147 – Imigrantes Italianos em Leopoldina – Escolas e escolaridade

O Trem de História de hoje vai transitar pelos caminhos trilhados por muitos descendentes dos imigrantes: – a Escola.

Vale lembrar que no início dos estudos sobre os imigrantes foi surpreendente encontrar indicadores de que muitos deles se preocupavam em não deixar seus filhos sem escolarização. E foi a partir daí que se buscou, então, conhecer o panorama da época quanto à educação formal para entender melhor esta questão e descobriu-se o que se segue.

Em Minas Gerais, até 1906, quatro anos antes da criação da Colônia Agrícola da Constança, persistia o sistema vigente no Império[1], em que o ensino era baseado nas chamadas salas de “aulas públicas” que ficavam a cargo de um único profissional cujo ofício era ensinar “as primeiras letras” e “as quatro contas” a alunos dos diversos níveis. Salas que eram ditas públicas, mas que muitas vezes cobravam mensalidade dos alunos.

A partir de 1906[2] o governo mineiro tomou a decisão de reunir estas salas no que se convencionou chamar de “Grupo Escolar”, onde os alunos passaram a ser alocados conforme seus níveis de conhecimento.

Análise realizada em registros da Escola Distrital de Tebas[3], entre 1896 e 1900, indica o funcionamento de uma sala de “aulas públicas” para o sexo masculino, a cargo do professor João Alves de Souza. Nesse período, ali estiveram matriculadas algumas crianças das famílias Bertoldi, Malacchini e Meneghetti. Esta informação tornou-se importante para a análise de entrevistas, permitindo questionar a generalizada ideia de que os italianos não eram alfabetizados e não matriculavam seus filhos em nossas escolas.

Outra fonte de análise foram os requerimentos de Registro de Estrangeiros[4] de 1942 encontrados no Arquivo Nacional do Rio de Janeiro e alguns que faziam parte do acervo do Espaço dos Anjos, em Leopoldina. Estes documentos permitiram reunir informações sobre 157 imigrantes que viveram na cidade. Verificou-se que 44% declaram-se incapazes de ler e assinar o requerimento. Entretanto, entre estes estavam alguns que haviam perdido a visão, como é o caso de Maria Zanetti, esposa de Giovanni Lupatini e, Luigi Maimeri, casado com Carolina Rancan.

A partir destas informações pode-se então concluir que a maioria era alfabetizada. Além disso, informes sobre a frequência escolar dos imigrantes, anteriores à passagem ao Brasil, dão conta de que um número grande deles estudou em sua terra natal.

É sabido que as crianças de oito famílias pesquisadas, todas maiores de 7 anos de idade, foram alunas de escolas paroquiais na Itália. Isto é, já chegaram alfabetizadas ao Brasil.

Segundo um pesquisador italiano que colaborou com dados de famílias procedentes de Padova e Venezia, no final do século XIX as crianças italianas, mesmo as residentes em áreas rurais, aprendiam a ler e a escrever na escola paroquial ou nas salas destinadas pelas associações de trabalhadores para a educação formal delas. Esta opinião encontra suporte nas palavras de Emilia Franzina[5] quando declara que, no fim do século XIX, em quase todas as famílias camponesas encontravam-se pessoas alfabetizadas.

Pelas cartas pessoais fornecidas por alguns descendentes, constata-se que os textos escritos por eles eram perfeitamente legíveis. E, muitas vezes, apenas misturavam na mesma frase algumas palavras da língua portuguesa com uma ou outra da língua natal.

Por outro lado, é bom ressaltar que o discurso do Presidente da Província de Minas Gerais, de 1898, informa que a Lei nº 150, de 20.06.1896, autorizava a “concessão de favores aos particulares” que quisessem fundar, em suas propriedades, núcleos coloniais. E colocava como condição o fornecimento ao colono de uma casa, terreno para cultivo de subsistência e instrução gratuita para os filhos.

Neste discurso, o então Presidente abordou a necessidade de se ensinar a língua portuguesa para os filhos dos imigrantes, ombreando com a prática dos governos estrangeiros que procuravam perpetuar entre eles o idioma da pátria de seus pais.

Nesta mesma linha de preocupação também estava Rodolpho Miranda[6] que declarou, em relatório de 1910, estar empenhado em prover todos os núcleos coloniais de

“escolas dotadas de material pedagogico moderno, funccionando em predios que reunam condições de capacidade e de higiene e servidas por professores capazes, dedicados ao magisterio e podendo exercel-o com methodo e proficiência”.

Em Minas Gerais, ficou determinado que não haveria frequência obrigatória nem seria exigido que os colonos matriculassem seus filhos. Entretanto, foi ressaltada a necessidade de oferecer os meios possíveis para que as crianças aprendessem o português, independente de continuarem usando a língua de seus pais.

Dentro da Colônia Agrícola da Constança funcionavam, em 1918, duas salas de aulas de primeiras letras. Uma na sede da Colônia, na Boa Sorte, e outra junto à sede da antiga Fazenda Constança. Na fazenda Paraíso, vizinha da Constança, a escola começou a funcionar antes de 1920 e, na época, alguns empregados vinham procurando emprego em outros lugares exatamente porque “os filhos precisavam estudar”.

Termina aqui a viagem de hoje. *** Mas não sem antes repetir o lembrete de que em 17 de maio de 2020 acontecerá o Encontro de Descendentes dos Imigrantes de Leopoldina, para o qual todos estão convidados.*** No próximo Trem de História ainda virão outros assuntos relativos aos imigrantes italianos. Até lá.


[1] ALMEIDA, José Ricardo Pires de. Instrução Pública no Brasil 1500-1889 História e Legislação. São Paulo: Educ, 2000.

[2] Relatório da Presidência da Província de Minas Gerais, 1908. Disponível em <http://www.crl.edu/content/

brazil/mina.htm> Acesso em 23 mar 1999.

[3] Livro de Matrículas da Escola Distrital de Tebas, 1896, Arquivo da Câmara Municipal de Leopoldina.

[4] Instituído pelo Decreto 3010 de 1938, determinava a obrigatoriedade de todo estrangeiro, residente em território nacional, comparecer a uma Delegacia de Polícia para prestar informações pessoais.

[5] FRANZINA, Emilio. A Grande Emigração: o êxodo dos italianos do Veneto para o Brasil. Campinas: Unicamp, 2006. p. 342

[6] Relatório do Ministro da Agricultura Rodolpho Nogueira da Rocha Miranda, 1909-1910 – Volume 1 p. 48

 Luja Machado e Nilza Cantoni – Membros da ALLA

Publicado na edição 400 no jornal Leopoldinense de 16 de março de 2020

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17/03/2020: em virtude da pandemia de coronavírus, foram suspensos os preparativos para o ENCONTRO DE DESCENDENTES DOS IMIGRANTES DE LEOPOLDINA que seria realizado no próximo dia 17 de maio de 2020. Nova data será oportunamente informada.

Grupo Escolar Coronel Vieira: Um século de história

O “Grupo Escolar de Cataguazes”, criado pelo Decreto Estadual 3.723, de 08 de outubro de 1912, foi inaugurado em 24 de fevereiro de 1913, pelo Agente Executivo e Presidente da Câmara Municipal, Cel. João Duarte Ferreira, e pelo Deputado Federal Astolfo Dutra, sendo Governador do Estado o Dr. Júlio Bueno Brandão.

Grupo Escolar de CataguazesFoto de Gines Gea Ribera, sem data, acervo do Arquivo Público Mineiro

Para compreender a sua importância para Cataguases, valemo-nos do Relatório do Inspetor Técnico da 16ª Circunscrição Literária, Major Estevam de Oliveira, apresentado ao Secretário de Interior, em 31 de janeiro 1907, que informava estar a administração municipal empenhada na fundação de um grupo escolar e revelava as precárias condições do ensino primário das escolas estaduais da cidade, ministrado em salas inadequadas, classes multisseriadas, ou seja, salas com até quatro séries, além de mobiliário, métodos e materiais didáticos impróprios. Com professores bem avaliados, eram assim instaladas:

1-   Escola Feminina, que funcionava na própria casa da professora, normalista Etelvina Soares de Azevedo;

2-   Primeira Cadeira Feminina, sob a regência da normalista Maria de Assis Coelho, que funcionava na sala de um prédio público;

3-   Escola Mista, que funcionava em sala alugada e paga pela própria professora, normalista Honorina Ventania, a ela pertencendo o mobiliário utilizado;

4-   Escola Masculina, que também funcionava em sala alugada e mantida pela professora, normalista Cecília Coelho;

5-   Segunda Cadeira Masculina, que funcionava na sala de um prédio público, regida pelo professor Clodoveu Henrique de Oliveira.

O estado mineiro já experimentava os primeiros efeitos da “Reforma João Pinheiro”, aprovada pela Lei 439, de 28 de setembro de 1906, no governo de João Pinheiro da Silva, que visava a reorganização dos ensinos primário, normal e superior em Minas Gerais, seguindo uma tendência nacional. Os grupos escolares se constituíam em um dos destaques desta reforma, que modernizou o sistema educacional mineiro ao concentrar os alunos num mesmo prédio escolar, distribuídos em salas específicas para cada série. Dentre as alterações promovidas pela mencionada reforma, vale destacar o ensino primário gratuito e obrigatório, a reestruturação dos programas de ensino e a inspeção centralizada.

Para alguns estudiosos, a criação dos grupos escolares constituiu a expressão da política educacional republicana, cultuando os símbolos, valores e a pedagogia moral e cívica deste regime político.

Entretanto, somente quatro anos após a sua aprovação, esta reforma chegou a Cataguases. Em 1910, o Cel. João Duarte Ferreira iniciou os entendimentos com o governo estadual visando à criação do grupo e a escolha do local para a sua construção. Autorizado pela Câmara, contraiu um empréstimo junto ao Estado para a realização de várias obras, inclusive a construção do grupo, como previa a Lei Municipal 233, de 24 de julho de 1911:

Art.5º- Fica o Agente Executivo Municipal igualmente autorizado:

c) a construir um edifício para o grupo escolar n’esta cidade em terrenos da Câmara Municipal, nos fundos das casas pertencentes a D. Amália Camacho, D. Honorina Ventania e irmãos, ficando desde já decretada a despropriação das benfeitorias que aquelas proprietárias tem no referido local, na área necessária para construcção do edifício e suas dependencias, de acôrdo com a respectiva planta que fica expressamente aprovada.

De imediato, tiveram início as obras de aterro e desaterro e, em 7 de setembro do mesmo ano, numa concorrida solenidade presidida pelo Cel. João Duarte, tendo como orador oficial o Dr. Astolfo Dutra, foi lançada a pedra fundamental com uma urna contendo jornais, moedas e outros objetos para guardar a memória da época, além da ata assinada pelas autoridades. Das mãos de José Pereira Louro, o mestre de obras encarregado da construção do prédio, o Agente Executivo recebeu a colher de pedreiro com a argamassa para lacrar a referida urna.

Em carta aberta ao Agente Executivo, o professor Eurico Ferreira da Cunha Rabelo, futuro Diretor do grupo, reivindicava uma alteração na planta oficial do prédio, fornecida pelo Estado, para incluir a construção de um andar superior para o salão nobre, destinado às solenidades cívicas escolares, não tendo sido atendido.

A obra despertava a curiosidade e os comentários populares: alguns a elogiavam, outros criticavam o local escolhido e havia, ainda, os que diziam que aqueles alicerces não aguentariam o peso de uma “lágrima de mosquito”.

A conclusão da obra se deu em novembro de 1912, sendo o grupo o primeiro prédio da Avenida João Duarte, conforme noticiou o jornal Cataguases, em sua edição de 15 de novembro do mencionado ano.

No início de fevereiro de 1913, quando já haviam 697 alunos matriculados, foi realizada uma exposição com os uniformes a serem adotados na escola, inovação que provocou algumas reações contrárias, mesmo com a campanha empreendida pelo Diretor Eurico Rabello para doá-los aos alunos pobres.

Numa pomposa solenidade de inauguração, a Banda “Sete de Setembro”, que precedera o cortejo de autoridades e populares da Câmara até o grupo, abriu a cerimônia mediante a apresentação da ópera “O Guarani”, de Carlos Gomes, executando ainda os Hinos Nacional, da Proclamação da República e de Cataguases. Saudando as autoridades e professores falaram, pelo grupo, os alunos Camilo Nogueira da Gama e Maria Mercês de Souza Lima; pelo Colégio Nossa Senhora do Carmo, Maria da Conceição Macedo, e pelo Colégio Granbery, Custódio da Silva.

Os festejos foram filmados por João Stamato, técnico da Companhia Internacional Cinematográfica do Rio de Janeiro, que produziu a fita “Cataguazes”, contratado pelo italiano Paschoal Ciodaro, aqui residente, então arrendatário do Cinema Recreio, pertencente ao Cel. João Duarte. O filme mostrava também a ginástica sueca pelos alunos do grupo, vistas das ruas, praças e prédios da cidade, além de uma viagem à Usina Maurício e foi exibido com enorme sucesso no mês seguinte.

Os esforços para localizar este filme, dividido em três partes de 400m cada uma, foram infrutíferos até agora.

Na inauguração, o grupo já havia recebido as carteiras, fornecidas pelo Estado, e parte do mobiliário que fora fabricado aqui mesmo, em Cataguases, pela firma “Lopes, Irmão & Guedes”. Contava ainda com a sua Caixa Escolar organizada, cujo objetivo era angariar recursos para atender aos alunos pobres.

Em 21 de abril de 1913, como instrumento de educação moral e cívica, foi fundada a “República Escolar Tiradentes”, presidida por um aluno-cidadão que escolhia seus ministros, cujas pastas tinham atribuições que iam dos cuidados com o prédio ao arquivamento de documentos. A República era composta de dez salas-estado, cada uma com seu respectivo presidente, empossados no mesmo dia. O primeiro presidente desta instituição foi o aluno Camilo Nogueira da Gama que, anos depois, exerceria os mandatos de vereador, deputado federal e senador. – Teria sido influência da atividade escolar?

Os primeiros exames para aprovação de alunos foram realizados em novembro de 1913, aplicados pelo Inspetor Escolar, Dr. Joaquim Figueira da Costa Cruz, pelo Diretor Eurico Rabelo e pelas Professoras Etelvina Soares Azevedo, Doraliza de Salles Ferreira, Ana Ferreira dos Santos, Eponina Dutra e Nair Pinto.

As dez salas, todas mistas, em funcionamento no ano de 1916, com turnos de manhã e de tarde, ainda sob a direção do professor Eurico Rabelo, estavam a cargo das professoras Ana Ferreira dos Santos, Cecília Juliana Coelho, Doraliza de Salles Ferreira, Emília Pio, Eponina Dutra, Flávia Fernandes, Honorina Ventania, Judith Azevedo, Maria de Medeiros Castanheira e Rosa Tavares Baião. Os outros dois funcionários eram o porteiro, José Antônio Theodoro, conhecido como “Zé do Grupo”, e a servente Luiza do Valle Salles.

O grupo recebeu a nova denominação de “Coronel Vieira” por ocasião da visita a Cataguases do então Presidente do Estado, Antônio Carlos Ribeiro de Andrada, que aqui assinou o Decreto 8.890, de 23 de novembro de 1928, homenageando o Coronel José Vieira de Resende e Silva, um dos fundadores do município.

Hoje, funcionando no mesmo prédio, em dois turnos, sob a denominação de “Escola Estadual Coronel Vieira”, o grupo conta com 630 alunos distribuídos nas 25 turmas do 1º ao 5º ano do Ensino Fundamental, duas turmas do Projeto Escola de Tempo Integral e duas turmas de Educação Inclusiva. Tem como Diretora Gleidis Peixoto Furtado, Vice Diretora, Maria do Carmo Silveira de Paula, e Secretária, Elizabete Ramalho Procópio. A supervisão está a cargo de Rosa Maria Chedid Ventura e Andrea Coelho de Rezende. A escola conta ainda com uma equipe de 50 funcionários, aproximadamente, entre professores e servidores administrativos.

Para conhecimento e orgulho das futuras gerações, a rica história do grupo merece o esforço de seus dirigentes e servidores, alunos e ex-alunos, no sentido de resgatar documentos, tais como livros de atas, provas, fotografias, livros e objetos didáticos que registram este século de funcionamento.

Cataguases, fevereiro de 2013.

Maria Joana Neto Capella – Pesquisadora

Dilson Martins de Freitas – Colaborador


Fontes consultadas:

1- Araujo, José Carlos Souza: Os grupos escolares em Minas Gerais: a Reforma João Pinheiro (1906)

2- Cataguases, Órgão Oficial do município de Cataguases, 1907 a 1913.

3- Legislação Mineira, Assembéia Legislativa de Minas Gerais

4- Brasil, Hélio: O Solar da Fazenda Rochedo e Cataguases (pesquisas e notas de José Rezende Reis)

5- Capri, Roberto: Minas Gerais e seus municípios, 1916

6- Livro de Atas da Caixa Escolar, 1913 a 1943, Escola Estadual Cel. Vieira.

7- Livro de atas de exames do Grupo Escolar, 1913 a 1928, Escola Estadual Cel. Vieira.

O primeiro Grupo Escolar de Leopoldina

Em 1906, com a reunião das “aulas públicas” em um grupo, surgiu o primeiro Grupo Escolar de Leopoldina. Funcionava em um casarão situado na esquina formada pela Rua Sete de Setembro e a parte baixa da Rua Tiradentes na atual Praça Gama Cerqueira. Em 1914 o poeta Augusto dos Anjos foi nomeado seu diretor, transferindo residência para Leopoldina onde faleceu meses depois, em novembro de 1914. A escola tinha recebido o nome de Grupo Escolar Ribeiro Junqueira, instituição sobre a qual escreveu CAPRI, Roberto. Minas Gerais e seus Municípios. São Paulo: Pocai Weiss & Cia,, 1916 p. 237-262

"O Grupo Escolar “Ribeiro Junqueira”, funccionando em duas turmas e com 8 cadeiras. O turno da manhã é frequentado por meninos, e o da tarde por meninas. A matricula do corrente ano (1916) é de 482 alumnos, sendo 255 do sexo masculino e 225 do feminino, com a frequencia média annual é de 320 alumnos. É seu director o Prof. José Barroso Lintz. No Grupo existe uma Caixa Escolar, cujo presidente é o Dr. Custodio Junqueira, para o fornecimento de roupas e merendas aos alumnos pobres."
Grupo de Aulas Públicas reunidas em prédio na esquina da atual Praça Gama Cerqueira formada pelas ruas Sete de Setembro e Tiradentes parte baixa. Imagem de 1916 do livro Minas Gerais e seus Municípios.
Grupo Escolar Ribeiro Junqueira em foto da década de 1920. Acervo Espaço dos Anjos de Luiz Raphael.

Por volta de 1920 a família Ribeiro Junqueira vendeu um terreno para o poder público que contratou a Companhia Zona da Mata, de propriedade da família, para a construção de um prédio para o Grupo Escolar, na confluência entre as atuais ruas José Peres e Gabriel Andrade Junqueira.

Grupo Escolar Ribeiro Junqueira visto da Casa de Caridade. Acervo Foto Jarbas.

 

Grupo Escolar Ribeiro Junqueira. Acervo Espaço dos Anjos, de Luiz Raphael.
O prédio do Grupo Escolar em postal vendido em banca de jornal na década de 1960.
Em 1956, alunos do Ginásio Leopoldinense visitam a escola que então já era conhecida como Grupo Velho, em função da inauguração do Grupo Escolar Botelho Reis, então Grupo Novo, naquela década. Acervo de José do Carmo Rodrigues.
Alunos do Grupo Escolar Ribeiro Junqueira em 1958 ou 59.

  

As últimas imagens acima são de 2004, de uma escola quase nonagenária. Para escrever esta postagem foram consultados os saudosos José do Carmo Rodrigues e Jairo Salgado Filho, além da imprensa periódica das duas primeiras décadas do século XX e um Livro Caixa da Prefeitura Municipal de Leopoldina.