A Missão Francesa

“A Missão Francesa permitiu a profissionalização em grande escala de artistas brasileiros. E contribuiu para estreitar os laços entre França e Brasil”.

Há 203 anos, 32 artistas franceses desembarcaram na Baía de Guanabara com um objetivo: trazer a arte europeia para o Brasil. A parceria entre a Coroa Portuguesa e os franceses promoveu uma intervenção cultural na nova sede do Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves e permitiu a criação da Escola Imperial de Belas Artes.

Brasil no Olhar dos Viajantes – Episódio 4

Republicação, a pedido, do último episódio divulgado pela TV Senado, completando a série.

O quarto e último episódio da série Brasil no Olhar dos Viajantes apresenta as viagens e expedições científicas do século XIX e mostra como os relatos e imagens produzidas por estrangeiros tornaram-se referências para a elite intelectual brasileira no processo de construção de uma identidade nacional.

Próximo passo: a visão de especialistas sobre a Missão Francesa que chegou ao Brasil em 1816.

Brasil no olhar dos viajantes – Episódio 03 Século XIX

Documentário da TV Senado, retoma a questão da identidade nacional a partir de relatos feitos por estrangeiros do descobrimento até as grandes expedições científicas do século XIX. Mostra a influência que esses relatos tiveram na construção da imagem do País perante o mundo e entre os próprios brasileiros. (2014. Dir.: João Carlos Fontoura).

Brasil no olhar dos viajantes: segundo episódio

Continuação do documentário João Carlos Fontoura exibido pela TV Senado sobre os relatos estrangeiros das primeiras viagens feitas ao Brasil e como influenciaram na construção da imagem do Brasil lá fora e também para os próprios brasileiros.

Assim como no primeiro episódio, também divulgado aqui no blog, autores e ou cronistas são citados neste vídeo tais como Claude d’Abbeville, Ives d’Éxreux, Johannes Baers, Hendrick Haecx, Johan Nieuhof e Pierre Moreau. Este vídeo ressalta, especialmente, a ocupação holandesa do nordeste, da qual Maurício de Nassau levou para a Europa uma série de informações e iconografia que entregou a Gaspar Barleus para escrever uma apologia de seus feitos no Brasil.

Brasil no olhar dos viajantes

“A divulgação do Brasil vai ficar, em larga medida, por conta de estrangeiros e não portugueses”, diz Jean Marcel de Carvalho França

Primeiro episódio da série exibida pela TV Senado em 2013

A festa de Rouen de Ferdinand Denis, Singularidades da França Antártica e Cosmografia Universal de André Thevet, Viagem à Terra do Brasil de Jean de Léry, bem como Terras recentemente descobertas, de Fracanzano de Montalboddo, são algumas das obras que nos mostram a imagem que se construiu do Brasil nos primeiros tempos. No vídeo são citados vários autores entre viajantes e ou cronistas estrangeiros como Binot Palmier de Gonneville, Ambrosio Brandão, Gabriel Soares de Souza, Frei Vicente de Salvador, Pero de Magalhães de Gândavo, Hans Staden e outros.

Conhecimento, Opressão, Corrupção: temas de ontem e de hoje

“Os habitantes parecem saber bem pouco acerca dos requintes da vida, passando a maior parte do tempo na mais completa indolência e lendo pouquíssimos livros, pois o conhecimento não está no rol de suas preocupações. É política assente do governo manter o povo na ignorância, já que isso o faz aceitar com mais docilidade as arbitrariedades do poder.

[…] a educação em geral [inspira] num povo uma altivez de pensamento muito hostil a qualquer modo de opressão.

[…]

A corrupção no estado é, invariavelmente, seguida pela corrupção do povo. A maioria dos habitantes daqui é movida muito mais pelo medo do que pelo sentimento de Mulheres Viajantes no Brasil (1764-1820)honra; e quanto maior a dificuldade que encontram para obter justiça, maior a sua inclinação à astúcia e à desonestidade”.

Carta da viajante inglesa Jemima Kindersley, de São Salvador da Bahia, em agosto de 1764. Publicada em FRANÇA, Jean Marcel Carvalho. Mulheres viajantes no Brasil (1764-1820). Rio de Janeiro: José Olympio, 2008. p. 45-46

O Uso Indígena do Tabaco

‘Esta que “é uma das delícias, e mimos desta terra…”: o uso indígena do tabaco (N. rustica e N. tabacum) nos relatos de cronistas, viajantes e filósofos naturais dos séculos XVI e XVII Christian Fausto Moraes dos Santos’ é o título completo do artigo de Fabiano Bracht e Gisele Cristina da Conceição publicada na Revista Topoi, janeiro a junho 2013.

RESUMO
“O tabaco (Nicotiana sp.) foi um dos elementos botânicos do Novo Mundo que mais aguçaram a curiosidade de diversos viajantes, eruditos, médicos e filósofos naturais em ambos os lados do Atlântico. As plantas do gênero Nicotiana rapidamente ganharam notoriedade entre homens de letras. O hiato entre as primeiras descrições sobre os diversos predicados do tabaco e sua introdução na Europa foi consideravelmente curto. É provável que os rumores a respeito das propriedades das plantas de Nicotiana tenham chegado à Europa concomitantemente às primeiras folhas ou sementes. Muitos destes relatos incluíam informações a respeito de seu uso pelos povos indígenas. Sua relevância, em meio aos ameríndios, suscitou nos europeus, mesmo com todas as barreiras culturais, um considerável interesse por suas possíveis aplicações e uma irresistível disposição em justificar seu uso.”

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Artigo sobre a viagem de Spix e Martius ao Brasil

De Kalina Vanderlei Silva, publicado na Revista Eletrônica do Tempo Presente, trata-se de interessante texto sobre a obra destes viajantes alemães.

“Em 1831 era publicado, em Munique, o terceiro e último volume de Reise in Brasilien auf Befehl Sr. Majestät Maximilian Joseph I, Königs von Baiern in den Jahren 1817-1820, dos naturalistas bávaros Johann Baptiste von Spix e Karl Friedrich von Martius. Uma obra que ficaria conhecida no Brasil como Viagem pelo Brasil entre os Anos de 1817 e 1820, e que, desde que foi traduzida pela primeira vez para português em 1938, tem servido de fonte para incontáveis estudos e historiadores.”

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O Caminho Novo sob a perspectiva dos viajantes do século XIX

O Caminho Novo sob a perspectiva dos viajantes do século XIX foi o tema da comunicação de Edna Resende no IV Encontro de Pesquisadores do Caminho Novo.

Profissões, atividades produtivas e posse de escravos em Vila Rica ao alvorecer do século XVIII

Artigo de Francisco Vidal Luna e Iraci del Nero da Costa
“Parece-nos necessário, antes de abordarmos o tema em foco, esboçar o perfil de Vila Rica, como se revelava no início do século XIX. Para tanto, servir-nos-emos das crônicas de quatro viajantes europeus: Auguste de Saint-Hilaire (visitou-a em dezembro de 1816); John Mawe (ali esteve por volta de 1809); João Maurício Rugendas (a conheceu nos primeiros anos do segundo quartel do século XIX); e, finalmente, W. L. Eschwege (chegou a Minas em 1811, residiu por vários anos em Vila Rica e a deixou em abril de 1821 para encetar viagem de retorno à Europa).”

Texto disponível em:
ar19.pdf (objeto application/pdf)