Famílias Italianas em Leopoldina: Iennaco

Nesta III Festa do Imigrante Italiano em Leopoldina serão homenageados quatro membros da família.

Arlenice Carvalho, filha de Anita Iennaco e Alziro Azevedo de Carvalho, nasceu a 30 Out 1938 em Leopoldina, MG. Anita Iennaco, filha de Lorenzo Iennaco e Emma Sparanno, nasceu a 24 Mai 1916 em Leopoldina, MG, e faleceu a 18 Mai 1982 em Leopoldina, MG. Lorenzo Iennaco, filho de Raffaele Iennaco e Maria Giuseppa Lamarca, nasceu a 1 Mar 1885 em Maratea, Potenza, Basilicata, Italia, e faleceu a 5 Ago 1954 em Leopoldina, MG. Lorenzo casou a primeira vez com com Emma Sparanno, filha de Vincenzo Maria Andrea Stanislao Antonio Sparano e Mariana Giovanna Laghezza, a 15 Out 1906 em Castel San Giorgio, Salerno, Campania, Italia. Emma nasceu a 7 Abr 1880 em Roccapiemonte, Salerno, Campania, Italia, e faleceu a 10 Dez 1922 em Leopoldina, MG.

Lea Maria Lima Iennaco, filha de Vicente Iennaco e Ernestina de Souza Lima, nasceu a 5 Out 1933 em Leopoldina, MG. Vicente Iennaco, filho de Lorenzo Iennaco e Emma Sparanno, nasceu a 4 Fev 1909 em Leopoldina, MG, e faleceu a 19 Nov 1987 em Leopoldina, MG.

Maria de Lourdes Lima Iennaco, filha de Vicente Iennaco e Ernestina de Souza Lima, nasceu a 29 Mai 1935 em Leopoldina, MG. Vicente Iennaco, filho de Lorenzo Iennaco e Emma Sparanno, nasceu a 4 Fev 1909 em Leopoldina, MG, e faleceu a 19 Nov 1987 em Leopoldina, MG.

Artur Bernardes Iennaco, filho de Lorenzo Iennaco e Zulmira Machado, nasceu a 9 Mar 1937 em Leopoldina, MG. Lorenzo Iennaco casou a segunda vez com Zulmira Machado, filha de Carlos José Machado e Maria da Conceição Lima.

Fontes consultadas:

Almanack do Arrebol. Leopoldina: s.n., 1984-1985. 1986 nr 8 fls 13.

Arquivo da Diocese de Leopoldina, lv 12 bat fls 33 termo 70.

Arquivo da Diocese de Leopoldina, lv 16 bat fls 53v termo 434.

Arquivo da Diocese de Leopoldina, lv 7 cas fls 6 termo 26.

Carteira Nacional de Habilitação, Registro 01127642802 DETRAN-MG cópia enviada por Rodrigo Iennaco.

Carteiras de Identidade: RG MG-17.596.703 emitido em 03/07/2008 pela SSP-MG e RG-MG 20.299.015 emitido em 08/05/2013 pela SSP-MG. RG 1.600.765 emitido pelo Instituto Félix Pacheco em 11/04/1969

Cartório de Registro Civil de Leopoldina, MG, certidão mat. 0509480155 1954 4 00011 522 0000186 11.

Cemitério Nossa Senhora do Carmo, Leopoldina, MG. Registro Sintético de Sepultamentos 1963-1983 fls 124v, e 1983-1997 fls 61 e fls 87. Lápides no túmulo da família Iennaco.

RODRIGUES, José Luiz Machado e CANTONI, Nilza. Nossas Ruas, Nossa Gente. Rio de Janeiro: do autor, 2004.

As fontes italianas estão descritas em Cognome Iennaco: registros e reminiscências, livro do descendente Rodrigo Iennaco que será lançado amanhã, dia 21/5/2022, as 20h, no Centro Cultural Mauro de Almeida Pereira.

Agradecemos ao Rodrigo pela prestimosa colaboração no estudo da família.

Família Dalto/Dalton Fiorenzano

Agradecemos pela colaboração de Magali de Freitas que nos trouxe informações sobre seu ramo familiar, confirmando informações orais de parentes colaterais e ampliando o conhecimento sobre o grupo mencionado na postagem “Em Busca da família Dalto/Dalton”.

Isabel era filha do italiano Nicolao Dalto e de Edwiges de Souza Reis. Biaggio era filho de Pasquale Fiorenzano e Tereza Schettino que se casaram em Maratea, província de Potenza, onde Biaggio nasceu. Era neto paterno de Gaetano Fiorenzano e Maria Brando e neto materno de Giuseppe Schettino e Maria Rosa Lamarca.

Os sobrenomes Fiorenzano, Schettino e Lamarca são representados em Leopoldina por descendentes dos imigrantes que viveram no município entre o final do século XIX e as primeiras décadas dos novecentos.

Condições de vida do italiano no exterior

O livro The Italian Emigration of our times, de Robert Foerster, publicado em Cambridge em 1919, traz algumas informações sobre a vida dos italianos no Brasil, nos capítulos XV e XVI. Embora mencione algumas colônias brasileiras, não há dados específicos sobre Minas Gerais. De todo modo, é uma obra importante para conhecer a visão de estudiosos do início do século XX sobre o assunto.

É de Foerster a informação a respeito da diminuição do número de proprietários na Basilicata, Calabria e Sicilia entre 1882 e 1901, época em que os pequenos vendiam seu patrimônio para buscar melhores condições no exterior. Esta informação está presente na memória familiar dos Lamarca, Lammoglia e Schettini que vieram para Leopoldina.

De igual modo, o desconhecimento da língua como causa de dificuldades variadas é perceptível em nossos estudos. Mas não podemos afirmar, como fez Foerster, que seria a causa do rebaixamento das condições sociais dos imigrantes italianos e de inúmeros acidentes de trabalho.

Diga-se, aliás, que o Documenti di Vita Italiana, publicado em Roma na década de 1950 pela Presidenza del Consiglio dei Ministri, relaciona os países que repatriaram imigrantes italianos por problemas de saúde, incluindo o Brasil. Para períodos mais remotos, temos informação de procedimento desta natureza anteriores a 1927, segundo Estatística do Comissariado, que inclui os números daqueles que foram rejeitados nos portos de desembarque. Em nossas buscas nos livros da Hospedaria Horta Barbosa, encontramos sim, repatriações, mas não por problemas de saúde. Os poucos casos ali registrados referem-se a “desordeiros”, sem especificar que tipo de tumulto teriam causado.

Italianos da Basilicata em Leopoldina

Nem todos os imigrantes procedentes da Basilicata foram colonos. Entretanto, os descendentes das famílias procedentes desta região italiana estão hoje vinculados a muitos dos antigos moradores da Colônia Agrícola da Constança.

Arleo, Bianco, Brando, Campagna, Conti, Cunto, Damiani, Domarco, Esposito, Falabella, Gesualdi, Iennaco, Lamarca, Lammoglia, Lingordo, Maciello, Marchetti, Panza, Rinaldi, Schettini e Viola são sobrenomes de ancestrais de muitos leopoldinenses.