Famílias italianas em Leopoldina: Sangirolami, Borella

Nesta Festa de Descendentes de Imigrantes Italianos será homenageada Marlene Moraes André, como representante de duas tradicionais famílias italianas que viveram em Leopoldina. Os Sangirolami chegaram em novembro de 1895 e saíram da Hospedaria sob contrato com Antonio Maurício Barbosa. Pouco tempo depois eram colonos da Fazenda Paraíso. Os Borella já estavam em Leopoldina desde 1892 e também trabalharam na Fazenda Paraíso onde Giovanni e Giustina se conheceram e se casaram. Em 1915, Pietro Sangirolami adquiriu um lote na Colônia Agrícola da Constança onde vários familiares passaram a viver. O patriarca Luciano Borella teve uma padaria na Rua da Grama.

Primeira geração

1.  Marlene Moraes André, filha de José Moraes André e Ema Modesta Angélica Sangirolami, nasceu a 9 Ago 1938 em Leopoldina, MG.

Segunda geração (Pais)

2.  José Moraes André, filho de Maria Rosa da Conceição, casou com Ema Modesta Angélica Sangirolami a 31 Jan 1931 em Leopoldina, MG.

3.  Ema Modesta Angélica Sangirolami, filha de Giovanni Sangirolami e Giustina Borella, nasceu a 31 Ago 1913 em Leopoldina, MG.

Terceira geração (Avós)

5.  Maria Rosa da Conceição .

6.  Giovanni Sangirolami, filho de Giovanni Battista Sangirolami e Modesta Carmelim, nasceu a 27 Jun 1883 em Stanghella, Montagnana, Padova, Veneto, Italia. Giovanni também usou o nome João Luiz Zangirolani. Casou com Giustina Borella a 26 Mai 1906 em Providência, Leopoldina, MG.

7.  Giustina Borella, filha de Luciano Borella e Lucia Lorenzetto, nasceu cerca de 1887 em Italia.

Quarta geração (Bisavós)

12.  Giovanni Battista Sangirolami nasceu em 1857 em Montagnana, Padova, Veneto, Italia. Casou com Modesta Carmelim.

13.  Modesta Carmelim nasceu em 1852 na Italia, e faleceu a 14 Nov 1908 em Leopoldina, MG.

14.  Luciano Borella, filho de Pietro Borella e Giustina Casello, nasceu a 2 Mar 1863 em Casale di Scodosia, Montagnana, Padova, Veneto, Italia, e faleceu a 27 Nov 1920 em Leopoldina, MG. Casou com Lucia Lorenzetto.

15.  Lucia Lorenzetto nasceu a 17 Out 1862 na Italia, e faleceu em Manhuaçu, MG.

Quinta geração (Trisavós)

28.  Pietro Borella nasceu na Italia onde se casou com Giustina Casello.

29.  Giustina Casello nasceu na Italia.

Casale di Scodosia e Montagnana são comuni vizinhos.

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Fontes consultadas:

Archivio storico del Distretto Militare di Padova

– Leva Militare delle province di Padova e Rovigo 1846 – 1902.

– Lista di Leva di Casale di Scodosia classe 1863.

Arquivo da Diocese de Leopoldina

– lv 14 bat fls 96 termo 490.

– lv 3 cas fls 317 termo 20.

– lv 7 cas fls 3 termo 10.

Arquivo Público Mineiro. Livros da Hospedaria Horta Barbosa SA 862 pag 111, SA-883 fls 5.e SA-884 fls 27

Carteira de Identidade M-16.875.378.

Cartório de Registro Civil de Providência, Leopoldina, MG, lv 2 fls 4-v.

Cemitério Nossa Senhora do Carmo, Leopoldina, MG, lv 2 fls 25 e fls 100 sep 579.

Informações prestadas por colaboradores: Cecilia Corradin (in memoriam), Lucimary Sangalli Vargas (in memoriam), Warlley Moraes Botelho Júnior.

Sangirolami uniram-se aos Colle e Bonini

Quando publicamos os ancestrais de João Bonini, no dia 10 de julho, não incluímos os pais de Pierina Galasso por não termos outras informações além dos nomes. Hoje aproveitamos o pedido de descendente de José Colle, primo de João Bonini, para completar o quadro ascendente.

Giovanni Sangirolami

Conforme texto que publicamos em dezembro de 2007, o sobrenome Sangirolami sofreu inúmeras variações entre os descendentes de Giovanni Battista Sangirolami. Ao pesquisarmos os documentos disponíveis em Leopoldina, encontramos Sangirolami, Zangirolami e Zanzirolani. Mas acreditamos que outras variações possam ser encontradas, especialmente entre os nascidos em meados do século XX, cuja trajetória não fez parte de nossas buscas. Sendo assim, sempre que recebemos consultas de prováveis descendentes, sugerimos que localizem as certidões de nascimento de seus pais e avós para que seja possível analisar cada caso.

Esta semana um leitor escreveu perguntando se Giovanni Sangirolami e Giustina Borella seriam os avós de um João Batista Ferreira. Nada podemos comentar sem analisar o registro de nascimento de João Batista. De todo modo, lembramos que os Sangirolami da Colônia Agrícola da Constança são eventualmente referidos como Ferreira. A origem deste hábito não estaria num sobrenome de família. Segundo alguns de nossos entrevistados, o patriarca exercia a função de ferreiro e os filhos ficaram conhecidos como “os ferreiros”.

Pelo que pudemos apurar, Giovanni Sangirolami, filho de Giovanni Battista Sangirolami e Modesta Carmelim, nasceu em 1883 em Montagnana, Padova, Veneto, Italia. A família passou ao Brasil em 1895 e foi inicialmente contratada para trabalhar na fazenda de Antonio Mauricio Barbosa, no distrito de Piacatuba, Leopoldina, MG. Algum tempo depois foram trabalhar na Fazenda Paraíso, onde em 1908 faleceu Modesta Carmelim.

Em 1906 o filho Giovanni Sangirolami casou-se com a italiana Giustina Borella, filha de Luciano Borella e Lucia Lorenzetto. O casamento civil foi realizado no distrito de Providência, Leopoldina. Destaque-se que naquele distrito foram realizados muitos eventos relativos aos colonos da Fazenda Paraíso, por ser mais perto do que a sede municipal.

Em 1907 nasceu a primeira filha do casal: Maria Genebra, que se casou em 1923 com Getomir Pereira da Bella. É possível que Giovanni e Giustina tenham tido outros filhos entre o nascimento de Maria Genebra (1907) e o de Ema (1913). Entretanto, nos registros paroquiais de Leopoldina só encontramos, além destas duas, o nascimento de Geraldo em 1916 e de Maria Natalina em 1917. Também nada sabemos sobre casamento de Ema, Geraldo e Natalina, já que só verificamos os casamentos ocorridos até 1923.