Entendendo a Relação de Graus entre Primos

O pedido de Talyta Machado se refere a um casal que compartilhava um ancestral em comum, sendo primos em 3º e 4º graus: o avô materno de Antônio era irmão de um bisavô paterno de Rita.

Fontanella em Leopoldina

Os Fontanella passaram ao Brasil na época em que a imigração de italianos já estava em decréscimo. Aportaram no Rio de Janeiro em fevereiro de 1899 e seguiram para a Hospedaria de Juiz de Fora, dali saindo no dia 23 de fevereiro com destino ao distrito de Aba´íba, em Leopoldina. Alguns filhos de Luigi e Verginia se casaram com imigrantes ou filhos deles. Outros se uniram a membros de antigas famílias que viviam no lugar, como Oliveira e Azevedo.

Família Fontanella em Leopoldina

Há 100 anos

Em julho de 2019, nasceram em Leopoldina

Dia 19 jul: Juracy Lisboa Gomes

Dia 27 jul: Dagoberto Almeida Ramos

Dia 28 jul: Conceição Miranda Costa e Ruy Cabral Machado Dias

Maria José de Almeida Oliveira

A pedido de um visitante, republicamos antiga postagem sobre os descendentes de Maria José de Almeida Oliveira, composta com a colaboração de seu neto Fábio Vargas de Mendonça. Acrescentamos algumas gerações de ascendentes para localizá-la entre os povoadores de Leopoldina.

Descendentes de Maria José de Almeida Oliveira

Primeira geração

1. Maria José de Almeida Oliveira, filha de João Carlos Gualberto de Oliveira
e Rita Augusta de Almeida, nasceu a 2 Ago 1887 em Leopoldina, MG.(1)

Maria casou com João de Almeida Vargas.

Filhos deste casamento:

2 M i. Alcemar
3 M ii. Antonio
4 M iii. Delmar

Delmar casou com Gerce de Amor Souza.
5 F iv. Eulina

Eulina casou com José Fontes Coimbra.
6 M v. Itamar

Itamar casou com Terezinha Ferreira Castro.
+ 7 M vi. João de Almeida Vargas Júnior
8 M vii. José

José casou com Maria Bouds.
9 M viii. Manoel

Manoel casou com Virgínia Ferreira Castro.
10 ix. Maria

Maria casou com Carlindo Gonçalves Cardoso.
11 x. Mário

Mário casou com Elvira Capasse.
12 xi. Rita

Rita casou com José Ferrari.
13 xii. Ruth

Ruth casou com Walter.

Segunda geração (Filhos)

7. João de Almeida Vargas Júnior

João casou com Conceição Ferreira Castro.

Filhos deste casamento:

14 i. Fernando Castro Vargas
+ 15 ii. Regina Castro Vargas
16 iii. Amélia Castro Vargas
+ 17 iv. Laércio Vargas de Castro
18 v. Carlos Alberto Castro Vargas
19 vi. Elizabeth Castro Vargas
20 vii. João

Terceira geração (Netos)

15. Regina Castro Vargas

Regina casou com Nilson Furtado de Mendonça.

Filhos deste casamento:

21 i. Humberto Vargas de Mendonça
22 ii. Gustavo Vargas de Mendonça
23 iii. Fábio Vargas de Mendonça

17. Laércio Vargas de Castro

Laércio casou com Maurisa Gindre.

Filhos deste casamento:

24 i. Simone Gindre Vargas
25 ii. Rodrigo Gindre Vargas

Há 100 anos

Em fevereiro de 2019, nasceram em Leopoldina

Dia 10

Maria Aparecida Rezende Oliveira


Dia 13

Leonira Ribeiro

Dia 19

Milton Vargas Neto

Dia 27

Dulce Lacerda

113 – Entrelaçamentos na família de João Ignacio de Moraes


O Trem de História resgata hoje um pouco da vida e família de João Ignacio de Moraes, outro morador da Serra de Ibitipoca que teve filhos migrados para Leopoldina e descendentes que se entrelaçaram com os Rodrigues, sobrenome do Paulino.

Após a publicação desta série, foram localizados processos de dispensa matrimonial e inventários de parentes de João Ignacio de Moraes que modificaram alguns vínculos. Estudo completo sobre a família encontra-se agora em https://cantoni.pro.br/2020/12/27/memoria-historica-revisitada-angaturama/

Importante destacar que os filhos de João Ignacio de Moraes e Anastácia Felisbina de Jesus usaram formação de sobrenome bem variada, o que dificulta sobremaneira a identificação deles. Alguns perpetuaram o sobrenome do pai enquanto outros resgataram o sobrenome do avô paterno, hábito bastante frequente na época. Outro aspecto que chama a atenção é o uso de sobrenome de família por duas das filhas mulheres, pois o mais comum era que elas usassem apenas um nome de devoção.

De modo geral, a adoção ou não de sobrenomes tinha relação com a posição econômica da família. A perpetuação do sobrenome Oliveira, entre filhos e netos do casal tanto pode ser referência ao pai de João Ignacio como ao de Anastácia Felisbina. Batizada(1) aos 13 de julho de 1800, foi a terceira filha de Maria Narciza de Jesus e Vital Antonio de Oliveira, sendo neta materna do português Bernardo da Costa de Mendonça, proprietário na localidade de Ribeirão dos Cavalos, em Santana do Garambéu, e de Maria Tereza de Jesus cuja mãe foi uma das lendárias Três Ilhoas, das quais grande parte dos mineiros é descendente. Ou seja, Anastácia Felisbina era sobrinha de Rita Esméria de Jesus, esposa do “comendador” Manoel Antonio de Almeida, casal que esteve entre os povoadores do Feijão Cru.

Os avós paternos de Anastácia foram Bernardina Caetana do Sacramento e o português José Rodrigues Braga, cujos filhos usaram, principalmente, o mesmo sobrenome Oliveira mantido pelos filhos de Anastácia. Mas entre os tios paternos de Anastácia, alguns usaram também o Rodrigues que parece representar um elo com Manoel Rodrigues da Silva, avô paterno de Paulino Augusto Rodrigues. Pelo menos uma das tias paternas migrou para a nossa região e dos avós paternos de Anastácia descendem alguns usuários do sobrenome “de Bem” em Leopoldina, Recreio e Muriaé.

Verifica-se, portanto, que os filhos de Anastácia Felisbina e João Ignácio de Moraes têm ancestrais comuns aos pioneiros moradores do Feijão Cru e seus descendentes mantiveram tais laços, especialmente na família próxima de Paulino Augusto Rodrigues.

Os filhos do casal foram batizados na Igreja de Nossa Senhora da Conceição de Ibitipoca que, à época, jurisdicionava o território que mais tarde veio a formar o distrito de Quilombo, município de Bias Fortes. É o que se comprova pela localização da propriedade de João Ignacio de Moraes conforme o registro(2) de 1856:

 “(literis) Eu abaixo assignado sou senhor e possuidor de uma sorte de terras de cultura cita na fazenda do Ribeirão de S. João no Distrito do Quilombo, Freguesia de Santa Rita que levará de planta de milho sem alqueires pouco mais ou menos, cujas comfrontão com as segtes. Por lado devidem com Francisco Antônio, Francisco Vilas e José Luiz do Carmo, A Vieira da Rocha e Francisco Moraes meos socios e com a fazenda que foi do Pe. F… por verdade….inverte… da Ley Regulamentar….. que vai por mim c/o m. assignado. Ribeirão de São João 25 de fevereiro de 1856. João Ignacio de Moraes.”

A partilha das terras, ocorrida após a morte de João Ignacio em 1876, corrobora a afirmação da origem dos “Rodrigues” da família do Paulino Augusto na região conhecida como Serra da Ibitipoca, de onde vieram também os Almeida Ramos, os Ferreira Brito e os Gonçalves Neto, povoadores do Feijão Cru.

Dos 13 filhos de João Ignacio de Moraes e Anastácia Felisbina, viveram em Leopoldina os 8 listados a seguir:

|–Mariana Carolina de Oliveira

|   +Justino Marques de Oliveira

|–Vital Ignacio de Moraes

|   +Umbelina Cassiano do Carmo

|–Joaquim Candido da Silva

|   +Rita Carolina de Oliveira

|   +Erondina Corrêa Lacerda

|–Antonio Romualdo de Oliveira

|   +Francisca Carolina de Oliveira

|–Delfina Honorata de Jesus

|   +José Alexandre da Costa

|–José Ignacio de Oliveira

|   +Maria Messias de Almeida

|–Maria Luiza de Jesus

|   +Joaquim Antonio de Almeida Ramos

|   +Antonio Joaquim Vilas Boas

|–Rita Ignacia de Moraes

|    +Antonio Rodrigues da Silva

É evidente que a história de Paulino Augusto Rodrigues, seus ascendentes e descendentes não termina aqui. Mas esta série de artigos sobre ele, sim. No próximo Jornal, outro personagem ocupará este espaço, seguindo a ideia inicial dos autores de, com estas viagens do Trem de História, resgatar a história da gente que construiu Leopoldina. Até lá.


Fontes de Referência:

1 – Igreja de Nossa Senhora da Piedade de Barbacena. lv 02 bat fls 67-verso.

2 – Registro de Terras de Santa Rita de Ibitipoca, termo 27.

Luja Machado e Nilza Cantoni - Membros da ALLA
Este artigo foi publicado na edição 365 do jornal Leopoldinense de 16 de outubro de 2018 e atualizado em janeiro de 2021 

150 anos de Moysés de Rezende Montes

Nascido no dia 12 de dezembro de 1867, Moysés era filho de Tereza Joaquina de Jesus e José de Rezende Montes, sendo neto paterno de Bernardo José Gonçalves Montes e Maria Antonia de Jesus. Este casal é constantemente citado em nossos trabalhos por constituir, provavelmente, a primeira família moradora do território que mais tarde formaria o Curato de São Sebastião do Feijão Cru. Isto porque, ao casar-se em Prados, no dia 18 de setembro de 1822, Bernardo tomou posse do dote recebido de seu sogro, Antonio Francisco Coelho, constando de duas sesmarias oficializadas por Carta de 1818. Uma destas sesmarias foi mais tarde vendida a Antonio José Monteiro de Barros que nela formou a Fazenda Paraíso e, no início do século seguinte, uma parte integrou a Colônia Agrícola da Constança.

Bernardo e Maria Antonia trocaram parte das terras por outras nas proximidades do atual povoado de São Lourenço, onde formaram a Fazenda Sossego

Moysés casou-se com Baldoina Brasilina de Oliveira, filha de João Salustiano de Oliveira e Inacia Presciliana de Rezende.

Moysés e Baldoina tiveram, pelo menos, dez filhos nascidos em Leopoldina: Maria das Dores (1893), Ercilia (1895), Aristóbolo (1898), Julieta (1900), Francisca (1902), Irineu (1908), Luiza (1911), Geraldina (1914), Mogarino (1916) e Dinalda (1919)

Sesquicentenário de Nascimento

Filomena Francisca de Oliveira Ramos nasceu em Leopoldina no dia 11 de setembro de 1867. Seu pai, Francisco de Oliveira Ramos, mestre em cantaria, residia no atual Bairro da Onça e era filho de Manoel Domingos de Oliveira e Joana Teodora. Sua mãe, Francisca das Chagas de Nazareth, era filha de Manoel Rodrigues Coelho e Maria de Nazareth, casal estabelecido no Feijão Cru desde 1831, tendo logo depois adquirido um pequeno lote de terras da Fazenda da Cachoeira, então propriedade de Joaquim Ferreira Brito.

Filomena casou-se, em outubro de 1890, com o açoriano Manoel Botelho Falcão, filho de Francisco Botelho Falcão Sobrinho, de cuja família nos ocupamos numa das séries publicadas no jornal Leopoldinense no ano passado.

Filomena e Manoel tiveram nove filhos: Manoel (1891), Manoel (1892), Maria (1894), Antonio (1896), José (1901), Americo (1902), Rita (1904). João (1907) e Filomena (1909).

Sesquicentenário de Nascimento

No dia 30 de junho de 1867 nasceu, em Leopoldina, Adelaide da Gama de Castro Lacerda. Ela era neta de dois importantes personagens da história de Leopoldina.

Por um lado, Romão Pinheiro Corrêa de Lacerda e Ana Severina de Oliveira Castro tiveram o único filho Américo Antonio de Castro Lacerda, pai de Adelaide. Romão foi um dos primeiros moradores do Feijão Cru, formou a Fazenda Memória, foi vereador e atuou pelo desenvolvimento de Leopoldina até sua morte em 1872. Romão teve seus restos mortais trasladados para o novo Cemitério criado em 1888.

Pelo lado materno, Adelaide era neta de Joaquim Antonio de Almeida Gama, o primeiro historiador de Leopoldina. Sua mãe foi Filomena Josefina Candida da Gama, a segunda filha de Joaquim Antonio.

Adelaide casou-se em Leopoldina, no dia 29 de julho de 1888, com Americo Moretzshon Monteiro de Oliveira Castro, neto paterno de um irmão da avó paterna de Adelaide.

Localizamos seis filhos do casal Adelaide-Américo: Maria (1890), Américo (1893), Dinah (1894), Hugo (1895), Jurema (1899) e Alberto Moretzshon de Lacerda.

150 anos de nascimento de Teresa de Oliveira Vargas

Segundo o batismo de Teresa de Oliveira Vargas, ela nasceu no dia 23 de junho de 1867 e não de 1866 como a família fez publicar no cartão de comunicado de falecimento. Era filha de João Antonio de Oliveira Vargas e de Antonina Virgilina do Patrocínio, sendo neta materna de Joaquim Antonio do Patrocínio e de Senhorinha Candida Alves.

Teresa deixou grande descendência de seus dois matrimônios. Casou-se a primeira vez, em janeiro de 1882, com o português Francisco Pereira Garcia, filho de Bernardino José Pereira Garcia e Joaquina da Luz. O casal teve cinco filhos: Carmelita (1882), João (1884), Maria da Conceição (1886), Alice (1887) e Antonina (1889). Maria da Conceição Garcia casou-se com Luiz do Amaral Lisboa, com quem teve, pelo menos, seis filhos, sendo que um deles foi Paulo Lisboa que se casou com Maria Andrade Martins com quem teve o filho Paulo Roberto Lisboa, artista plástico conhecido internacionalmente.

Teresa casou-se a segunda vez com Tomaz Pereira do Amaral Lisboa Filho, pai de seu genro Luiz do Amaral Lisboa. Tomaz era natural de Santa Madalena, Ilha do Pico, Açores e vivia em Leopoldina onde se casara com a leopoldinense Albina de Souza Werneck na década de 1870.

Do casamento realizado em abril de 1892. Teresa e Tomaz tiveram, pelo menos, os filhos Aurora (1893), Olga (1895), Tomaz (1897), Alzira (1898), Maria das Dores (1900) e Ana (1903).

Teresa viveu parte de sua vida no distrito de Tebas.