1895, p. 10 [iii] Arquivo da Prefeitura Municipal de Leopoldina, livros do Cemitério Público. [iv] Novo Dicionário da Língua Portuguesa, Aurélio Buarque de Holanda Ferreira. [v] Toponímia de Minas Gerais, Joaquim Ribeiro Costa. [vi] Minhas Recordações, p. 386. [vii] Artigo da Gazeta de Leopoldina, de 1922, assinado por J. Botelho Reis. [viii] Livro 1 de Compra e Venda de Bens de Raiz de Bom Jesus do Rio Pardo, fls. 8 v. [ix] Livro 1 de Compra e Venda de Bens de Raiz de Bom Jesus do Rio Pardo, fls. 11. [x] Cartas de Sesmarias emitidas pelo Presidente da Província. [xi] Registro de Terras de Leopoldina, TP 114, número 18. [xii] Alistamento Eleitoral de Bom Jesus do Rio Pardo, 4º quarteirão. |
Etiqueta: Almeida
Sobrenome de uma das três principais famílias povoadoras de Leopoldina, originalmente Almeida Ramos, radicada na região da Serra da Ibitipoca desde o século XVIII.
Autoridades em Tebas
Autoridades distritais de Tebas, município de Leopoldina, empossadas entre 1883 e 1892. TEBAS, atual distrito de mesmo nome, município de Leopoldina
FONTE: Arquivo da Câmara Municipal de Leopoldina, antigos códices 32 e 146 |
Três Jovens do Concelho de Óbidos
Pesquisando a origem de Antônio de Almeida Ramos, na tentativa de descobrir um pouco sobre sua vida antes de passar ao Brasil, entramos em contacto com o vigário da Freguesia do Espírito Santo do Landal, Freguesia do Espírito Santo, Concelho de Óbidos, Lisboa, Portugal. Por indicação do Padre, passamos a trocar correspondência com moradora de Caldas da Rainha, autora de um livro sobre a Câmara de Oliveira do Bairro e outro sobre a Freguesia do Espírito Santo do Landal. O que se verá a seguir é um resumo das informações recolhidas até agosto de 2001. Por volta de 1740 passaram ao Brasil três jovens portugueses, nascidos na Freguesia do Espírito Santo do Landal, então Termo e Concelho de Óbidos, hoje Concelho de Caldas da Rainha. Foram eles: 1 – Antonio de Almeida Ramos, nascido entre 1722 e 1737; 2 – Agostinho de Almeida Ramos, nascido entre 1700 e 1730; 3 – Francisco Farto de Almeida, nascido entre 1715 e 1735. Os dois últimos eram filhos de Francisco Farto e Maria Almeida, parentes próximos. O pai do primeiro, nosso biografado, era primo e cunhado de Francisco Farto, pois era irmão de Maria Almeida. A mãe de nosso biografado, Teresa Maria, era também parente de Francisco Farto. A pesquisadora portuguesa escreveu: A Freguesia do Espírito Santo do Landal é metade, a nascente, da grande freguesia de São Silvestre, a partir de 1147 dividida entre três Hospitalários e Cavaleiros Francos (todos cruzados), que ficaram na metade Poente, a que se chamou “Dos Francos”. Landal, onde havia um curato, etimologicamente vem de “terra landeira”, ou montado de sobreiros espontâneos (nascidicos), cujo frunto é landa – ou bolota. E só teve a sua independência paroquial em princípios do século XVI. Desanexou-o de São Silvestre dos Francos um Comendador de Malta, residente, de apelido Abreu Peixoto. Landal foi couto, que começava onde acabavam os coutos de Alcobaça – e ia até ao termo do território de Óbidos. Desde o início, era cabeça desta Comenda dos Hospitalários de São João Batista de Jerusalém, sediada no Landal de Óbidos, Nossa Senhora de Todo o Mundo, ou do Ar – que é a padroeira da aviação portuguesa (e quiçá mundial), embora ainda não reconhecida como tal. Por sua vez, esta Comenda era cabeça das Comendas da mesma ordem, situadas em Torres Vedras, Caixaria, Leiria, Torres Novas e Alenquer, cujos Tombos se guardavam no Landal. Os seus habitantes formavam a 4ª Companhia de capitão e subalternos. Entre eles, destacam-se: – Almeidas – ainda hoje há muitos. Num tombo dado às terras desta Comenda, em 1742, fala-se do seu vigário, Reverendo Frei Domingos de Almeida. Também o procurador da Comenda se chamava João de Almeida. – Ramos – No inventário da ermida de Nossa Senhora do Rosário, do lugar dos Ameais, cita-se o seu fundador, Capitão de Malta Pedro Manoel Ramos. Em 1742, o seu administrador deve ser um descendente: João Manoel Ramos. – Maria Teresa – assim se chamavam a mulher do Capitão Alexandre de Abreu Velho Coutinho e uma sua sobrinha, que faleceu no Landal – isto já em 1750 Tudo acabou em 1834! Depois, a sede da freguesia, o lugar do Landal, foi-se despovoando pouco a pouco – e hoje poucos habitantes tem. Os habitantes da freguesia rondam os 1800 a 2000. Nossa correspondente fez diversos contactos com o Arquivo Nacional na Torre do Tombo, não tendo tido sucesso nas buscas de demais documentos. Fez também um “Aviso aos Moradores”, que foi colocado na Igreja do Espírito Santo, pedindo aos paroquianos que enviassem informações a respeito dos três jovens portugueses e suas famílias. Além disso, ela guarda uma cópia do tombo dado em 1742 a uma parte das terras da Comenda e um manuscrito de seu próprio pai, com dados dos livros antigos, antes de os retirarem em 1834, para a Provedoria de Torres Vedras. Eis os nomes de Capitães da Ordem de Malta por ela apurados: – Manoel Ramos – casou, em 1694, com D. Victoria Maria de Seixas; – Pedro Manoel Ramos – que mandou erigir a ermida dos Ameais; – Alexandre de Abreu Velho Coutinho – casou, em 1750, com D. Teresa Maria de Seixas Abreu e Oliveira; – João Rebelo – falecido em 1769; – Domingos Rodrigues de Oliveira – falecido em 1796; – Correia Fialho Lobo da Silveira – família conhecida de Alenquer, freguesia próxima; – Antonio Manoel de Seixas, que foi testemunha no tombo dado a algumas terras da Comenda, em 1742. Promotores do tombo: – Juiz, Dr. Félix Francisco da Silva; – Vigário, Frei Domingos de Almeida; – Escrivão, José Leonardo de Seixas; – Delegado da Comenda, João Almeida; – Porteiro, Antonio dos Reis; – Testemunhas, Capitão de Malta Antonio Manoel de Seixas e Frei Doutor João de Abreu e Oliveira (que , em 1759, veio a ser Vigário da Igreja Paroquial do Espírito Santo do Landal Escreve ainda a pesquisadora: Em 1742 não há Comendador residente no Landal. O Comendador era o Venerando Bailio Frei Fernando Correia de Lacerda, de Leca do Bailio. Não havendo Comendador residente é aqui que aparece, em 1742, o Procurador da Comenda João de Almeida. Era ele que, por natureza do cargo, se ocupava da administração directa e da contabilidade da Comenda da Ordem de Malta na Freguesia do Espírito Santo do Landal. Nada da confusões: o tombo é iniciado por um inventário à Igreja Paroquial e às capelas e, em 1742, não há referência alguma à Irmandade do Santíssimo Sacramento, cuja alusão só encontro em 1759, e sem grande relevo. Reparo que há muitas repetições de apelidos (Seixas, Ramos, Almeida), sendo bem natural que os que de fora iam, por lá se fixassem durante gerações. Assim, deve ter havido algum Comendador residente, um Frei qualquer coisa Almeida, cujos parentes por lá ficaram e ocuparam vários cargos. E é natural que, mais tarde, um neto ou bisneto do tal Comendador Almeida, tivesse muita honra e prosápia (especialmente sendo um rapagote novo) na sua ascendência e dela falassse por forma que os seus conhecidos lhe chamassem “o Comendador”. Sobre os motivos da viagem dos três primos ao Brasil, lembro-lhe que no fim do reinado de D. Pedro II se descobriram, no Brasil, ricas minas de oiro e diamantes. Foi no tempo de seu filho, D. João V (1706-1750), que entraram em exploração. Esta foi a época em que embarcaram para o Brasil três moços da freguesia do Espírito Santo do Landal. Assim, os três, sem mais nem menos?! Não. Eles sabiam ao que iam, o que os esperava. Alguém os chamou ou os mandou ir. Também convém não esquecer que a extinta Ordem do Templo se tornou, por obra de D. Dinis, Ordem de Cristo e teve à frente o Infante D. Henrique (1394-1460). Além disso, certo remanescente da O. do Templo reverteu para os então Hospitalários – O. de Malta. Sabe-se que os Templários há muito conheciam o Brasil – até antes de P. Alvares Cabral (100 anos antes), já os mesmos templários conheciam e praticavam essas rotas, segundo lendas quase históricas. De uma maneira ou de outra, deve ter havido um Frei da O. de Malta que aliciou os moços para uma aventura que lhes traria fortuna certa. De outra forma, os três moços de famílias mais ou menos abastadas (ligadas à Ordem, que era riquíssima), não iam à tôa por esses mares fora, sem uma certeza a esperá-los do lado de lá. Sim, porque não creio que todos eles tivessem cometido crimes que os obrigassem a fugir. Demais, D. João V confirmou os poderes e regalias da O. de Malta em 1728. Estava, portanto, tudo organizado para que o futuro dos moços atingisse o nível que atingiu. E sabemos que esses títulos obtidos implicam grandes contrapartidas – esforço, valor e… muito dinheiro. Outros dados fornecidos pela pesquisadora portuguesa referem-se à população da Freguesia do Espírito Santo do Landal: 1527 – 135 moradores; 1759 – 263 moradores; 1960 – 1483 moradores; 1981 – 1331 moradores; 1999 – 1800 moradores. Desta forma, embora sem termos descoberto muitos dados sobre os três jovens, pudemos conhecer um pouco sobre a região de origem de Antonio de Almeida Ramos, Agostinho de Almeida Ramos e Francisco Farto de Almeida. Já nos arquivos brasileiros conseguimos verificar a presença dos nomes destes portugueses em diversas fontes. Numa delas, o Abecedário dos Moradores da Comarca do Rio das Mortes, documento da Coleção Casa dos Contos arquivado na Biblioteca Nacional, levantamos os moradores da Comarca que, de alguma forma, se vinculam aos povoadores de Leopoldina. Esclareçamos que este documento é um conjunto de cinco cadernos tamanho ofício sem pauta, onde são listados os moradores de cada região da comarca. Até o momento não foi possível, a nenhum historiador, especialista ou técnico em grafoscopia, identificar a data em que a listagem foi organizada. No entanto, considerando que o primeiro caderno informa que seu autor foi Joaquim Silvério dos Reis, e sabendo que tal personagem arrematou o contrato das entradas entre 1782 e 1784, tendo permanecido no controle da arrecadação até 1792, pode-se inferir que ali constam os pagantes de tributos desta época. Também não se tem notícia de qual foi a fonte utilizada para a organização da listagem. Admite-se que, ao tomar posse, Silvério dos Reis utilizou-se de livros de controle de arrecadação do quinto do ouro e deles extraiu os nomes dos que haviam sido fiscalizados no período próximo precedente. Acrescente-se que alguns nomes poderão ter sido acrescentados com base no movimento do Registro entre 1782 e 1792. Ao lado de cada nome é informado um número, sem que alguém até então tenha descoberto a que se refere. Há os que aventam a hipótese de ser o número da página onde foi efetuado o lançamento do débito daquele morador. Os mais altos algarismos são inferiores ao número total de páginas que habitualmente compunham os livros de registro então utilizados. Nestes “cadernos” apuramos que, entre os moradores do Caminho Novo estavam os seguintes personagens, todos com descendentes em Leopoldina: Antonio d’Almeida Ramos, Antonio Joaquim de Ávila, Antonio Roiz da Fonseca, Antonio Roiz Gomes, Bernardino Coelho Gomes, Domingos Gonçalves Pereira Chaves, Domingos Roiz Chaves, Francisco Xavier da Fonseca, Joaquim José da Fonseca e Tomaz Ferreira de Aquino. Sob o código I – 10, 6, 3, nº 4, sem menção ao autor e com caligrafia algo distinta do anterior, encontramos na Biblioteca Nacional a lista dos moradores do L4, como era então designada a região que tomava São João del Rey por sede. Neste caderno foram listados os moradores de São João del Rey, Lavras do Funil, São José do Rio das Mortes, Prado, Tamanduá, Borda do Campo, Caminho Novo do Mato, Santa Ana do Bambuí e Baependi. A organização é um pouco confusa, já que os moradores são divididos por seus locais de moradia e a ordem alfabética não é rigorosa. Numa análise um tanto superficial, localizamos apenas Felisberto da Silva residente em São José del Rey e dois moradores da Borda do Campo que nos interessam: Felix Gonçalves da Costa e Felix de Oliveira Braga. E sob o código I – 10, 6, 3, nº 5, encontramos o caderno contendo as listas de moradores do L5 da Comarca do Rio das Mortes. Refere-se às localidades de Aiuruoca, Pouso Alto, Campanha do Rio Verde e Ouro Fino, Jacuí, Itajubá, Congonhas do Campo, Carijós e Itaverava. Para nossa surpresa, e sem que tivéssemos nos detido na análise cuidadosa dos nomes, na primeira página encontramos os moradores Agostinho de Almeida Ramos e Antonio Gonçalves da Costa, ambos de Aiuruoca. Com o objetivo de a conferir o encontrado com outros documentos, pesquisamos a carta de Brás Álvares Antunes a Antonio Mendes da Costa, informando ter recebido a lista de 28 créditos do Registro do Caminho Novo e o envio da lista do Registro da Mantiqueira, de 06.10.1776. Em outra carta do mesmo remetente, endereçada a João Rodrigues de Macedo, há referência ao envio da lista de créditos do Caminho Novo, de 27.11.1777. Esta carta faz menção a um provável anexo, nomeado como “Lista 18, 24 credores”. Infelizmente porém, não há notícias desta “Lista 18”. Há uma série de outros documentos da Coleção Casa de Contos que poderão conter anexos como o citado na carta retro mencionada. Até que prossigamos neste assunto, deixamos registrada nossa impressão, tal qual o fizemos no competente livro de registros: os três jovens provenientes do Concelho de Óbidos aparecem entre os contribuintes registrados na segunda metade do século XVIII, bem como no Abecedário de Moradores da Comarca do Rio das Mortes. Mas como era a região onde passaram a viver depois de deixar a terra natal? Preparar a MudançaReferências às impressões dos viajantes estrangeiros que estiveram em Minas no século XIX nos dão oportunidade de nos aproximarmos do pensamento vigente na época em que nossos ancestrais portugueses trilharam os caminhos da nossa terra. Quando publicamos o opúsculo que ora revisamos, havíamos consultado antigas edições dos relatos de John Mawe, Auguste de Saint-Hilaire, Jean Louis Agassiz e Richard Burton. Ao nos propormos a revisar nosso texto, buscamos edições mais recentes que pudessem, eventualmente, esclarecer pontos obscuros nas traduções consultadas. Além dos destaques da primeira edição, decidimos acrescentar trechos que nos passaram despercebidos na primeira leitura. Um deles é a descrição do tipo mineiro, segundo Burton (2001, p. 463): O mineiro – no sentido do homem cujos antepassados, ou, pelo menos os pais, nasceram na região – é facilmente reconhecido, mesmo entre os brasileiros, e suas peculiaridades não podem ser explicadas “pela bazófia e pelo culto do dólar”. É um tipo alto, magro, ossudo, que, quando exagerado, representa nosso popular D. Quixote esguio e macilento. Não há necessidade do “batismo intelectual”, da inervação, vulgarmente chamado “sangue”. O arcabouço é musculoso e bem adequado à atividade; é reto como o do basco, e não semelhante ao do sargento instrutor e mesmo os trabalhadores não costumam curvá-lo, como nossos camponeses de ombros abaulados. O pescoço é comprido e a laringe proeminente; ao tórax freqüentemente falta espessura. Os quadris e a pelve são, em geral, estreitos; as juntas, punhos e calcanhares, finos, e as pernas, como acontece muitas vezes entre as raças latinas, não são proporcionais aos braços na força. A obesidade é rara, como é entre os verdadeiros persas; ocasionalmente aparece em homens de idade avançada e é considerada como diabetes nullo curabilis. O português, baixo, quadrado e robusto, ossudo e muscular, não é raro, contudo. [...] Muitas das mulheres têm formas cheias e arredondadas, que chegam aos extremos mais tarde, tornando-as gordas, por vezes excessivamente. Não poucas possuem aquela beleza frágil, graciosa e delicada, que todos os estrangeiros notam nas cidades da União. Assim como disséramos na primeira vez em que levamos a público este artigo, cremos ser dispensável entrar em detalhes antropométricos, já que muito do que se escreveu sobre nossos ancestrais é hoje contestado por novos estudos científicos. Parece-nos, entretanto, ainda não ter sido questionada a impressão de fisionomia séria do mineiro, um apreciador de exercícios físicos. Por outro lado, a idéia dos viajantes estrangeiros de que o mineiro tinha espírito nômade, sempre viajando em busca de novos locais a desbravar, suscita algumas reflexões ao nosso olhar, viventes da última metade do século XX. Em todos os nossos escritos temos chamado a atenção para o risco de uma postura anacrônica, levando para a realidade dos nossos ancestrais a experiência adquirida em nossa própria estadia no planeta. Assim é que, muitas vezes, nossos interlocutores insistem em argumentar que os pioneiros abandonavam a casa dos pais porque ali faltava o pão. Não é, já o dissemos em várias oportunidades, a nossa opinião. Lendo os diários dos europeus que por aqui estiveram no século XIX, ficamos sabendo que o mineiro andava a cavalo desde tenra idade, apoiando apenas uma parte do pé no estribo porque acreditavam que assim a viagem seria menos cansativa. E qual o motivo de tantas viagens? Acreditamos que, na busca de suprimentos que tornassem mais fácil a vida em suas fazendas, o mineiro também se demorava em incursões verificadoras, expressão que criamos para significar as viagens que os fazendeiros faziam pelo interior das matas, seguindo caminhos indicados pelos tropeiros. Para os interessados, sugerimos nosso texto sobre Tropas e Tropeiros, em nosso Caderno 3: Os Moradores do Caminho Novo (CANTONI, 1976). Um outro aspecto a considerar entre os hábitos de nossos antepassados, é a forma como se vestiam. Sabemos que o consumo exagerado de peças do vestuário, tão comum atualmente, bem longe está da realidade daqueles que povoaram os rincões mais distantes de Minas Gerais. Tendo abandonado os trajes habituais em seus lugares de origem, por inadequados ao clima da terra que escolheram por moradia, o mineiro do século XVIII vestia-se com simplicidade e acumulava um pequeno número de peças de roupa durante a existência, sendo comum um conjunto escuro para as tarefas mais pesadas e roupas mais claras para ocasiões formais. Indicamos outro de nossos textos, As Tecelãs de Ibitipoca (ALMEIDA, 1972) para o que se refere ao vestuário mais usual entre as famílias antigas. Lembramos ainda, que eram considerados pertences pessoais os arreios de prata, as esporas, as rosetas, um chapéu alto para as solenidades, o chapéu panamá para o cotidiano e as botas de cano longo que os protegiam de ataques dos animais rastejantes. Como o objetivo deste texto é abordar as incursões de nossos antepassados, que os levaram a ocupar terras desabitadas, queremos ressaltar um aspecto importante da vida em família. Burton (2001, p. 478), citou uma de suas interlocutoras para declarar que, assim como para a mulher mexicana, para a mineira o baluarte de parentes pelo qual a jovem esposa é cercada serve, em grande parte, para protegê-la; independente disso, porém, acho-a quase sempre retraída e recatada, chegando mesmo ao puritanismo, quando os estranhos se mostram audaciosos. Seus casamentos são realmente domésticos e felizes; os cônjuges são sempre vistos juntos e o marido costuma oferecer presentes à mulher, o que é considerado como uma prova especial de afeição. Convido-os, pois, a imaginarem como seria a preparação de uma viagem que levaria um casal, seus filhos, escravos e pertences para se estabelecerem em algum lugar escolhido para fixarem nova residência. No próximo capítulo, vamos trazer informações de vários autores sobre os locais onde se instalaram. Impressões de ViagemNa reunião de família do ano passado, um grupo de parentes insistiu em buscar explicações para o nosso interesse em conhecer tantas cidades mineiras, pequenos lugarejos nos quais muitas vezes não conseguimos, sequer, obter uma imagem que nos ajude a fixar na memória alguma impressão local. Uma das nossas dificuldades é reproduzir as poucas fotografias que fizemos nestas nossas viagens. Por esta razão, e sabedores da nossa pouca possibilidade de descrevê-las adequadamente, buscamos em autores consagrados aquilo que acreditamos sejam relatos bem próximos do que existia na época em que os Almeida Ramos espalharam-se pela terra mineira. Ao relatar suas primeiras impressões dos arredores do Rio de Janeiro, Agassiz (2000) nos dá uma imagem saborosa da paisagem e também dos percalços pelos quais passaram. Considerando que sua estadia em nosso país ocorreu um século depois da chegada dos jovens de Óbidos, é fácil imaginar quão mais difícil teria sido a viagem daqueles rapazes em solo nacional. Por outro lado, os hábitos observados pelos americanos Agassiz nos fazem supor que a tão decantada hospitalidade nasceu justamente das dificuldades de sobrevivência. Voltemo-nos ao diário de Elizabeth Agassiz para tentarmos fazer um paralelo com as providências que teriam sido tomadas pelos descendentes de nossos personagens, quando decidiam sair da casa de seus pais para formar suas próprias fazendas. Diz a autora que a casa sede das fazendas normalmente tinha apenas um andar em um edifício comprido e de grande extensão. Por estarem totalmente isoladas e afastadas de outras habitações, era necessário fazer provisão de todo o necessário, gerando hábitos primitivos como o que lhe foi contado por um de seus anfitriões. O caso teria ocorrido com rica marquesa que pernoitara na fazenda, no trajeto de uma viagem de poucas semanas até a Corte. Para tanto, a ilustre figura vinha acompanhada de uma tropa de “trinta e uma bestas de carga conduzindo toda a bagagem imaginável, sem contar as provisões de toda espécie, galinhas, presuntos, etc. e vinte e cinco criados a acompanhavam.” (AGASSIZ, 2000, p. 73) Isto, para uma viagem relativamente curta ao fim da qual estaria instalada em residência que contava com o conforto possível na época. Descrições desta natureza nos fazem compreender que a organização de uma viagem era empreitada bastante complexa, envolvendo um sem número de providências inimagináveis nos dias atuais. Em meados do século XIX, os viajantes estrangeiros observaram que bastava alguém se apresentar numa fazenda ao fim de um dia de jornada e, se a aparência não fosse má, os proprietários o receberiam cordialmente, oferecendo-lhe alimentos e um quarto para repousar. De modo geral, o viajante municiava-se de uma carta de recomendação para facilitar a acolhida. Isto, quando estava em viagem. Mas como seria a viagem de mudança, em que toda a família se transferia para outro lugar? Evidentemente que o status econômico era determinante, sendo possível identificar as posses de uma família pela quantidade de bagagem que a tropa de mudança conduzia. Por outro lado, os menos aquinhoados não decidiam, por si sós, pela mudança de residência. Antes, pelo contrário, famílias mais simples só saíam de um local quando agregadas aos grandes proprietários que, eles sim, tomavam a decisão de abrir novas frentes de ocupação. Pelo que nos foi dado apurar até o momento, os Almeida Ramos inscreviam-se na categoria daqueles que possuíam alguns bens e organizavam as expedições de mudança, levando para outros pontos os seus pertences, escravos e agregados. É ainda Agassiz (2000) quem lembra que os percursos eram realizados através de trilhas estreitas, esburacadas e com variados níveis de risco. Ao longo da ocupação das vias transitáveis, foram criadas “estações de troca”, nas quais o viajante fazia uma pequena parada e trocava seus animais por outros descansados. Entretanto, as migrações internas dos Almeida Ramos não parecem ter sido feitas pelos caminhos descritos pelos viajantes estrangeiros. Acreditamos mesmo que foram pioneiros na abertura de novas vias de ocupação. E tornaram-se conhecedores de paisagens que assombraram não poucos estudiosos, como ocorreu a Agassiz (2000, p. 86), “perplexo e muito embaraçado com o aspecto inteiramente novo de fenômenos que lhe são bastante familiares noutras regiões, mas que, nessas montanhas, o desconcertavam completamente.” Neste ponto pedimos permissão para remeter nossos leitores a uma obra recentemente reeditada, na qual tivemos oportunidade de confirmar a forte impressão que nos causaram as casas de cupim que vislumbramos em diversos trechos de nossas incursões pelas terras onde outrora viveram os Almeida Ramos. Na visão de Burton (2001, p. 85), as casas de cupim são “grandes colunas ou pirâmides de barro, amarelas ou pardacentas, de acordo com a terra, e chegando às vezes, a uns dois metros de altura”. Assim como observou este naturalista inglês, lembram túmulos, espalhando-se aos pares ou em grupos maiores. Mesmo das atuais estradas de rodagem, não nos escapa a visão dos cupinzeiros que chamaram a atenção do viajante estrangeiro, parecendo abandonados. Entretanto, ensina-nos Burton que, quando abertos, “parecem um hotel monstruoso, tal como Asmodeus o veria, e bastam alguns golpes decididos com uma picareta sobre a dura crosta desses cupinzeiros que parecem desertos, para se ver sair de seu interior uma multidão tão frenética quanto os hóspedes de um hotel que fogem ao grito de ‘Fogo!’.” Mas os estudiosos também nos ensinam que os cupinzeiros não prejudicam sobremaneira os fazendeiros, já que encontram inimigos naturais no solo onde tentam vicejar. Fica-nos o questionamento: estavam os nossos ancestrais habilitados a contornar os males causados ao solo pelos cupinzeiros, assim como pelas formigas e demais partícipes de seu modus vivendi? É ainda de Burton que extraímos, sobre a vida no cupinzeiro: Não se trata, contudo, de uma família feliz, se se leva em conta que o sapo, depois de comer o cupim, é comido pela cobra, e a cobra comida pela seriema, uma ave cujo gosto coincide com o Gypogeranus africanus, mas falta-lhe a caneta atrás da orelha que fez os holandeses dar-lhe denominação tão literária. Há, também, quem acredite que os cupins novos são aprisionados e escravizados, como africanos ocidentais, pela maldosa e impiedosa formiga das fazendas, que representa, assim, o maldoso e impiedoso homem branco. (BURTON, 2001, p. 86) SebollasIniciemos nosso percurso por Santana de Sebollas, um pouco antes de adentrarmos a terra mineira. Lá estivemos enquanto pesquisávamos sobre uma família que, naquela época, pensávamos ter ligações com os Almeida Ramos. Sabíamos que ali Carlos José de Santana, filho de José Joaquim de Santana e Maria Rosa de Jesus, casara-se em junho de 1877 com Emilia Francisca Gonçalves, filha de Antonio Joaquim de Santana e Francisca Maria de Jesus. Suspeitávamos que este casal tivesse vínculos com Joaquim Farto de Almeida, um dos netos de Francisco Farto, filho de outro do mesmo nome. Joaquim Farto nasceu em 1754 em Santa Rita de Ibitipoca e teve, pelo menos, os filhos Jacinta (1781), Teodora (1783), Francisco (1788), Joaquim (1792) e Carlos Gomes de Almeida, nascido em Conceição de Ibitipoca em 1797. Sebollas é o atual distrito de Inconfidência, cujo núcleo urbano fica a cerca de 20 km da sede municipal em Paraíba do Sul. A localidade entrou para a história do Brasil por ter servido de pouso ao alferes Joaquim José da Silva Xavier, o Tiradentes, que dá nome ao atual Museu Sacro e Histórico de Inconfidência. Suas construções mais antigas datam do século XIV. Nossa viagem a Sebollas não trouxe o resultado esperado, já que os livros paroquiais encontravam-se em outra localidade onde estivemos mais tarde. Entretanto, o resultado de nossas leituras levou-nos a concluir que, embora não havendo vínculos familiares no local, certamente os três rapazes de Óbidos passaram por Sebollas. Além do que já houvéramos apurado em Abreu (1975), a recente obra de Santos (2001) nos faz acreditar que nossos ancestrais estiveram naquele pouso antes de seguirem viagem para Minas. Seguindo em direção a Minas, nossos rapazes portugueses provavelmente se depararam com o ambiente descrito mais de cinqüenta anos depois por Saint Hilaire (1975, p. 47): A paisagem que se apresenta aos olhos do viajante quando este entra na Comarca do Rio das Mortes, às margens do Paraibuna, tem algo que impressiona por um misto de desordem e regularidade selvagem. Por toda a parte o rio é dominado por montanhas elevadas; como ele descreve uma volta antes de chegar ao registro, não se vislumbra por esse lado mais que uma pequena parte do seu curso, e dá a impressão de ;que todo ele começa na base de uma montanha mais alta que as outras, e cujo cume absolutamente nu contrasta com a vegetação vigorosa dos morros vizinhos. Nosso percurso para conhecer o provável caminho de entrada em Minas não obedeceu à mesma ordem em que aparece em Saint Hilaire. De Sebollas fomos à Paraíba do Sul e dali rumamos para São José das Três Ilhas. Iniciemos nosso percurso por Santana de Sebollas, um pouco antes de adentrarmos a terra mineira. Lá estivemos enquanto pesquisávamos sobre uma família que, naquela época, pensávamos ter ligações com os Almeida Ramos. Sabíamos que ali Carlos José de Santana, filho de José Joaquim de Santana e Maria Rosa de Jesus, casara-se em junho de 1877 com Emilia Francisca Gonçalves, filha de Antonio Joaquim de Santana e Francisca Maria de Jesus. Suspeitávamos que este casal tivesse vínculos com Joaquim Farto de Almeida, um dos netos de Francisco Farto, filho de outro do mesmo nome. Joaquim Farto nasceu em 1754 em Santa Rita de Ibitipoca e teve, pelo menos, os filhos Jacinta (1781), Teodora (1783), Francisco (1788), Joaquim (1792) e Carlos Gomes de Almeida, nascido em Conceição de Ibitipoca em 1797. Nossa viagem a Sebollas não trouxe o resultado esperado, já que os livros paroquiais encontravam-se em outra localidade onde estivemos mais tarde. Entretanto, o resultado de nossas leituras levou-nos a concluir que, embora não havendo vínculos familiares no local, certamente os três rapazes de Óbidos passaram por Sebollas. Além do que já houvéramos apurado em Abreu (1975), a recente obra de Santos (2001) nos faz acreditar que nossos ancestrais estiveram naquele pouso antes de seguirem viagem para Minas. Sebollas é o atual distrito de Inconfidência, cujo núcleo urbano fica a cerca de 20 km da sede municipal em Paraíba do Sul. A localidade entrou para a história do Brasil por ter servido de pouso ao alferes Joaquim José da Silva Xavier, o Tiradentes, que dá nome ao atual Museu Sacro e Histórico de Inconfidência. Suas construções mais antigas datam do século XIV. Seguindo em direção a Minas, nossos rapazes portugueses provavelmente se depararam com o ambiente descrito mais de cinqüenta anos depois por Saint Hilaire (1975, p. 47): A Freguesia de São José do Rio Preto, ou São José das Três Ilhas, foi instituída por provisão episcopal de 7 de novembro de 1833. A criação do distrito civil só ocorreu em 1850. Estas datas nos desanimaram num primeiro momento. A Igreja é muito nova e ali não encontraríamos informações. Resolvemos então pesquisar as Cartas de Sesmaria e encontramos uma de 09 de dezembro de 1818, concedendo terras na Paragem de São Roque de Monte Verde, Freguesia de Simão Pereira, Termo de Barbacena a Carlos Gomes da Fonseca. Estava resolvida nossa principal dúvida, já que o beneficiário era filho do português Carlos Gomes Monteiro e Antonia Maria de Jesus e portanto irmão de Joaquim Gomes Monteiro, este último pai de Zeferino Antonio Gomes da Fonseca que foi pai de Teresa Maria. Necessário se torna esclarecer que a visita a Três Ilhas tinha sido motivada por pesquisas em torno da família Fonseca, que só mais tarde descobrimos ter descendentes em diversas famílias leopoldinenses. O curioso é que em assentos religiosos relativos a membros da família Fonseca, algumas vezes é informado que moravam na Fazenda Reserva e outras vezes na Fazenda São Roberto. Segundo José Rodrigues de Magalhães Alves, oficial substituto do Cartório de Três Ilhas, a Fazenda São Roberto foi construída pelo terceiro avô dele, Francisco de Assis Alves, localizada em território hoje pertencente ao distrito de Porto das Flores. Não logramos êxito na busca da Carta de Sesmaria que teria dado origem à Fazenda São Roberto. Suspeitamos que as duas fazendas fossem vizinhas e a Reserva estaria localizada nas proximidades da atual divisa entre Santa Bárbara do Monte Verde e Belmiro Braga. A seguir, decidimos pesquisar um pouco sobre a história de Simão Pereira, a mais antiga freguesia daquela região. Simão PereiraA paisagem que se apresenta aos olhos do viajante quando este entra na Comarca do Rio das Mortes, às margens do Paraibuna, tem algo que impressiona por um misto de desordem e regularidade selvagem. Por toda a parte o rio é dominado por montanhas elevadas; como ele descreve uma volta antes de chegar ao registro, não se vislumbra por esse lado mais que uma pequena parte do seu curso, e dá a impressão de ;que todo ele começa na base de uma montanha mais alta que as outras, e cujo cume absolutamente nu contrasta com a vegetação vigorosa dos morros vizinhos. Nosso percurso para conhecer o provável caminho de entrada em Minas não obedeceu à mesma ordem em que aparece em Saint Hilaire. De Sebollas fomos à Paraíba do Sul e dali rumamos para São José das Três Ilhas. São José das Três IlhasTodas as localidades por onde passa o rio do Peixe já foram objeto de nossos olhares, uma vez que nelas residiram os antepassados dos povoadores de Leopoldina. Conta a história que no Sítio de Simão Pereira foi criada a freguesia de Nossa Senhora da Glória em 1718. Vejamos como descreveu Cunha Matos, em obra publicada em 1837. Grande distrito paroquial cuja igreja matriz existe na estrada do Rio de Janeiro para Barbacena, na margem esquerda do Rio do Barros, braço setentrional do Paraibuna, em terreno muito baixo na fralda de uma alta serra, ramo da Mantiqueira. A pequena distância da igreja existe uma humilde casa em que mora o vigário, e na serra fronteira há outra ainda menor, proporcionando, aliás, o terreno as melhores comodidades para uma grande povoação. Dista 35 léguas do Rio de Janeiro, e 43 da cidade do Ouro Preto. Recebeu o nome de Simão Pereira por se achar próxima do lugar em que um homem assim chamado estabeleceu fazenda que ainda se apelida “Sítio do Simão Pereira”. Fica ao norte de outro lugar conhecido pelo nome de Rocinha de Simão Pereira, ambos na estrada real. O distrito próprio de Simão Pereira, dista 23 léguas da cabeça do termo. Tem 98 fogos e 964 almas. Diz ainda Cunha Matos que a paróquia era também conhecida pelo nome de Simão Pereira do Caminho Novo. A Freguesia de Nossa Senhora da Glória do Sítio de Simão Pereira era o primeiro povoado de Minas. Mas, para descrever aquele trecho do Caminho Novo com maior proximidade no tempo, utilizaremos trechos do diário de Saint-Hilaire. Auguste de Saint-Hilaire, cientista francês que viajou pelo interior do Brasil entre 1816 e 1822, deixou-nos preciosas informações sobre o Brasil do início do século XIX. A Segunda Viagem de Saint-Hilaire a Minas começou a 29 de janeiro de 1822, no Rio de Janeiro. No dia 6 de fevereiro entrou em território mineiro. Eis parte de seu relato do dia: Serve o Rio Preto de fronteira às capitanias do Rio de Janeiro e Minas. À extremidade de uma ponte fica uma cidadezinha encostada à montanha, composta de uma única rua muito larga e paralela ao rio. Tem a cidade o mesmo nome do rio; depende do distrito de Ibitipoca e só conta uma igreja não colada, servida por um capelão. As casas de Rio Preto, excetuando-se uma ou duas, são térreas, pequenas, mas possuem um jardinzinho plantado de bananeiras, cuja pitoresca folhagem contribui para o embelezamento da paisagem. Seis dias depois o cientista estava acomodado em uma granja no “Rancho de Manoel Vieira” e seu relato volta a mencionar características da paisagem. Já tendo passado pela “Serra Negra”, informa que todo o percurso é um subir e descer muito cansativo. Sobre o Rio do Peixe que atravessara “um quarto de légua” antes, diz apenas; “passamos, sobre uma ponte de madeira, o pequeno rio chamado Rio do Peixe e pelo percurso vimos várias fazendas”. Já no relato de sua primeira viagem Saint-Hilaire declarou-se impressionado com o que chamou de “misto de desordem e regularidade selvagem”, com a atenção voltada para “as montanhas que se misturam no horizonte e fazem pensar que o rio nasce na elevação posterior à que primeiro se avizinha” quando, ao passar posteriormente por ela, constatou que as águas vinham de um ponto bem mais distante. Século e meio depois o grande poeta Carlos Drumond de Andrade nos brindou com suas fortes impressões das montanhas de Minas. Antes de prosseguirmos, transcrevemos mais um trecho da primeira viagem. O primeiro lugar habitado que se encontra depois do Paraibuna é Rocinha da Negra, onde se vê um rancho e uma venda construídas em um vale à margem de um regato. Pouco mais longe, passa-se diante de uma choça denominada Três Irmãos, e em breve se chega à povoação de Vargem, localizada em um amplo vale rodeado de morros. O nome Vargem, sinônimo da palavra portuguesa várzea, se aplica geralmente a essas espécies de planícies úmidas e rodeadas de elevações que são bastante comuns nas partes montanhosas do Brasil, e diferem um pouco do resto do país pela vegetação. Em nota do próprio autor ao texto acima, ficamos sabendo que ele foi recebido de maneira muito cordial em Vargem e que por isso faz questão de denunciar um outro viajante estrangeiro que teria sido tão bem recebido quanto ele e que, no entanto, depois teria “vilipendiado” o hospedeiro. Santa Bárbara do Monte VerdeSeguindo o percurso inverso ao que julgamos ter sido realizado pelos Almeida Ramos, visitamos Santa Bárbara do Monte Verde em duas oportunidades. Não logramos êxito na busca da fazenda que pertenceu ao Barão de Santa Bárbara, personagem que acreditávamos descender de Antonio de Almeida Ramos. Muitas foram as nossas buscas em Santa Bárbara do Monte Verde, bem como na documentação relativa àquele município que se encontra no Arquivo Público Municipal de Juiz de Fora. Mas foi somente neste ano de 2007 que, com a ajuda do pesquisador Júlio Sales Moreira, tivemos êxito na confirmação de nossa hipótese: descendentes de Antônio de Almeida Ramos deixaram a região da Serra da Ibitipoca no início do século XIX, vindo povoar os atuais municípios de Santa Bárbara do Monte Verte e Rio Preto. O quinto filho de Antônio de Almeida Ramos e Maria de Oliveira Pedrosa foi João de Almeida Ramos, batizado em Santa Rita de Ibitipoca no dia 16 de abril de 1769. Casou-se a 3 de março de 1794, em Santa do Garambeo, com Teresa Maria de Jesus, filha do açoriano Manoel José do Bem e de Teresa Maria de Jesus. Ressalte-se que Teresa era filha do português Inácio Franco e da ilhoa Maria Tereza de Jesus. Portanto, a esposa de João de Almeida Ramos tinha relação de parentesco com ancestrais de grande parte da população de Leopoldina. João de Almeida Ramos e Teresa Maria de Jesus foram pais de Francisco, Rita, Manoel Antonio de Almeida Ramos, João de Almeida Ramos Filho, Ana Bernardina de Almeida e Maria Teresa. Destaque-se que Ana Bernardina de Almeida casou-se com Manoel Rodrigues da Silva, formador da fazenda Puris no então Curato de São Sebastião do Feijão Cru. Também por João de Almeida Ramos Filho, que se casou com Joaquina Felisbina de Jesus, vamos encontrar descendentes em Leopoldina no século XIX. Mas as nossas viagens a Santa Bárbara tinham sido motivadas pelo terceiro filho de João de Almeida Ramos e Teresa Maria de Jesus: Manoel Antonio de Almeida Ramos. Em literatura publicada em meados do século XX, observamos que eventualmente os autores consideravam que Manoel Antonio de Almeida, conhecido como Comendador em Leopoldina, era tido como sendo o mesmo Manoel Antônio de Almeida Ramos que viveu em Santa Bárbara do Monte Verde. Houve, parece-nos, um engano provocado pela semelhança de nomes. Entretanto, o “nosso” Manoel Antônio de Almeida foi o filho caçula de Antonio de Almeida Ramos e Maria de Oliveira Pedrosa, sendo tio do Manoel Antonio de Almeida Ramos de Santa Bárbara do Monte Verde. Tantos anos depois de nossas buscas, Júlio Sales Moreira ofereceu-nos cópias de documentos que esclareceram definitivamente a questão. Através de um Titular do Império – o Barão de Santa Bárbara, o Júlio colocou um ponto final na questão. O Barão, cujo nome foi João Evangelista de Almeida Ramos, era filho de Manoel Antônio de Almeida Ramos e Joana Tereza do Espírito Santo. Era, portanto, sobrinho neto do nosso Manoel Antônio de Almeida e bisneto de Antônio de Almeida Ramos. Rio PretoQuando escrevemos o texto sobre os Almeida Ramos e os Farto de Almeida (CANTONI, 1978), citamos como possibilidade o vínculo entre as duas famílias. Entretanto, conclusões apressadas de outros autores haviam nos desanimado, já que nenhum deles tinha aventado a hipótese de ligação entre as famílias de dois Titulares do Império que descendem de Antônio de Almeida Ramos. Já em nossa reunião de 1998 foram abordadas as grandes dificuldades para se chegar aos livros paroquiais desta e de outras antigas localidades onde nossos antepassados viveram. A Capela do Senhor dos Passos do Presídio do Rio Preto, segundo Trindade (1945, p. 242), foi erigida em 1831, a pedido de João Alves Garcia. Elevada a Freguesia em 1832, desmembrada da Freguesia de Conceição de Ibitipoca, quatro anos depois foi instituída canonicamente. Segundo o mesmo autor, em 1838 as obras de construção da matriz ainda não estavam concluídas. Através das pesquisas realizadas no Arquivo Histórico da Prefeitura de Juiz de Fora, e de consultas ao material disponível na Casa de Cultura de Rio Preto e no acervo do Seminário Santo Antônio em Juiz de Fora, apuramos que descendentes dos três jovens de Óbidos viveram em território do atual município de Rio Preto, MG. Além do já citado Manoel Antônio de Almeida Ramos, pai do Barão de Santa Bárbara, outros filhos e netos de Antonio de Almeida Ramos, de Agostinho de Almeida Ramos e de Francisco Farto de Almeida, são referidos em diversos documentos encontrados no Fórum de Rio Preto. Acreditamos que outras pesquisas venham a esclarecer detalhes sobre estas ligações, incluindo a ascendência do Barão de Almeida Ramos, título concedido a Joaquim de Almeida Ramos. Chapéu d’Uvas e BarbacenaQuisemos acompanhar a narrativa de Richard Burton por ali termos encontrado referência a Chapéu d’Uvas, um dos povoados que contaram com os Almeida Ramos no seu nascedouro. O viajante inglês (BURTON, 2001, p. 88) informa que o nome Chapéus d’Uvas refere-se a um cultivador de parreiras que as oferecia para matar a sede dos viajantes que por ali passavam. Acrescenta que naquela localidade encontravam-se dois caminhos: o do Mato, a nordeste, e o do Campo, direção noroeste. Quanto à aparência, o súdito do império britânico destacou o aspecto de pousada à beira da estrada, uma rua, uma capela pobre e pouca possibilidade de fornecer o necessário para o consumo local. Isto, lembremos, numa impressão de 1867. Com o intuito de dar voz aos viajantes estrangeiros, em suas descrições das localidades que vimos estudando, transcrevemos mais um trecho de Burton (2001, p. 114), para sabermos qual a impressão que lhe causou Barbacena.
Barbacena da Rainha fica a 21º13’9" 1 de lat. S. e 0º49’43"3 de long. O. (Rio), no ponto culminante do planalto, a 1.270 metros, em números redondos acima do nível do mar. O clima é essencialmente temperado; a temperatura máxima anual é de 26,6º à sombra. A cidade teve sua origem no Arraial da Igreja Nova da Borda do Campo, pouso para as tropas entre Ouro Preto (22 léguas) e Petrópolis (40 léguas); seu comércio principal consistia em quitandas e comestíveis semelhantes, vendidos por algumas velhas. O lugar era muito adequado para uma povoação de tal origem. No Brasil, as cidades fundadas por eclesiásticos ocupam as melhores posições, colinas e elevações com uma bela vista; os leigos preferiam os terrenos baixos, perto da água e do ouro. A localidade foi elevada a vila em 1791, pelo famoso ou infame Visconde de Barbacena, capitão-general das Minas, que lhe deu seu próprio nome. Mawe (1809) descreve-a como uma povoação de 200 casas, governada por um ouvidor ou juiz auditor. Foi elevada a cidade por lei provincial de 9 de março de 1849. A população do município era em 1864, de 23.448 almas, com 1.954 votos e 39 eleitores, cobrindo 1.400 alqueires de terra. A cidade tinha 5.000 habitantes em 1849; era, então, uma espécie de oásis central do deserto formado pelo mato meridional, a região coberta de florestas que havíamos atravessado e pelos campos do norte, que iríamos atravessar. Com estes comentários esperamos ter completado o percurso que fizemos em busca da trajetória dos três rapazes de Óbidos. As demais localidades onde viveram, diversas vezes citadas em nossos textos anteriores, poderão vir a merecer novas referências futuras. Especialmente quando lograrmos êxito nas buscas ainda em andamento. Referências BibliográficasABREU, Capistrano de. Caminhos antigos e povoamento do Brasil. 4. ed. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1975. AGASSIZ, Jean Louis Rodolph. Viagem ao Brasil 1865-1866. Brasília : Senado Federal, Conselho Editorial, 2000. ALMEIDA, Nilza. Caderno de Família: As tecelãs de Ibitipoca. Leopoldina, MG: do autor, 1972. BARBOSA, Waldemar de Almeida. Dicionário Histórico Geográfico de Minas Gerais. Belo Horizonte: Itatiaia, 1995. p. 46 BURTON, Richard Francis. Viagem do Rio de Janeiro a Morro Velho. Brasília : Senado Federal, Conselho Editorial, 2001. CANTONI, Nilza. Caderno de Família 3: Os Moradores do Caminho Novo. Leopoldina, MG: do autor, 1976 CANTONI, Nilza. Entre nós: Almeida Ramos ou Farto de Almeida. Leopoldina, MG: do autor, 1978 CANTONI, Nilza. Os 3 jovens do Concelho de Óbidos. Leopoldina, MG: Jornal da Terra, 2001 Cartas de Sesmaria. Belo Horizonte: Revista do Arquivo Público Mineiro, 1988 Enciclopédia dos Municípios Brasileiros – IBGE, 1960 – vol VII, fls 444 MATOS, Raimundo José da Cunha. Corografia Histórica da Província de Minas Gerais (1837) – Belo Horizonte, Itatiaia, 1981 SAINT-HILAIRE, Auguste de. Segunda Viagem do Rio de Janeiro a Minas Gerais e a São Paulo – Belo Horizonte: Itatiaia, 1974 SAINT-HILAIRE, Auguste de. Viagem pelas Províncias do Rio de Janeiro e Minas Gerais. Belo Horizonte, Itatiaia, 1975. SANTOS, Márcio. Estradas Reais: introdução ao estudo dos caminhos do ouro e do diamante no Brasil. Belo Horizonte: Estrada Real, 2001 TRINDADE, Cônego Raimundo. Instituições de Igrejas no Bispado de Mariana. Rio de Janeiro: SPHAN, 1945 |
São Sebastião da Cachoeira Alegre
Freguesia de 1887, pertencente à Paróquia de São Paulo de Muriaé, São Sebastião da Cachoeira Alegre ocupava grande extensão territorial, com 470 fazendas e 4.000 habitantes na década de 1870. No seu extremo sul apareceu, ao final dos anos de 1880, o povoado de Bom Jesus da Cachoeira Alegre com metade da extensão territorial e população. Quando Palma alcançou autonomia administrativa, a população somada de São Sebastião e Bom Jesus era 40% superior à de Palma. No processo de incorporação, os 4.200 habitantes de São Sebastião permaneceram vinculados a Muriaé e os de Bom Jesus passaram a Palma que teve, então, sua população aumentada de 5.000 para quase 8.000 habitantes. Houve muita disputa política entre o final do século anterior e a primeira década do século XX, com os administradores de Palma querendo exercer o poder sobre São Sebastião da Cachoeira Alegre. Em 1911 veio a decisão a favor de Palma, o que não agradou aos moradores. Prosseguiram as disputas até que, em 1920, São Sebastião da Cachoeira Alegre passou para o distrito de Silveira Carvalho, pertencendo a Muriaé. Entre os mentores desta nova divisão administrativa encontram-se, entre outros, os Silveira Carvalho, Duarte, Almeida, Rocha, Lammoglia, Meloni e Montovani. Bom Jesus da Cachoeira Alegre permaneceu em Palma até 1962, quando o distrito de Morro Alto foi elevado a município com o nome de Barão de Monte Alto. O principal motivo da separação foi o abandono a que estava relegado o distrito de Morro Alto, ao qual Bom Jesus havia sido incorporado. Na década de 1920 as localidades de Morro Alto, Bom Jesus e São Sebastião receberam muitos imigrantes portugueses, atraídos pelo baixo preço das terras esgotadas pela monocultura de café. Desde o final do século anterior já havia grande número de imigrantes, especialmente italianos, em São Sebastião da Cachoeira Alegre. A multiplicação de pequenas propriedades, onde outrora existiram verdadeiros latifúndios produzindo apenas café, modificou sensivelmente o panorama local. Muriaé, que foi o 16º município brasileiro em produção cafeeira naquele 1920, aos poucos passou a dedicar-se a outras atividades, liberando grande extensão de terras para os neo-agricultores. Assim, portugueses e italianos atingiram o sonho da terra própria. Infelizmente, porém, foram os mais atingidos pela quebradeira de 1929.
Entre outras famílias que participaram desta retomada do crescimento está a do tio do poeta Miguel de Torga, que saiu de Leopoldina para comprar a Fazenda de Santa Cruz em São Sebastião da Cachoeira Alegre, na época distrito de Muriaé com o nome de Silveira Carvalho. Seus familiares estão profundamente vinculados ao movimento político que resultou na criação do município de Cachoeira Alegre e permaneciam em sua administração até a realização desta pesquisa, em 2001. Quanto aos descendentes de italianos, a geração nascida a partir de 1930 conheceu dificuldades inomináveis. Embora a energia elétrica tenha chegado a Muriaé em 1910, seus distritos só a conheceram dez anos mais tarde. Por outro lado, Palma só teve energia elétrica a partir de 1920 e até 1964 este benefício não tinha chegado ao distrito de Morro Alto. Da mesma forma teve influência a baixa escolarização dos habitantes. Apesar de Muriaé oferecer educação nos distritos desde o final do século XIX, as disputas políticas em São Sebastião da Cachoeira Alegre impediram a criação de escolas antes de sua re-anexação à antiga sede. Enquanto Muriaé contava com 36 núcleos de educação básica em 1916, o município vizinho atendia apenas a população da área urbana em suas 6 escolas. Este texto foi composto a partir de informações obtidas em: – entrevistas com descendentes dos Correia da Rocha; – entrevistas com descendentes de italianos; – relatórios da Presidência da Província de Minas Gerais; – dados estatísticos fornecidos pelo Centro de Documentação da Fundação IBGE; – dados estatísticos da Secretaria Estadual de Educação de Minas Gerais; – Fundação Henrique Hastenreiter e sua Revista de Historiografia Muriaeense; – Revista Municípios, número dedicado a Muriaé; – FARIA, Maria Auxiliadora de. O que ficou dos 178 anos da história de Muriaé. Itaperuna, RJ: Damadá, 1985. |
Raízes no Rio Pardo
Mauro de Almeida Pereira, autor de “Os Almeidas, os Britos e os Netos em Leopoldina”, foi quem direcionou meus passos para Argirita mesmo sem que ele próprio soubesse de nossa ligação com o antigo Curato do Senhor Bom Jesus do Rio Pardo.
Desde o lançamento de seu livro em 1966 e até alguns meses antes de sua morte em junho de 2001, o Mauro foi meu principal interlocutor. No início era dele que eu ouvia as principais referências que serviram de base para estabelecer minha estratégia de buscas. Nos últimos anos ele foi o ouvinte atento, sempre vibrando com cada nova descoberta.
Pois bem! Pesquisando a genealogia dos Almeidas o Mauro descobriu que a avó materna dele era filha de Carolina Rosa, de quem se dizia ser parente do Alféres José Joaquim da Silva Xavier. Durante muitos anos ele acreditou que o parentesco viria através da mãe de Carolina Rosa. Mas, ao tempo em que pesquisava ativamente, era ainda mais difícil encontrar documentos probatórios das lendas familiares. Além disso, ele confiou nas informações publicadas por Artur Vieira de Rezende e Silva em “Genealogia Mineira”, acreditando que ali foram listados todos os parentes do Tiradentes que viveram em nossa região. Somente na década de 80 apresentei ao Mauro uma hipótese que justificasse a memória familiar. Ele achou válida e passamos a buscar provas documentais para defendê-la.
Tal hipótese transferia para a ascendência paterna de Carolina Rosa o parentesco com Tiradentes e acrescentava um sobrenome ao que já conhecíamos como sendo o terceiro-avô materno do Mauro. Compulsando diversas fontes, encontrei em “Velhos Troncos Mineiros” do Cônego Raimundo Trindade, a afirmação de que o personagem que eu acreditava ser pai de Carolina Rosa foi filho único e faleceu em 1845, na Fazenda Campo Limpo, em Leopoldina. Infelizmente nós ficamos com a publicação do Cônego Trindade e não mais procuramos documentos em Leopoldina, após constatarmos que não existia o inventário do personagem em questão e tampouco de seus pais.
Já na década de 90 consegui acesso ao Arquivo da Prefeitura Municipal de Leopoldina e, para nossa surpresa, constatamos que a informação do Cônego Trindade não procedia. Encontrei o pai e o avô de Carolina Rosa como eleitores do Curato de Bom Jesus do Rio Pardo em 1862!
A partir daí foi fácil reordenar os dados colhidos em diversos documentos e demonstrar minha hipótese. Para tanto voltei a pesquisar todos os documentos possíveis sobre Argirita. O resumo desta busca foi publicado sobre o título Pioneiros Esquecidos, há cerca de um ano. O conjunto das pesquisas permitiu compor um estudo da história de Argirita. Futuramente poderão ser acrescentados outros dados já que ainda existe a hipótese dos pais de Carolina terem sido primos por parte de pai e, a se confirmar, alguns textos sofrerão modificação.
§ Antonio Felisberto da Silva Gonçalves, nascido a 2 janeiro 1804 em São João d’El Rei, MG; faleceu entre 1865 e 1868 em Argirita ou Aventureiro. Era filho de Felisberto Gonçalves Silva e Ana Bernarda da Silveira. Antonio Felisberto casou-se com Francisca de Paula de São José, nascida por volta de 1815 provavelmente em Baependi, MG.
§ De Antonio Felisberto e Francisca de Paula encontramos apenas a filha Carolina Rosa de São José, nascida por volta de 1831 em território do então Distrito de Bom Jesus do Rio Pardo. Carolina casou-se com Francisco de Paula Pereira Pinto, filho de Carlos Pereira Pinto e Francisca Augusta. Do casal Carolina Rosa e Francisco de Paula Pereira Pinto descende o Mauro de Almeira Pereira e muitos outros usuários do sobrenome Almeida em Leopoldina e cidades vizinhas.
§ Felisberto Gonçalves Silva nasceu em São Sebastião do Rio Abaixo e faleceu em 1863 em Argirita, MG. Era filho de Domingos Gonçalves de Carvalho e Maria Vitória de Jesus Xavier. Felisberto casou-se com Ana Bernarda da Silveira no dia 29 setembro 1802 em São Tiago, Ibituruna, São José del Rei, MG.
§ Ana Bernarda da Silveira nasceu em 1789 em São João d’El Rei, filha de Bernardo José Gomes da Silva Flores e Joaquina Bernarda da Silveira.
§ Domingos Gonçalves de Carvalho, nascido por volta de 1740 em São João de Arneja, Bastos, Portugal, era filho de Antonio Gonçalves e Maria Mendes. Domingos casou-se com Maria Vitória de Jesus Xavier em 1 outubro 1759 na Igreja de Nossa Senhora da Conceição dos Prados, MG.
§ Maria Vitória de Jesus Xavier, nascida por volta de 1742 em São João d’El Rei, MG, era filha de Domingos da Silva Santos e Antonia da Encarnação Xavier.
§ Bernardo José Gomes da Silva Flores, nascido em San Thiago de Lobam, Porto, Portugal, era filho de Manoel Gomes da Silva e Maria Rosa de Jesus. Bernardo casou-se com Joaquina Bernarda da Silveira no dia 26 agosto de 1787 em São João del Rei, MG.
§ Joaquina Bernarda da Silveira, nascida por volta de 1770 em São João d’El Rei, MG, era filha de Anastácio José de Souza e Maxima Jesuina da Silveira.
Primeiros Moradores de Providência
Este estudo sobre os primeiros moradores do distrito de Providência foi inicialmente publicado em 2001, com o título de Primeiros Moradores do Quarto Quarteirão do Feijão Cru, no site do Arquivo Histórico de Além Paraíba, seção destinada ao Centro de Pesquisas Sertões do Leste – CEPESLE. Posteriormente obtivemos muitas outras informações que complementam e corrigem o apurado até aquele momento. Parte delas foi incorporada a esta revisão de 2012. Recomendamos fortemente que sejam consultadas outras matérias disponíveis neste site.
A historiografia local ainda não dedicou maior atenção ao início do povoamento de nossa região. Querem alguns que a data inicial seja a da concessão das sesmarias. Oras, é sabido que muitas vezes a Carta de Sesmaria era passada após a ocupação. Em outros casos o beneficiado com as terras nelas instalou prepostos e só veio a ocupá-las muitos anos depois. Sendo assim, ao lado do levantamento das Sesmarias concedidas, analisamos outros documentos que pudessem nos dar uma idéia de quais teriam sido as primeiras famílias a habitarem o local. Temos certeza de que nosso estudo não está completo. Provavelmente ainda encontraremos outros indícios que venham a modificar nossa atual posição.
No momento temos indicações de que as terras hoje ocupadas pelo distrito de Providência, bem como uma parte de Abaíba, durante muito tempo reunidas no chamado Quarto Quarteirão, receberam o habitante livre nos anos de 1820. No decorrer da década, ali se instalaram pelo menos três famílias que eram chefiadas por Bernardo José Gonçalves Montes. Joaquim Cezário de Almeida e Romão Pinheiro Corrêa de Lacerda.
Optamos por falar da proto história de Providência através das mais antigas famílias encontradas em seu território, indicando-as em ordem alfabética de sobrenome e separadas por períodos de efetiva moradia.
ALMEIDA RAMOS
O primeiro estudioso desta família, e também um dos maiores pesquisadores da história de Leopoldina, foi Mauro de Almeida Pereira. Em 1966 publicou o livro Os Almeidas, os Britos e os Netos em Leopoldina, obra de referência para quantos se interessam pelo levantamento dos povoadores da cidade, com versão digital disponível neste site. Como seguidores do Mauro Almeida, falecido a 21 de junho de 2001, apresentamos o desenvolvimento dos estudos por ele iniciados sobre o casal Manoel Antônio de Almeida e Rita Esméria de Jesus. Esclarecemos que o povoador Manoel Antônio de Almeida, citado como Comendador em diversas obras, era filho de Antônio de Almeida Ramos, donde provém o sobrenome composto.
Joaquim Cezário de Almeida nasceu em 1804 em Santana do Garambéu, MG, filho de Inácio José do Bem e de Antônia Maria de Almeida, irmã de Manoel Antônio de Almeida acima citado. Acompanhou o tio na mudança para as terras do Feijão Cru, estabelecendo-se no território depois denominado Quarto Quarteirão. Estava recém casado com sua prima Luciana Esméria de Almeida, filha do mesmo Manoel Antônio de Almeida.
Joaquim Cezário formou a Fazenda do Tesouro, cuja localização merece comentários mais detalhados. Divisava por um lado com as terras de Bernardo José Gonçalves Montes e por outro com as de José Ferreira Brito e Francisco José de Freitas Lima, estes localizados entre Abaíba e Conceição da Boa Vista. Ao sul divisava com terras posteriormente ocupadas por Manoel José Monteiro de Castro e Antônio Augusto Monteiro de Barros Galvão de São Martinho.
Em 1851, ao ser criado o Curato de Nossa Senhora da Conceição da Boa Vista, Joaquim Cezário aparece como proprietário na divisa daquele distrito. O que nos levou a concluir que suas terras ficassem no território hoje pertencente a Abaíba. No entanto encontramos documentos da Câmara Municipal de Rio Pomba em que se faz referência ao Tesouro do Feijão Cru como tendo sido o nome de Leopoldina entre 1831 e 1834. Pela leitura de vários documentos, passamos a suspeitar que a Fazenda do Tesouro era mais próxima das nascentes do Feijão Cru pequeno, onde se estabeleceu Manoel Antônio de Almeida, tio e sogro de Joaquim Cezário. Nesta hipótese, Joaquim Cezário teria ocupado terras limítrofes à atual sede do distrito de Providência. O que seria confirmado através da análise de batismos e casamentos de seus descendentes.
Joaquim Cezário de Almeida faleceu a 18 Março 1855. Sua esposa Luciana Esméria permaneceu na Fazenda do Tesouro, onde faleceu a 1 Março 1864. Dos filhos do casal, encontramos vinculados a Providência ao final do século dezenove apenas o primeiro e a quarta filha.
– João Basílio de Almeida casou-se com Augusta Leopoldina Rezende Martins e faleceu a 15 Dezembro 1882 deixando viúva e 12 filhos na Fazenda Alto da Cachoeira. Sua descendência está descrita entre os Gonçalves Montes, já que sua esposa foi a nona filha de Bernardo José Gonçalves Montes. Nas Eleições realizadas em setembro de 1868, João Basílio foi um dos eleitores ausentes, provavelmente em solidariedade a tantos que discordaram do direcionamento que estava sendo dado ao município.
– Maria Cezária de Almeida casou-se com seu primo João Ferreira de Almeida, filho de João Rodrigues Ferreira Brito e Messias Esméria de Almeida, sendo neto materno de Manoel Antônio de Almeida e paterno de Bento Rodrigues Gomes. Ou seja, o casal descendia dos troncos povoadores de Leopoldina. A Fazenda de Maria Cezária e João ficava ao sul da estrada que ligava Abaíba a Leopoldina, na margem direita do Ribeirão São Lourenço, território que pertenceu ao distrito de Providência.
GONÇALVES MONTES
Bernardo José Gonçalves Montes nasceu em Prados, entre 1780 e 1788. Filho de José Gonçalves Montes, português, e de Rosa Felícia de Jesus, natural de Prados. Neto paterno de Maria Luisa do Monte e Pedro Gonçalves Poça, nascido a 20 de outubro de 1675. Por este era bisneto de Maria Dias e João Gonçalves da Poça, nascido a 29 de junho de 1657 na Freguesia da Alheira, Orago de Santa Marinha, Concelho de Barcelos, Braga, Portugal. A avó paterna, Maria Luisa do Monte, era filha de Estêvão Luis e Maria Domingues.
Por parte de mãe, Bernardo José era neto de Bernardo Rodrigues Dantas, nascido a 17 de agosto de 1694 em Santa Maria de Sá, Concelho Ponte de Lima, Viana do Castelo, Portugal e falecido em Prados a 1º de março de 1773. A ascendência de Bernardo Rodrigues Dantas é bem conhecida entre os estudiosos. Era filho de Pascoal Rodrigues, nascido a 17 de junho de 1678 e Paula Rodrigues, nascida a 7 de setembro de 1683. Pascoal era filho de João Fernandes e Esperança, ambos naturais do Concelho de Ponte de Lima. Paula era filha de Antônio Fernandes Souto e Maria Rodrigues, naturais do mesmo Concelho, e irmã de Ana Joana da Conceição, que em 1799 casou-se, em Santana do Garambéu, com José Francisco Machado.
A avó materna, Catarina de Assunção Xavier, é ainda mais conhecida. Nascida a 25 de dezembro de 1719 em São José del Rei, atual Tiradentes, casou-se a 9 de abril de 1736 no mesmo lugar e faleceu em Prados a 29 de dezembro de 1802. Era filha de Domingos Xavier Fernandes, nascido a 26 de agosto de 1683 no Famalicão, Braga, Portugal, por ele neta de Domingos Rodrigues e Catarina Fernandes. A mãe de Catarina, Maria de Oliveira Colaça, era filha de Antônio de Oliveira Setúbal e Isabel de Oliveira Colaça.
Por este casal, poderemos prosseguir até o século dezesseis, através de genealogias publicadas por diversos estudiosos, incluindo-se o renomado Silva Leme e nosso conterrâneo Pedro Wilson Carrano de Albuquerque. Observe-se que a avó materna de Bernardo José Gonçalves Montes era irmã de Antônia da Encarnação Xavier, mãe do Alferes José Joaquim da Silva Xavier.
Dos irmãos de Bernardo José, encontramos os nomes de Antônio Rodrigues Dantas, Maria Rosa Montes e Severino José Montes. Não pesquisamos a descendência desses irmãos. Mas, acreditamos que Severino possa ser ancestral de outros antigos moradores do Feijão Cru. Da mesma forma supomos que o tio paterno João Gonçalves Montes, casado com Paula Maria de Assunção, possa ser ancestral de leopoldinenses que aqui chegaram muito tempo depois do início do povoamento.
Dos tios pelo lado materno encontramos numerosas ligações familiares não só em Providência como em todo o município de Leopoldina. Tanto através de sobrinhos do Alferes Tiradentes, como também por filhos de Bernardo Rodrigues Dantas e Catarina de Assunção Xavier que podem ser, entre outros, ancestrais da família Vale tão numerosa em Leopoldina.
Casou-se Bernardo José com Maria Antonia de Jesus, também natural de Prados. O pai de Maria Antônia, Antônio Francisco Teixeira Coelho, recebeu uma sesmaria a 28 de março de 1818. Não sabemos se chegou a ocupá-la. O que sabemos é que a sesmaria foi o dote de casamento da filha, por volta de 1824. Analisando batismos e casamentos de filhos e netos de Bernardo José e Maria Antônia, concluímos que logo após o casamento eles vieram habitar as terras do Feijão Cru.
Entre 1824 e 1850, Bernardo José trocou parte de suas terras por outras e também comprou as terras de Feliciano Rodrigues Moreira, outro pioneiro do Quarto Quarteirão. O casal tronco dos Gonçalves Montes residiu na Fazenda do Sossego e seus filhos ocuparam outras propriedades da margem direita do Córrego de São Lourenço. Bernardo José Gonçalves Montes faleceu em 1861, deixando vasta descendência.
Abrimos um parenteses para mencionar um dos mais antigos moradores do Feijão Cru, cuja família não será aqui estudada por não ter estado localizada no território de Providência. Antônio Rodrigues Gomes (filho), batizado em Santa Rita de Ibitipoca-MG a 5 Junho 1786, transferiu-se para nossa região na mesma época em que Bernardo veio aqui residir. A 20 Abril 1829 comprou parte de uma sesmaria que tinha sido doada aos Lacerda. Ali formou a Fazenda do Córrego do Moinho.
Filhos do casal pioneiro, todos nascidos no Quarto Quarteirão do Feijão Cru:
i. Antonio Rodrigues Montes, casado com Maria Gabriela Moreira.
ii. Bernardo Rodrigues de Rezende Montes, casado com Ana Ignacia de Almeida, radicou-se em Chiador-MG.
iii. Maria Rodrigues Montes.
iv. Ana Antônia de Jesus, casada pela primeira vez com José Antônio de Almeida Ramos e segunda vez com Domingos Marques de Oliveira.
v. Joaquina Cândida de Jesus, casada com Manoel José Pereira da Silva.
vi. João Rodrigues de Rezende Montes, casado com Deolinda Clara de Valadão.
vii. Manoel José de Rezende Montes, casado a primeira vez com Maria Antônia de Jesus e a segunda vez com Maria Rosa da Silveira.
viii. Claudina Celestina de Jesus, casada com João Francisco Pereira.
ix. Augusta Leopoldina Rezende Martins, casada a primeira vez com João Basílio de Almeida e a segunda vez com Bernardo Rodrigues Ferreira Gomes.
x. José de Resende Montes, casado com Tereza Joaquina de Jesus.
xi. Maria Umbelina da Anunciação, casada primeira vez com Francisco Rodrigues Gomes de Almeida e a segunda vez com José Marinho de Freitas.
xii. Inacia Presceliana de Rezende Montes, casada a primeira vez com Antônio Carlos de Oliveira e a segunda vez com José de Rezende Montes.
xiii. Zeferino José de Resende Montes, casado com Ignes Luiza da Silva.
xiv. Rita Firmina Montes.
xv. Querino de Resende Montes, casado a primeira vez com Julia Ferreira de Rezende e a segunda vez com Vitalina da Penha Cabral.
Consta que houve mais um filho: Francisco de Sales Montes casado com Ana Umbelina de Moraes. No entanto, analisando nascimentos e casamentos de descendentes de Francisco e Ana Umbelina, concluímos que as datas tornam incompatível a filiação.
Como dissemos anteriormente, ao formarem suas próprias famílias os filhos de Bernardo José e Maria Antônia ocuparam terras nas margens do Corrego São Lourenço. Ao final do século dezenove, por ocasião da criação dos distritos de Providência e Abaíba, encontramos referências a muitos descendentes deste pioneiro residindo naquela região.
PINHEIRO CORRÊA DE LACERDA
A Família Pinheiro Corrêa de Lacerda tem sido objeto de estudo de vários pesquisadores, já que as duas primeiras sesmarias a citarem o nome “Feijão Cru” foram concedidas a dois de seus membros: Fernando Afonso e Jerônimo Pinheiro Corrêa de Lacerda beneficiados com duas sesmarias em outubro de 1817. Por conta disso, muitos são os que acreditam terem sido eles os primeiros habitantes livres do território onde nasceu Leopoldina. Esta não é nossa opinião, formada a partir da análise dos mais antigos documentos que pudemos encontrar sobre a história de Leopoldina. E que se aproxima da opinião de antigos articulistas da história local, segundo os quais os Lacerda foram grandes desbravadores da zona da mata através de um método peculiar: obtinham as sesmarias e as vendiam no todo ou em parte aos habitantes da região de Santa Rita de Ibitipoca.
Irmão de Fernando Afonso e Jerônimo, Álvaro Pinheiro Corrêa de Lacerda foi batizado a 22 Julho 1755 em Bom Jardim. Casou-se na Matriz de Nossa Senhora da Piedade da Borda do Campo (Barbacena), a 23 Fevereiro 1797 com Ângela Maria do Livramento, filha de Manoel Francisco Braga e Tereza Maria de Jesus. Ângela vivia em território do Feijão Cru em 1831, já viúva. Filhos do primeiro casamento de seu marido também já estavam por aqui: Ana de Souza, Francisco Pinheiro Corrêa de Lacerda e Romão Pinheiro Corrêa de Lacerda.
Dos cinco filhos que pudemos localizar em Leopoldina, somente de um temos informações sobre ligação com o território de Providência: Romão Pinheiro Corrêa de Lacerda. Lembrando que sua irmã Ana foi casada com Bernardo José da Fonseca, citado em diversos estudos da história de Leopoldina, Romão é o personagem que nos remete às terras localizadas no então chamado Pirapetinguinha, ou pequeno braço do Pirapetinga. Querem alguns que Romão tenha sido encarregado pelos Monteiro de Barros para a formação de fazendas naquela região. De fato pudemos comprovar que os Monteiro de Barros só vieram ocupar aquelas terras mais tarde. Mas, antes disso Romão já estava residindo em sua Fazenda da Memória, cujo nome permanece apenas na ponte existente na estrada de Providência para Leopoldina. A fazenda limitava-se com terras posteriormente ocupadas por José Augusto Monteiro de Barros e foi sucessivamente dividida e vendida. Dentre os compradores, localizamos Antônio Prudente de Almeida adquirente entre 1838 e 1841.
A Fazenda da Memória foi comprada por Romão a Manoel Gomes de Oliveira. Citado como Major Manoel Gomes, este primeiro proprietário teria sido um militar que atuou na investida contra o Descoberto do Macuco, no famoso episódio de caça ao Mão de Luva. Fato ocorrido entre 1784 e 1786. É corrente entre historiadores atuais que membros da diligência comandada por Pedro Afonso Galvão de São Martinho, após cumprida a missão para a qual foi destacada, demoraram-se pelos então chamados “Sertões do Leste”, requerendo e obtendo sesmarias onde se fixaram com suas famílias.
Um outro aspecto que ressalta dos documentos é a ocupação efetiva das sesmarias doadas aos Monteiro de Barros. Conforme diversos autores já levaram ao conhecimento público, a família Monteiro de Barros recebeu doação de 14 sesmarias dentro do território onde se formou Leopoldina. Estas doações ocorreram em março de 1818, seis meses após as doações aos Pinheiro Corrêa de Lacerda e no mesmo mês da doação ao sogro de Bernardo José Gonçalves Montes. Fizemos um levantamento das sesmarias concedidas no entorno do Feijão Cru e concluímos que os Pinheiro Corrêa de Lacerda não foram os primeiros beneficiários. Entre 1812 e 1813 foram doadas diversas sesmarias na margem direita do Rio Pomba, algumas delas localizadas em território dos atuais municípios de São João Nepomuceno, Argirita, Santo Antônio do Aventureiro e Além Paraíba. Parece-nos, pois, que a margem direita do Pirapentiguinha teria sido ocupada pelo homem livre a partir de 1812.
Talvez, e aqui vai uma das hipóteses que vimos avaliando, talvez os Pinheiro Corrêa de Lacerda tenham seguido o caminho que estava sendo ocupado pelos sesmeiros e aí descoberto a extensa faixa de terra ao sul do Rio Pomba que ainda não estava ocupada. Voltando ao centro da Província, requereram suas sesmarias, no que foram acompanhados pelos demais povoadores.
Para concluir, lembramos que em 1826 Romão Pinheiro Corrêa de Lacerda ainda vivia em Valença. A primeira referência que dele encontramos em território de Leopoldina é no ano de 1831, morador recenseado no Quarto Quarteirão, solteiro, com 4 escravos.
De seu casamentos com Ana Severino encontramos o filho:
i. Américo Antônio de Castro Lacerda, nascido por volta de 1839, foi pai de Alberto Gama de Castro Lacerda (1867), Joaquim Gama de Castro Lacerda (1887) e Américo de Castro Lacerda (1871).
Do segundo casamento de Romão Pinheiro Corrêa de Lacerda, com Maria de Nazareth Pereira, localizamos os filhos: [Atualizado em julho de 2014]
ii. José Romão Corrêa de Lacerda casou-se com Luiza Augusta Tavares com quem teve os filhos Guiomar (1879), Adélia (1880), Olívia (1881), Amélia (1882), Maria José (1884), João (1886), Luiza (1887), Valdemar (1889), Sofia (1891), Osmar (1898) e Romão (1902), todos nascidos em Providência.
iii. Lucas Tavares de Lacerda nascido por volta de 1850, estudou no Caraça entre 1860 e 1862.
iv. Romão Augusto Corrêa de Lacerda, nascido por volta de 1853.
v. Heliodora, nascida a 7 Janeiro 1858, que se casou com Felix Martins Ferreira e de quem tratamos em outros estudos sobre a sede municipal.
vi. Sophia, nascida a 9 Maio 1860.
vii. Luiz Antônio Corrêa de Lacerda, nascido a 12 Abril 1863. Em 1877 estava matriculado no Colégio Caraça. Casou-se a 16 Fevereiro 1884 com Isabel Maria de Lacerda Werneck, filha de Luiz Peixoto de Lacerda Werneck e Isabel Augusta. Foram pais de Mario (1889), Maria Nazareth (1902) e Maria da Glória (1904). Luiz Antônio foi um dos fundadores do Centro Espírita Beneficiente em Leopoldina, no ano de 1904.
SEGUNDO MOMENTO: 1831 A 1838
Chegamos ao período em que a ocupação da margem direita do Rio Pomba tornou-se mais intensa, demonstrando a necessidade da criação de novos distritos na Freguesia de São Manoel do Pomba (Rio Pomba). Por falta de documentação, os historiadores registram apenas a criação de Nossa Senhora das Mercês do Cágado (Mar de Espanha) e São José do Além Paraíba (Além Paraíba) em julho de 1832. Mas, após leitura atenta do excelente livro de Sinval Santiago – Município de Rio Pomba Síntese Histórica, decidimos por uma releitura de documentos e normas da época, concluindo que o distrito do Tesouro do Feijão Cru pode ter sido criado na mesma data.
Sabemos que foi criado durante a vigência do Decreto Imperial de 11 setembro 1830, que delegava às Câmaras Municipais a criação de distritos em seu território. Este Decreto foi revogado pela Carta de Lei Provincial Mineira de 12 agosto 1834, voltando a prerrogativa para a alçada do Presidente da Província. O arquivo de Rio Pomba relativo à época foi destruído por um incêndio.
Sendo assim, resta-nos como primeiro documento o Mapa de Habitantes de 1838, no qual nos baseamos para identificar as famílias aqui residentes. Nesta segunda etapa da ocupação do território de Providência prosseguiremos considerando o Quarto Quarteirão como um todo, com a ressalva de que as divisões distritais do final do século dezenove modificaram sensivelmente a área abrangida sob tal denominação.
Encontramos mais 22 famílias, parte delas já completamente identificada. Iniciaremos pela citação das que não pudemos confrontar com outros registros, impedindo sua localização no espaço territorial.
O primeiro grupo é constituído pelas famílias de Forros que no conjunto dos moradores do Quarto Quarteirão representam 17,57% do total. Indicaremos a idade informada no Mapa, nome do cônjuge, número de filhos e de escravos. É possível que muitos tenham vivido fora dos limites do atual distrito de Providência. Foram eles:
– Alberto José, 30 anos, a esposa Joaquina, 3 filhos;
– Ana Maria, 20 anos, viúva com 3 filhos;
– Feliciano Roiz, 60 anos, a esposa Eva Pereira, 7 filhos e 1 escravo;
– Francisco Pereira, 40 anos, a esposa Maria Claudina, 3 filhos, 1 escravo.
– Manoel Gonçalves, 22 anos, a esposa Isabel Cândida, com 2 escravos;
– Maria Joana, 60 anos, viúva com 2 filhos;
O segundo grupo é formado por famílias que teriam vivido em Conceição da Boa Vista.
– Antônio Bernardes da Rocha, 41 anos, a esposa Maria Luiza, 9 filhos;
– Domiciano Lemos, 44 anos, a esposa Maria Inácia, 1 filha e 1 escravo;
– Francisco Antônio Dias, 24 anos, a esposa Ana Rosa, 1 filho, 1 escravo;
– João Antônio de Oliveira, 55 anos, a esposa Antonia, 3 filhos, 7 escravos;
– Joaquim Marques, 45 anos, a esposa Francisca Clara, 4 filhos, 2 agregadas;
– José Antônio, 20 anos, a esposa Maria;
– José Joaquim Siqueira, 40 anos, a esposa Francisca Maria, 1 filha;
– Manoel Francisco, 30 anos, a esposa Maria Rita, 4 escravos.
O terceiro grupo é constituído por 7 famílias cujos descendentes permaneciam vinculados a Providência no final do século dezenove. Foram chefes destas famílias, por ordem alfabética de sobrenome: Francisco José de Almeida Ramos, José Zeferiro de Almeida Ramos, Antônio José de Avelar Menezes, Querino Ribeiro de Avelar Menezes, José Joaquim Cordeiro, Anastácio Francisco de Oliveira, e Antônio José Monteiro de Barros.
Falar dos Almeida Ramos seria repetir em parte o que foi dito no início deste trabalho. Os Avelar Menezes misturam-se profundamente aos Monteiro de Barros, muito bem descritos na obra fundamental sobre esta família: Família Monteiro de Barros, de Frederico de Barros Brotero.
Resta-nos, pois, nos determos em algumas informações básicas sobre os dois patriarcas que nos parecem ainda pouco conhecidos: José Joaquim Cordeiro e Anastácio Francisco de Oliveira.
CORDEIRO
Joaquim José Cordeiro nasceu em 1808 ou 1809 e casou-se antes de 1838 com Ana Flausina. Antes do casamento, vivia em companhia dos pais, estabelecidos no Primeiro Quarteirão. Era o segundo filho de José Joaquim Cordeiro e Florinda de Jesus. Seus irmãos: José Joaquim, Antônio Joaquim, João, Gertrudes, Ana, Mariana, Manoel e Pedro.
O filho mais velho, homônimo do pai, nasceu por volta de 1805 e casou-se com Teresa Rosa de Jesus antes de 1842. O terceiro filho, Antônio Joaquim, nasceu em 1814 ou 1815 e casou-se com Maria Emerenciana, dez anos mais nova do que ele.
Esta é uma das famílias que precisa ser melhor estudada. Os mais remotos documentos encontrados informam que eram pretos forros e que o chefe da família era lavrador, alfabetizado. Nos documentos posteriores não nos foi possível identificá-los. Temos notícia apenas do terceiro filho, Antônio Joaquim Cordeiro, citado como ausente na Assembléia para Eleição de Juizes de Paz e Vereadores em setembro de 1872.
OLIVEIRA
Anastácio Francisco de Oliveira nasceu por volta de 1788. Casou-se com Maria Vidal de Souza e faleceu em Leopoldina antes de 1856. Em 1838 possuía 3 escravos. Em 1843 contava com um agregado nos trabalhos de sua propriedade. Estamos falando de Joaquim Lourenço que, casado com Rita Silvéria, fazia parte do grupo familiar de Anastácio Francisco de Oliveira.
No Registro de Terras de 1856 a viúva Maria Vidal aparece como proprietária de 850 alqueires de “planta de milho” no lugar chamado “Saudade”, em comum com seus filhos e genros. Vizinhos: Romão Pinheiro Corrêa de Lacerda, Antonio P. Almeida, Antonio Carlos da Silva, Pedro T…, Manoel José Monteiro de Castro, Bernardo José Gonçalves Montes e José Zeferino de Almeida. A declaração foi assinada por seu filho Manoel, por ser analfabeta a mãe.
Filhos de Anastácio e Maria Vidal:
1 – Joaquina Umbelina
2 – Francisco Miguel
3 – Joaquim Francisco Vital, casado com Ana Joaquina, pais de Manoel (nascido 17.04.1880)
4 – Manoel Francisco de Gouvêa, casado com Ana Francisca de Sales, filha de Francisco de Sales Montes e Ana Umbelina de Moraes. Pais de Antonio, nascido 30.01.1856
5 – José Antonio
6 – João Eleotério de Gouvêa casado com Maria da Glória Ferreira. Pais de Mariana Flausina Ferreira que se casou com Manoel José de Oliveira a 07.05.1881 e de Maria Vidal Ferreira que se casou com José Amaro Neto na mesma data.
7 – Maria Anastácia
8 – Antonio Francisco
9 – Anastácio
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FONTES UTILIZADAS
Arquivo da Câmara Municipal de Leopoldina, MG – livros diversos, século XIX Arquivo do Forum de Leopoldina, MG – processos de variada natureza, século XIX Arquivo Paroquial: Igreja Madre de Deus do Angu, Angustura, Além Paraíba, MG – livros de batismos, casamentos e óbitos, século XIX Arquivo Paroquial de Leopoldina, MG – livros de batismos e casamentos de 1851 a 1924. Arquivo Paroquial de São João del Rei, MG – livros de batismos, casamentos e óbitos, séculos XVIII e XIX Arquivo Público Mineiro, Belo Horizonte, MG - Mapas de Habitantes, Registros de Terras, Cartas de Sesmarias, séculos XVIII e XIX Cartório de Notas de Angustura, MG – livros de compra e venda de bens de raiz, século XIX Cartório de Notas, Leopoldina, MG – século XIX Cartório de Registro Civil de Pessoas Naturais, Angustura, Além Paraíba, MG – nascimentos, casamentos e óbitos, 1888 a 1920 Cartório de Registro Civil de Pessoas Naturais, Leopoldina, MG – nascimentos, casamentos e óbitos, 1888 a 1920 Cemitério Nossa Senhora do Carmo, Leopoldina,, MG – livros de registro de sepultamentos, 1880 a 1920 Museu Regional de São João del Rei, inventários e testamentos dos séculos XVIII e XIX
Moradores do Feijão Cru entre 1831 e 1843
Transcrição das informações encontradas nas Listas Nominativas de Habitantes de São Sebastião do Feijão Cru entre 1831 e 1843, disponíveis no Arquivo Público Mineiro.
Os nomes foram corrigidos de acordo com outras fontes documentais sobre as famílias envolvidas.
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O imigrante nos prontuários de registro de estrangeiros
Apresentamos a transcrição quase literal de dados extraídos dos Prontuários de Registros de Estrangeiros.
Muitas são as inconsistências detectadas no estudo comparativo entre as fontes. Entretanto, julgamos por bem publicá-las porque muitas vezes são estas as únicas informações que os descendentes conhecem.
Lembramos que a maioria das declarações foi prestada por estrangeiros que não dominavam a língua portuguesa e os encarregados do registro não conheciam a língua dos imigrantes. Em outros artigos, neste blog, encontram-se informações mais corretas sobre os imigrantes que conseguimos estudar de forma mais abrangente.
Abalem, Izabel
Filiação: Calil Abalem e Anna Bouhid
Nascimento: 15.08.1900 – Zahle, Siria
Chegada ao Brasil: 15.06.1921 Navio: Victoria Porto: Rio
Outras informações: Doméstica, residiu na Vila da Providência, casada com Chadi Habib Azar
Aguirre, Gregoria Lasa (Madre)
Filiação: Angelo Lasa Sarazola e Francisca Aguirre Odriozola
Nascimento: 24.04.1904 – Guipuzcoa, Espanha
Chegada ao Brasil: Fev/1932 Navio: Formosa Porto: Rio
Outras informações: Colégio Imaculada Conceição
Almeida, Manoel de Souza
Filiação: Zeferino Souza Almeida e Maria de Souza
Nascimento: 28.11.1874 – Penafiel, Portugal
Chegada ao Brasil: 1898 Navio: – Porto: Rio
Outras informações: Jardineiro, analfabeto, apresentou passaporte de 25.11.1898
Alonso, José Maria
Filiação: Florencio Alonso e Izidora Postella
Nascimento: 25.11.1882 – La Guardia, Pontevedra, Espanha
Chegada ao Brasil: Abr/1894 Navio: Hespagne Porto: Santos
Outras informações: Comerciante, casado com Serafina Sobrino Rodriguez
Alvarez, Candido Gonzalez
Filiação: Jesus Gonzalez e Maria Alvarez
Nascimento: 24.02.1906 – Pontevedra, Espanha
Chegada ao Brasil: 07.11.1920 Navio: Highland Rover Porto: Rio
Outras informações: Auxiliar de maquinista, trabalhou na Serraria São José, casado com a brasileira Isaura Furtado, nascida em 1914
Alves, Jose Gil
Nascimento: 1868 – Espanha
Outras informações: morte em 28.04.1896
Amaral, Maria Gonçalves
Filiação: Antonio Amaral Medeiros e Conceição da Costa Pimentel
Nascimento: 25.06.1869 – Ilha de São Miguel, Portugal
Chegada ao Brasil: 1889 Navio: – Porto: Rio
Outras informações: Doméstica, analfabeta, residiu na Vila da Providência
Amorim, Manoel Pereira de
Filiação: Manoel Quintão de Amorim e Maria Pereira de Jesus
Nascimento: 22.04.1884 – Conselho de Vila da Feira, Portugal
Chegada ao Brasil: 16.11.1895 Navio: Oriça – Mala Real Inglesa Porto: Rio
Outras informações: Lavrados na Fazenda da Balança, teve filhos no Brasil
Antonio, Franco Carmelo
Nascimento: Laino Castello, Calabria, Italia
Antonio, Geraldo
Nascimento: 1851 – Italia
Outras informações: morte em 12.03.1903
Antonio, José
Filiação: Antonio Sahil e Nahucca Mansur
Nascimento: 1874 – Marmerito, Siria
Chegada ao Brasil: 1895 Navio: – Porto: Rio
Outras informações: Lavrador, analfabeto, casado com Sarah Ibrahim
Antunes, Joaquim Francisco
Filiação: Joaquim Francisco Antunes e Maria Brittes Antunes
Nascimento: 20.03.1888 – Leiria, Portugal
Chegada ao Brasil: 1890 Navio: – Porto: Rio
Outras informações: Lavrador, residiu na rua Tiradentes, casado com a brasileira Etelvina Rosa, nascida em 1908
Araujo, José Venancio de
Filiação: Manoel Antonio de Araujo e Maria Ignez de Araujo
Nascimento: 15.01.1867 – Traz os Montes, Portugal
Chegada ao Brasil: 1889 Navio: – Porto: Rio
Outras informações: Agricultor, residiu na Vila da Providência, casado com a brasileira Elisa Rodrigues, nascida em 1885
Azar, Chadi Habib
Filiação: Habib Azar e Anna Azar
Nascimento: 15.11.1885 – Zahle, Siria
Chegada ao Brasil: 28.10.1895 Navio: – Porto: Rio
Outras informações: Comerciante, residiu na Vila da Providência, casado com Izabel Abalem.
Balabran, Alberto
Nascimento: 1901 – Turquia
Outras informações: casado com Esther Cabelini
Barbosa, Delfina Anna
Filiação: Antonio Joaquim Pereira de Mattos e Anna Joaquina de Mattos
Nascimento: 21.09.1879 – Minho, Portugal
Chegada ao Brasil: 1900 Navio: – Porto: Rio
Outras informações: Doméstica, analfabeta, residiu em Campo Limpo
Barbosa, José Bernardino
Filiação: Francisco José Ribeiro Barbosa e Carolina Ribeiro Vieira
Nascimento: 04.07.1868 – Minho, Portugal
Chegada ao Brasil: Out/1886 Navio: – Porto: Rio
Outras informações: Agricultor, residiu em Campo Limpo
Bastos, Guilhermina
Filiação: Giovanni Bastos
Nascimento: 1876 – Italia
Outras informações: morte em 04.11.1896
Beristein, Joana Mugabure (Madre)
Filiação: Pedro Mugabure Daguerre e Ramona Beristein Echezarieta
Nascimento: 05.04.1911 – Azpeitia, Pais Basco, Espanha
Chegada ao Brasil: 20.04.1932 Navio: Uruguay Porto: Rio
Outras informações: Colégio Imaculada Conceição
Bernardo, Suzana
Filiação: Sebastião Bernardo e Maria da Conceição
Nascimento: – São Martinho de Moros, Portugal
Chegada ao Brasil: 1888 Navio: – Porto: Rio
Outras informações: esteve na Hospedaria da Ilha das Flores, analfabeta, casada com o brasileiro Virgilio Nogueira, nascido em 1875
Cabelini, Esther
Filiação: Clemente Cabelini e Rosa Cabelini
Nascimento: 12.09.1900 Ismirra, Turquia
Chegada ao Brasil: 08.04.1927 Navio: Darro Porto: Rio
Outras informações: Doméstica, casada com Alberto Balabran, residiu na rua Cotegipe, cinco filhos brasileiros.
Cerejeira, Domingos José
Filiação: Antonio Joaquim Pires Cerejeira e Maria Francisca Domingues
Nascimento: 04.01.1911 – Viana do Castelo, Portugal
Chegada ao Brasil: 13.02.1939 Navio: Massilia Porto: Rio
Outras informações: Comerciário, trabalhou na Casa Rafael Domingues
Chaul, Geny
Filiação: Jorge Chaul e Rachid Sanan
Nascimento: 1894 – Siria
Chegada ao Brasil: 1895 Navio: – Porto: Rio
Outras informações: Doméstica, analfabeta
Correia, Fancisco
Filiação: Manoel Correia e Carolina Correia
Nascimento: 1887 – Ilha da Madeira, Portugal
Chegada ao Brasil: 1889 Navio: – Porto: Rio
Outras informações: Lavrador, analfabeto, residiu na Vila da Providência, casado com a brasileira Guilhermina Correia, nascida em 1888
Cortez, Francisco Comitre
Filiação: Francisco Comitre Martins e Antonia Cortez Perez
Nascimento: 12.02.1882 – Malaga, Andalucia, Espanha
Chegada ao Brasil: 1890 Navio: – Porto: Rio
Outras informações: Agricultor, residiu em Espera Feliz, teve um sítio em Cysneiros-Palma, casado com a brasileira Dulcinéa Fernandes Teixeira, nascida em 1898
Costa, Maria Gonçalves da
Filiação: Manoel Gonçalves e Maria da Costa
Nascimento: 1883 – Villa da Feira, Portugal
Chegada ao Brasil: 14.06.1906 Navio: Pacífico Porto: Rio
Outras informações: Doméstica, analfabeta, residiu na Vila da Providência, casada com José Pereira da Silva
Coury, Jamille Antonio
Filiação: Antonio Coury e Nasta Coury
Nascimento: 1899 – Marmerita, Siria
Chegada ao Brasil: 1912 Navio: – Porto: Rio
Outras informações: Doméstica, analfabeta, residiu na Vila da Providência, casada com Jorge João Reche
Dias, Antonio Ferreira
Nascimento: 1853 – Portugal
Outras informações: morte em 13.01.1899
Dias, Antonio Ribeiro
Nascimento: 1839 – Portugal
Outras informações: morte em 03.01.1899
Dias, José Correa
Nascimento: Portugal
Outras informações: Casado com Luiza Carvalho da Silva, morreu em 1935
Dib, Salim
Filiação: João José e Carmem Felix
Nascimento: 03.09.1897 – Thelel Calek, Siria
Chegada ao Brasil: 20.02.1905 Navio: – Porto: Rio
Outras informações: Lavrador
Duarte, José Pereira
Filiação: Joaquim Pereira Duarte e Anna Rabello
Nascimento: 1879 – Vizeu, Portugal
Chegada ao Brasil: 1898 Navio: – Porto: Rio
Outras informações: Lavrador, analfabeto, residiu em Campo Limpo
Esteves, Joaquim Ernestino
Filiação: Manuel da Assumpção Esteves e Horminda das Dores Barbosa
Nascimento: 17.06.1897 – Vila Nova de Cerveira, Portugal
Chegada ao Brasil: 19.02.1921 Navio: – Porto: Rio
Outras informações: Viajante Comercial, casado com Laura Fernandes.
Farage, José Sallim
Filiação: Sallim José Farage e Mahiba Sallim Farage
Nascimento: 06.09.1923 – Libano
Chegada ao Brasil: 13.06.1933 Navio: – Porto: Rio
Outras informações: Comerciário, residiu em Campo Limpo
Felix, Carmen
Filiação: Antonio Felix e Helena Nacib
Nascimento: 1876 – Marmerita, Siria
Chegada ao Brasil: 21.02.1895 Navio: – Porto: Rio
Outras informações: Doméstica, analfabeta, viúva de João José, falecido em 1929
Felix, Elias
Filiação: Antonio Felix e Helena Nacib
Nascimento: 1879 – Marmerita, Siria
Chegada ao Brasil: Dez/1896 Navio: – Porto: Rio
Outras informações: Comerciário, residiu na Vila da Providência.
Felix, Miguel
Nascimento: Siria
Outras informações: Casado com Martha Feres, morreu em 1931
Feres, Martha
Filiação: Feliz Weuebá e Rosa Weuebá
Nascimento: 1873 – Zahle, Siria
Chegada ao Brasil: 28.10.1895 Navio: – Porto: Rio
Outras informações: Doméstica, analfabeta, residiu na Vila da Providência, viúva de Miguel Felix, falecido em 1931
Ferreira, Maria Alves
Filiação: Joaquim Alves Ferreira e Jesuina Alves Ferreira
Nascimento: 20.09.1869 – Porto, Portugal
Chegada ao Brasil: 21.09.1892 Navio: – Porto: Rio
Outras informações: Doméstica, analfabeta, residiu em Campo Limpo, casada com o português João Paes dos Santos
Ferreira, Norvet
Nascimento: 1865 – Turquia
Outras informações: morte em 25.06.1896
Garcia, Santiago de Souza
Filiação: José de Souza Santiago e Maria Candelaria Garcia
Nascimento: 25.07.1875 – Ilhas Canarias, Espanha
Chegada ao Brasil: 1881 Navio: São Martins Porto: Rio
Outras informações: Lavrador, residiu no Sítio do Agrião em Thebas, casado com Silveria Gonzalez Garcia
Garcia, Silveria Gonzalez
Filiação: Julião Gonzalez Marreiro e Luiza Garcia Demessa
Nascimento: 09.06.1875 – Santa Cruz, Ilhas Canarias, Espanha
Chegada ao Brasil: 1882 Navio: – Porto: Rio
Outras informações: Doméstica, analfabeta, residiu no Sítio do Agrião em Tebas, casada com Santiago de Souza Garcia
Gaspar, Maria
Filiação: Antonio Gaspar Matheus
Nascimento: 1895 – Portugal
Outras informações: morte em 27.05.1898
Gomes, Candida Rodrigues
Nascimento: Portugal
Chegada ao Brasil: 1873 Navio: – Porto:
Outras informações: Residiu em Conceição da Boa Vista, casada com Jose Duarte dos Santos
Gomes, Francisco José
Filiação: Antônio José Gomes e Luiza Rosa
Nascimento: 21.03.1873 – Ponte da Barca, Portugal
Chegada ao Brasil: 1912 Navio: – Porto: Rio
Outras informações: Comerciante, residiu na Pça Gal Osório, apresentou passaporte
Gomes, João Mello
Nascimento: Portugal
Gonçalves, Luiza Rodriguez
Filiação: Manoel Gonçalves e Joanna Gomes Rodriguez
Nascimento: 1867 – El Rosal, Pontevedra, Espanha
Chegada ao Brasil: – Navio: – Porto:
Outras informações: Residiu na Volta da Cobra, foi casada com João Caetano Bittencourt
Gonçalves, Rosa
Nascimento: 1864 – Espanha
Outras informações: Foi casada com Rafael Rodriguez y Rodrigues, morreu em 10.07.1900
Gonçalves, Silveria
Nascimento: 1876 – Espanha
Gonzalez, José Alvarez
Filiação: Jose Alvarez e Aurora Gonzalez
Nascimento: 14.09.1899 – El Rosal, Pontevedra, Galicia, Espanha
Chegada ao Brasil: 22.03.1929 Navio: Raul Soares Porto: Rio
Outras informações: Oleiro, enviuvou de uma Martinez por volta de 1936
Ibrahim, Sarah
Filiação: Ibraim Mansur e Negrinin Mansur
Nascimento: 1876 – Marmerita, Siria
Chegada ao Brasil: 1896 Navio: – Porto: Rio
Outras informações: Doméstica, analfabeta, casada com José Antonio
Istueta, Theresa Iturrioz (Madre)
Filiação: Domingo Iturrioz e Michaella Istueta
Nascimento: 03.07.1907 – Legorreta, Pais Basco, Espanha
Chegada ao Brasil: 07.10.1937 Navio: Neptunia Porto: Rio
Outras informações: Colégio Imaculada Conceição
Jesus Filho, José de Souza de
Filiação: José de Souza de Jesus e Maria José de Jesus
Nascimento: 03.01.1881 – Ilha de São Miguel, Portugal
Chegada ao Brasil: – Navio: – Porto: Rio
Outras informações: Agricultor, residiu no distrito de Santa Cruz
João, Salim
Filiação: João Dibe e Joanna Dibe
Nascimento: 1879 – Marmerita, Siria
Chegada ao Brasil: 1901 Navio: – Porto: Rio
Outras informações: Comerciante, residiu na Vila da Providência
Jorge, Abraham
Nascimento: 1865 – Turquia
Outras informações: morte em 05.05.1896
Jorge, Francisco
Nascimento: 1868 – Turquia
Outras informações: morte em 28.04.1896
José, Adelino
Filiação: José Joaquim e Constancia Rosa
Nascimento: 1890 – Villa Real, Portugal
Chegada ao Brasil: Mar/1912 Navio: – Porto: Rio
Outras informações: Motorista da Secretaria da Viação de Minas Gerais.
José, João
Nascimento: Siria
Outras informações: Casado com Carmen Felix, faleceu em 1929
José, Miguel
Nascimento: 1866 – Turquia
Outras informações: morte em 07.04.1896
Lambert, Feliciano
Filiação: João Lambert e Anne Lambert
Nascimento: 10.05.1892 – Exideuil, Charente, Poitou-Charentes, França
Chegada ao Brasil: 1894 Navio: – Porto: Rio
Outras informações: Barbeiro, residiu em Argirita, viúvo da brasileira Sebastiana, falecida em 1932, com quatro filhos brasileiros.
Legarra, Severiana Sorarrain (Madre)
Filiação: Francisco Sorarrain e Nicolaça Legarra
Nascimento: 09.09.1883 – Asteasu, Pais Basco, Espanha
Chegada ao Brasil: Jun/1917 Navio: – Porto: Rio
Outras informações: Colégio Imaculada Conceição. Embarcou no Rio, a 18.07.1937, no vapor General Osório com destino à Espanha. Regressou a 07.10.1937, desembarcando do vapor Neptunia no Rio.
Leite, Orlinda dos Santos
Filiação: Adelino dos Santos Leite
Nascimento: 1879 – Portugal
Chegada ao Brasil: – Navio: – Porto:
Outras informações: morte em 02.10.1902
Macedo, Maria de Jesus
Filiação: Francisco Carneiro de Macedo e Albina Rodrigues da Costa
Nascimento: 25.03.1881 – Traz os Montes, Portugal
Chegada ao Brasil: 1888 Navio: – Porto: Rio
Outras informações: Doméstica, analfabeta, residiu no Bairro da Onça, casada com o brasileiro Manoel Francisco Vieira, nascido em 1895
Maia, Antonio Simões
Filiação: Thomaz Simões Thomé e Maria José Clara Maia
Nascimento: 29.03.1877 – Douro, Portugal
Chegada ao Brasil: 30.06.1894 Navio: – Porto: Rio
Outras informações: Agricultor, residiu em Tebas
Marques, Luiz
Nascimento: 1849 – Portugal
Outras informações: morte em 09.05.1899
Martinez, Anselmo Alvarez
Filiação: Jose Alvarez Gonzalez
Nascimento: 1924 – El Rosal, Pontevedra, Galicia, Espanha
Chegada ao Brasil: 22.03.1929 Navio: Raul Soares Porto: Rio
Outras informações:
Martinez, Hermelina Alvarez
Filiação: Jose Alvarez Gonzalez
Nascimento: 1927 – El Rosal, Pontevedra, Galicia, Espanha
Chegada ao Brasil: 22.03.1929 Navio: Raul Soares Porto: Rio
Outras informações:
Martinez, Luiza Alvarez
Filiação: Jose Alvarez Gonzalez
Nascimento: 1926 – El Rosal, Pontevedra, Galicia, Espanha
Chegada ao Brasil: 22.03.1929 Navio: Raul Soares Porto: Rio
Martinez, Odila Alvarez
Filiação: Jose Alvarez Gonzalez
Nascimento: 1928 – El Rosal, Pontevedra, Galicia, Espanha
Chegada ao Brasil: 22.03.1929 Navio: Raul Soares Porto: Rio
Matheus, Antonio Gaspar
Nascimento: Portugal
Medeiros, Antonio Soares de
Filiação: João Soares de Medeiros e Maria do Rosario
Nascimento: 1889 – Provincia de São Miguel, Portugal
Chegada ao Brasil: 1891 Navio: – Porto: Rio
Outras informações: Lavrador, analfabeto, residiu na Fazenda da Floresta, casado com a brasileira Olga Ferreira de Medeiros, nascida em 1899
Miguel, Abrahão
Filiação: Miguel el Barkil e Laia Fadel el Barkil
Nascimento: 10.02.1880 – Maloula, Siria
Chegada ao Brasil: 1896 Navio: – Porto: Rio
Outras informações: Lavrador, analfabeto, residiu em Campo Limpo, casado com Rosa Grace
Miguel, Jorge
Filiação: Miguel Fadul e Sarah Fadul
Nascimento: 1878 – Monte Libano, Libano
Chegada ao Brasil: 1891 Navio: – Porto: Rio
Outras informações: Comerciante, residiu em São Martinho
Montenegro, Joaquim Ferreira Silva
Nascimento: . 1826 – Portugal
Outras informações: morte em 04.08.1899
Neder, Calil
Nascimento: . Siria
Outras informações: Casado com Carmen Neder, morreu em 1939
Neder, Carmen
Filiação: Abrahão Silami e Nasta Aboud
Nascimento: . 1884 – Marmerita, Siria
Chegada ao Brasil: 1905 Navio: – Porto: Rio
Outras informações: Doméstica, analfabeta, residiu em Santa Isabel, viúva de Calil Neder, falecido em 1939
Pereira, Antonio Ribeiro
Nascimento: . 1836 – Portugal
Outras informações: morte em 11.07.1898
Pereira, Francisco
Nascimento: . Portugal
Poyares, Marco Telles
Nascimento: . 1838 – Portugal
Outras informações: morte em 16.11.1898
Raschid, Jamile Antonia
Nascimento: . 1900 – Siria
Outras informações: casada com Jorge João Raschid
Raschid, Jorge João
Filiação: João Raschid e Joanna Antonia Raschid
Nascimento: . 1895 – Marmerita, Siria
Chegada ao Brasil: 1912 Navio: – Porto: Rio
Outras informações: Lavrador, residiu na Vila da Providência, casado com Jamile Antonia Raschid
Reche, João Jorge
Nascimento: . 1895 – Siria
Chegada ao Brasil: 1895
Outras informações: casado com Jamile Antonio Coury
Reche, Paulo João
Filiação: João José Reche e Joanna Reche
Nascimento: . 1893 – Marmerita, Siria
Chegada ao Brasil: 1904
Outras informações: Comerciante, analfabeto, casado com Amelia Calil Tuma
Rhyner, Maria
Nascimento: . 01.05.1881 – Suiça
Rivas, Herminia Fernandez (Madre)
Filiação: Manoel Fernandez e Esperança Rivas
Nascimento: . 21.12.1905 – Codeseda, Galicia, Espanha
Chegada ao Brasil: 20.11.1929 Navio: Rainha Victória Porto: Rio
Outras informações: Colégio Imaculada Conceição
Rocha, Luiz Alves da
Nascimento: . 1862 – Portugal
Outras informações: morte em 10.02.1902
Rodriguez, Bernardo Rodrigues Y
Filiação: Seraphim Rodriguez e Maria Rodriguez Alvarez
Nascimento: . El Rosal, Pontevedra, Espanha
Rodriguez, Joanna Gomes
Nascimento: . El Rosal, Pontevedra, Espanha
Rodriguez, Rafael Rodriguez Y
Filiação: Seraphim Rodriguez e Maria Rodriguez Alvarez
Nascimento: . El Rosal, Pontevedra, Espanha
Outras informações: Veio da Espanha casado com Rosa Gonçalves. Viúvo, casou-se pela segunda vez com Maria Gothardo.
Rodriguez, Salvador Rodriguez Y
Filiação: Seraphim Rodriguez e Maria Rodriguez Alvarez
Nascimento: . El Rosal, Pontevedra, Espanha
Rodriguez, Serafina Sobrino
Filiação: Silverio Sobrino e Conceiçan Rodriguez
Nascimento: . 01.07.1892 – La Guardia, Espanha
Chegada ao Brasil: 29.05.1913 Navio: Arlanza Porto: Rio
Outras informações: Doméstica, casada com José Maria Alonso, residiu na rua Tiradentes.
Roesler, Alfred
Filiação: Benjamim Roesler e Luise Papke
Nascimento: . 20.09.1905 – Dantzig, Polonia
Chegada ao Brasil: 30.01.1931 Navio: Sierra Morena Porto: Santos
Outras informações: Técnico de laticínios, trabalhou na Companhia Leiteria Leopoldinense, casado com a brasileira Relinda Weigert, nascida em 1910
Salomão, Massaud
Filiação: Salomão Antonio e Maria Musse
Nascimento: 15.02.1894 – Marmerita, Siria
Chegada ao Brasil: 30.04.1910 Navio: – Porto: Rio
Outras informações: Lavrador, residiu em São Lourenço, casado com a brasileira Belmira Monteiro, nascida em 1915
Santos, João Paes
Nascimento: . 1846 – Portugal
Outras informações: Residiu em Campo Limpo, casado com Maria Alves Ferreira
Santos, José Duarte dos
Filiação: José Duarte e Angelica dos Santos
Nascimento: . 1872 – Vizeu, Portugal
Chegada ao Brasil: 1889 Navio: – Porto: Rio
Outras informações: Agricultor, analfabeto, residiu em Conceição da Boa Vista, casado com Cândida Rodrigues Gomes
Schultz, Heinrich
Filiação: Heinrich Schultz e Maria Iansen
Nascimento: . 15.05.1869 – Homberg, Hessen, Alemanha
Chegada ao Brasil: 27.09.1921 Navio: Poconé Porto: Rio
Outras informações: esteve na Hospedaria da Ilha das Flores, carpinteiro, trabalhou na Serraria São José, foi casado com Maria Rhyner
Silva, Bernardino Mouço E
Filiação: Gabriel José Garcia e Maria Rosa de Jesus
Nascimento: . 1880 – Villa do Conde, Portugal
Chegada ao Brasil: 21.12.1893
Outras informações: Cerjeiro, residiu na Vila da Providência
Silva, José Pereira da Silva
Filiação: Antonio Pereira e Joaquina de Jesus
Nascimento: . 1883 – Marco de Canavezes, Portugal
Chegada ao Brasil: 14.06.1906 Navio: Pacífico Porto: Rio
Outras informações: Comerciante, residiu na Vila da Providência, casado com Maria Gonçalves da Costa
Silva, Luiza Carvalho da
Filiação: José Carvalho da Silva e Maria Alves Pereira
Nascimento: . 1862 – Beira Baixa, Portugal
Chegada ao Brasil: 1892 Navio: – Porto: Rio
Outras informações: Doméstica, analfabeta, residiu no Sítio Boa Vista em Thebas, viúva de José Correa Dias, falecido em 1935
Simões, Joaquim
Nascimento: . 1854 – Portugal
Outras informações: morte em 29.08.1899
Sobral, Francisco Luiz
Filiação: Manoel Luiz Sobral e Maria Mendonça
Nascimento: . 06.09.1895 – Minho, Portugal
Chegada ao Brasil: 17.07.1912 Navio: Itatinga Porto: Rio
Outras informações: Carpinteiro, residiu no Alto dos Pirineus, casado com Maria Luiza Barbaglio
Thome, Francisco Ignacio
Nascimento: . 1849 – Portugal
Outras informações: morte em 10.08.1901
Tuma, Amelia Calil
Filiação: Calil Tuma e Catharina Tuma
Nascimento: 1897 – Tripoli, Siria
Chegada ao Brasil: 1910 Navio: – Porto: Rio
Outras informações: Analfabeta, casada com Paulo João Reche
Tuma, Malaque
Filiação: Calil Tuma e Catharina Tuma
Nascimento: 1905 – Tripoli, Siria
Chegada ao Brasil: 1921 Navio: – Porto: Rio
Outras informações: Analfabeta, residiu na Vila da Providência
Velasco, Constantina Rogelia (Madre)
Filiação: Manoel Velasco e Maria de la Soledad Fernandes
Nascimento: 28.07.1911 – Rojas, Buenos Aires, Argentina
Chegada ao Brasil: 1915 Navio: – Porto: Rio
Outras informações: Colégio Imaculada Conceição
Ventina, Manoel Monteiro
Filiação: José Monteiro Alves e Josefa Rita da Ventina
Nascimento: 19.01.1869 – Canal de Senhorim, Portugal
Chegada ao Brasil: Ago/1888 Navio: – Porto: Rio
Outras informações: Lavrador, analfabeto, residiu em Barreiros
Vicente, Maria Del Carmen Cornejo (Madre)
Filiação: Pedro Cornejo e Ines Vicente
Nascimento: 20.05.1886 – Salamanca, Castilla y León, Espanha
Chegada ao Brasil: 24.12.1918 Navio: Balmess Porto: Rio
Outras informações: Colégio Imaculada Conceição
Zugarrondo, Natividade (Madre)
Filiação: Thomaz Zugarrondo e Nicacia Aguirre
Nascimento: 24.12.1888 – San Sebastian, Pais Basco, Espanha
Chegada ao Brasil: 24.12.1918 Navio: Balmess Porto: Santos
Outras informações: Colégio Imaculada Conceição, embarcou no Rio a 18.07.1937 com destino à Espanha, pelo vapor General Osório. Regressou a 07.10.1937, desembarcando no Rio do vapor Neptunia.
Eleitores do Feijão Cru em 1851
Segundo a Lista Geral de Votantes, disponível no Arquivo Público Mineiro, códice PP 11 caixa 44 pacote 30, foram alistados 355 cidadãos no distrito do Feijão Cru.
NOME |
IDADE |
Alberto Rodrigues da Silva |
40 |
Alvaro Casemiro da Fonseca |
37 |
Alvaro de Souza Werneck |
30 |
Alvaro José Antonio |
30 |
Ambrosio José de Souza |
38 |
Angelo Lopes da Silva |
47 |
Antonio Alves |
28 |
Antonio Alves dos Santos |
38 |
Antonio Alvim de Souza |
27 |
Antonio Augusto Monteiro de Barros |
32 |
Antonio Bento Peixoto |
35 |
Antonio Bernardes da Rocha |
54 |
Antonio Bernardino Machado |
30 |
Antonio Carlos da Silva Teles Faião |
50 |
Antonio da Silva Dias |
50 |
Antonio da Silva Monteiro |
34 |
Antonio de Almeida Ramos |
40 |
Antonio de Sá Rocha |
40 |
Antonio de Souza Chagas |
28 |
Antonio Dias da Silva |
40 |
Antonio Dias Pereira |
29 |
Antonio dos Reis |
40 |
Antonio Felisberto |
25 |
Antonio Ferreira Pinheiro |
34 |
Antonio Francisco Neto |
28 |
Antonio Garcia de Novaes |
28 |
Antonio Gomes Moreira |
44 |
Antonio Joaquim |
40 |
Antonio Joaquim Cordeiro |
29 |
Antonio José de Almeida e Gama |
27 |
Antonio José de Menezes |
32 |
Antonio José de Miranda |
47 |
Antonio José de Souza |
35 |
Antonio José Monteiro de Barros |
49 |
Antonio Luiz da Silva |
50 |
Antonio Luiz de Moraes |
50 |
Antonio Martins dos Santos |
50 |
Antonio Nicolao |
38 |
Antonio Nunes de Oliveira |
70 |
Antonio Pedro do Nascimento |
50 |
Antonio Pereira Duarte |
29 |
Antonio Pontes |
40 |
Antonio Prudente de Almeida |
52 |
Antonio Rabelo Ferreira |
35 |
Antonio Rodrigues de Faria Filho |
39 |
Antonio Rodrigues de Faria Senior |
59 |
Antonio Rodrigues de Oliveira |
42 |
Antonio Rodrigues Gomes |
54 |
Antonio Rodrigues Montes |
31 |
Antonio Severino Ferreira |
58 |
Antonio Xavier Monteiro |
27 |
Bento Rodrigues Gomes |
60 |
Bernardino Rodrigues da Silva |
30 |
Bernardo José da Fonseca |
70 |
Bernardo José Gonçalves Montes |
64 |
Bernardo Rodrigues Montes |
27 |
Caetano José de Almeida Gama |
33 |
Camilo José de Carvalho |
34 |
Camilo José Gomes |
40 |
Candido José de Carvalho |
34 |
Candido Portes |
29 |
Carlos José Luiz |
36 |
Carlos Mendes do Vale |
37 |
Casemiro de Souza Werneck |
25 |
Cesário José dos Reis |
31 |
Claudino Vieira da Silva |
38 |
Cláudio José de Miranda |
27 |
Custódio de Vargas Corrêa |
26 |
Domiciano Ferreira Monteiro |
26 |
Domiciano José de Souza |
29 |
Domiciano José Ferreira |
31 |
Domiciano Lemos da Silva |
50 |
Domingos da Silva Gomes |
28 |
Domingos Esteves de Moraes |
34 |
Domingos Ferreira Brito |
26 |
Domingos Ferreira Neto |
30 |
Domingos Henrique de São Nicácio |
26 |
Domingos José da Neiva |
34 |
Domingos José de Miranda |
34 |
Domingos Lauriano Dias |
40 |
Domingos Lemos da Silva |
39 |
Domingos Rodrigues Carneiro |
50 |
Elias José da Fonseca |
37 |
Emerenciano José de Almeida |
56 |
Eufrazio Ferreira de Melo |
30 |
Ezaú Antonio Corrêa de Lacerda |
40 |
Ezaú Ferreira Brito |
32 |
Ezequiel Antonio de Almeida |
37 |
Ezequiel Henriques Pereira Brandão |
25 |
Faustino José |
48 |
Feliciano Rodrigues Moreira |
70 |
Felicissimo Vital de Moraes |
60 |
Fidelis da Costa Coutinho |
42 |
Fidelis Rodrigues Ferreira |
29 |
Fidelis Vieira Cordeiro |
34 |
Flavio Rodrigues da Silva |
29 |
Fortunato Ferreira de Melo |
28 |
Fortunato Lopes da Rocha |
34 |
Francisco Antonio da Silva |
50 |
Francisco Antonio da Silva |
39 |
Francisco Antonio de Almeida |
37 |
Francisco Antonio de Almeida Gama |
60 |
Francisco Antonio Dias |
40 |
Francisco Barbosa da Silva |
70 |
Francisco da Costa Motta |
40 |
Francisco da Silva Dias |
34 |
Francisco da Silva Pereira |
44 |
Francisco das Chagas Ferreira |
32 |
Francisco de Sales Marques |
29 |
Francisco de Vargas Corrêa |
28 |
Francisco Dias da Rosa |
34 |
Francisco Fernandes Pena |
40 |
Francisco Ferreira |
40 |
Francisco Ferreira Brito |
25 |
Francisco Gomes da Silva Veado |
29 |
Francisco Gonçalves Ferreira |
34 |
Francisco Isidoro Ferreira |
32 |
Francisco João Rodrigues |
29 |
Francisco Joaquim de Almeida Gama |
38 |
Francisco Joaquim dos Reis |
35 |
Francisco José |
31 |
Francisco José Caetano |
31 |
Francisco José da Silva |
34 |
Francisco José de Almeida Ramos |
54 |
Francisco José de Faria Coutinho |
35 |
Francisco José de Freitas Lima |
48 |
Francisco José de Miranda |
54 |
Francisco José dos Reis |
27 |
Francisco Luiz Pereira |
60 |
Francisco Manoel de Assis |
29 |
Francisco Manoel de Souza |
34 |
Francisco Martins de Andrade |
40 |
Francisco Mendes do Vale |
29 |
Francisco Muniz |
25 |
Francisco Neres da Silva |
60 |
Francisco Nunes de Moraes |
30 |
Francisco Pereira Pontes |
37 |
Francisco Procópio da Paixão |
29 |
Francisco Rodrigues das Chagas |
36 |
Francisco Rodrigues de Almeida |
28 |
Francisco Xavier de Souza |
26 |
Gelazio Bernardes da Rocha |
30 |
Germano José |
37 |
Gervasio José de Santana |
29 |
Henrique Delfim Silva |
28 |
Hermenegildo Rodrigues da Silva |
38 |
Hipólito Pereira da Silva |
38 |
Honorio Gonçalves Cortes |
58 |
Inacio Barbosa de Souza |
40 |
Inocêncio Gomes da Silva |
50 |
Jacinto Manoel Monteiro |
47 |
João Alves de Melo |
27 |
João Antonio de Oliveira |
68 |
João Antonio Ribeiro |
44 |
João Batista de Almeida |
39 |
João Batista Ribeiro |
28 |
João da Costa Brito |
50 |
João Damasceno Ferreira |
40 |
João de Souza dos Santos |
50 |
João Ferreira Neto |
28 |
João Francisco de Almeida Gama |
28 |
João Francisco de Azevedo |
34 |
João Francisco de Oliveira |
47 |
João Francisco de Oliveira |
34 |
João Francisco Pereira |
25 |
João Gomes de Oliveira |
28 |
João Gomes dos Santos |
31 |
João Gonçalves |
54 |
João Gonçalves Neto |
46 |
João Gualberto Ferreira |
51 |
João Ides de Nazareth |
54 |
João Inacio de Melo |
28 |
João José Pereira de Andrade |
49 |
João Mendes do Vale |
26 |
João Mendes Ribeiro |
30 |
João Patrício de Moura |
34 |
João Paulo da Costa |
60 |
João Paulo da Silva Coutinho |
28 |
João Pedro de Souza Filho |
30 |
João Pedro de Souza Senior |
60 |
João Porceno Ferreira |
25 |
João Processo Ferreira da Silva |
25 |
João Ramos Martins |
37 |
João Rodrigues Ferreira |
31 |
João Roiz Ferreira Gomes |
29 |
João Vidal Leite Ribeiro |
26 |
Joaquim Albino |
42 |
Joaquim Antonio da Rocha |
42 |
Joaquim Antonio de Almeida |
29 |
Joaquim Antonio de Almeida Gama |
36 |
Joaquim Antonio de Gouvêa |
26 |
Joaquim Antonio Machado |
30 |
Joaquim Cesario de Almeida |
47 |
Joaquim da Costa Motta |
39 |
Joaquim Dias Neto |
28 |
Joaquim Dias Neto |
31 |
Joaquim Ferreira de Lacerda |
46 |
Joaquim Firmino de Almeida |
34 |
Joaquim Garcia de Oliveira |
34 |
Joaquim Gomes de Oliveira |
54 |
Joaquim Inacio de Moraes |
40 |
Joaquim José Chica |
29 |
Joaquim José Cordeiro |
37 |
Joaquim José Monteiro |
29 |
Joaquim Lopes da Rocha |
32 |
Joaquim Lourenço da Silva |
37 |
Joaquim Machado Neto |
50 |
Joaquim Marques da Costa |
60 |
Joaquim Martins |
31 |
Joaquim Martins de Andrade |
38 |
Joaquim Mendes do Vale |
40 |
Joaquim Nunes de Moraes |
44 |
Joaquim Pereira de Souza Lima |
25 |
Joaquim Pereira dos Santos |
50 |
Joaquim Tomaz da Silva |
54 |
Joaquim Xavier Soares |
34 |
José Alexandre da Rosa |
38 |
José Alves da Silva |
31 |
José Antonio da Silva |
36 |
José Antonio de Almeida |
26 |
José Antonio de Oliveira |
41 |
José Antonio Marrier |
50 |
José Augusto Monteiro de Barros |
26 |
José Bernardes da Rocha |
30 |
José Bernardes de Andrade |
37 |
José Bernardino Machado |
42 |
José Cardoso |
42 |
José Casemiro de Souza |
40 |
José Cesario de Miranda Gouvêa |
27 |
José Coutinho da Silva |
28 |
José da Costa Brito |
25 |
José Dias da Silva |
44 |
José Dias Pereira |
54 |
José do Egito de Souza |
42 |
José Feliciano dos Reis |
34 |
José Felicissimo de Moraes |
26 |
José Ferreira Brito |
50 |
José Ferreira de Macedo |
42 |
José Ferreira de Melo |
27 |
José Francisco Gonçalves Neto |
30 |
José Francisco Neto |
34 |
José Gomes dos Santos |
57 |
José Gonçalves Barroso |
39 |
José Gonçalves Neto |
54 |
José Gonçalves Valim |
32 |
José Gregorio de Souza |
36 |
José Inacio de Bem |
39 |
José Joaquim Cordeiro Júnior |
35 |
José Joaquim Cordeiro Senior |
80 |
José Joaquim Coutinho |
31 |
José Joaquim dos Reis |
27 |
José Joaquim Ferreira Monteiro |
31 |
José Joaquim Pereira |
35 |
José Joaquim Pereira Garcia |
32 |
José Lopes da Rocha |
37 |
José Lopes da Rocha Júnior |
26 |
José Machado Manso da Costa |
40 |
José Martins de Andrade |
35 |
José Martins dos Santos |
29 |
José Moreira de Assunção |
34 |
José Nunes de Moraes |
78 |
José Patrício |
29 |
José Pedro Borges |
48 |
José Pereira da Silva |
27 |
José Ribeiro de Almeida |
50 |
José Rodrigues de Miranda |
25 |
José Rodrigues de Sá |
24 |
José Roiz Carneiro |
32 |
José Soares |
30 |
José Tavares Pinheiro |
35 |
José Teixeira Cardoso |
30 |
José Tomaz de Aquino Cabral |
54 |
José Zeferino de Almeida |
47 |
Julião Luiz de Moraes |
28 |
Justino de Azevedo Ramos |
38 |
Justino José Corrêa |
29 |
Justino José da Silveira |
50 |
Ladislao Egidio Ferreira de Toledo |
37 |
Lauriano José de Carvalho |
39 |
Lazaro Antonio da Cruz |
30 |
Lino José Corrêa da Silva |
28 |
Lourenço José Leal |
58 |
Lucindo Antunes Moreira |
31 |
Luiz Antonio da Silva |
29 |
Luiz Cordeiro |
50 |
Luiz Inacio de Moraes |
37 |
Luiz Pereira da Silva |
41 |
Luiz Pinto de Carvalho |
34 |
Luiz Tavares de Oliveira |
60 |
Manoel Antonio da Silva |
28 |
Manoel Antonio de Almeida |
66 |
Manoel Antonio de Oliveira |
27 |
Manoel Barbosa de Souza |
70 |
Manoel Bernardes da Silva |
29 |
Manoel da Silva Miranda |
36 |
Manoel Felicissimo dos Reis |
35 |
Manoel Ferreira Brito |
58 |
Manoel Gabriel do Espírito Santo |
29 |
Manoel Gonçalves Ribeiro |
34 |
Manoel Henrique Porto Maia |
27 |
Manoel Jacinto de Oliveira |
39 |
Manoel Jacinto Nogueira |
31 |
Manoel Joaquim da Silva |
27 |
Manoel Joaquim Pereira |
32 |
Manoel Joaquim Tiburcio |
34 |
Manoel José |
39 |
Manoel José de Novaes |
60 |
Manoel José Monteiro de Barros S.Martinho |
32 |
Manoel José Monteiro da Silva |
26 |
Manoel José Monteiro de Barros |
65 |
Manoel José Monteiro de Castro |
47 |
Manoel José Pereira da Silva |
27 |
Manoel José Pereira da Silva |
35 |
Manoel Lopes da Rocha |
40 |
Manoel Nunes de Moraes |
41 |
Manoel Pereira da Silva |
49 |
Manoel Pereira Valverde |
32 |
Manoel Rodrigues Coelho |
47 |
Manoel Rodrigues da Silva |
44 |
Manoel Rodrigues da Silva |
40 |
Manoel Roiz do Nascimento |
32 |
Manoel Teixeira Cardoso |
60 |
Manoel Zeferino Cardoso |
33 |
Marcelino José |
28 |
Marcolino Dias Neto |
26 |
Mateus Herculano Monteiro |
47 |
Maximiano Francisco da Silveira |
31 |
Miguel Moreira de Sampaio |
50 |
Nicolao Gomes de Oliveira |
32 |
Pedro Moreira de Souza |
54 |
Ponciano Rodrigues de Araujo |
39 |
Processo José Corrêa |
39 |
Querino Ribeiro de Avelar Rezende |
34 |
Romão Pinheiro Corrêa de Lacerda |
30 |
Sabino Gomes da Silva |
48 |
Salvador Dias |
27 |
Severino José Machado |
27 |
Severo Galdino da Fonseca |
31 |
Silverio Luiz Pereira |
59 |
Simplicio Antonio da Paixão |
38 |
Teodoro Antonio de Souza |
38 |
Tristão Policarpo de Oliveira |
40 |
Vasco Ferreira de Melo |
68 |
Venancio José de Almeida Costa |
32 |
Venancio José de Oliveira |
37 |
Venceslau Gonçalves Campos |
29 |
Vicente Alves Ferreira |
30 |
Vicente Antunes Ferreira |
31 |
Vicente Dias da Rosa |
37 |
Vicente Ferreira Monteiro |
27 |
Vicente Gaspar Coutinho |
59 |
Vicente Rodrigues Ferreira |
30 |
Vital Antonio de Mendonça |
40 |
Vital Antonio de Oliveira |
74 |
Vital Inacio de Moraes |
28 |
Zacarias Francisco dos Reis |
31 |
Zeferino Inacio de Souza |
34 |
Antonio José Machado
Esta é mais uma das atualizações de nossos antigos Cadernos de Família, divulgados entre 1970 e 1990. Reputamos como bastante difícil estudar os Machados por causa da homonímia. Dos livros paroquiais de Leopoldina relativos ao século XIX, recolhemos 8 personagens com o nome de Antonio Machado, 13 chamados Antonio José Machado e 6 cujo nome anotado foi José Antonio Machado. Ainda assim foi preciso listar todos os batismos e ordená-los pelo nome das mães, estudar individualmente cada uma delas para reduzir ao número aqui mencionado. Porque um mesmo personagem aparece como Antonio no batismo de um filho, como Antonio José no de outro e como José Antonio num terceiro batismo. Considerando que algumas mães são também homônimas, o estudo das famílias dos cônjuges foi indispensável. Estão entre os personagens mais complexos destes estudos.
Feita a comparação dos assentos de batismo com os de casamentos dos Antonios e dos filhos, surgiu um complicador: alguns usuários do sobrenome aparecem com o acréscimo do “Dias” nos registros posteriores a 1880. Acreditamos que a homonímia tenha sido, mais uma vez, a causa da adoção de outro sobrenome. Não encontramos justificativa para a escolha do “Dias” como diferencial.
Mesmo após tantas adições com acréscimos obtidos em novas buscas, sabemos que ainda não é a versão definitiva. Novos documentos poderão surgir para esclarecer uma série de dúvidas que ainda restam.
Adotamos a composição de nome mais incidente para cada personagem. No caso em questão, a primeira vez que encontramos o sobrenome Dias foi em janeiro de 1887, no batismo do filho Pedro. Em registros posteriores tal sobrenome volta a desaparecer.
Antonio José Machado é como o nome aparece nos batismos de Maria, João, Umbelina, Horácio, Antonia e Laura, filhos de seu casamento com Luiza Maria de Jesus, bem como em seu casamento com Júlia Rosa de Jesus. É também como o nome foi anotado no batismo de Maria, filha de seu primeiro casamento com Custódia Maria de Jesus.
É possível que a adoção do novo sobrenome tenha influência de autoridades civis. Nos alistamentos eleitorais pesquisados, relativos ao final do século XIX, o sobrenome aparece em quase todos os registros, apenas com variação dos dois nomes. Ou seja, algumas vezes temos Antonio José Machado Dias e em outras encontramos José Antonio Machado Dias. Em pesquisas realizadas na 1ª Secretaria do Fórum de Leopoldina encontramos a mesma variação.
Lembramos, ainda, que alguns descendentes acrescentaram Neto ao sobrenome e, uma ou duas gerações depois, a supressão do Machado vem confundi-los com outra família tradicional de Leopoldina: os Neto.
ANTEPASSADOS DE ANTONIO JOSÉ MACHADO
Filho de José Bernardino Machado e Maria Antonia do Nascimento nasceu em terras do Rio Pardo, hoje município de Argirita. Seu pai faleceu a 27 de Setembro de 1886 em Leopoldina e sua mãe faleceu entre 1886 e novembro de 1893.
José Bernardino não declarou, em 1856, de quem comprou as terras que divisavam com Albina Joaquina de Lacerda, Antonio José Monteiro de Barros, Joaquim Ferreira Brito, Manoel Antonio de Almeida, João Antonio Ribeiro e José Rodrigues Carneiro e Souza. Sabemos apenas que totalizavam 70 alqueires por ocasião do Registro.
Outro filho de José Bernardino ligado à história de Leopoldina foi José Bernardino Machado Filho, falecido a 25 de Maio de 1884 em Leopoldina, deixando viúva Ana Rosa de Jesus.
Na geração seguinte vamos encontrar os avós paternos de Antonio José como moradores de Santa Rita de Ibitipoca. Foram eles: Bernardino José Machado, batizado em 1786 em Santa Rita do Ibitipoca, casado com Maria [Rolsa ou] Ribeiro de Almeida, também batizada em Santa Rita de Ibitipoca em 1787.
A avó paterna ainda está a merecer maiores estudos, uma vez que no livro Genealogia dos Machados e Fonsecas, de Raimundo da Fonseca, encontramos informações bastante divergentes de nossas pesquisas em relação aos nascimentos de filhos e netos.
Bernardino José era filho de Antonio José Machado e Izabel Correia de Moraes, casal mencionado em diversos de nossos estudos em virtude de se ligarem aos Almeida Ramos, povoadores de Leopoldina.
DESCENDENTES DE ANTONIO JOSÉ MACHADO [Dias]
Casou-se provavelmente em Bom Jesus do Rio Pardo com CUSTÓDIA MARIA DE JESUS, com quem teve um filho homônimo por volta de 1858. Em terras do antigo distrito da Piedade nasceu sua segunda filha, batizada a 25 de Março de 1860 com o nome Maria.
A 24 de Dezembro de 1862 nasceu a primeira filha do segundo casamento com LUIZA MARIA DE JESUS. Deste casamento foram filhos também: João Machado Dias (1865), Umbelina (1867), Firmino Machado Dias (1873), Horácio Machado Dias (1879), Antonia Maria de Jesus (1872), Cristiano Machado Dias (1883, Laura Maria de Jesus (1884) e Pedro Machado Dias (1886)
Casou-se pela terceira vez a 18 de Novembro de 1893, em Piacatuba, com JÚLIA ROSA DE JESUS, filha de JOAQUIM ALVES PEREIRA e RITA MARIA DE JESUS E SOUZA. Oficialmente consta que Júlia Rosa era natural de Cataguases. No entanto a análise de documentos de suas irmãs nos levou a concluir que seus pais residiam em terras no distrito de Piacatuba desde a época do seu nascimento. Na Igreja de Nossa Senhora da Piedade foi batizada sua irmã Belmira a 27 de Abril de 1872. Amélia, a outra irmã, casou-se também em Piacatuba a 26 de Julho de 1894, tendo declarado nascimento naquele distrito.
Do terceiro casamento encontramos apenas um filho, Júlio, nascido em 1896.
Dos 12 filhos de Antonio José Machado Dias encontramos descendência apenas para os abaixo discriminados.
1 – JOSÉ ANTONIO MACHADO nasceu em Piacatuba por volta de 1858 e casou-se com VIRGINIA PEREIRA DE ALMEIDA a 23 de Junho de 1880. Ela nasceu a 7 de Março de 1866 em Leopoldina, filha de ANTONIO AMANCIO PEREIRA e MARIA JOSÉ DE ALMEIDA.
Foram pais de:
– ANTONIO, nascido a 8 de Abril de 1882, batizado a 4 de Junho do mesmo ano;
– CUSTÓDIA, nascida a 4 de Setembro de 1883, batizada a 22 Janeiro de 1884;
– MARIA, nascida a 29 de Dezembro de 1885, batizada a 25 de Janeiro de 1886;
– ERNESTINA, nascida a 15 de Agosto de 1887, batizada a 27 de Dezembro do mesmo ano;
– ERNESTO, nascido a 19 de Novembro de 1893, batizado a 2 Junho de 1894.
4 – JOÃO MACHADO DIAS, nascido a 17 de Maio de 1865, batizado a 11 de Junho do mesmo ano, casou-se com AMÉLIA VALENTINA. Uma de suas filhas, de nome Maria da Conceição, casou-se com descendente dos Gomes da Fonseca de Conceição da Ibitipoca.
6 – FIRMINO MACHADO DIAS, nascido por volta de 1873, teve o filho Otavio, em 1905, com Francisca Brito.
7 – HORÁCIO MACHADO DIAS nasceu a 21 de Novembro de 1879, foi batizado a 8 de Fevereiro de 1880, casou-se com EDWIGES CRISTINA DE CASTRO a 26 de Maio de 1900 em Piacatuba. Ela era filha de ANTONIO PINTO DE CARVALHO e MARIA CRISTINA DE CASTRO, família com origem em Formiga, onde em 1886 corria o inventário de Maria Guilhermina de Carvalho, mãe de Antonio.
Foram pais de:
– Antonio Machado de Carvalho nascido 1901 e falecido em 1954 em Cataguases. Casou-se em 1923 com Camelia Gomes Machado, nascida em Leopoldina em 1906 e falecida em Cataguases em 1982, com 8 filhos;
– Rebeldino Machado de Carvalho nascido em Piacatuba em 1903 e falecido em Leopoldina em 1976. Casou-se a primeira vez com Gasparina Barbosa de Oliveira, nascida no povoado de São Lourenço, em Leopoldina, no ano de 1905, filha de Adriano Furtado de Oliveira e Floripes Barbosa, com quem teve a filha Maria Aparecida em 1928. Casou-se a segunda vez em Leopoldina, em 1929, com sua cunhada Maria Eulalia Barbosa, nascida em Piacatuba em 1908, com quem teve o filho Otavio Machado de Carvalho Sobrinho, nascido em Leopoldina em 1937;
– Otavio Machado de Carvalho, nascido em 1905 e falecido em Leopoldina em 1981, casou-se em 1930 com Petrina Gomes, com descendência estudada pela filha Consuelo Machado de Carvalho;
– Homero Machado de Carvalho, nascido em Leopoldina em 1906, casou-se em 1962 com Carmen Mürer de Castro, segundo Consuelo Machado de Carvalho.
8 – ANTONIA MARIA DE JESUS nasceu a 23 de Junho de 1882 em Piacatuba, onde foi batizada a 19 de Agosto do mesmo ano. Casou-se também em Piacatuba com FIRMINO CARLOS DE OLIVEIRA, a 12 de Março de 1898. Ele era filho de JOSÉ VITAL DE MORAES e UMBELINA CASSIANO DO CARMO, nascido a 14 de Agosto de 1864 em Piacatuba. Firmino faz parte de outro de nossos estudos, além de ter tido a família estudada por José Luiz Machado Rodrigues.
9 – CRISTINO MACHADO DIAS casou-se a primeira vez com DALVINA PIRES DE OLIVEIRA a 17 de Maio de 1903 em Piacatuba. Ela era filha de JOÃO CAMILO PIRES DE OLIVEIRA e HONORATA HIGINA. Casou-se a segunda vez com MARIA DA CONCEIÇÃO CABRAL, nascida em Leopoldina em 1887, filha de Antonio Augusto d’Aquino Cabral e Maria Antunes Pereira.
Do primeiro casamento localizamos os filhos Ester, nascida por volta de 1904 em Piacatuba; João, nascido a 16 de Dezembro de 1908, e batizado em Piacatuba a 8 de Agosto de 1909; e MARIA, nascida a 10 de Abril de 1911 e batizada a 17 de Julho do mesmo ano em Piacatuba.
Do segundo casamento foram os filhos: Luiza (1915), José (1916), Maria (1917), Ruy (1919), Lourdes (1920) e Joaquim Machado Cabral que se casou com Magnolia do Prado e foram avós maternos de Priscila que em 2018 colaborou com informações sobre seu grupo familiar.
10 – LAURA MARIA DE JESUS nasceu a 24 de Junho de 1884 em Leopoldina. Casou-se com FRANKLIN FURTADO DE OLIVEIRA com quem teve, pelo menos, os seguintes filhos: Cornelia; Arthurina (1900); Ozieta (1919) c/c Francisco Pereira Machado; Franklin Filho c/c Aurora Pereira Barbosa; Maria Luiza c/c Manoel Caetano Filho; Jayme Machado de Oliveira c/c Nair Alves; e Margarida c/c Sebastião de Oliveira.
11 – PEDRO MACHADO DIAS nasceu a 14 de Novembro de 1886 em Leopoldina e casou-se com MARIA MATOS, filha de SIMPLICIANO GARCIA DE MATOS e TEREZA CAROLINA DE ALMEIDA. Faz parte dos estudos sobre as famílias Almeida Ramos e Garcia de Matos.
Fontes utilizadas neste trabalho: - Mapa da População do Feijão Cru, 1838 e 1843 - Igreja de Bom Jesus do Rio Pardo, Argirita - livros de batismos e casamentos de 1839 a 1901 - Igreja Matriz de Nossas Senhora da Piedade, Piacatuba, Leopoldina, livros de batismos, casamentos e óbitos de 1851 a 1920. - Paróquia de São Sebastião de Leopoldina, livros de batismos e casamentos de 1852 a 1920 - Igreja de Santo Antonio de Tebas - livro 1 de batismos - Registro de Terras de Leopoldina, 1856 - 1ª Secretaria do Forum de Leopoldina, processos relativos ao século XIX - Cartório de Registro Civil de Piacatuba, livros 1 e 2 de nascimentos, 1 e 2 de casamentos - Cartório de Registro Civil de Leopoldina, MG, livros 1 e 2 de nascimento e 1 de casamentos - Arquivo da Prefeitura Municipal de Leopoldina - Livros 1 e 2 do Cemitério e livros da Câmara Municipal do Império - Alistamento Eleitoral de Leopoldina, 1892 a 1895