Famílias italianas em Leopoldina: Ceoldo

A família Ceoldo será homenageada, na III Festa do Imigrante Italiano em Leopoldina, através de dois de seus descendentes: Devanir e Maria Dilva.

Primeira geração: Devanir

1.  Devanir Ceoldo, filho de Miguel Arcanjo Ceoldo e Joana Carraro, nasceu a 20 Jul 1934 em Leopoldina, MG.

Segunda geração (Pais)

2.  Miguel Arcanjo Ceoldo, filho de Rodolfo Domenico Ceoldo e Tereza Righetto, nasceu a 20 Fev 1905 em Leopoldina, MG. Casou com Joana Carraro a 29 de julho de 1931 em Leopoldina.

3.  Joana Carraro, filha de Emilio Isidoro detto Pallado Carraro e Maria Farinazzo, nasceu a 9 Out 1908 em Leopoldina, MG.


Primeira geração: Maria Dilva

1.  Maria Dilva Ceoldo, filha de Alcides Ceoldo e Josefina Carraro, nasceu a 30 Ago 1940 em Leopoldina, MG.

Segunda geração (Pais)

2.  Alcides Ceoldo, filho de Rodolfo Domenico Ceoldo e Tereza Righetto, nasceu a 24 Jul 1909 em Leopoldina, MG. Casou com Josefina Carraro.

3.  Josefina Carraro, filha de Emilio Isidoro detto Pallado Carraro e Maria Farinazzo, nasceu a 1 Abr 1911 em Leopoldina, MG, e faleceu a 8 Jun 1974 em Leopoldina, MG.

Seguem os antepassados de Devanir e Maria Dilva

Terceira geração (Avós)

4.  Rodolfo Domenico Ceoldo, filho de Camillo Ceoldo e Maria Baldan, nasceu a 2 Mar 1879 em Vigonza, Padova, Veneto, Italia. Casou com Tereza Righetto a 22 Nov 1902 em Leopoldina.

5.  Tereza Righetto, filha de Pasquale Righetto e Maria Baldan, nasceu em Dez 1882 em Camponogara, Venezia, Veneto, Italia.

6.  Emilio Isidoro detto Pallado Carraro, filho de Angelo Carraro e Giovanna Cancelliero, nasceu a 8 Nov 1871 em Rivale, Pianiga, Venezia, Veneto, Italia. Casou com Maria Farinazzo a 3 Fev 1894 em Leopoldina.

7.  Maria Farinazzo, filha de Luigi Giuseppe Farinazzo e Giovanna Giacomello, nasceu em 1875 em Italia, e faleceu a 4 Jun 1917 em Leopoldina, MG.

Quarta geração (Bisavós)

8.  Camillo Ceoldo, filho de Giovanni Ceoldo, nasceu em 1842 na Italia. Casou com Maria Baldan.

9.  Maria Baldan, filha de Antonio Baldan, nasceu em 1847 na Italia.

10.  Pasquale Righetto, filho de Natale Righetto e Tereza Vanurre, nasceu em 1850 em Camponogara, Venezia, Veneto, Italia, e faleceu cerca de 1919 em Simonésia, MG. Casou com Maria Baldan [outra] a 26 Dez 1875 em Camponogara, Venezia, Veneto.

11.  Maria Baldan, filha de Mariano Baldan e Angela Andreatto, nasceu em Camponogara, Venezia, Veneto, Italia. Maria também usou o nome Maria Baldassi.

12.  Angelo Carraro, filho de Antonio Carraro e Maria Carraro, nasceu a 11 Abr 1848 em Pianiga, Venezia, Veneto, Italia, e faleceu em Leopoldina. Casou com Giovanna Cancelliero.

13.  Giovanna Cancelliero, filha de Luigi Cancelliero e Giustina Segato, nasceu a 20 Mar 1852 em Murelle di Villanova Di Camposampiero, Padova, Veneto, Italia.

14.  Luigi Giuseppe Farinazzo nasceu em 1838 em Casale di Scodosia, Montagnana, Padova, Veneto, Italia, e faleceu em Leopoldina, MG. Casou com Giovanna Giacomello.

15.  Giovanna Giacomello, filha de Giacomo Giacomello, na Italia e faleceu a 21 Fev 1918 em Leopoldina, MG.

Quinta geração (Trisavós)

16.  Giovanni Ceoldo nasceu na Italia.

18.  Antonio Baldan nasceu na Italia.

20.  Natale Righetto nasceu na Italia, e faleceu em Camponogara, Venezia, Veneto, Italia. Cazou com Tereza Vanurre.

21.  Tereza Vanurre nasceu na Italia.

22.  Mariano Baldan nasceu na Italia. Casou com Angela Andreatto.

23.  Angela Andreatto nasceu na Italia.

24.  Antonio Carraro nasceu na Italia. Casou com Maria Carraro.

25.  Maria Carraro nasceu na Italia.

26.  Luigi Cancelliero nasceu na Italia. Casou com Giustina Segato.

27.  Giustina Segato nasceu na Italia.

30.  Giacomo Giacomello nasceu na Italia.

Vigonza é um comune da província de Padova e faz fronteira com a província de Venezia. Divisa com os comuni de Cadoneghe, Campodarsego, Fiesso d’Artico, Noventa Padovana, Padova, Pianiga, Stra, Villanova di Camposampiero. Em Leopoldina viveram italianos de alguns desses comuni vizinhos a Vigonza.

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Fontes consultadas:

Archivio di Stato di Camponogara. Matrimonio 1875, parte 1, termo 37.

Archivio di Stato di Padova.

– Casale di Scodosia . Nati 1878.

– Vigonza. Atto di Nascita di Rodolfo Domenico Ceoldo.

Archivio di Stato di Venezia. Certificato di Famiglia emitido em Pianiga a 22.07.2000.

Archivio di Stato di Vigonza. Nati 1872, termo 195.

Arquivo da Diocese de Leopoldina.

– lv 10 bat fls 86 termo114.

– lv 12 bat fls 25v termo 335.

– lv 12 bat fls 49 termo 232.

– lv 13 bat fls 45v termo 250.

– lv 2 cas fls 102v termo 128.

– lv 3 cas fls 170 termo 54.

– lv 7 cas fls 8 termo 34.

Arquivo Público Mineiro. Livros da Hospedaria Horta Barbosa.

– SG-801 fls 87 fam 88.

– SG-801 fls 93 fam 121.

Cartório de Registro Civil de Leopoldina, MG

– lv 6 cas fls 84 termo 7.

– lv 11 cas fls 36v termo 14.

– lv 11 cas fls 37 termo 14, ano de 1928.

Cemitério Nossa Senhora do Carmo, Leopoldina

– lv 2 fls 79 nr 114 e fls 83.

– lv sepultamentos 1963-1975 fls 91 nr 157 plano 2 sep 111.

Passaporte Italiano da família Farinazzo, emitido em 6 Nov 1886. Registro de Estrangeiros de 1942.

Família Marinato II

O segundo grupo de sobrenome Marinato, que chegou pelo vapor Washington no dia 30 de outubro de 1888, era chefiado por Giordano Marco Marinato. A família recebeu o número 153 na lista da Hospedaria Horta Barbosa, de onde saiu no dia 4 de novembro com destino a Leopoldina.

Giordano era neto paterno de Lorenzo Marinato e de Pasqua Marchiro, cujos sobrenomes aparecem desde o período napoleônico na região que outrora fizera parte do Graticolato Romano, ou seja, uma extensa área plana dividida pelos romanos em quadrados com 710 metros de lado, destinados à agricultura. Conforme temos comentado em todos os posts sobre os passageiros do vapor Washington, muitos deles viviam na divisa entre as províncias de Venezia e Padova. Sendo assim, os comuni de Mirano, Pianiga, Dolo e Vigonza são as principais referências para pesquisar o grupo. E como ser verá no relatório genealógico a seguir, os sobrenomes daqueles passageiros se misturaram ao chegarem a Leopoldina e alguns já vinham com ancestrais aparentados.

Embora nem todos tenham vivido na Colônia Agrícola da Constança, os vínculos familiares fizeram com que a maioria a frequentasse, ainda que esporadicamente. Uma das pessoas que nos procuraram interessadas em conhecer a história dos Marinatos fez um relato característico. Disse que seus avós levavam filhos e netos para a festa de Santo Antônio de Pádua, na Capela da Colônia, onde foram iniciados alguns namoros.

 

 

Família Ceoldo

Embora o sobrenome Ceoldo não apareça entre os proprietários de lotes da Colônia Agrícola da Constança, membros da família ali viveram em função de vínculos com os colonos. E são aqui rememorados porque o núcleo inicial também passou ao Brasil pelo vapor Washington, na viagem que os trouxe para o Rio, onde chegaram no dia 30 de outubro de 1888. Os passageiros foram encaminhados para a Hospedaria Horta Barbosa, onde foram registrados no dia seguinte.

O grupo de número 121 era composto por Camillo Ceoldo, sua esposa Maria e oito filhos. Deixaram a Hospedaria no dia 4 de novembro, com destino a Leopoldina. Ao estudarmos a trajetória deles, encontramos algumas inconsistências nas informações registradas na hospedaria, bem como nos registros encontrados em Leopoldina. Após consultas ao Archivio di Stato de Padova, pudemos confrontar as diversas informações e estabelecer, com mais segurança, a composição da família. Ainda assim, não consideramos como definitiva a atualização abaixo, que se publica em complemento ao primeiro estudo datado de janeiro de 2001.

Conforme se verifica no relatório acima, em Leopoldina os Ceoldo se vincularam a diversos outros sobrenomes de origem italiana como Estopazzale, Righetto, Farinazzo, Saggioro, Marcatto, Marinato, Meneghetti, Formenton, Sangalli, Sangirolami, Carraro, Stefani, Fofano, Gallito e Baldan.

Este último, além de ser o sobrenome da esposa de Camillo Ceoldo, era também de uma passageira do Washington listada como viajante individual, de nome Catterina Baldan que ali foi indicada como solteira, com 24 anos, e que saiu da Hospedaria no dia 4 de novembro para se estabelecer no próprio município de Juiz de Fora. Mas parece tratar-se da irmã de outra Maria Baldan que era casada com Pasquale Righetto, família que também viajou pelo Washington. Catterina casou-se em Leopoldina, aos 13 de julho de 1889, com Giuseppe Carrara (ou Carraro).

Há 100 anos

Em março de 1914 nasceram em Leopoldina:

Dia 1

Josefa, filha de Antonio Mauricio da Silva e de Emilia dos Reis Coutinho

Dia 2

Belmira,filha de Manoel Augusto Pires e de Aurora Izabel da Silva

Jovelina, filha de Galdino Rodrigues Gomes e de Silvina Apolinária de Souza Lima

Dia 3

Regina Ana Ceoldo, filha de Rodolfo Domenico Ceoldo e de Tereza Righetto

Dia 5

Helena Maria Farinazzo, filha de Giovanni Farinazzo e de Teresa Pedroni

Margarida, filha de Artur Guimarães Leão e de Iramira Furtado

Dia 11

Abigail Ziller, filha de Giovanni Trentino Ziller e de Luigia Gazzoni

Dia 18

Maria José Lomba, filha de João Francisco Lomba e de Elisa Lorenzetto

Dia 19

Cecilia, filha de José Dias Badaró e de Maria Cândida Badaró

Dia 22

Manoel, filho de Raimundo de Vargas Ferreira Brito e de Horácia Machado da Silva

Dia 28

Sebastião, filho de Alfredo Carlos de Souza e de Maria Ferreira de Lacerda

Dia 30

Norival, filho de Antonio Germano Rodrigues e de Maria Dietz Tavares

Maria Ceoldo e Elisa Cobucci: centenário de nascimento

19 de outubro de 1911 – Nascem em Leopoldina:
Maria Ceoldo, filha de Rodolfo Domenico Ceoldo e Tereza Righetto
e
Elisa Cobucci, filha de Gaspar Cobucci e Maria Tereza de São Martinho
A seguir, outra transcrição do mesmo batismo, com data diferente.

Conforme este segundo assento de batismo, o nascimento de Elisa teria sido no dia 20 de novembro de 1911. Entretanto, o registro de nascimento confirma a primeira data. Portanto, temos mais um exemplo dos inúmeros problemas causados pela transcrição realizada pelo Padre Aristides, na década de 1920.

Imigrantes do Veneto

No início de nossas pesquisas, quase todos os descendentes referiam-se a duas “cidades” como origem de seus antepassados: Padova e Venezia.
Como já era esperado, na medida em consultávamos os registros de nascimento descobríamos que alguns nasceram no interior daquelas províncias e não em suas capitais. E uma parte significativa era de outras províncias do Veneto. Só conseguimos localizá-los após longas buscas, geralmente partindo dos sobrenomes encontrados nas Liste di Leva.

Albertoni, Ambrosi, Anzolin, Artuzo, Baldo, Battisaco, Beatrice, Bedin, Bellan, Borella, Bronzato, Bullado, Calzavara, Cancelliero, Canova, Canton, Carraro, Cavallieri, Ceoldo, Chiata, Chinelatta, Coin, Colle, Dorigo, Farinazzo, Favero, Fazolato, Finotti, Fiorato, Fofano, Formenton, Gallito, Gallo, Gambato, Geraldini, Golinelli, Gottardo, Guarda, Guerra, Lamassara, Lazzarin, Lorenzetto, Magiollo, Maimeri, Malacchini, Manfrim, Maragna, Marangoni, Marcatto, Marchi, Marinato, Mattiazi, Meneghelli, Meneghetti, Modenese, Montagna, Montracci, Moroni, Netorella, Perdonelli, Perigolo, Pesarini, Pessata, Pighi, Pinzoni, Pradal, Principole, Rancan, Ranieri, Righetto, Rinaldi, Saggioro, Sampieri, Scantabulo, Simionato, Stefani, Toda, Togni, Tosa, Trevisan, Trombini, Venturi, Zaffani, Zamboni

Hoje sabemos que a informação de muitos descendentes estava equivocada, já que seus antepassados procediam de outras regiões da Itália. E ainda temos um grande número de famílias não localizadas. Até o momento podemos informar apenas os sobrenomes acima como procedentes de Venezia, Padova, Rovigo, Verona, Vicenza e Belluno.