Ascendência de José Vieira de Carvalho

Sobrenomes Mencionados:

Aguiar, Almada, Araújo, Arruda, Azevedo, Baeta, Bastos, Brandão, Campos, Cardosa, Cardoso, Carvalho, Castanho,  Conceição, Costa, Cunha, Duarte, Farinho, Ferreira, Figueiredo, Fonseca, Gusmão, Henriques, Maia, Medina, Melo, Mendes, Mendonça, Nascimento, Neves, Oliveira, Pacheco, Peixoto, Pereira, Pinho, Pinto, Ribeiro, Rocha, Silva, Silveira, Soares, Tavares, Valente.

Arte de Curar em Leopoldina

Para marcar o 168º Aniversário de Emancipação da Cidade o Trem de História faz hoje uma viagem especial pelo antigo Feijão Cru para apresentar aos leitores o cidadão

ANTONIO PEREIRA VALVERDE,

um pioneiro que deve ser visto de forma diferenciada por ter sido, como indicam os seus pertences inventariados, uma pessoa com algum gosto pela leitura e preocupada em conhecer a arte de curar, o que era pouco comum na época.

Isto porque a análise de inventários e testamentos diz muito não apenas sobre a pessoa em si, mas sobre a sociedade da época. E a Descrição de Bens do inventário desse fazendeiro de Leopoldina, aberto em 1849, traz registros interessantes. Nele, além dos objetos em ouro, prata, animais, escravos e bens de raiz, há alguns itens significativos tais como: estojo de navalhas, pedra de afiar, três livros de Chernoviz, dois volumes do Manual do Fazendeiro e um “livro da arte de curar a si mesmo”. Itens que, listados na ordem aqui informada, indicam que eram entendidos pelos avaliadores como pertencentes à mesma classificação ou, seja, eram bens da mesma importância.

A busca de informações sobre esses livros mencionados levou à leitura da dissertação de mestrado[1] de Maria Regina Cotrim Guimarães que descortinou alguns saberes bastante esclarecedores. De modo geral, é comum imaginar que naquela altura do século XIX os moradores do interior não tivessem acesso a médicos nem tampouco ao conhecimento científico da arte de curar. Embora a primeira afirmativa seja correta, já que os profissionais se concentravam nos grandes centros, havia o que Maria Regina chamou de “literatura auto-instrutiva” representada por variada gama de manuais. Ressalta a autora que eram obras sofisticadas, em grossos volumes, dedicadas a informar o público leigo. Tinham grande aceitação e larga difusão entre leigos letrados como boticários, fazendeiros e suas esposas que utilizavam as técnicas ensinadas nos manuais em seu ambiente social.

A mencionada autora destaca o cunho civilizador de tais obras, pois informavam e introduziam noções de medicina que estimulavam os leitores contra o charlatanismo, além de grandes benefícios que resultavam das orientações a respeito da higiene.

CHERNOVIZ

Entre os autores de tais manuais surge, então, o talvez mais popular entre eles: Piotr Czerniewicz, polonês, que se tornou conhecido pelo nome abrasileirado de Pedro Napoleão Chernoviz. Médico chegado ao Brasil em 1840 e que já no ano seguinte publicava artigo na Revista Médica Fluminense. Em 1842 publicou a primeira edição de sua obra mais difundida: Dicionário de Medicina Popular, em dois volumes com uma tirarem de três mil exemplares, o que era inimaginável para a época.

Figura 1- Diccionario de Medicina Popular, de Pedro Luiz Napoleão Chernoviz

Guimarães ressalta, ainda, ser uma obra de grande utilidade doméstica pelo formato de dicionário que facilita a busca pelos termos, como também pelos assuntos escolhidos. Além da descrição dos males e seu tratamento, trazia também indicações de fórmulas para tingir cabelos, para tirar nódoas e tinta para escrever, entre outras.

Chernoviz aconselhava a formação de uma “botica” doméstica, ou seja, uma farmácia, e ensinou a melhor forma de conservação dos elementos que ela deveria conter e que chegavam a 67 diferentes substâncias na terceira edição. Em edições posteriores, a obra passou a ser vendida junto com uma botica portátil. Acredita-se que desde a primeira edição era também sugerido o uso de determinados tipos de navalhas, o que justificaria o ‘estojo de navalhas’ listado entre os bens do fazendeiro leopoldinense inventariado em 1849.

Vale registrar que a obra teve diversas edições, inclusive após o retorno do autor para a Europa com mulher e filhos brasileiros.

ANTONIO PEREIRA VALVERDE, O PROPRIETÁRIO DAS OBRAS

O dono das obras mencionadas foi Antonio Pereira Valverde, cuja mais antiga referência de localização é a Sesmaria do Piau, então pertencente à Freguesia do Engenho da Mata, atual Paula Lima, distrito de Juiz de Fora. Lá ele se casou com Ana Angélica procedente de Remédios. Mais tarde estabeleceu-se na Fazenda Boa Vista da Independência, no território do atual distrito de Piacatuba, onde sua esposa vivia com os filhos até 1877, quando fez testamento[2].

Antonio nasceu por volta de 1794, filho do português José Pereira Valverde e Luiza Francisca da Assunção.  Luiza era natural de Itaverava e falecera na Sesmaria do Piau no dia 16 de junho de 1816, deixando mais dois filhos além de Antonio: Maria Rosa, casada com Manoel Fernandes de Oliveira e Leonardo Pereira Valverde do qual não se tem outras informações.

O pai de Antonio se casou novamente com Aniceta Francisca de Almeida de cujo matrimônio não havia herdeiros vivos quando ele faleceu.

E pela terceira vez José Pereira Valverde se casou com Maria Constança de Jesus, filha de Luiz Coelho Machado e Francisca. Deste consórcio foram os filhos Bárbara casada com Laurindo Pereira da Cunha, Ana Rita casada com Bento José de Matos, outra Maria Rosa casada com Custório Ernesto da Silva e, Clara Maria de Jesus.

José faleceu na Sesmaria do Piau aos 22 de outubro de 1847. Maria Constança, após enviuvar-se casou com Casimino Antonio de Faria, filho de Francisco Antonio de Faria.

Até o momento não há notícia de que os irmãos de Antonio tenham migrado para o Feijão Cru.

Antonio Pereira Valverde e Ana Angélica tiveram 9 filhos, sendo que pelo menos dois deles se casaram com descendentes dos formadores de propriedades vizinhas.

ANTONIO PEREIRA VALVERDE E SEUS VIZINHOS

Na mais antiga representação cartográfica[3] da nossa região estão os nomes dos proprietários aqui estabelecidos em 1847. Embora o desenho seja sofrível, justificável até mesmo pelo tempo decorrido, é possível identificar alguns aspectos.

Transpostos para uma cartografia[4] de 1938, estes aspectos auxiliaram a coleta dos nomes dos três proprietários marcados nas proximidades do Ribeirão Samambaia. Os nomes das propriedades confrontantes, conforme os processos de Divisão Judicial e inventários dos envolvidos entre 1877 e 1904, ajudaram a definir o local provável de cada sede. E assim chegou-se aos pioneiros que se estabeleceram entre o Rio Pardo e o Ribeirão Samambaia:

1 – Francisco Luiz Pereira, fazenda Ribeirão Samambaia, próxima da foz do ribeirão no rio Pardo, depois se chamou fazenda Francisco Luiz e, mais tarde, fazenda Indaiá.

2 – Antonio Pereira Valverde, fazenda Boa Vista da Independência, divisas ao norte com Francisco Luiz e ao sul com os Vitais.

3 – Vital Antônio de Oliveira, fazenda Fortuna, cuja marcação de 1847 não está bem definida, podendo ser na margem direita do Rio Pardo. Esta indefinição ainda carece de mais estudos visto que a localização da fazenda dos Vitais, em 1904, aparece como sendo na margem esquerda.

Um fato curioso a respeito destes três pioneiros é que as propriedades não foram lançadas no Registro de suas Terras, em 1856, em Leopoldina. Mas os três proprietários foram citados nos registros feitos pelos confrontantes.

Muito ainda se tem para contar, inclusive, sobre a descendência de Antonio Pereira Valverde. Mas por hoje esta parte da história de Leopoldina fica por aqui. Até breve!

Luja Machado e Nilza Cantoni – Membros da ALLA

Publicado na edição 432 no jornal Leopoldinense, maio de 2022

Fontes consultadas:


[1] GUIMARÃES, Maria Regina Cotrim. Civilizando as artes de curar: Chernoviz e os manuais de medicina popular no império. Rio de Janeiro: Fiocruz, 2003. Dissertação (Mestrado) - Programa de Pós-graduação em História das Ciências da Saúde, Casa de Oswaldo Cruz, Fundação Oswaldo Cruz, Rio de Janeiro, 2003. Atualmente disponível em <https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/6128> 
[2] Inventário e testamento de Ana Angélica da Conceição, processo 38405056. 
[3] TEODORO, João José da Silva, Carta Topográfica dos Termos do Presídio, Pomba e São João Nepomuceno (Acervo da Biblioteca Nacional: 1847) 
[4] Mapa do Município de Leopoldina produzido em obediência ao Decreto Lei nº 311 de 2 de março de 1938, com base em: Commissão Geographica e Geologica de Minas Geraes, Carta Geográfica de Cataguases Folha nº 20 S2 E3 (São Paulo, Cayeiras e Rio: Secção Cartographica da Companhia Melhoramentos (Weisflog Irmãos incorporada), 1926.)

Assista a “Leopoldina: A cidade com nome de PRINCESA! | A Viação Cipó te conta tudo!” no YouTube

165 – Descendentes de Manoel Joaquim e Leocádia

Para concluir o estudo sobre um dos pioneiros de Tebas, Manoel Joaquim Ferreira, o Trem de História traz hoje o que se conseguiu apurar sobre os 10 filhos do seu casamento com a segunda esposa, Leocádia Florentina de Assis. E começa com o nome de José Joaquim para destacar que Manoel Joaquim teve dois filhos com este nome, um de cada casamento, sendo que o filho de Leocádia usava mais frequentemente o sobrenome Silva.

1) Francisco Ferreira da Silva (ou, Braga) c.c. Máxima Maria de Jesus em primeiras núpcias e com Maria Ilidia de Brito em segundas. Francisco vivia no Rio Pardo em 1844 com a primeira esposa com quem teve a filha Maria, batizada no dia 04.02.1844. Em 1862, Francisco já estava casado com Maria Ilidia de Brito, com quem teve a filha Eufrozina, batizada em Piacatuba no dia 14.05.1862. Em 1864 Francisco e Maria Ilidia batizaram o filho João, também em Piacatuba, aos 14 de agosto.

2) O segundo filho do casal foi Antonio Carlos Ferreira que se casou Miquelina Florentina de Jesus. O casal teve os seguintes filhos: Manoel, cujo batismo é de 18.02.1855. Ana, cujo batismo é de 11.10.1863 e Antonia, batizada em 11.12.1864.

3) Felisbina Florentina de Jesus c.c. Antonio da Costa Ferreira Júnior. Felisbina e Antonio tiveram os seguintes filhos batizados em Piacatuba: Rita, batismo de 08.10.1854, Joaquim, cujo batismo é de 04.03.1862 e Umbelina, batizada em 06.12.1863.

4) Lúcia Florentina de Assis casou-se com Joaquim Ignacio de Oliveira. Deste casal não se tem, ainda, outras informações.

5) José Ferreira da Silva é o sexto filho de Manoel Joaquim Ferreira e Leocadia. Ele se casou em Piacatuba aos 24.08.1853, com Maria Francisca de Assis. O casal José-Francisca teve os seguintes filhos: Maria, batizada em 17.01.1855, José, batizado em 08.08.1865, Joaquim, batizado em 29.07.1870 e Antonio, batizado em 19.03.1876.

6) José Joaquim da Silva, em 1856 registrou 5 alqueires no Meia Pataca, declarando serem terras compradas de Antonio Valentim da Fonseca, divisa com José Rodrigues Vicente, José Maria e Manoel Anacleto. Consta, ainda, que um Joaquim da Silva registrou 2 alqueires em comum no lugar Sobradinho, havidas por herança, que tudo leva a crer ser a mesma pessoa. Por estas informações, supõe-se que tenha vivido em território do Meia Pataca e não se sabe se casou ou teve filhos. Observe-se, ainda, que Manoel Joaquim Ferreira batizou dois filhos com o nome de José Joaquim, um de cada casamento. O primeiro usou o nome José Joaquim Ferreira e o segundo adotou Silva, sobrenome de sua mãe.

7) Manoel Joaquim Ferreira Filho foi o nome utilizado na idade adulta por este filho do segundo casamento. Ele se casou aos 18 de fevereiro de 1865, com Antonia Maria de Jesus, neta paterna de José Antonio Teixeira e Maria Rosa Faustina. Ou seja, Manoel se casou com uma neta do segundo marido de sua mãe. Observação: Manoel Joaquim Ferreira teve dois filhos homônimos, mas só o do segundo casamento usava o aposto “Filho”.

8) Francisca de Assis Lima c.c. Manoel Antonio Teixeira filho de José Antonio Teixeira e Maria Rosa Faustina. Assim como seu irmão Manoel, Francisca também se casou com filho do segundo marido de sua mãe. Francisca e Manoel batizaram o filho José, aos 29.07.1868.

9) Maria Leocadia de Jesus c.c. Manoel Joaquim Ferreira Amorim. Tiveram seis filhos. Alguns deles batizados em Piacatuba: Maria, batismo em 27.02.1870; Castorino, batismo em 20.10.1872; Joaquim, cuja filiação está no alistamento eleitoral em Tebas; Antonio, cuja filiação também está no mesmo alistamento; Flausina, batismo em 15.09.1878; Adolfo, cuja filiação foi confirmada pelo seu casamento em 1902 e que faleceu em Piacatuba aos 24.09.1938, aparece como condômino do Sítio da Onça, em Tebas, em 1933.

10) Domingos Ferreira de Oliveira era também conhecido por Domingos Ferreira Tebas de Oliveira ou simplesmente Domingos Ferreira Tebas. Casou-se em Argirita, em 1865, com Ana Rosa de Souza. Em 1871 o casal vendeu uma sorte de terras herdadas da avó de Ana Rosa, que foi a primeira esposa de José Antonio Teixeira, o segundo marido de Leocadia Florentina de Assis, mãe de Domingos. O casal Domingos e Ana Rosa teve os seguintes filhos: Vitalina, teve o seu batismo em 23.05.1869; Rosa, batizada em 18.06.1871; Presceliana, batizada em 25.01.1875; Antonio, batizado a 24.06.1878; e, Domingos Bernardino nascido em 1886 em Tebas e falecido em Leopoldina em 1971.

Com estas informações o Trem de História encerra a viagem pelas terras “dos Tebas”. Na próxima edição, outro pioneiro de Leopoldina ocupará este espaço. Até lá!

Dia 12 de Abril

111 anos de criação da Colônia Agrícola da Constança

Nossos cumprimentos aos descendentes dos colonos que ali viveram.


Fontes consultadas:

Cartório de Notas de Piacatuba – lv 1871-1872, fls 23v.

Cemitério Nossa Senhora do Carmo, Leopoldina, MG, lv sepultamentos 1963-1975 fls 69 nº 254 plano 2 sep 16.

Igreja de Nossa Senhora da Piedade, 1º livro de batismos original, folhas 26, 28, 29, 45v, 53v, 55v, 60, 64v, 70v, 98, 102v, 108v, 110v, 117v, 127v, 147, 156, 174v, 176v; e lv 1 cas fls não numeradas, ordem 24

Igreja do Senhor Bom Jesus do Rio Pardo, 1º livro de batismos, folhas soltas, não numeradas; lv 1 bat fls 17verso e lv 1 cas fls 10

Registro de Terras de Santa Rita do Meia Pataca. Arquivo Púlbico Mineiro TP-120, APM. Nr 76 fls 39, pesquisa de Joana Capella.

Luja Machado e Nilza Cantoni – Membros da ALLA

Publicado na edição 418 no jornal Leopoldinense, março de 2021

Descendentes de Manoel José Pinto da Costa

Com a chegada de novas fontes relativas à família do correspondente Alberto Siqueira, atualizamos a genealogia deste que foi o maior colaborador para a composição deste relatório. A família de Manoel José tinha bastante proximidade com o Alferes Francisco José de Almeida Ramos, do 4º Regimento de Milícias da Corte conforme Ordens Régias 1817-1818 SC 375 P 59. Francisco havia se transferido para o Feijão Cru no início do povoamento, tendo formado a fazenda Santa Maria em território que mais tarde compôs o distrito de Nossa Senhora da Piedade.

1-Manoel José Pinto da Costa, falecido em 1891, casou-se com Ana Francisca de Jesus, falecida em 1895. Segundo o inventário do casal, processo 38404171 da Comarca de Leopoldina autuado em 1896, tiveram os filhos: Leopoldina, Maria, Felisbina, Teresa, Francisca, Candido, Carlota, João Batista, Joaquim, José e Ana.

1-1 – Leopoldina cc Elias Alves Ferreira

1-2 – Felisbina cc João Batista Filgueiras

1-3 – Maria nasceu cerca de 1852 em Piacatuba, Leopoldina, MG [1] e foi batizada a 27 Dez 1852 em Piacatuba, Leopoldina, MG. Padrinhos de batismo: Custódio Dias Moreira e Francisca Maria de São José. Casou-se com Apolinário José de Carvalho, falecido antes dos sogros.

1-4- Teresa nasceu a 12 Fev 1855 em Piacatuba, Leopoldina, MG [2] e foi batizada a 17 Fev 1855 em Piacatuba, Leopoldina, MG. Padrinhos de batismo: Alferes Francisco José de Almeida Ramos e Thereza, mulher de Hypolito Pereira da Silva. Faleceu solteira, antes de seus pais.

1-5 – Francisca cc Antonio Pinto da Silva

1-6 – Candido nasceu cerca de 1862 em Piacatuba, Leopoldina, MG [3] e foi batizado a 13 Out 1862 em Piacatuba, Leopoldina, MG. Padrinhos de batismo: Candido José Baptista e Constança Maria de Jesus. Faleceu solteiro, antes dos pais.

1-7- Carlota nasceu cerca de 1864 em Piacatuba, Leopoldina, MG [4] foi batizada a 12 Dez 1864 em Piacatuba, Leopoldina, MG, e faleceu em Nov 1929 em Leopoldina, MG [5] Padrinhos de batismo: Francisco Soares Valente Vieira e Francisca Rosa do Sacramento. Carlota casou com João Alves de Souza Machado. Eles tiveram oito filhos: Antenor, Manoel, José, Judith Alves de Souza, Isabel, Olga, Cacilda e Maria. Em sociedade com Sinfrônio Maurício Cardoso, João Alves de Souza Machado inaugurou o Colégio Piedade, a 1 Out 1882, em Piacatuba, Leopoldina, MG [6] Foi professor de Escola Estadual, em 1911, em Abaíba, Leopoldina, MG [7]

1-8 – João Batista nasceu a 14 Jul 1867 em Piacatuba, Leopoldina, MG [13] e foi batizado a 29 Jul 1867 em Piacatuba, Leopoldina, MG. Padrinhos de batismo: José Henrique da Matta e Francelina Maria do Sacramento

1-9 – Joaquim nasceu por volta de 1872 e teria vivido no então distrito de Itamarati, hoje município de Itamarati de Minas.

1-10 – José Serapião faleceu antes dos pais, deixando dois filhos: Maria e José.

1-11 – Ana também faleceu antes dos pais e deixou um filho menor.


Citações de fontes
     1.  Igreja N. S. da Piedade, Piacatuba, Leopoldina, MG, lv 1 bat fls 19.

     2.  Igreja N. S. da Piedade, Piacatuba, Leopoldina, MG, lv 1 bat fls 29.

     3.  Igreja N. S. da Piedade, Piacatuba, Leopoldina, MG, lv 1 bat fls 47.

     4.  Igreja N. S. da Piedade, Piacatuba, Leopoldina, MG, lv 1 bat fls 60v.

     5.  Correio da Manhã (Rio de Janeiro, RJ), 13 nov 1929 ed 10698 pag 11 coluna 4.

     6.  O Leopoldinense (Leopoldina, MG; 1879 - ?), 12 nov 1882 pag 1.

     7.  LAEMMERT, Eduardo e Henrique, Almanak Laemmert (Rio de Janeiro: 18--;), 1911 pag 3127.

     8.  Conclusão por análise de outras fontes, obituário da mãe.

     9.  Conclusão por análise de outras fontes, casamento.

     10.  Arquivo da Diocese de Leopoldina, lv 6 cas termo 27 fls 6v.

     11.  Arquivo da Diocese de Leopoldina, lv 04 bat fls 140 termo ordem 1366.

     12.  Arquivo da Diocese de Leopoldina, lv 21 bat fls 99v termo 15.

     13.  Igreja N. S. da Piedade, Piacatuba, Leopoldina, MG, lv 1 bat fls 86.

126 – O Patrimônio de São Sebastião do Feijão Cru

No meado do século passado, tempo em que os idosos de hoje cursavam o primário, era comum ensinar como sendo “história de Leopoldina” as lendas do Feijão Cru e, a de um tal “Peitudo”, que teria sido proprietário das terras onde surgiu o povoado. Eram estes os marcos iniciais da história do lugar.

Felizmente os tempos mudaram e estudos mais sistematizados e calcados em fontes documentais já conseguem contar um pouco do que aconteceu realmente quando teve início a transformação do que era “mata” em áreas urbanizadas nesta parte do leste mineiro.

O Trem de História, seguindo estes estudos para comemorar os 165 anos de emancipação do que no início foi chamado Feijão Cru, traz hoje mais uma contribuição para clarear a história da cidade.

É sabido que o surgimento de um povoado demandava algumas providências das pessoas que escolhiam aquele lugar para viver. E uma das mais importantes era a escolha de um santo protetor e, mais adiante, a doação de terras para a formação do patrimônio do padroeiro.

Às vezes, a escolha acontecia de forma inversa por uma razão objetiva. Como havia restrições para vender as sesmarias recebidas por doação da administração central, o beneficiário se dispunha a doar uma parte das terras para um santo protetor em troca da autorização para vender o restante.

Foi o que aconteceu, por exemplo, com a formação do patrimônio de Nossa Senhora da Piedade de Piacatuba, conforme se pode verificar no registro da doação em 1844, que se encontra no arquivo do Cartório daquele distrito.

Dos processos de formação de patrimônio surgiram os denominados “doadores de patrimônio” que passaram para a história como fundadores de muitas localidades. A realidade, porém, parece ter sido um pouco diferente.

Após a doação, não necessariamente o sesmeiro participava da formação do povoado e o patrimônio do Feijão Cru não foi formado por um único doador. Pelo que foi possível apurar, o preposto dos beneficiários de duas sesmarias obteve autorização para venda de partes delas, por volta de 1830. Vejam que foi um preposto e não os donos das sesmarias. Isto conforme declararam os compradores, em 1856, por ocasião o Registro de Terras realizado segundo determinou a Lei nº 601 de 18 de setembro de 1850, a chamada Lei de Terras.

Tal preposto, embora seja por vezes citado como “fundador” de Leopoldina, não participou de fato da formação do povoado. E por razões simples e devidamente documentadas. Tão logo ele concluiu a venda das terras doadas a seus tios, seguiu para outras localidades e faleceu no Estado do Rio de Janeiro cerca de cinco anos antes da criação do Distrito de São Sebastião do Feijão Cru.

Como se vê, a falta de pesquisas metodologicamente controladas fez surgir o mito de um fundador que de fato não o foi.

Sobre o Patrimônio de São Sebastião do Feijão Cru, o que se tem são referências literárias sobre uma doação de Maria do Carmo Monteiro de Barros, que formou a Fazenda do Desengano, e um registro existente no arquivo do Fórum de Mar de Espanha sobre doação feita por Joaquim Ferreira Brito, que formou a Fazenda da Cachoeira.

Em 1856, quando foi realizado em Leopoldina o Registro de Terras acima citado, o Patrimônio de São Sebastião do Feijão Cru era composto de “dez alqueires doados por particulares”, cujas divisas foram indicadas pelos nomes dos confrontantes: Álvaro de Souza Werneck, Maria do Carmo Monteiro de Barros, Romão Pinheiro Correia de Lacerda, Antoine Urbain Levasseur, Luiz Botelho Falcão, Padre José Maria Solleiro, Manoel Rodrigues Coelho e José Lopes da Rocha.

Embora não se possa precisar exatamente onde ficavam as divisas dessas terras, o estudo da trajetória dos confrontantes permite uma ideia aproximada quando se atenta para os detalhes a seguir.

Álvaro de Souza Werneck era o filho mais velho e sucessor de Ignacio de Souza Werneck, que viera para o Feijão Cru na década anterior e aqui falecera, tendo formado a Fazenda Benevolência, em terras cortadas pelo Rio Pardo em seu terço final. Maria do Carmo Monteiro de Barros, como foi dito acima, formou a Fazenda do Desengano. Romão Pinheiro Corrêa de Lacerda formou a Fazenda da Memória cujo registro permite inferir que se estendia da divisa atual do distrito de Providência até os limites da Fazenda da Onça, que então era administrada por dois Lopes da Rocha, familiares do formador da Fazenda, Bernardino José Machado. Levasseur e Botelho Falcão eram dois imigrantes recém-chegados ao Feijão Cru, com pequenas propriedades localizadas na divisa da então área urbana. O Padre Solleiro tinha recebido a doação de Joaquim Ferreira Brito para construir “a casa do Cura”, conforme identificado por pesquisa de Barroso Júnior. Manoel Rodrigues Coelho havia comprado dois alqueires de Joaquim Ferreira Brito, terras que faziam divisa com a dita Fazenda da Cachoeira, com a então área da Vila e com a Fazenda da Onça.

Antiga Sede da Fazenda Desengano – Acervo Próprio

Ao longo dos anos seguintes, parte do Patrimônio de São Sebastião parece ter sido alienado a terceiros, sem que se tenha encontrado os competentes instrumentos de compra e venda. Até que, em 1927, uma lei municipal veio esclarecer a etapa final de transferência das terras. Segundo a Lei nº 417, de 18 de março de 1927, a Câmara Municipal havia autorizado seu Presidente, Carlos Coimbra da Luz, a adquirir os terrenos da Igreja e vendê-los em hasta pública, junto com “o terreno do lixo” que ainda não foi adequadamente identificado, além de lotes da então “rua Thebas, recentemente aberta, e outros terrenos da área urbana” também não identificados.

Parte baixa da atual Rua Presidente Carlos Luz – Acervo Espaço dos Anjos

Importante esclarecer que, naquele momento, as legislações estadual e federal permitiam que as administrações municipais incorporassem patrimônio imobiliário por diversos motivos e através de variados instrumentos legais. Sabe-se, por exemplo, que alguns anos antes a Câmara Municipal havia incorporado o prédio do primeiro Teatro de Leopoldina, vendido em 11 de agosto de 1926 ao negociante Salvador Rodrigues y Rodriguez que o reconstruiu e inaugurou com o nome de Cine-Theatro Alencar no dia 14 de janeiro de 1928.

Primeiro Prédio do Theatro Alencar – Acervo Gazeta de Leopoldina

Na mesma época, a Câmara Municipal de Leopoldina fez outras aquisições que lhe permitiram abrir novas ruas na área urbana e também investir na expansão da rede de fornecimento de energia elétrica para os distritos.

Mas esta já é carga para outra viagem. Não necessariamente a próxima, que retomará o percurso pela imigração italiana até as comemorações, em 2020, dos 110 anos da Colônia Agrícola da Constança e dos 160 anos da chegada dos primeiros imigrantes italianos a Leopoldina.

Parabéns, Leopoldina, pelos 165 anos de emancipação do Feijão Cru!


Fontes de Referência:

Arquivo Público Mineiro, Seção Colonial, TP 114, Registro de Terras de Leopoldina, nºs 9, 10, 81 e 91.

Lei nº 412 de 16 de março de 1927. Escritura Transcrita na Mensagem do Prefeito de Leopoldina 1928 p. 70-73.

Mensagem do Presidente da Câmara Municipal de Leopoldina (Leopoldina-MG), 1929 p. 70.

BARROSO JÚNIOR. Leopoldina e seus primórdios. Rio Branco, MG: do autor, 1943, p.45.

Luja Machado e Nilza Cantoni – Membros da ALLA

Publicado na edição 379 no jornal Leopoldinense de 27 de abril de 2019

 

124 – Acréscimos e Correções

O Trem de História tem informado que esta série de artigos é uma revisão dos estudos realizados sobre a imigração em Leopoldina e que foram publicados em 2010. O objetivo é trazer os acréscimos descobertos após o fim daquele projeto, bem como corrigir dados à vista de novas fontes encontradas.

Uma destas correções é a que trata da movimentação dos imigrantes.

Entre 1994 e 2009, o acesso às fontes era mais restrito e muitas vezes foi necessário adotar técnica semelhante à dos “mapas conjecturais”, comum em estudos de cartografia histórica. O método consiste em fazer um estudo comparativo entre as fontes disponíveis e, onde houver lacunas, formular hipóteses baseadas nas conclusões possíveis.

A família Camerini foi um desses casos. Dadas as profundas alterações ortográficas nos registros disponíveis, somente com a colaboração de familiares foi possível estabelecer algumas hipóteses que permitiram localizar a entrada da família no Brasil e o casamento de Francesco Camerini com Assunta Antonelli, realizado em 1914 no distrito de Providência.

A colaboração dos leitores foi muito utilizada, não só com o fornecimento de documentos de datas posteriores ao período estudado, como também por relatos obtidos de seus pais e avós. Entretanto, em alguns casos aconteceram conclusões inadequadas.

Um dos pontos que precisam ser esclarecidos se refere à afirmação de colaboradores sobre o local de residência de noivos que se casaram na Paróquia de São Sebastião, mas que não moravam no município. Posteriormente foi verificado que as famílias realmente residiam em Leopoldina na época do casamento e se transferiram mais tarde para outras localidades.

Por outro lado, foram encontrados casamentos realizados em Piacatuba entre noivos que residiam em Itamarati de Minas, mas que antes foram moradores do município de Leopoldina.

Outro ponto surgiu de declarações sobre pessoas constantes nos registros de hospedaria como tendo sido contratados por fazendeiros do município de Leopoldina e que teriam ido para municípios vizinhos. Nesse caso, foram identificados assentos paroquiais de batismo envolvendo tais imigrantes, ficando demonstrado que realmente aqui residiram por algum tempo e depois migraram.

Na maioria desses casos, o problema decorreu do desconhecimento das famílias a respeito da trajetória de seus ancestrais e das profundas alterações na grafia de nomes e sobrenomes em assentos paroquiais, impedindo a imediata identificação.

Também é necessário esclarecer os procedimentos utilizados para identificação do local de nascimento dos imigrantes. Para os que chegaram a partir de meados da década de 1890, muitas vezes a lista de passageiros resolveu a questão por trazer o nome da localidade. Outra fonte foram os assentos paroquiais nos quais algumas vezes constou o local de origem dos noivos ou, dos pais da criança batizada. Quando a família preservou os documentos de seus antepassados, o local de nascimento foi descoberto pelo passaporte. E se o imigrante vivia no Brasil no início da década de 1940, foi chamado a registrar-se segundo normas legais de 1938 e no requerimento teve que declarar a naturalidade.

Observe-se, porém, que não havia um procedimento padronizado por parte dos encarregados dos diversos registros. Razão pela qual, no levantamento concluído em 2003 constavam a localidade de origem de apenas 27% dos imigrantes italianos encontrados e eles estavam distribuídos em 14 regiões da Itália. Das demais nacionalidades, não chegou a 10% o total de identificações de naturalidade.

Atualmente, após consulta a muitas fontes antes indisponíveis, sabe-se que os imigrantes italianos que viviam em Leopoldina procediam de 18 das 20 regiões administrativas em que a Itália está dividida. E o total de identificações chega, agora, a 43%, embora existam diversos casos em que só foi encontrada a província, sem o local exato de nascimento.

Ressalte-se que todos os números aqui apresentados são provisórios, já que a pesquisa não está encerrada e novas informações podem surgir a qualquer momento.

Reitera-se, portanto, o que foi declarado em 2010: se depois de todo este tempo de pesquisa ainda não se sabe tudo sobre todos os imigrantes que aqui viveram antes de 1930, abandonar o material já reunido seria desistir de comunicar aos moradores de Leopoldina o conhecimento adquirido até então.

E assim o Trem de História faz mais uma parada e informa que na próxima estação será embarcado o arquivo da Colônia Agrícola da Constança, instituição que acolheu muitos dos imigrantes que viveram em Leopoldina, cuja fundação ocorreu há 109 anos, no dia 12 de abril de 1910. Aguardem!

Luja Machado e Nilza Cantoni – Membros da ALLA

Publicado na edição 377 no jornal Leopoldinense de 1 de abril de 2019

95 – Joaquim José da COSTA CRUZ: Onde tudo começou

O nome de Vista Alegre, além de recordar os versos e música do Serginho do Rock “se você está triste, Vista Alegre!…” remete, também, ao trem de verdade, à Maria Fumaça que trazia e levava o progresso pelos trilhos da inesquecível Estrada de Ferro da Leopoldina. E para aproveitar estas lembranças gostosas, o Trem de História começa hoje uma viagem pela família COSTA CRUZ e o Engenho Central Aracaty que a ela pertenceu, vizinhos da hoje abandonada Estação Ferroviária de Vista Alegre.

Para isto promete trazer, nos próximos vagões, um pouco da genealogia e do passado desta família, seus vínculos com o lugar e com as terras das duas margens do Rio Pomba, nos municípios de Leopoldina e Cataguases. Promete recordar o Engenho Central Aracaty, que parece ter emprestado seu nome ao atual distrito vizinho, Aracati.

O Aracaty foi um dos poucos Engenhos Centrais criados em solo mineiro e fazia parte de política do governo para melhorar a qualidade e alavancar a exportação do açúcar brasileiro, segundo Roberta Meira. Além de trazer informações sobre o empreendimento, a série que ora se inicia promete trazer para os dias de hoje o nome, a obra e a história do leopoldinense Dilermando Martins da Costa Cruz. Um esquecido professor, empresário, promotor de justiça, poeta brilhante, jornalista e escritor. Um dos fundadores da Academia Mineira de Letras e, hoje, patrono da Cadeira nº 15 da ALLA – Academia Leopoldinense de Letras e Artes.

Pois a viagem com a família “COSTA CRUZ” começa com Joaquim José da Costa Cruz, nascido por volta de 1816 e falecido em 24.06.1881, em Leopoldina. A mais antiga referência a ele encontrada em Leopoldina é o batismo de um filho de escravos seus, ocorrido em maio de 1855.

Sabe-se que Joaquim José era casado com Ana Joaquina Martins da Costa, filha de Manoel Martins da Costa Neto e Teresa Maria de Jesus, neta paterna de Manoel Martins da Costa Filho e Maria do Carmo Ferreira Cabral.

Em 1856, Joaquim declarou ser proprietário de aproximadamente 180 alqueires de terras nas vertentes do Rio Pomba, em Leopoldina, tendo como vizinhos: Albina Joaquina de Lacerda (Fazenda Benevolência); João Gualberto Ferreira Brito (Fazenda Fortaleza); e, terras dos Barbosa, possivelmente localizadas mais para os lados da Vargem Linda (Piacatuba).

Joaquim José e Ana Joaquina foram pais de: 1 – Teresa; 2 – Maria do Carmo; 3 – Rita; 4 -Custódio José; 5 – Manoel; 6 – Cecilia; 7 – Ana Tereza; 8 – Francisco; 9 -; 10 – Armando; e, 11 – Antonio Martins da Costa Cruz.

A primeira filha, Teresa Martins da Costa Cruz c/c João Batista Martins Guerra, filho de Quintiliano Martins da Costa e Maria Perpétua Rodrigues Guerra, que chegou a ser nomeado Juiz Municipal em 1873. O casal, Tereza e João teve, pelo menos, os filhos nascidos em Leopoldina: Armando matriculado no Colégio Caraça em 1878; Joaquim Martins Guerra, (n.1867) que se casou com a prima Cornélia Martins da Costa Cruz, filha de Antonio Martins da Costa Cruz e Carlota Rodrigues; Laura, (n.1868); Cecilia, (n.1879); Quintiliano que residia em Leopoldina em 1891; e, Laudelina c.c. Manoel Olimpio da Costa Cruz, filho de tio Antonio e Carlota, tios de Laudelina. Do casal Laudelina e Manoel são os filhos Eduardo e Joaquim. Este último, (n. 1898) em Leopoldina, foi prefeito de Cataguases.

A segunda, Maria do Carmo Martins da Costa Cruz, casou-se com Antonio José de Lima Castello Branco e com ele teve onze filhos, conforme indicado por Pedro Maciel Vidigal e dos quais foram identificados apenas os quatro a seguir, nascidos em Leopoldina: 1 – Aristides, (n.1867), c/c com Alice Spinelli com quem teve o filho Antonio. Numa segunda união, com Judith Cunha, teve os filhos Elisiário e, Judith da Cunha Castelo Branco que se casou com seu primo Luciano Jacques de Moraes; 2 – Alfredo, (n.1869), c/c Elvira Ferreira da Fonseca. Pais de Candida c/c Alfredo João Mayall; Antonio c/c Beatriz Saldanha da Gama Frota; Clotilde c/c Eugênio Pirajá Esquerdo Curty; Enéas c/c Ana da Rocha Ribas; Marcelo c/c Maria de Lourdes de Souza Lima; Sofia c/c Manoel Iberê Esquerdo Curty; Elvira, homônima da mãe, foi uma das esposas de seu primo Luciano Jacques de Moraes acima citado. 3 – Acacio, (n.1873) c/c Clotilde Ferreira da Fonseca Cortes e em segundas núpcias, com Maria Lucila de Almeida Magalhães; e, 4 – Ana, (n.1884) de quem não se tem outras informações.

Aqui é necessário que se faça uma pausa. Na próxima edição a história dos descendentes do Joaquim José da Costa Cruz continuará. Aguardem!


Fontes Consultadas:

Arquivo da Diocese de Leopoldina, lv orig misto fls 9 e lv 01 bat fls 19 termo 98, fls 194 termo 932, fls 210 termo 1008, fls 233 termo 1116, fls 266 termo 1275; lv 02 bat fls 23 termo 202, fls 166v termo 1572

Arquivo Público Mineiro, Seção Colonial, TP 114, Registro de Terras de Leopoldina, nr 24.

Cemitério Público de Leopoldina, MG Livro 1880-1887, folhas 5 sepultura 118.

Colégio do Caraça, Livro de Matrículas, nr. 1164

Gazeta de Leste Leopoldina, MG), 17 jan 1891 ed 16 pag 3.

MEIRA, Roberta Barros. Os louvores ao açúcar nas terras do café: o crescimento da produção açucareira paulista e fluminente entre 1875-1889. Revista Territórios e Fronteiras. Campo Grande-MT, v.2 n.1, p.6-26, Jan/Jun 2009. p.8

VIDIGAL, Pedro Maciel. Os Antepassados. Belo Horizonte: Imprensa Oficial, 1979 e 1980,. v 2 tomo 2 1ª parte p 804.

PORTO, Elisa de Moraes Sobrino. Frondosas Árvores Raízes da Mineiridade. Rio de Janeiro: Razão Cultural, 1998. p. 249.

Luja Machado e Nilza Cantoni – Membros da ALLA

Publicado na edição 348 no jornal Leopoldinense de 1 de fevereiro de 2018

78 – A família de Hamilton Vasconcelos

Como na música Encontros e Despedidas do genial Milton Nascimento, “São só dois lados da mesma viagem. O trem que chega é o mesmo trem da partida….” O Trem de História segue hoje a mesma viagem com o mesmo Hamilton Vasconcelos da viagem anterior.

Em pesquisas realizadas no Cartório de Piacatuba, chegou-se ao registro e ao processo de casamento de Hamilton com Arlete Barbosa. Verificou-se que em 1943 ele atuou como Escrevente Juramentado e Autorizado do Registro Civil, sendo substituído no dia 13 de agosto daquele ano pelo Escrivão Fabio Tavares Rocha.

Sua esposa, Arlete, era filha de Eduardo Pires Barbosa e Francisca Barbosa de Moraes, nascida no dia 05 julho de 1905. E eles se casaram no dia 02 de maio de 1925.

Hamilton faleceu no dia 20 de agosto de 1964, em Leopoldina, onde foi sepultado.

Quanto aos seus antepassados, sabe-se que seu pai, Francisco Alberto Lopes de Vasconcelos, era filho de Guilherme Alberto de Vasconcelos e Engracia Adelaide Lopes. O casal que teve pelo menos mais um filho, além de Francisco Alberto, de nome Emílio, o qual se casou com Maria Lacerda de Castro no dia 19 de maio de 1923 em Leopoldina, MG[1]. Ela, filha de Inácio de Lacerda Leal e Honorina de Castro Lacerda.

Vale lembrar que Maria Lacerda era viúva de Teodolindo Rodrigues, filho de Paulino Augusto Rodrigues e Umbelina Cândida de Gouvêa. Segundo informações orais ainda não confirmadas, Maria e Emilio Vasconcelos residiram na Laginha, no distrito de Piacatuba, possivelmente em terras da Fazenda do Banco que pertenceu a Paulino Rodrigues.

Segundo anotações que serviriam de base para o registro civil de um de seus filhos, Francisco Alberto casou-se em Rio Claro, RJ, com Ana Francisca Nunes, filha de José Nunes Muniz e Laurinda Ferreira.

Francisco Alberto foi Escrivão em Piacatuba e as mais antigas referências sobre ele datam de 1897. Segundo os livros de registro do Cartório, diferentemente das informações orais que se obteve, Francisco Alberto não foi o primeiro oficial daquele tabelionato, instalado em 15 de dezembro de 1888. Na verdade o primeiro a ocupar o cargo foi Apolinário José de Carvalho e pelo menos mais duas pessoas antecederam a Francisco Alberto. Em 1896 o Escrivão era Emílio Guimarães e no ano seguinte era Adolpho Hufnagel. E o primeiro lançamento assinado por Francisco Alberto é de 05 de setembro de 1897.

Quanto aos seus descendentes, sabe-se apenas que Francisco Alberto Lopes de Vasconcelos e Ana Francisca Nunes tiveram os seguintes filhos nascidos em Piacatuba: Oscar, nascido[2] em 1899; Hamilton, nascido[3] em 1902; Otacilio, nascido[4] em 1903; Tacito, nascido[5] em 1904; e, Cícero, nascido[6] em 1908. Além destes, teriam sido pais de Engracia, falecida[7] em Ribeiro Junqueira em 1897.

O trem de história fica por aqui. No próximo Jornal tem mais. Aguardem.


Fontes:

[1] Secretaria Paroquial da Matriz do Rosário, Leopoldina, MG, lv 4 cas fls 328 termo 30.

[2] idem, lv supl bat Piacatuba fls 142v termo 1093.

[3] Cartório de Registro Civil de Piacatuba, Leopoldina, MG, lv 6 cas, folhas 7.

[4] Secretaria Paroquial da Matriz do Rosário, Leopoldina, MG, lv supl bat Piacatuba fls 164 termo 1191.

[5] idem fls 182 termo 1381.

[6] Igreja N. S. da Piedade, Piacatuba, Leopoldina, MG, lv 03 bat fls 16.

[7] Cartório de Registro Civil de Ribeiro Junqueira, Leopoldina, MG, lv 2 óbitos fls 44.

Luja Machado e Nilza Cantoni – Membros da ALLA

Publicado na edição 332 no jornal Leopoldinense de 1 de junho de 2017