Sangirolami uniram-se aos Colle e Bonini

Quando publicamos os ancestrais de João Bonini, no dia 10 de julho, não incluímos os pais de Pierina Galasso por não termos outras informações além dos nomes. Hoje aproveitamos o pedido de descendente de José Colle, primo de João Bonini, para completar o quadro ascendente.

Bonini e Colle, duas famílias da Constança

Temos recebido pedidos para publicar os nomes de antepassados imigrantes aqui no blog. Pedimos que nos informem o tipo de vínculo, por conta de alguns homônimos. Sempre que os tivermos no banco de dados, publicaremos.

O quadro abaixo responde a consulta sobre a filiação de João Bonin, filho de Jacinto e neto de Fortunato Bonini, que adquiriu o lote número 23 da Colônia Agrícola da Constança.

Os proprietários dos lotes da Colônia Agrícola da Constança

No momento em que os moradores de Leopoldina se movimentam para comemorar o Centenário da Colônia Agrícola da Constança, estamos recebendo diversas consultas sobre os proprietários dos lotes.

Sabemos que a área de 17.437.500,00 metros quadrados foi inicialmente dividida em 60 lotes, com cerca de 25 hectares cada um, além de um logradouro público. Posteriormente alguns lotes foram redivididos, atingindo um total de 72 unidades produtivas. Conseguimos identificar os proprietários de 64 lotes, sendo que em alguns casos encontramos também o nome do segundo comprador.

A relação a seguir foi organizada pelo número dos lotes que, quando repetidos, indicam os nomes dos primeiro e do segundo proprietários.

Lote Colono
1 Paula, João Baptista de Almeida
2 Passos, Manoel José dos
2 Pardal, Manoel Gomes
3 Macedo, Francisco Carneiro de
4 Lomba, Jesus Salvador
5 Lorenzi, Demetrio de
5 Meccariello, Carlo
6 Campagna, Felice Antonio
7 Carraro, Victorio
8 Fofano, Paschoal Domenico
9 Meneghetti, Felice
10 Santos, Augusto
11 Balbini, Pietro
12 Colle, Francesco
13 Pittano, Giuseppe
14 Sampieri Giovanni
15 Pumpemayer, Modesto
16 Montes, Auriel de Rezende
17 Reiff Júnior,Francisco Antonio
18 Silva, Jeronymo José da
19 Carvalho, João Pacheco de
20 Marcatto, Luigi
21 Bucciol, Angelo
21 Abolis, Francesco
22 Raipp, João Simão
22 Rodrigues, Antonio Augusto
23 Bonini, Fortunato
24 Travain, Eugenio
25 Meneghetti, Viúva de Luiz
26 Gottardo, Giovanni Baptista
27 Fofano, Carlo Batista
28 Abolis, Leopoldo
28 Montagna, Antonio
29 Boller, Giovanni
30 Mihe, Henrique
30 Lupatini, Giovanni
31 Krause, Herman
31 Boller, Luigi
32 Troche, Bruno
32 Boller, Giuseppe
33 Zessin, Fritz
34 Stefani, Eugenio
35 Casadio, Giuseppe
36 Ferreira, Francisco Dias
37 Cartacho, Manoel da Cruz
38 Secanelli, Angelo
39 Lupatini, Giovanni
40 Costa, José Manoel da
41 Mesquita, Augusto
42 Ferrari, Paschoal
44 Schaden, Franz
44 Rottemberg, Rudolf
45 Schill, August
45 Fischer, Gustav
46 Ketterer, Franz
47 Figueiredo, Julio Teixeira
48 Negedlo, Franz
48 Klaiber, João Jorge
49 Zessin, Wilhelm
50 Krauger, August
50 Beatrici, Pietro
51 Lang, Ernest
52 Hensul, Mathias
53 Thier, Karl
53 Beatrici, Felicio
54 Richter, Hermann
55 Anzolin, Giovanni Ottavio
56 Giuliani, Candido
57 Anzolin, Basilio
58 Carminatti, João
59 Carminatti, João
59 Pedroni, Angelo
60 Sellani, Sante
61 Brando, Braz
62 Carvalho, Pedro Pacheco de
63 Pardal, Manoel Gomes
64 Pardal, Manoel Gomes
66 Rodrigues, Antonio Augusto

Pietro Sangirolami

Irmão de Giovanni Sangirolami citado no último post, Pietro nasceu por volta de 1880 em Montagnana, Padova, Veneto, Italia. Depois de passar pela fazenda de Antonio Maurício Barbosa, em Piacatuba, a família transferiu-se para a Fazenda Paraíso. No dia 13 de fevereiro de 1904, no Cartório do distrito de Providência, foi realizado o casamento de Pietro com Paschoa Bonini, filha de Fortunato Bonini e Maria Darglia.

Deste casamento encontramos o nascimento dos seguintes filhos: Antonio (1905), José (1906), João (1909), Joaquim (1911), Ana (1913), Fortunato (1915), Maria (1916) e Maximiano (1919). Já nos registros de sepultamento de Leopoldina, localizamos o falecimento do filho Santo em 1988 e pelo registro do óbito calculamos que tenha nascido em 1924.

Em 2007 fizemos uma visita a João Sangirolami, lúcido aos 98 anos de idade. Contou-nos um pouco sobre a Colônia Agrícola da Constança para onde seu pai se transferiu por volta de 1916. A casa onde a família vive é uma das poucas remanescentes das originais, construídas na década de 1910.

Os Administradores

A Colônia Constança era dirigida por um representante do governo de Minas, nomeado para o cargo de Administrador da Colônia. Este funcionário era responsável pela venda dos lotes, recebimento das prestações e organização geral das atividades. O primeiro deles foi o Sr. Ferdinando Sellani, irmão do colono Santo Sellani, lote 60. Ferdinando permaneceu no posto até outubro de 1909.
O governo nomeou, então, Guilherme Prates que, segundo a Gazeta de 27.05.1911, permaneceu no cargo até 16.05.1911, quando foi transferido para a Colônia Santa Maria, em Sobral Pinto/Astolfo Dutra.
Da Santa Maria, na mesma data, veio o diretor Félix Schmidt, que administrou a Constança por um curto período, pois em 30.06.1911 veio a falecer.
Assumiu o cargo, a partir daí, o Sr. Climério Duarte Godinho, que já exercia a função de auxiliar desde julho de 1909 e que permaneceu até a total quitação dos financiamentos dos lotes e emancipação da colônia.
O Sr. Climério residiu na sede da Colônia, que funcionava na antiga fazenda Boa Sorte, hoje de propriedade da família Bonin (Bonini). Ali funcionava a escola pública que atendia às famílias dos colonos.
Outro nome que esteve ligado à administração da colônia é o de João Ventura Gonçalves Neto, que foi também Juiz de Paz em Leopoldina.