O ofício do historiador

“A jornalista Mônica Teixeira ouve a historiadora Maria Helena Capetalo sobre a profissão de historiador. Professora Titular do Departamento de História da FFLCH / USP, Capelato aborda, entre outros temas, o papel do historiador como investigador e a ampliação do mercado de trabalho para além da docência.”

 Divulgado pela Univesptv

Formação e evolução do território de Leopoldina.

No dia 27 de março de 2014, a um mês da data em que se comemoram os 160 anos da emancipação político administrativa de Leopoldina, fiz uma apresentação para as professoras participantes do projeto de Educação Patrimonial coordenado por Livia Muchinelli.

O tema escolhido foi a formação e evolução administrativa e teve como objetivo refletir sobre o espaço onde nossos antecessores se organizaram. Para entender tal espaço, consultei a legislação específica e um bom número de fontes documentais que me permitiram chegar a um desenho inédito: o território do antigo Curato de São Sebastião do Feijão Cru. Em seguida, analisei os desmembramentos que se iniciaram em 1863 e tiveram sua última etapa em 1962.

Durante a apresentação, mencionei algumas passagens da obra A Invenção do Cotidiano, de Michel de Certeau, assim como outros teóricos que nos ajudam a perceber as crenças que os indivíduos compartilham com os demais membros do grupo como sustentáculo da “mentalidade” ou “modos de pensar” da comunidade e, consequentemente, da identidade coletiva. Identidade que está na base da constituição de um patrimônio cultural que nos cabe preservar.

Livros importantes para um Historiador

Em agosto de 2010 Fabricio Leal de Souza publicou o resultado de uma pesquisa realizada com os leitores de seu blog sobre os livros indispensáveis na vida de um historiador.

1º. Apologia da História (Marc Bloch)

2º. Raízes do Brasil (Sérgio Buarque de Holanda)

3º. Casa-Grande & Senzala (Gilberto Freyre)

4º. Era dos Extremos (Eric Hobsbawm)

5º. História e Memória (Jacques Le Goff )

6º. Formação do Brasil Contemporâneo (Caio Prado Júnior) e O Queijo e os Vermes (Carlo Ginzburg)

7º. Domínios da História (Ciro Flamarion Cardoso)

8º. Mitos, Emblemas, Sinais (Carlo Ginzburg)

9º. A Escrita da História (Peter Burke), A Ideologia Alemã (Friedrich Engels), O Capital (Karl Marx) e Como se escreve a História (Paul Veyne)

10º. A Escola dos Annales (Peter Burke), A Escrita da História (Michel de Certeau), O Príncipe (Nicolau Maquiavel) e Passagens da Antiguidade para o Feudalismo (Perry Anderson)

Ainda que alguém discorde da ordem de preferência dos leitores do Fabrício, não se pode negar o valor das obras mais votadas.