Leopoldinenses nascidos em maio de 1915

1 maio

  • Maria, filha de David de Oliveira e Silva e de Regina Odilia Barbosa

5 maio

  • Maria, filha de Olimpio Machado de Almeida e de Maria da Conceição Almeida

6 maio

  • Zelia, filha de Álvaro Bastos de Faria Freire e de Januária Nogueira

14 maio

  • Maria Meneghetti, filha de Agostino Meneghetti e de Camila Stefani

17 maio

  • Francisco, filho de Peregrino Lopes da Rocha e de Cecilia Francisca de Oliveira Ramos

18 maio

  • Elvira Noronha, filha de Prudenciano da Costa Noronha e de Rita Eduarda do Espírito Santo

22 maio

  • Helena Zamagna, filha de Giuseppe Zamagna e de Giudetta Battisaco

23 maio

  • Mario, filho de Manoel Francisco da Silva e de Francisca Rodrigues de Souza

Há 100 anos

No mês de abril de 1914, nasceram em Leopoldina:

Dia 1

Antonio Marcatto, filho de Luigi Marcatto e de Anna Maria Ceoldo

Dia 5

Angelina Fanni, filha de Marcelo Fanni e de Ana Stora

Dia 6

Ernestina Stefani, filha de Eugenio Stefani e de Carolina Catterina Bolzoni

Dia 14

Silvia Zamagna, filha de Giuseppe Zamagna e de Giudetta Battisaco

Dia 21

José Dietz de Almeida, filho de Carlos José de Almeida e de Guilhermina Dietz

Dia 25

Ivone, filha de Eduardo de Souza Werneck e de Cecilia Pereira Werneck

Dia 26

Silvio, filho de Silvio Maragna e de Elisa Fazzolo

Dia 27

Odilia, filha de Sancio Maiello e de Adalgisa Marques Carneiro

Da 30

Nelson, filho de Feliciano José Barbosa e de Nelsina Augusto Rodrigues

Jacira Botelho Falcão e José Zamagna: centenário de nascimento

Nasceram em Leopoldina no dia 13 de março de 1911:

  • Jacira, filha de Luiz Botelho Falcão e Ernestina Antunes Barbosa

  • José, filho de Claudio Zamagna e Sofia Gigli

Conhecendo suas Raízes

Uma professora pergunta:
Como ensinar meus alunos a descobrirem qual é o verdadeiro sobrenome italiano em suas famílias?

 

Esta questão é importante. Ao longo de nossas buscas, inúmeras vezes nos deparamos com informações orais sobre ascendentes italianos cujo nome nos pareceu estranho. Como foi o caso de uma família que disse descender dos Terceira Rocha. Até o momento não conseguimos identificar o sobrenome real desta família.

Em outros casos, felizmente a maioria, colhemos as variações nos assentos paroquiais e fomos montando o grupo familiar através da indicação de pais, mães e eventualmente avós que tenham sido indicados nos batismos. Foi um grande quebra cabeça, com certeza. Hoje, 15 anos depois do início da montagem, nos colocamos à disposição dos interessados para fornecer as informações constantes em nosso banco de dados. Desta forma estaremos ajudando aos alunos envolvidos no projeto Conhecendo suas Raízes, das secretarias municipais de Cultura e Esporte e Lazer de Leopoldina. Isto porque, num primeiro momento, talvez não seja possível apresentá-los aos meandros de uma pesquisa desta natureza.

Vejamos um caso clássico. Há alguns anos recebemos consulta de um leitor de nossas colunas que desejava descobrir a origem de sua família. Informou-nos que o sobrenome de uma avó era Bastos Perdão. Assim como em inúmeros outros casos, foram necessárias trocas de mensagens que nos esclarecessem e pudéssemos identificar os prováveis ascendentes. Chegamos a Giuseppe Perdonelli e Giovanna Bagetti, pais de Luigia, Maria e Tereza.

Luigia, nascida na província de Vicenza, casou-se no distrito de Providência com Federico ou Frederico Canova, italiano de Codevigo, Padova, filho de Pietro Canova e Santa Varoti.

Maria Perdonelli casou-se com Luigi Richardelli também em Providência. Ele era filho de Domenico Richardelli e Rosa Sangiorgio, família que passou ao Brasil em 1896 e estabeleceu-se naquele distrito. Além de Luigi, o casal teve os filhos Carlo Domenico casado com Ida Zamagna, Maria, Ernesta, Tereza casada com Manoel Furtado, Gaspare, Luigia casada com Antonio Luiz de Moura e Pasquina casada com Eugenio Francisco de Souza.

A família Richardelli trabalhou na Fazenda Albion. Uma das filhas de Maria Perdonelli e Luigi Richardelli casou-se com Sante Antonelli, filho de Serafino Antonelli e Santa Gentilini. Com a ajuda de uma descendente, descobrimos que os Antonelli viveram em Providência até, pelo menos, 1941.

Tereza Perdonelli casou-se em Providência com Augusto Mario. Ele nasceu em Palma, filho dos italianos Maria e Giacomo Mario.

O uso do sobrenome original nos permite identificar adequadamente as famílias. Entretanto, não é simples perceber que Bastos Perdão quer dizer Bagetti Perdonelli. Assim também os inúmeros descendentes de imigrantes que vivem em Leopoldina nem sempre conseguem localizar-se no seio daquele grupo que chegou ao município a partir de 1880. Mas se a criança começa a trabalhar com suas próprias raízes, cedo descobrirá não apenas de onde procede como uma série de outras informações que ampliam seu universo cultural.

Em todas as reuniões e contatos que fizemos com instituições, autoridades e moradores de Leopoldina nestes últimos anos, sempre dissemos que a comemoração do Centenário da Colônia Agrícola da Constança e dos 130 anos de Imigração Italiana em Leopoldina poderia alavancar diversos aspectos. Inclusive, e talvez principalmente, ajudando os alunos num estudo interdisciplinar sobre suas origens familiares.

Disse-nos Paulo Freire, em Pedagogia da Autonomia, que “quem ensina aprende ao ensinar e quem aprende ensina ao aprender”. Quanto aprenderemos com a pesquisa de nossos estudantes para o projeto Conhecendo suas Raízes? Quantos deles virão nos contar coisas que não suspeitávamos sobre o lazer, o trabalho e as relações sociais da Leopoldina dos imigrantes? E quantos despertarão para atividades profissionais ligadas aos conhecimentos que precisarão acessar ao buscarem suas origens?

Emigração Temporária

Leoni Carpi, em Dell’Emigrazione Italiani all’Estero, publicado em 1871, apresenta dados semelhantes aos encontrados na obra de Franchetti e Sonnino, no que diz respeito à cultura de emigrar como um fenômeno que fazia parte da vida do italiano desde tempos remotos. Considerando que Carpi incluiu informações sobre as províncias do norte, enquanto Franchetti e Sonnino trataram da Sicilia, a similitude de informações respalda conclusões extraídas das entrevistas com descendentes de imigrantes italianos que viveram em Leopoldina. Trata-se de considerar que os nossos colonos viviam numa sociedade em que as fronteiras nacionais não impediam deslocamentos frequentes para trabalhar na colheita ou em obras públicas dos países vizinhos.

A emigração temporária era assimilada pelos trabalhadores como um fato natural, permitindo que eles formassem uma boa poupança que garantia o sustento de suas famílias, com as quais geralmente conviviam quase que somente durante o inverno. Entre outros números, os autores citados mencionam os cerca de 10.000 indivíduos da província de Belluno e os 2.000 de Bergamo que passaram a temporada de 1872 longe de suas famílias. Quase todos os autores que consultamos utilizam as antigas obras sobre o assunto para afirmar que a emigração temporária sempre foi considerada uma fonte de riqueza para o Estado italiano.

Sendo assim, não nos surpreende que descendentes das famílias Anzolin, Casadio, Conti, Gottardo, Guersoni, Marchesini, Minelli, Rancan, Tazzari e Zamagna tenham mencionado as temporadas de seus antepassados em outros países. Em algumas delas, parece que o fato dos arregimentadores exigirem que trouxessem a família para o Brasil não foi percebido como contratação do “pacote completo”, ou seja, que filhos e esposa aumentavam a força de trabalho disponível e seriam submetidos ao mesmo regime dos chefes de família. Por outro lado, a Itália negociou a vinda de seus habitantes no mesmo modelo praticado já de longa data, qual seja a de formação de colônias italianas no exterior.

Imigrantes procedentes da Emilia-Romagna

Das províncias de Ravenna e Bologna foram encontrados, em Leopoldina, os sobrenomes Bertulli, Bertuzi, Casadio, Conti, Fachini, Federici, Franchi, Gigli, Gruppi, Guersoni, Lami, Lucchi, Mamedi, Marchesini, Martinelli, Mazzini, Mescoli, Minelli, Morotti, Pazzaglia, Pedrini, Samori, Santi, Tazzari, Vechi, Vigeti, Zamagna. Muitos deles passaram ao Brasil no início da grande fase da imigração, ou seja, entre 1888 e 1892.