Famílias italianas em Leopoldina: Anzolin

No próximo dia 20 de maio será realizada a Noite Italiana no Clube do Moinho, com homenagens às famílias de descendentes italianos de Leopoldina. Apresentamos, a seguir, a ascendência de uma das homenageadas.

Os pais de Maria Santina viveram no lote 57 na Colônia Agrícola da Constança. Na década de 1920, os avós maternos eram proprietários de um sítio a que denominaram Serra.

Primeira geração

1.  Maria Santina Anzolin, filha de Basilio Anzolin e Luiza Gallito, nasceu a 30 Out 1927 em Leopoldina, MG.

Segunda geração (Pais)

2.  Basilio Anzolin, filho de Secondiano Anzolin e Maria Amadio, nasceu a 3 Jun 1881 em Portogruaro, Venezia, Veneto, Italia. Basilio casou a primeira vez com Antonia Ramanzi e a segunda vez com Luiza Gallito no dia 4 de julho de 1921, em Leopoldina.

3.  Luiza Gallito, filha de Giovanni Gallito e Elisa Borella, nasceu a 23 Ago 1892 em Leopoldina, MG, e faleceu a 2 Set 1970 em Leopoldina, MG.

Terceira geração (Avós)

4.  Secondiano Anzolin nasceu na Italia. e foi casado com Maria Amadio.

5.  Maria Amadio nasceu na Italia. e também usou o nome Maria Mordeo.

6.  Giovanni Gallito nasceu em Montagnana, Padova, Veneto, Italia. Casou com Elisa Borella.

7.  Elisa Borella nasceu em Casale di Scodosia, Montagnana, Padova, Veneto, Italia.

O pai de Maria Santina veio de Portogruaro, na província de Venezia. A família da mãe procedia da vizinha província de Padova.

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Fontes consultadas:

Arquivo da Diocese de Leopoldina, lv 04 bat fls 101v.

Arquivo da Diocese de Leopoldina, lv 4 cas fls 244 termo 49.

Brasil-Ministerio da Agricultura, Industria e Commercio, Estabelecimentos Ruraes Recenseados no Estado de Minas Geraes. Rio de Janeiro: Typographia da Estatistica, 1924. v 2 p 328 nr 11 e p 331 nr 176

Carteira de Estrangeiro, nr 2736 de 14.05.1942.

Cemitério Nossa Senhora do Carmo, Leopoldina, MG, lv sepultamentos 1963-1975 fls 61 nr 244 plano 2 sep 1011.

Informações prestadas por Jaqueline Anzolin em 05/05/2022.

Memorial do Imigrante, São Paulo, certificado nr 18133, lv 67 página 31.

Janeiro de 1918

Nasceram em Leopoldina:

3 Jan 1918,

Helena Meneghetti

pais: Giuseppe Meneghetti e Amalia Fofano


5 Jan 1918,

Maria das Dores

pais: Pedro da Cruz Nogueira e Carolina Maria Cazzarini


11 Jan 1918,

Joaquim

pais: Sérgio Teixeira Dutra e Georgina Teixeira Cortes


13 Jan 1918, Ribeiro Junqueira,

Jacira Lammoglia

pais: Francisco Alves Lammoglia e Luiza Guerzoni

cônjuge: Sebastião Bedin


19 Jan 1918,

Sebastião Bedin

pais: Giovacchino Bedin e Angelina Sardi

cônjuge: Jacira Lammoglia

Sebastião Machado Dias

pais: Pedro Machado Dias e Maria Garcia de Matos

cônjuge: Maria José Almeida

Azilda Freire

pais: Izolino de Macedo Freire e Maria Cipriana de Carvalho


20 Jan 1918,

Maria da Gloria

pais: João Evangelista Ferreira Neto e Francisca Ramos de Melo

cônjuge: Waldelino Jacob Clemente

Sebastião Machado Neto

pais: Antonio Izidoro Vargas Neto e Rita de Cássia Machado


21 Jan 1918,

Antonio Santo Gallito

pais: Pedro Gallito e Maria Meneghetti


23 Jan 1918,

Joana

pais: Joaquim Mariano e Albertina Guarda


25 Jan 1918,

Nelson Sobrino

pais: José Maria Alonso e Serafina Sobrino Rodrigues


26 Jan 1918,

João Zenobi

pais: Ramiro Zenobi e Maria de Jesus Pereira Barbosa


30 Jan 1918,

Pedro Rodriguez

pais: Rafael Rodrigues Y Rodriguez e Maria Gottardo

Cônjuge: Amélia1

Família Ceoldo

Embora o sobrenome Ceoldo não apareça entre os proprietários de lotes da Colônia Agrícola da Constança, membros da família ali viveram em função de vínculos com os colonos. E são aqui rememorados porque o núcleo inicial também passou ao Brasil pelo vapor Washington, na viagem que os trouxe para o Rio, onde chegaram no dia 30 de outubro de 1888. Os passageiros foram encaminhados para a Hospedaria Horta Barbosa, onde foram registrados no dia seguinte.

O grupo de número 121 era composto por Camillo Ceoldo, sua esposa Maria e oito filhos. Deixaram a Hospedaria no dia 4 de novembro, com destino a Leopoldina. Ao estudarmos a trajetória deles, encontramos algumas inconsistências nas informações registradas na hospedaria, bem como nos registros encontrados em Leopoldina. Após consultas ao Archivio di Stato de Padova, pudemos confrontar as diversas informações e estabelecer, com mais segurança, a composição da família. Ainda assim, não consideramos como definitiva a atualização abaixo, que se publica em complemento ao primeiro estudo datado de janeiro de 2001.

Conforme se verifica no relatório acima, em Leopoldina os Ceoldo se vincularam a diversos outros sobrenomes de origem italiana como Estopazzale, Righetto, Farinazzo, Saggioro, Marcatto, Marinato, Meneghetti, Formenton, Sangalli, Sangirolami, Carraro, Stefani, Fofano, Gallito e Baldan.

Este último, além de ser o sobrenome da esposa de Camillo Ceoldo, era também de uma passageira do Washington listada como viajante individual, de nome Catterina Baldan que ali foi indicada como solteira, com 24 anos, e que saiu da Hospedaria no dia 4 de novembro para se estabelecer no próprio município de Juiz de Fora. Mas parece tratar-se da irmã de outra Maria Baldan que era casada com Pasquale Righetto, família que também viajou pelo Washington. Catterina casou-se em Leopoldina, aos 13 de julho de 1889, com Giuseppe Carrara (ou Carraro).

De volta aos Anzolin

O sobrenome #Anzolin motivou diversas consultas, razão pela qual apresentamos um resumo do histórico desta família.

Secondiano Anzolin nasceu por volta de 1845 na Itália e chegou a Santos, SP, aos 21 de janeiro de 1901, segundo para Piracicaba, SP.

Mas na zona da mata mineira já viviam as famílias de Giacomo e Giuseppe Anzolin, ambos imigrados em 1894, vivendo em São João Nepomuceno e Rio Novo respectivamente.

Secondiano era casado com a italiana Maria Amadio com quem teve, pelo menos, os seguintes filhos:

1 – Giovanni Ottavio Anzolin.

2 – Basilio Anzolin.

3 – Elisabetta Anzolin nascida por volta de 1885.

4 – Osvaldo Antonio Anzolin nascido por volta de 1887, radicou-se em Brotas, SP, onde deixou descendentes.

5 – Stela Anzolin nascida por volta de 1892.


Alguns filhos de Secondiano e Maria voltaram à Itália logo após a primeira viagem ao Brasil. Este é o caso de Giovanni Ottavio Anzolin, nascido aos 23 de março de 1878 em Portogruaro, Venezia, Veneto, Italia. Em 1910 Giovanni residia em território austríaco onde obteve passaporte no mês de março, chegando ao Rio no dia 4 de novembro daquele ano.

No dia 11 de janeiro de 1911 Giovanni Ottavio Anzolin instalou-se na Colônia Agrícola da Constança, lote 55.

Giovanni casou-se com Rosa Pasianot, filha de Antonino Pasianot e Mariana Corali, em 26 dezembro 1899 em Cinto Caomaggiore, Portogruaro, Venezia, Veneto, Italia. Rosa nasceu cerca de 1879 em Pravisdomini, Pordenone, Friuli-Venezia Giulia, Italia.

Giovanni e Rosa tiveram os seguintes filhos:

a) Maria Anzolin nasceu em 1904 em Pramaggiore, Venezia, Veneto, Italia. Casou-se com João Batista Gallito, filho de Giovanni Gallito e Elisa Borella, em 26 julho 1922 em Leopoldina, MG. João nasceu aos 30 de agosto de 1896 em Leopoldina, MG.

b) Antonia Anzolin nasceu em 1906 em Pramaggiore, Venezia, Veneto, Italia. Casou-se com Balthazar Gallito, filho de Giovanni Gallito e Elisa Borella, em 16 maio 1923 em Leopoldina, MG. Balthazar nasceu em 1901 em Leopoldina, MG.

c) Otavio Anzolin nasceu em 1902 em Pramaggiore, Venezia, Veneto, Italia. Casou-se com Cecília Mariana Gallito, filha de Giovanni Gallito e Elisa Borella, em 16 maio 1923 em Leopoldina, MG. Cecília nasceu em 16 março 1905 em Leopoldina, MG.

d) Costantino João Anzolin nasceu no dia 20 de agosto de 1914 em Leopoldina, MG.

e) Eleonor Veronica Anzolin nasceu em 9 fevereiro 1917 em Leopoldina, MG.

f) Genoveva Anzolin.

g) Geraldo Anzolin.

O segundo filho de Secondiano Anzolin e Maria Amadio foi Basilio Anzolin, nascido aos 3 de junho de 1881 em Portogruaro, Venezia, Veneto, Italia. No dia 11 de janeiro de 1911 Basílio instalou-se no lote 57 da Colônia Agrícola da Constança.

Basilio era casado com Antonia Ramanzi, filha de Luigi Ramanzi. Antonia nasceu por volta de 1884 na Itália e faleceu aos 22 de março de 1919 em Leopoldina, MG.

Basilio e Antonia tiveram os seguintes filhos:

a) Maria Anzolin nasceu em abril 1912 em Leopoldina, MG onde faleceu a 11 abril 1912.

b) Antonio Anzolin nasceu  em 12 maio 1913.

c) José Luiz Anzolin nasceu  em 26 julho 1915.

d) Maria Luiza Anzolin nasceu em 21 dezembro 1916 em Leopoldina, MG. Casou-se com Abilio Moroni.

Basilio casou-se a segunda vez com Luiza Gallito, filha de Giovanni Gallito e Elisa Borella, em 4 julho 1921 em Leopoldina, MG. Luiza nasceu em aos 23 de agosto de 1892 em Leopoldina, MG.

Basilio e Luiza tiveram os seguintes filhos:

e) Germano Lucas Anzolin nasceu por volta de 1922.

f) Carolina Regina Anzolin nasceu por volta de 1924. Casou-se com Antenor Maria de Oliveira.

g) Maria Santina Anzolin nasceu por volta de 1927.

h) Faustino Secondiano Anzolin nasceu por volta de 1930.

i) Donatila Julieta Anzolin.

j) Carmita Isabel Anzolin que se casou com Custódio Ávila de Oliveira.

Giovanni e Basilio Anzolin

Parece-nos haver um engano entre os descendentes dos Anzolin. Recebemos pedido para publicar os nomes dos pais de Giovanni Basilio e da mulher Luiza quando, segundo o que pudemos apurar, na Colônia Agrícola da Constança residiram os irmãos Giovanni Ottavio Anzolin e Basilio Anzolin. Conforme se vê abaixo, o primeiro foi casado com Rosa Pasianot e Basilio Anzolin foi casado duas vezes, a primeira com Antonia Ramanzi e a segunda com Luiza Gallito.


Imigrantes do Veneto

No início de nossas pesquisas, quase todos os descendentes referiam-se a duas “cidades” como origem de seus antepassados: Padova e Venezia.
Como já era esperado, na medida em consultávamos os registros de nascimento descobríamos que alguns nasceram no interior daquelas províncias e não em suas capitais. E uma parte significativa era de outras províncias do Veneto. Só conseguimos localizá-los após longas buscas, geralmente partindo dos sobrenomes encontrados nas Liste di Leva.

Albertoni, Ambrosi, Anzolin, Artuzo, Baldo, Battisaco, Beatrice, Bedin, Bellan, Borella, Bronzato, Bullado, Calzavara, Cancelliero, Canova, Canton, Carraro, Cavallieri, Ceoldo, Chiata, Chinelatta, Coin, Colle, Dorigo, Farinazzo, Favero, Fazolato, Finotti, Fiorato, Fofano, Formenton, Gallito, Gallo, Gambato, Geraldini, Golinelli, Gottardo, Guarda, Guerra, Lamassara, Lazzarin, Lorenzetto, Magiollo, Maimeri, Malacchini, Manfrim, Maragna, Marangoni, Marcatto, Marchi, Marinato, Mattiazi, Meneghelli, Meneghetti, Modenese, Montagna, Montracci, Moroni, Netorella, Perdonelli, Perigolo, Pesarini, Pessata, Pighi, Pinzoni, Pradal, Principole, Rancan, Ranieri, Righetto, Rinaldi, Saggioro, Sampieri, Scantabulo, Simionato, Stefani, Toda, Togni, Tosa, Trevisan, Trombini, Venturi, Zaffani, Zamboni

Hoje sabemos que a informação de muitos descendentes estava equivocada, já que seus antepassados procediam de outras regiões da Itália. E ainda temos um grande número de famílias não localizadas. Até o momento podemos informar apenas os sobrenomes acima como procedentes de Venezia, Padova, Rovigo, Verona, Vicenza e Belluno.