|
Compor a carteira de identidade do distrito de Cataguarino foi um trabalho extremamente delicado. Delimitar a área que ocupavam os antigos distritos, no momento de sua criação, é quase tão difícil quanto encontrar fontes documentais sobre os primeiros habitantes. No caso do Espírito do Santo do Empoçado, faz alguns anos que as informações estão sendo reunidas pela pesquisadora Joana Capella, co-autora deste texto. As divisas do Empoçado foram traçadas no mapa de 1927 com base nos seguintes normativos legais: 1) Lei 533 – 10.10.1851 – Artigo 17, sobre as divisas de Santa Rita do Meia Pataca; 2) Lei 1623 – 06.11.1869 – Artigo 1, elevação do povoado do Empoçado a distrito de paz; 3) Lei 1847 – 12.10.1871 – Artigo 7, divisa da Freguesia do Sapé (Ubá), com o distrito do Empoçado da Leopoldina.
|
Categoria: Cataguases
Município da zona da mata mineira, faz divisa com Leopoldina, tendo-lhe sido subordinado no século XIX.
Descarte de Material Histórico em Cataguases
No imbróglio que vem ocorrendo esta semana em Cataguases, chamou a atenção uma informação de fonte oral dando conta de que um funcionário graduado da Prefeitura Municipal de Cataguases teria autorizado o descarte por se tratar de material sem valor.
Queremos deixar bem claro que não acreditamos em tal informação pelos motivos elencados a seguir.
1 – Um funcionário público, encarregado do setor de guarda e conservação de documentos, não pode desconhecer a legislação que dispõe sobre a política nacional de arquivos públicos e privados. A Lei 8.159/91 (Art. 21) determina, entre outras providências, que os Estados, Distrito Federal e Municípios devem definir os critérios de organização, vinculação , gestão e acesso aos seus arquivos, observando o disposto na Constituição Federal. A mesma Lei estabelece que ficará sujeito à responsabilidade penal, civil e administrativa, na forma da legislação em vigor, aquele que desfigurar ou destruir documentos de valor permanente ou considerados como de interesse público e social.
2 – A Resolução nr 14 do Conselho Nacional de Arquivos – CONARQ, trata do sistema de classificação e da tabela de temporalidade e destinação de documentos de arquivos relativos às atividades-meio da Administração Pública. É documento imprescindível na mesa dos funcionários encarregados dos arquivos da Prefeitura.
Pois esta resolução, em sua página 44, traz o subtítulo 2 do capítulo 2 que aborda os “Prazos de Guarda”, ou seja, o período em que um documento da prefeitura deve permanecer no Arquivo Corrente, quanto tempo deverá ficar no Arquivo Intermediário e dá informações gerais sobre o tipo documental que deve fazer parte do Arquivo Permanente ou Histórico.
Na página 46 da Resolução, encontramos:
“…definiu-se que os documentos financeiros permaneçam na fase corrente até a aprovação das contas e por mais 5 (cinco) anos na fase intermediária previamente à destinação, conforme a legislação em vigor. Estabeleceu-se valor permanente para os conjuntos documentais relativos à execução financeira (prestação de contas, tomada de contas, balanços, balancetes, estímulos creditícios), os quais comprovam a receita e despesa do órgão.”

Vale dizer: os livros contábeis não poderiam ter sido descartados.
Sendo assim, queremos tornar público que NÃO ACREDITAMOS que um funcionário público encarregado dos arquivos da Prefeitura de Cataguases possa ter autorizado o descarte de tantos documentos que, segundo a Constituição Federal, a Constituição do Estado de Minas, as Leis Federais e as normas do Conarq, determinam que sejam conservados no Arquivo Permanente.
E pedimos aos nossos leitores que não repassem informações sem fundamento que possam denegrir a imagem dos funcionários da Prefeitura Municipal de Cataguases. Tal atitude seria “uma fofoca” inominável.
Não é o momento de fazermos gracejos com um assunto tão sério. Devemos nos unir e buscar a solução para um problema tão grave que, com a ajuda de todos, poderá ter um final feliz a breve tempo.
Fonte: http://majorvieira.blogspot.com/2011/12/descarte-de-material-historico-em.html
Documentos históricos de Cataguases são achados em ferro velho
Por Marcelo Lopes
A historiadora e escritora cataguasense, Maria Joana Neto Capela (foto ao lado), esteve nesta terça-feira, 29, na Câmara Municipal de Cataguases onde denunciou o que chamou de “descarte de material histórico que aconteceu recentemente em Cataguases”.
Ela pretendia divulgar este fato da Tribuna da Câmara, mas o Regimento Interno daquela Casa, determina a necessidade de inscrição com quinze dias de antecedência. Longe da Tribuna, ela esperou o término da reunião e numa conversa informal com os vereadores e a imprensa, contou que documentos do arquivo municipal – “inclusive da Câmara de Vereadores com assinatura original”, salientou – foram recolhidos do prédio que foi recentemente demolido e levados em parte para o lixão e outra para uma loja, situada na Vila Reis, que compra papel velho para reciclagem.
Aos vereadores, Joana, disse o seguinte:

“Tive acesso a documentos produzidos pela Administração Pública de Cataguases, alguns com mais de cem anos, que estavam sob a guarda do arquivo municipal cujo acervo, infelizmente, foi descartado por ocasião da recente demolição da casa da Avenida Astolfo Dutra. Trata-se, sobretudo, de documentos produzidos no período de 1930 a 1987, contendo também alguns exemplares referentes ao Século XIX”.
“Para chamar a atenção dos senhores vereadores e na expectativa de obter o apoio dessa Casa para analisar a questão da conservação e preservação de documentos históricos tomei a liberdade de trazer, a título de ilustração, alguns exemplares que pertenceram à Câmara e que estavam no lote descartado. Estão hoje sob a minha guarda e serão devolvidos ao Demphac assim que forem concluídas a secagem e a limpeza destes livros. Um dos livros que encontrei, senhores, é este livro: Atas do Júri e Sorteio de Jurados, de 1882. Um livro que foi utilizado há apenas sete depois da criação do município de Cataguases.”
“Outro documento lá encontrado foi este livro, manuscrito (mostra aos presentes), que registra um período histórico importante, um período em que o município de Cataguases teve o seu auge econômico e político também. Outro documento lá encontrado foi esse livro de Atas da Sessão da Sessão Eleitoral de Cataguases, de 1892, que contém as Atas de Constituição de Mesa Eleitoral, alguns resultados de eleições estaduais, não completamente utilizados. Outro documento encontrado é este diário que traz o registro da movimentação financeira do período que o município de Cataguases foi administrado pela Intendência. Logo após a Proclamação da República, as Câmaras foram dissolvidas e uma Intendência – que é um grupo de três pessoas – foi nomeada para administrar o município até que a nova ordem republicana se instalasse. Então este livro é uma preciosidade histórica.”
Não é esta administração que está jogando fora nossa história. “Isto é um acontecimento sucessivo nas administrações de Cataguases”, completou. Ela mostrou também um livro que traz o registro da implantação do serviço de água e esgoto em Cataguases no ano de 1890. Olha que riqueza!” Ela ainda apresentou mais dois documentos, o relatório do Balanço Financeiro da Prefeitura durante o ano de 1938, administração do Prefeito Joaquim Martins da Costa Cruz, e o relatório da Defesa Civil, de 1987, que segundo ela, “não poderia ter sido jogado fora, simplesmente porque ele é o registro de todas as medidas tomadas pelo Poder Executivo por ocasião das enchentes de 1987. Então é um documento que pode subsidiar a administração de hoje e as administrações futuras,” destacou.
Após ouvir o depoimento, o Presidente do Legislativo, Vereador Antônio Batista Pereira, o Antônio Beleza, agradeceu o gesto de Joana Capela “por sua atitude de procurar a Câmara, o Prefeito e o Procurador, Roosevelt Pires”. Ele revelou-se surpreso com a denúncia “principalmente quando você disse que há documentos da Câmara”, salientou. Ele colocou a Câmara à disposição para ajudar a resgatar os documentos. O Procurador Geral do Município, Roosevelt Pires, em resposta à Joana, convidou-a para presidir uma comissão que, disse, será criada para cuidar do resgate e destinação correta a estes documentos. Ela, entretanto, informou que poderá participar, mas não presidir tal comissão visto que Cataguases já possui um órgão responsável e preparado para cuidar deste assunto, que é o Demphac. Roosevelt disse quais providências a prefeitura vai tomar com relação a preservação dos documentos: “São documentos históricos, precisam ser preservados e nós vamos fazer a nossa parte neste sentido”, garantiu. (Com a colaboração de Luiz Rodrigues e Rose Amaral).
Do quartel do Porto dos Diamantes a Cataguases: Uma cronologia histórica
|
Comemoramos, neste ano de 2011, os 136 anos de criação do município de Cataguases, de acordo com a Lei Provincial n. 2.180, de 25 de novembro de 1875, tendo o mesmo sido oficialmente instalado em 07 de setembro de 1877.
A ocupação, pelo homem branco, do território que pertenceria ao futuro município, ocorreu no início anos 1800 com a concessão de sesmarias distribuídas pelo Governo Imperial. Neste período, as sesmarias mediam meia légua em quadra, área então equivalente a 1.068 hectares ou 225 alqueires mineiros. Os primeiros sesmeiros receberam suas terras situadas, sobretudo, às margens dos rios, ribeirões e córregos, assim como ao longo da estrada que ligava São João Batista do Presídio (hoje Visconde do Rio Branco) a Campos dos Goitacazes, no estado do Rio de Janeiro, concluída em 1812. Vinda do Passa Cinco, a estrada passava, num percurso atualizado, pela Rua Alferes Henrique de Azevedo, Praça Santa Rita, ruas Coronel Vieira e Professor Alcântara, seguindo sempre pela margem esquerda do rio Pomba. Cumprindo a política governamental de Civilização e Catequese dos Índios, foram criadas as 7 Divisões Militares, comandadas, a partir de 1826, por Guido Thomaz Marlière. Até então, Guido era o Diretor Geral dos Índios da Pomba, cargo assumido em 1813. Pertencente ao município de Mariana, a área do futuro arraial de Porto dos Diamantes fez parte das Freguesias do Mártir São Manoel da Pomba e Peixe dos Índios Croatos e Cropós (atual Rio Pomba, criada em 1765, e, posteriormente, da de São João Batista do Presídio, criada em 1810. A seguir, a evolução do primitivo aldeamento, o Curato, a Freguesia, a Paróquia – instâncias administrativas e eclesiásticas – até a criação do município, com alguns fatos históricos do período. 23.05.1817 – Concessão de uma sesmaria a João Antonio da Cruz, no ribeirão Passa Cinco, no sertão do Caminho que se abriu para os Campos. 17.12.1817 – Concessão de uma sesmaria a Lucindo Pereira Passos, nas cabeceiras do ribeirão Meia Pataca, na nova estrada para Campos dos Goitacazes. 07.04.1818 – Concessão de uma sesmaria a Manoel Barbosa Coura, no ribeirão Passa Cinco, na nova estrada para Campos dos Goitacazes. 01.07.1818 – Concessão de uma sesmaria a Joaquim de Freitas Ferreira, no ribeirão Passa Cinco, na nova estrada para Campos dos Goitacazes. 15.02.1819 – Concessão de uma sesmaria a Ana Teresa de Jesus, no lugar chamado Porto dos Diamantes. 20.09.1822 – Criação do Aldeamento de Meia Pataca pelo Diretor Geral dos Índios. 26.05.1828 – Doação do terreno para constituir o patrimônio da Capela de Santa Rita, ao Comandante Guido Thomaz Marlière, feita pelo Sargento de Ordenanças Henrique José de Azevedo, no Quartel General de Porto dos Diamantes. Assinam como testemunhas José Gomes de Barros, Joaquim de Souza Lima, Antonio Roiz. de Mello, Manoel Carlos de Almeida, José Antonio Roiz., Antonio Borges e Joaquim José da Silva. 15.07.1828 – Comunicação de Guido ao governo de Minas Gerais, informando a criação do novo arraial de Santa Rita do Porto dos Diamantes, com 38 fogos (casas), por onde atravessava a Estrada Nova ( estrada Presídio – Campos), filial da Freguesia de São João Batista do Presídio. 13.10.1831, Decreto sem número – Criação da Vila de São Manoel da Pomba, cujo território abrangia todo o curso do rio Pomba até sua foz, no rio Paraíba. 19.11.1831 – A primeira Lista de Habitantes foi encaminhada ao Governo pelo Juiz de Paz Henrique José de Azevedo. No território de Santa Rita de Meia Pataca havia 112 fogos (casas) e 753 habitantes. 21.01.1839 – A segunda Lista de Habitantes foi encaminhada ao Governo pelo Juiz de Paz Antonio Vicente da Silva Viana. Na área do distrito de Santa Rita do Meia Pataca havia 120 fogos (casas). 23.03.1839, Lei n.134 – Elevação da Freguesia de São João Batista do Presídio à categoria de Vila, à qual fica pertencendo Santa Rita de Meia Pataca. 07.04.1841, Lei 209 – Eleva a Paróquia o Curato de São Januário do Ubá, desmembrado da Paróquia do Presídio, compreendendo a Capela de Santa Rita do Meia Pataca. 10.10.1851, Lei n. 534 – Elevação do Curato de Santa Rita do Meia Pataca a Freguesia, compreendendo os curatos de São Francisco de Assis do Capivara e de N. Sra. da Conceição do Laranjal. A Lei n. 533, da mesma data, estabeleceu que sua área seria composta do território situado às margens do Chopotó até sua foz, no rio Pomba, e, por este abaixo, até o córrego São Joaquim, afluente do mesmo rio. 17.06.1853, Lei n. 654 – Elevação da Paróquia de São Januário de Ubá a Vila, suprimindo a Vila de Presídio. 27.04.1854, Lei n. 666 – Elevação da Freguesia de São Sebastião do Feijão Cru (atual Leopoldina) à categoria de Vila, sendo a ela incorporado o distrito de Santa Rita de Meia Pataca, desmembrado da Vila de Ubá. 25.04.1855 – Iniciado o Registro de Terras da Freguesia de Santa Rita de Meia Pataca, que no Livro 1 traz 197 registros. A menor propriedade tem 1 alqueire e a maior, 2.100 alqueires. 25.11.1875, Lei n. 2.180 – Criação o município de Cataguases, composto das freguesias de Meia Pataca, Laranjal e Empoçado (hoje Cataguarino), desmembradas do município de Leopoldina; da de Santo Antonio do Muriaé, desmembrada de Ubá; e da de Capivara, também desmembrada de Muriaé. Fica anexado à nova vila o território da margem esquerda do rio Novo e o da fazenda de Manoel Fortunato Ribeiro, desmembrado do curato da Piedade. Hoje o município de Cataguases é composto dos distritos da Sede (cidade), Cataguarino, Glória, Sereno, Vista Alegre e Aracati. As alterações no território, a criação, incorporação e emancipação de distritos dando origem a diversos municípios, e outros fatos históricos ocorridos a partir de 1875, merecem ser tratados oportunamente. Joana Capella Cataguases, 12 de novembro de 2011. ——————————- Texto elaborado a partir de pesquisas no Catálogo de Sesmarias, Coleção das Leis Mineiras, Registro de Terras de Meia Pataca e Correspondência de Guido Marlière, disponíveis no Arquivo Público Mineiro. Este texto foi publicado na edição de 25 de novembro de 2011 no jornal Cataguases, página 2. |
Convite para comemorações do Centenário na Capela da Colônia
|
|
Proprietários dos Lotes da Colônia Major Vieira
PRIMEIROS PROPRIETÁRIOS DOS LOTES DA COLÔNIA MAJOR VIEIRA
| LOTE | 1º PROPRIETÁRIO | VARIAÇÃO DO NOME | 2º PROPRIETÁRIO |
| 1 | Flausino Simões da Silva | Nicolas Caler Perez | |
| 2 | Nicolas Caler Perez | Nicolau Caleperes | Antenor Furtado Vieira |
| 3 | Ernesto Sanguin | Ernesto Sanguini | Antenor Furtado Vieira |
| 4 | Nicolas Caler Perez | Nicolau Caleperes | Antenor Furtado Vieira |
| 5 | Américo Alves de Azevedo | Antenor Furtado Vieira | |
| 6 | Joaquim Alves de Mesquita | Geminiano Felipe de Mendonça | |
| 7 | Santo Eugenio Piccolo | Eugenio Picoli | Pedro Comello |
| 8 | Giuseppe Zardi | José Jardi/Jardy | Olegário Rocha |
| 9 | Alberto Nicolau Wenzel | José de Mello Franco | |
| 10 | Bento Zeferino de Mello | José de Mello Franco | |
| 11 | Agenor Batista de Andrade | Bento Ferreira de Souza | |
| 12 | João José Amaro | Antenor Furtado Vieira | |
| 13 | Francesco Meschitta | Francisco Mesquita/Mosquita/Muschitta | Manoel dos Santos Loures |
| 14 | Adolfo Romagnoli | Adolfo Romanhol | Geminiano Felipe de Mendonça |
| 15 | Adolfo Romagnoli | Adolfo Romanhol | Geminiano Felipe de Mendonça |
| 16 | Agenor Batista de Andrade | Bento Ferreira de Souza | |
| 17 | Angelo Zulato | Angelo Zulati/ Juliate/Juliato | – |
| 18 | Alfredo Guazzi | Alfredo Guazi/ Guaize | José Francisco Nunes |
| 19 | José, Francisco, João e Maria Ravaglia | – | |
| 20 | Ricardo Zanella | Bento Zeferino de Mello | |
| 21 | Andrea Ravaglia | André Ravaglia/Ravalha/Ravale | – |
| 22 | Giuseppe Mendi | José Mendes | – |
| 23 | Gaetano Bedendo | Caetano Bedendo | Ernesto Sanguin |
| 24 | José Ferreira da Cunha | José Francisco Nunes | |
| 25 | Francisco Antonio de Oliveira Jacintho | Severino Nunes de Moraes | |
| 26 | Pasquale Possenti | Pasqual Pussenti/Pussente/Pucente | Ernesto Sanguin |
| 27 | Carlo Venturini | Carlos Victorini e Vitorino Carlos | Alexandre Possenti |
| 28 | Antonio Fiorio | Ernesto Sanguin | |
| 29 | Vitorino Paes de Mattos | – | |
| 30 | Celeste Donati e outros (herdeiros de Eugenio Bertulli) | – | |
| 31 | Eduardo Dutra de Moraes | Geminiano Felipe de Mendonça | |
| 32 | Giuseppe Venturelli | – | |
| 33 | Giacinto Carli | Jacinto Carli/ Carlos | – |
| 34 | Marco Leasi | Marco Leazi/ Lleaze/Lease/Aliazi | José Ignacio de Mello |
| 35 | Francisco Ignácio de Mello | – | |
| 36 | Vitorio Bianchi | – | |
| 37 | Ambrogio Meschitta | Ambrosio Mesquita/Mosquita/Muschitta | – |
| 38 | Adolfo Romagnoli | Adolfo Romanhol | Geminiano Felipe de Mendonça |
| 39 | Adolfo Romagnoli | Adolfo Romanhol | Geminiano Felipe de Mendonça |
| 40 | Alexandre Possenti | ||
| 41 | Pasquale Zanella | Ernesto Sanguin | |
| 42 | Apolônio Ribeiro dos Santos | ||
| 43 | Apolônio Ribeiro dos Santos | ||
| 44 | Giuseppe Venturelli | Oriel Fajardo Campos | |
| 45 | Alexandre Possenti | Alexandre Pussenti/Pussente/Pucente | |
| 46 | Giuseppe Venturelli | José Venturelli | Oriel Fajardo Campos |
| 47 | Pietro Causin | Pedro Causin | – |
| 48 | Pietro Causin | Pedro Causin | – |
| 49 | Administração – Sede da Fazenda Boa Vista | Oriel Fajardo Campos | |
| 50 | Joaquim Thomás dos Passos | Francisco Xavier Alves de Mattos |
Pesquisa de Joana Capella
Memória da Imigração em Cataguases
Centenário da Colônia Agrícola Major Vieira
Joana Capella e Nilza Cantoni
Se tiver dificuldade, leia aqui: Memória da Imigração em Cataguases
X – Delimitando o Universo Pesquisado
Contagem Populacional: recenseamentos realizados em Leopoldina
O recenseamento realizado no Brasil em 1872, por ordem de Dom Pedro II, encontrou 3.184.099 habitantes na província de Minas Gerais.
O levantamento foi realizado de acordo com o Lei nr 1829, de 9 de setembro de 1870, que estabeleceu, em seu Art. 1º:
“De dez em dez annos proceder-se-ha ao recenseamento da população do Imperio”.
Em Minas Gerais, conforme se observa no recorte abaixo, a contagem só foi iniciada em 1 de agosto de 1873.
Em Leopoldina, a organização dos serviços esteve a cargo do Vigário José Francisco dos Santos Durães e de Francisco José de Freitas Lima que, conforme se verifica na nota abaixo, substituíram os primeiros nomeados por não residirem na Paróquia.

No Relatório apresentado pelo vice-presidente da província à Assembleia Legislativa em 1874, foram informados os seguintes dados de Leopoldina:

Nos quadros acima estão incluídos todos os distritos que então pertenciam a Leopoldina, quais sejam: Madre de Deus do Angu (hoje pertencente a Além Paraíba); Meia Pataca (hoje o município de Cataguases); Laranjal (hoje município); Pirapetinga (hoje município); Conceição da Boa Vista (atualmente distrito de Recreio); e, Bom Jesus do Rio Pardo (atual município de Argirita).
Na Paróquia de São Sebastião da Leopoldina o resultado foi o seguinte:
|
LIVRES |
BRANCOS |
% |
CABOCLOS |
% |
OUTROS |
% |
|
4.835 |
2.747 |
56,8 |
68 |
1,4 |
2.020 |
41,8 |
O quadro caboclos refere-se a índios, independente de serem filhos de índios com brancos ou só de índios.
|
LIVRES |
BRASILEIROS |
% |
ESTRANGEIROS |
% |
|
4.835 |
4.636 |
95,8 |
199 |
4,2 |
Entre os estrangeiros, destacamos:
8 alemães, sendo 2 homens casados, 3 homens solteiros, 1 mulher casada, 1 mulher solteira e 1 mulher viúva;
6 espanhóis, sendo 1 homem casado, 4 homens solteiros e 1 homem viúvo;
26 italianos, sendo 14 homens casados, 10 homens solteiros, 1 homem viúvo, 1 mulher casada.
Os demais 159 estrangeiros são de outras nacionalidades, especialmente portugueses.
|
LIVRES |
HOMENS |
% |
MULHERES |
% |
|
4.835 |
2.587 |
53,5 |
2.248 |
46,5 |
|
ANALFABETOS |
HOMENS |
% |
MULHERES |
% |
|
3.386 |
1.724 |
50,9 |
1.662 |
49,1 |
|
ESTUDANTES |
HOMENS |
% |
MULHERES |
% |
|
160 |
97 |
60,6 |
63 |
39,4 |
Entre a população livre, foram encontrados:
5 homens e 3 mulheres cegas, 2 homens e 1 mulher surdos-mudos, 15 homens e 9 mulheres aleijados, 2 homens e 1 mulher demente e 1 homem alienado, o que representa 0,8% do total de pessoas livres.
|
ESCRAVOS |
BRASILEIROS |
ESTRANGEIROS |
HOMENS |
MULHERES |
|
3.100 |
2.864 |
236 |
1.649 |
1.451 |
Todos os escravos se declararam analfabetos. E entre eles foram encontrados:
2 homens e 1 mulher cega, e 1 mulher surda-muda, 7 homens e 3 mulheres aleijados, 2 homens dementes e 1 homem alienado, representando 0,5% do total de escravos.
À exceção dos estrangeiros de origem germânica, todos os demais se declararam católicos.
Foram encontradas 481 casas, sendo 477 habitadas e 4 desabitadas.
CENSO REALIZADO EM 31.12.1890
Distribuição Populacional:
|
HABITANTES |
ESTRANGEIROS |
||
|
Homens |
Mulheres |
||
|
BRASIL |
14.333.915 |
231.731 |
119.581 |
|
MINAS GERAIS |
3.184.099 |
31.135 |
15.652 |
|
LOCAL |
HABITANTES |
ESTRANGEIROS |
ANALFABETOS |
||
|
H |
M | T | |||
|
São Sebastião de Leopoldina |
13.942 |
285 | 146 | 431 |
11.356 |
|
Nossa Senhora da Piedade |
4.344 |
4 |
3 |
7 |
3.385 |
|
Santo Antônio de Tebas |
2.226 |
61 |
42 |
103 |
1.824 |
|
N.S.Conceição da Boa Vista |
10.178 |
223 |
53 |
276 |
8.580 |
|
Bom Jesus do Rio Pardo |
4.841 |
45 |
28 |
73 |
4.157 |
|
TOTAL DE LEOPOLDINA |
35.531 |
618 |
272 |
890 |
29.302 |
ANALFABETISMO
|
SABEM LER E ESCREVER |
||||||
|
BRASILEIROS |
ESTRANGEIROS |
|||||
|
HOMENS |
MULHERES |
TOTAL |
HOMENS |
MULHERES |
TOTAL |
|
| BRASIL |
1.237.494 |
684.482 |
1.921.976 |
148.360 |
50.223 |
198.583 |
| MINAS |
220.975 |
100.428 |
321.403 |
8.619 |
1.382 |
10.001 |
| S.SEBASTIÃO |
1.485 |
835 |
2.320 |
223 |
43 |
266 |
| N.S.PIEDADE |
610 |
336 |
946 |
* 12 |
* 1 |
* 13 |
| S.A.TEBAS |
244 |
153 |
397 |
5 |
0 |
5 |
| BOA VISTA |
1.070 |
417 |
1.487 |
103 |
8 |
111 |
| RIO PARDO |
430 |
200 |
630 |
50 |
4 |
54 |
| Total Município |
3.839 |
1.941 |
5.780 |
393 |
56 |
449 |
* Há um erro flagrante, pois a população estrangeira no distrito era de 4 homens e 3 mulheres, conforme quadro anterior.
|
NÃO SABEM LER E ESCREVER |
|||||
|
BRASILEIROS E ESTRANGEIROS |
POPULAÇÃO |
||||
|
HOMENS |
MULHERES |
TOTAL |
TOTAL |
% ANALFABETOS |
|
| BRASIL |
5.852.078 |
6.361.278 |
12.213.356 |
14.333.915 |
85,2 |
| MINAS |
1.397.867 |
1.454.828 |
2.852.695 |
3.184.099 |
89,6 |
| S.SEBASTIÃO |
5.779 |
5.577 |
11.356 |
13.942 |
81,5 |
| N.S.PIEDADE |
1.718 |
1.667 |
3.385 |
4.344 |
77,9 |
| S.A.TEBAS |
912 |
912 |
1.824 |
2.226 |
81,9 |
| BOA VISTA |
4.408 |
4.172 |
8.580 |
10.178 |
84,3 |
| RIO PARDO |
2.135 |
2.022 |
4.157 |
4.841 |
85,8 |
| Total Município |
14.952 |
14.350 |
29.302 |
35.531 |
82,5 |
ANALFABETISMO ENTRE OS ESTRANGEIROS
|
LOCAL |
POPULAÇÃO |
ALFABETIZADOS |
ANALFABETOS |
|||||||||
|
H |
M | T | H | M | T | H | M | T | % | |||
|
S.Sebastião |
285 |
146 |
431 |
223 |
43 |
266 |
62 |
103 |
165 |
38,2 |
||
|
N. S.Piedade * |
4 |
3 |
7 |
12 |
1 |
13 |
8 |
2 |
10 |
142,8 |
||
|
S. A.Tebas |
61 |
42 |
103 |
5 |
0 |
5 |
56 |
42 |
98 |
95,1 |
||
|
N.S.C.Boa Vista |
223 |
53 |
276 |
103 |
8 |
111 |
120 |
45 |
165 |
59,8 |
||
|
B.J.Rio Pardo |
45 |
28 |
73 |
50 |
4 |
54 |
5 |
24 |
29 |
39,7 |
||
|
LEOPOLDINA |
618 |
272 |
890 |
225 |
216 |
441 |
49,5 |
|||||
* Conforme dito acima, há um erro flagrante no mapa do IBGE quanto ao número de estrangeiros alfabetizados.
FILIAÇÃO
|
LEGÍTIMOS |
ILEGÍTIMOS |
LEGITIMADOS |
EXPOSTOS |
TOTAIS |
|
| BRASIL |
11.656.431 |
2.603.489 |
61.730 |
12.265 |
14.333.915 |
| MINAS |
2.703.227 |
470.817 |
7.907 |
2.148 |
3.184.099 |
| S.SEBASTIÃO |
10.835 |
3.033 |
54 |
20 |
13.942 |
| N.S.PIEDADE |
3.696 |
646 |
2 |
0 |
4.344 |
| S.A.TEBAS |
1.761 |
463 |
2 |
0 |
2.226 |
| BOA VISTA |
7.722 |
2.437 |
17 |
2 |
10.178 |
| RIO PARDO |
3.490 |
1.333 |
11 |
7 |
4.841 |
| Total Município |
27.504 |
7.912 |
86 |
29 |
35.531 |
CULTO
|
BRASIL |
MINAS |
LEOPOLDINA |
||
|
CATÓLICOS |
ROMANOS |
14.179.615 |
3.180.526 |
35.471 |
|
ORTODOXOS |
1.673 |
88 |
0 |
|
|
PROTESTANTES |
EVANGÉLICOS |
19.957 |
368 |
0 |
|
PRESBITERIANOS |
1.317 |
92 |
0 |
|
|
OUTROS |
122.469 |
2.705 |
49 |
|
|
ISLAMITAS |
300 |
5 |
0 |
|
|
POSITIVISTAS |
1.327 |
105 |
10 |
|
|
SEM CULTO |
7.257 |
210 |
1 |
|
|
TOTAIS |
14.333.915 |
3.184.099 |
35.531 |
Efemérides Leopoldinenses: Junho
| Memorial Diário da História de Leopoldina, com acontecimentos do mês de junho.
1 de junho 183101.06 e 20.11.1831 – Joaquim Ferreira de Brito doa terras para constituição do patrimônio de São Sebastião.[1] 2 de junho1876Vila de Cataguases permanece subordinada à Comarca de Leopoldina até que seja criada a Comarca de Ubá.[2] 6 de junho1881Posturas Municipais: normas para as calçadas e atividades proibidas na área urbana. Veja. 8 de junho1858Criação do distrito de Taruaçu em território pertencente à Vila Leopoldina. Veja. 9 de junho1858Lei Mineira número 921, de 9 de junho de 1858, criou em Leopoldina as cadeiras de Latim e Francês.
1881Pedida a criação de Escola Pública em Tebas. Veja. 19 de junho1866Um dos mais antigos ocupantes do cargo de Juiz Municipal e de Órfãos da Vila Leopoldina, Martiniano de Souza Lintz foi nomeado por Decreto Imperial de 18 de maio de 1866.
20 de junho1873Concurso para professores públicos inclui seis vagas no Município de Leopoldina.
21 de junho1881Professor Fortunato Serafim Pereira Gomes inaugurou uma escola particular na Fazenda dos Vitaes, em Piacatuba. Leia mais. 24 de junho1881Criada uma escola noturna da Sociedade Musical Philarmonica Leopoldinense. Veja. 26 de junho1879Comprada, de José Romeiro da Rocha e sua mulher, uma casa em Santana do Pirapetinga para funcionar como Recebedoria. Nesta época, parte da “exportação” de produtos agrícolas do município de Leopoldina para o Rio de Janeiro era escoada através de porto fluvial no Rio Pomba. [3] 27 de junho1890Criação do Distrito de Recreio DECRETO 123, DE 27/06/1890 Notas: [1] BARROSO JÚNIOR, Leopoldina e seus primórdios. Rio Branco: Gráfica Império, 1943. Notas da página 61 [2] Lei Mineira nr. 2208 de 2 de junho de 1876 [3] Relatório de Antonio Gonçalves Chaves para a Assembléia Provincial de Minas em 2 de agosto de 1883, pag. 156 |






