Símbolo do Centenário

Pergunta respondida na entrevista concedida ao Show do Marcus Vinicius, na Rádio Jornal.
– Por que escolheram a Capela da Onça como símbolo do trabalho de vocês?

A escolha da “Capela da Onça” ou, Igreja de Santo Antonio, como símbolo da coluna no jornal sobre o Centenário da Colônia Agrícola da Constança deve-se ao fato de ser esta a imagem a que sempre se referem os entrevistados, quando abordados sobre a vida dos mais antigos.
Para a maioria deles, além da religiosidade propriamente dita, a Capela representava muito mais, porque era em torno dela que se realizavam quase todas as festividades de que participavam.

Desafio aos Ouvintes

No programa Show do Marcus Vinicius, transmitido pela Rádio Jornal, de Leopoldina, foi lançado neste domingo um desafio aos ouvintes. Luja Machado falou sobre a imigração para Leopoldina e a importância da Colônia Agrícola da Constança, uma das maiores que existiram no estado de Minas Gerais. Em seguida convidou os ouvintes a refletirem sobre a presença do sangue imigrante, através dos descendentes daqueles colonos, nas mais diferentes atividades que atualmente se desenvolvem na cidade.

“Em abril de 1910 foi fundada a Colônia Agrícola da Constança em Leopoldina.

Localizada nos atuais bairros Boa Sorte, Onça e Constança, recebeu imigrantes de várias nacionalidades.

Para marcar a passagem do Centenário da Colônia, lançamos o desafio: em qual rua da nossa cidade não existem descendentes daqueles imigrantes?

Você conhece um vizinho que não tenha avós ou bisavós imigrantes?

Entre em contato conosco e nos diga: na sua rua não há um só descendente de imigrante?”

Durante a participação de Luja Machado, o apresentador Marcus Vinicius recebeu telefonemas do Secretário Municipal de Desenvolvimento, Sr. Carlos Heleno, e da Secretária Municipal de Cultura, Sr. Valéria Benatti, ambos colocando-se à disposição para os preparativos necessários ao evento comemorativo do centenário da Colônia Agrícola da Constança, em abril de 2010.

Abrace esta Ideia

O que pretendemos com esta campanha?
– Simples, como simples é a própria frase. Queremos que as pessoas comemorem o Centenário da Colônia Agrícola da Constança.
Como ?
– Nós temos, aqui na cidade, as Faculdades Doctum, Unipac e Cefet.
Temos o Ginásio, o Colégio Imaculada, o Equipe e outras instituições de ensino que poderiam colocar o assunto em debate entre os alunos.
Vocês já imaginaram o quanto seria bom para a cidade se estes alunos (crianças, jovens e os universitários) conhecessem este capítulo da nossa história?
Quem não se orgulharia de saber que seus antepassados foram importantes para chegarmos à Leopoldina que temos hoje?
Temos o Clube do Moinho que promove suas festas. Que tal programar uma noite dançante para o início de abril de ano que vem, para marcar o Centenário? Quantos associados do Moinho são descendentes de imigrantes?
E o Brasília, com seus campeonatos? O de Peteca, por exemplo. O Clube Brasília poderia promover um torneio em comemoração do Centenário.
E o SESI ? Poderia fazer algo também.
E a Cooperativa de Leite? Ela poderia fazer algo para os seus associados, muitos deles, descendentes de imigrantes.
E a Cooperativa de Bordadeiras, que vende trabalhos na feirinha que funciona dentro da LAC? Poderia bordar algumas peças alusivas ao Centenário.
É nisto que pensamos quando falamos em ABRAÇAR A IDEIA.

Entrevista na Rádio Jornal AM

Hoje, 16 de maio, Arnaldo Spindola e José Geraldo Gué receberam Luja Machado no programa FAZ, da Rádio Jornal de Leopoldina. O objetivo foi apresentar sugestões para a comemoração do Centenário da Colônia Agrícola da Constança em abril de 2010.

Convite

Domingo, 17 de maio, a partir do meio dia.
Rádio Jornal AM 1560, Leopoldina, MG
Programa Marcus Vinicius
Participação de Luja Machado.
Lançamento do Desafio aos Ouvintes: a Imigração em Leopoldina.

Pietro Sangirolami

Irmão de Giovanni Sangirolami citado no último post, Pietro nasceu por volta de 1880 em Montagnana, Padova, Veneto, Italia. Depois de passar pela fazenda de Antonio Maurício Barbosa, em Piacatuba, a família transferiu-se para a Fazenda Paraíso. No dia 13 de fevereiro de 1904, no Cartório do distrito de Providência, foi realizado o casamento de Pietro com Paschoa Bonini, filha de Fortunato Bonini e Maria Darglia.

Deste casamento encontramos o nascimento dos seguintes filhos: Antonio (1905), José (1906), João (1909), Joaquim (1911), Ana (1913), Fortunato (1915), Maria (1916) e Maximiano (1919). Já nos registros de sepultamento de Leopoldina, localizamos o falecimento do filho Santo em 1988 e pelo registro do óbito calculamos que tenha nascido em 1924.

Em 2007 fizemos uma visita a João Sangirolami, lúcido aos 98 anos de idade. Contou-nos um pouco sobre a Colônia Agrícola da Constança para onde seu pai se transferiu por volta de 1916. A casa onde a família vive é uma das poucas remanescentes das originais, construídas na década de 1910.

Giovanni Sangirolami

Conforme texto que publicamos em dezembro de 2007, o sobrenome Sangirolami sofreu inúmeras variações entre os descendentes de Giovanni Battista Sangirolami. Ao pesquisarmos os documentos disponíveis em Leopoldina, encontramos Sangirolami, Zangirolami e Zanzirolani. Mas acreditamos que outras variações possam ser encontradas, especialmente entre os nascidos em meados do século XX, cuja trajetória não fez parte de nossas buscas. Sendo assim, sempre que recebemos consultas de prováveis descendentes, sugerimos que localizem as certidões de nascimento de seus pais e avós para que seja possível analisar cada caso.

Esta semana um leitor escreveu perguntando se Giovanni Sangirolami e Giustina Borella seriam os avós de um João Batista Ferreira. Nada podemos comentar sem analisar o registro de nascimento de João Batista. De todo modo, lembramos que os Sangirolami da Colônia Agrícola da Constança são eventualmente referidos como Ferreira. A origem deste hábito não estaria num sobrenome de família. Segundo alguns de nossos entrevistados, o patriarca exercia a função de ferreiro e os filhos ficaram conhecidos como “os ferreiros”.

Pelo que pudemos apurar, Giovanni Sangirolami, filho de Giovanni Battista Sangirolami e Modesta Carmelim, nasceu em 1883 em Montagnana, Padova, Veneto, Italia. A família passou ao Brasil em 1895 e foi inicialmente contratada para trabalhar na fazenda de Antonio Mauricio Barbosa, no distrito de Piacatuba, Leopoldina, MG. Algum tempo depois foram trabalhar na Fazenda Paraíso, onde em 1908 faleceu Modesta Carmelim.

Em 1906 o filho Giovanni Sangirolami casou-se com a italiana Giustina Borella, filha de Luciano Borella e Lucia Lorenzetto. O casamento civil foi realizado no distrito de Providência, Leopoldina. Destaque-se que naquele distrito foram realizados muitos eventos relativos aos colonos da Fazenda Paraíso, por ser mais perto do que a sede municipal.

Em 1907 nasceu a primeira filha do casal: Maria Genebra, que se casou em 1923 com Getomir Pereira da Bella. É possível que Giovanni e Giustina tenham tido outros filhos entre o nascimento de Maria Genebra (1907) e o de Ema (1913). Entretanto, nos registros paroquiais de Leopoldina só encontramos, além destas duas, o nascimento de Geraldo em 1916 e de Maria Natalina em 1917. Também nada sabemos sobre casamento de Ema, Geraldo e Natalina, já que só verificamos os casamentos ocorridos até 1923.

Carminatti

A família chefiada por Giovanni Carminatti embarcou em Genova e aportou no Rio de Janeiro no dia 3 de abril de 1896, sendo transferida para a Hospedaria Horta Barbosa em Juiz de Fora, onde foi registrada no dia 05 de abril. Dali partiram, no dia 20 de abril, contratados por Joaquim Pereira de Sá para trabalharem em sua fazenda de Roça Grande, São João Nepomuceno, MG.

O vapor Colombo, nesta viagem, transportou 1002 passageiros na 3ª classe com destino ao Rio de Janeiro, sendo 904 contratados pelo Governo do Estado de Minas, com despesas pagas pelo Estado. Além dos 98 imigrantes espontâneos, consta do manifesto que outros 385 passageiros destinavam-se ao porto de Santos.

Giovanni Carminatti e sua esposa Angela Pagano chegaram ao Brasil acompanhados dos filhos Dalva, Guglielmo, Arturo, Gregorio e Pietro Silvio. Segundo o documento de desembarque, todos eram naturais de Ghisalba, Bergamo, Lombardia. Já morando na região de São João Nepomuceno nasceram os filhos Assunta, Belmira e Conceição.

Há indicações de que a família tenha vivido em território do atual município de Argirita, que na época era distrito de Leopoldina com o nome de Rio Pardo. Porém, em nossas buscas por documentos em Argirita nada foi encontrado.

Por informações de descendentes soubemos que, em 1909, em Argirita, Dalva Maria Carminatti casou-se com Virgilio Gruppi, procedente da Bologna, Emilia Romagna, filho de Cesare Gruppi e Enrica Bertuzi. A mesma fonte informa, também, que o casal faleceuem São JoãoNepomuceno, sendo que o óbito de Virgilio ocorreu em 1961 e Dalva teria falecido em 1970.

Foram filhos de Dalva e Virgilio: Genésio, Hélia, Helio, Ida, Onésimo, Sebastião, e Ivo Gruppi, sendo que este último nasceu em Piacatuba, também distrito de Leopoldina.

De um outro filho de Giovanni Carminatti e Angela Pagano, Pietro Silvio Carminatti, descobrimos referências em um trabalho de resgate histórico de Argirita, compilação realizada pela Biblioteca Municipal. E embora a data de nascimento ali esteja registrada como 29 de junho de 1894, acreditamos que o ano tenha sido 1895 porque Pietro contava 7 meses no desembarque. De todo modo, Pietro deixou Roça Grande, o distrito de São João Nepomuceno onde seus pais moravam inicialmente, e radicou-se em Argirita onde faleceu no ano de 1969. Foi casado com Maitana Lopes.

A ligação dos Carminatti com a Colônia Agrícola da Constança está ainda em aberto. Pelos Relatórios da Colônia descobrimos que Giovanni Carminatti candidatou-se ao financimento dos lotes 58 e 59, deles tomando posse em junho de 1910. Mas depois desta data não encontramos referências à presença dos Carminatti naquele núcleo agrícola.

Pierina Galasso e Francesco Colle

Na postagem de 20 de abril de 2007 citamos Pierina Galasso, nascida na Italia no dia 29 de junho de 1873. Era filha de Pietro Galasso e Aguita Mota, conforme declarou no Requerimento para Registro de Estrangeiros realizado de acordo com o que dispunha o Decreto 3010 de 1938, que ficou conhecido como o “decreto de Getúlio”.Neste mesmo documento a declarante informou que passou ao Brasil em dezembro de 1910, tendo sido registrada na Hospedaria da Ilha das Flores. Entretanto, nada localizamos nos livros da Hospedaria. Por outro lado, consultamos o comune de San Michele ao Tagliamento e recebemos a confirmação de que ali Pierina se casara com Francesco Colle no dia 15 de abril de 1894, sendo natural de Latisana, Udine, Friuli-Venezia Giulia.

Agora recebemos consulta de um leitor a respeito de parentesco entre Pierina Galasso e dois outros usuários do sobrenome que teriam vivido na zona da mata mineira. Nada podemos afirmar a respeito porque não estudamos as outras famílias citadas. Através do Sistema Integrado de Acesso do Arquivo Público Mineiro, vimos que Filomena Galasso passou ao Brasil em 1888, pelo mesmo vapor Washington no qual viajaram vários imigrantes que se estabeleceram em Leopoldina. Entretanto, no livro de registro consta que Filomena saiu da Hospedaria Horta Barbosa com destino a Rio Novo. Quanto ao outro nome da consulta, nada sabemos sobre Giovanni Galasso que, segundo o site já citado, veio para o Brasil em 1892.

Em dezembro de 1910, o casal Francesco Colle e Pierina Galasso tomou posse do lote número 12 da Colônia Agrícola da Constança, em Leopoldina, MG. Em 1942, Pierina continuava morando ali.

Alexandre Bedin e Celeste Bartoli

Na postagem publicada em junho de 2007, citamos o casal Alexandre Bedin e Celeste Bartoli. Seus nomes foram identificados quando fizemos pesquisas que resultaram nos textos publicados em jornal de Leopoldina, comemorando os 90 anos da Colônia Agrícola da Constança. Agora, que se aproxima o ano do centenário da Colônia, voltamos a falar deste sobrenome, mas apenas em relação aos descendentes de Pasquale Bartoli. Agradecemos a colaboração da Thais Bartoli, que nos ofereceu cópias de documentos fundamentais para ampliarmos as buscas.

Pasquale Bartoli procedia de Ancona, Marche, de onde partiu com a esposa Adele Gismundi, em 1896. Viajaram pelo vapor Sud America e deram entrada na Hospedaria Horta Barbosa, em Juiz de Fora, no dia 18 de julho de 1896. Dali saíram contratados por Antonio Monteiro da Silva, para trabalharem Matias Barbosa, MG. Com o casal estavam os filhos Elvira, Alberto, Marinho, Celeste e Alfredo.

Alberto Bartoli, nascido a 13 de outubro de 1883 em Chiaravalle, Ancona, casou-se em Leopoldina com a também italiana Natalina Sardi, em 1902. Ela era filha de Giovanni Sardi e Giovanna Guelfi e faleceu em 1937 no distrito de Ribeiro Junqueira, Leopoldina, MG. No ano seguinte Alberto Bartoli casou-se com Generosa Pacheco, filha de Pedro José Pacheco e Dorcelina Amélia de Jesus

Celeste Bartoli, cujo nome original parece ter sido Celestina, nasceu em Ancona no dia 9 de setembro de 1892. Foi casada com o também italiano Alexandre Bedin com quem teve os filhos Rozina, João, Antonio, Maria, José, Alexandrina, Pedro, Santina, Nair, Wilda e Sebastião Bartoli Bedin.

Em 1942, Celeste Bartoli vivia na Colônia Agrícola da Constança, em Leopoldina, MG.