Etiqueta: Historiografia
Escrita da história.
Como se deve ler a história?
Leitura e Legitimação na Historiografia moderna.
Fernando Nicolazzi
RESUMO
Este ensaio estuda alguns textos ocupados com a temática da leitura da história na época moderna, desde o século XVII até o século XX. Partindo da hipótese de que a legitimidade do saber histórico reside não apenas na prática da escrita realizada pelos historiadores, mas igualmente na sua abordagem feita pelos leitores, a partir de um “pacto de leitura” que o texto historiográfico estabelece, diversas modalidades de leitura da história são apontadas, indicando os diferentes horizontes de expectativa que constituem a historiografia moderna.
Varia Historia – How history should be read? – Reading and legitimacy in modern historiography
A História e a escrita da História
Leituras do passado colonial e narrativas sobre o Brasil nas primeiras décadas do século XIX: a contribuição francesa
Resumo
“De vm ce amigo, servo, venerador…”: comentários sobre o sujeito histórico e a escrita epistolar nas Minas setecentistas
RESUMO
O presente texto visa contextualizar as discussões relativas à ação do sujeito histórico e as dinâmicas frente aos sistemas normativos na construção da escrita da História. Para isso, iremos analisar o papel do sujeito como autor e a relação com o produto de seu trabalho. A título de estudo de caso, buscaremos dissecar a correspondência do colono mineiro Paulo Pereira de Souza, comerciante de secos e molhados que atuou na capitania de Minas Gerais nas décadas de 1750 e 1760. É, pois, a partir de Paulo Pereira que procuraremos identificar as variadas formas de narrativa e expressão, que naturalmente geram diferentes percepções do historiador.
Palavras-chave: epistolografia, Minas Gerais, Brasil, Paulo Pereira de Souza.
Derrama, boatos e historiografia
Revista de Teoria da História
Novas tendências da historiografia sobre Minas Gerais no período colonial
Novas tendências da historiografia sobre Minas Gerais no período colonial
Resumo
O templo das sagradas escrituras: o Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro e a escrita da história do Brasil (1889-1912)
Resumo
A possibilidade de observar as ricas e contraditórias discussões sobre a institucionalização e disciplinarização dos estudos históricos é obscurecida quando partimos de um assentado caráter científico no século XIX. Nestes debates, fé, leis e razão buscavam subsidiar a História enquanto campo do conhecimento. O limiar da República, no Brasil, é um período profícuo para estes estudos pelo choque entre espaços de experiências e horizontes de expectativas de atores diversos, como a Igreja Católica, os governos republicanos, os burocratas monarquistas e os homens de letras. O objetivo deste artigo é o de analisar as propostas de escrita da História do Brasil dos sócios do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro (IHGB), na cidade do Rio de Janeiro, diante da proclamação do novo regime político em 15 de novembro de 1889.
Palavras-chave:
Uma nobre, difícil e útil empresa: o ethos do historiador oitocentista
Resumo
O artigo analisa a formação do ethos que modelou o trabalho de escrita do historiador oitocentista a partir de três topoi que se tornaram recorrentes nos textos historiográficos do século XIX: a sinceridade, a cientificidade e a utilidade. Estes elementos fizeram parte da formalização da prática historiográfica, indo ao encontro do tipo de relação estabelecida entre o historiador, a história e o projeto de nação que se procurava instaurar. Após um breve retorno à tradição historiográfica imperial, tomando como exemplos von Martius e Varnhagen, procuro delimitar algumas continuidades e rupturas no modelo de enunciaçãohistórica de Sílvio Romero.