“Ontem eu recebi das mãos do Luiz Otavio Meneghite o Jornal 100 anos da colônia Constancia que faz parte da comemoração do aniversario da colônia e os 130 anos da imigração italiana em Leopoldina. À noite atendendo um pedido do setor da Cultura da Prefeitura fui até a capela de Santo Antonio de Pádua no Bairro da Onça onde apresentei o evento comemorativo. Queria de público parabenizar os lutadores da causa Nilza Cantoni e José Luiz Machado, os moradores da área e descendentes italianos, as pessoas que direta ou indiretamente ajudaram nesta realização e que essa festa se torne parte das comemorações da cidade. Estiveram presentes o Prefeito Municipal Bené Guedes, a secretária de Educação e Cultura Lucia Horta, o Secretário de Lazer e Esportes, Gilberto Tony, a vereadora Lurdes Beatriz (Tizinha) e o vereador Daniel Wereck, os secretários do Desenvolvimento Econômico Carlos Heleno, da Habitação, Darcy Resende, da Assistência Social, Valéria Bennati, de Governo, Sérgio Lupatini, a chefe de incentivo a cultura, Rosangela Moreira, a chefe de Ação Cultural, Zazaia Rezende Pacheco, o presidente da Unimed e APAE, Marco Antonio Lacerda, o presidente do Asilo, Oswaldo Vilas, o presidente da ALA, Ronald Alvim e várias outras pessoas ligadas à comunidade e a cidade. O evento teve inicio com a interpretação do Hino da Itália feita por Rayana Talarico da Silva Lingordo, descendente de italianos, logo a seguir o hino nacional e de Leopoldina sendo executado pela Banda Princesa Leopoldina e a palavra dos historiadores José Luiz Machado e Nilza Cantoni que falaram como começou o trabalho de pesquisa, Nilza chegou a se emocionar ao contar como se deu o início. Depois a palavra das autoridades. A Banda Princesa Leopoldina fez execuções de vários números musicais e a seguir o grupo Assum Preto se apresentou dançando a Tarantela sozinhos e depois com várias pessoas presentes e encerrando a noite de ontem o Coral Encanto apresentou vários números com músicas italianas. Durante a movimentação havia um livro de registro de presenças na barraca do GLN que está com uma edição especial sobre os 100 anos da Colônia Constância e que inclusive está à venda nas bancas de Leopoldina. Na escola da comunidade alguns nomes de descendentes, cerca de 430 nomes, que foram pesquisados por alunos de escolas públicas de Leopoldina. Hoje a festa terá inicio daqui a pouco com o desfile de carros antigos até a comunidade, depois a apresentação da Lira Primeiro de maio, a missa às 11 horas na Capela de Santo Antonio de Pádua, a seguir um leilão e ainda um almoço típico italiano por adesão. O Tileoni que tem um programa na Rede Bandeirantes Minas estará hoje gravando alguns flashes da festa e entrevistando pessoas, inclusive do paraglider e estará passando no próximo sábado ás 9.30 da manhã.”
Etiqueta: Imigração
Movimento de entrada de estrangeiros num país.
A Cobertura do Evento pelo jornal Leopoldinense
Brasões, Ascendência e Descendência
1 – Eu tenho descendência italiana.
2 – Estou procurando o brasão de minha família.
Ascendência – Parentesco com os pais e outros antepassados.
Descendência – Série de indivíduos provenientes do mesmo progenitor.
Quanto à segunda colocação, é preciso, antes de mais nada, entender o que é um brasão. Não somos especialistas em heráldica e, portanto, daremos apenas informações básicas.
Um Brasão de Armas é um desenho criado de acordo com as normas heráldicas para identificar famílias, cidades, países etc. Na Idade Média estes desenhos eram usados nos escudos dos cavaleiros que iam à guerra, em alguma parte do vestuário ou na bandeira que eles carregavam. Por terem sido usados no vestuário de proteção usado pelos guerreiros, vestuário que tinha o nome de cotas, os brasões são também denominados Cotas de Armas. Quando apresentado no escudo, recebe o nome de Escudo de Armas.
Os brasões não eram concedidos ao acaso. Em alguns filmes sobre a Idade Média pode-se observar a cerimônia em que um chefe de clã entrega o Escudo de Armas a um guerreiro que irá usá-lo nas lutas de defesa da propriedade ou de alguma outra questão. Neste caso, o brasão tem por objetivo identificar a que “exército” pertence o guerreiro e não a que família ele pertence. O mesmo ocorre quando um guerreiro, ao voltar das lutas, recebe do Senhor das Terras que defendeu a insígnia que identifica aquele burgo. É uma homenagem que se assemelha, de certa forma, às medalhas que são concedidas aos combatentes das guerras atuais.
Com o passar do tempo, os brasões passaram a significar o status das pessoas a quem eram conferidos. Para alguns heraldistas, vem daí a prática de mandar desenhar Brasões de Armas para concedê-los àqueles que se destacavam por atos de coragem. Desta prática surgiu a Carta de Brasão de Armas, ou CBA, que identificava o beneficiado e também o uso a que se destinava. Portanto, nem todo usuário de um sobrenome localizado num documento heráldico tem o direito de usar o brasão e as armas ali descritas. Há todo um sistema de transmissão que não se resume ao uso do sobrenome. Por exemplo: em determinado tempo e lugar o uso do Brasão de Armas poderia ser transmitido aos filhos do sexo masculino ou somente para o filho mais velho.
Mais adiante o Brasão de Armas tornou-se o distintivo das famílias nobres, identificando seu grau social, e só poderia ser transmitido aos descendentes diretos. Neste caso, se o brasão foi concedido a uma pessoa, só os descendentes daquele personagem podem utilizá-lo, sendo vedado aos sobrinhos, irmãos ou outros familiares de mesmo sobrenome.
No século XIX, quando a aristocracia deu lugar à burguesia, o prestígio do brasão entrou em declínio. No século XX voltou a ter importância como designativo de municípios, instituições e estados.
Hoje é relativamente fácil encontrar falsos brasões à venda. A maioria não é considerada verdadeira por desobedecer às normas da heráldica, que é a arte que norteia sua produção.
Se você está em busca de um brasão de família, pesquise sua linhagem até encontrar o personagem de sua ascendência a quem tenha sido concedido um Brasão de Armas ou que o tenha mandado desenhar. Estude as condições da concessão e da transmissão. Ou contrate um heraldista para desenhar o símbolo que identificará você, seus filhos e netos, se assim o desejar.
Nos tempos atuais, é comum que se mande desenhar um logotipo para identificar uma instituição ou empresa. Em seguida faz-se o registro para evitar o uso indevido. Guardadas as devidas proporções, o mesmo se dava com os Brasões de Armas.
Projeto Conhecendo suas Raízes
Encontro de Historiadores pelo Dia Nacional do Imigrante Italiano



Participaram: Julio Cesar Vanni, de Pequeri; Rosalina Pinto Moreira, de Astolfo Dutra; Joana Capella, de Cataguases; Luja Machado e Nilza Cantoni. Após o programa, um almoço em Piacatuba encerrou o Encontro.
Historiadores comemoram o Dia Nacional do Imigrante Italiano
– Júlio César Vanni, com diversos livros publicados sobre a imigração italiana, especialmente em sua cidade natal, Pequeri;– Rosalina Pinto Moreira, autora de Imigrantes… Reverência!, sobre a Colônia Santa Maria de Astolfo Dutra;– Joana Capella, autora de Exma. Família Abritta sobre seus antepassados italianos e pesquisadora da Colônia Major Vieira, de Cataguases;– Luja Machado e Nilza Cantoni, pesquisadores da Colônia Agrícola da Constança, de Leopoldina.
Dia do Imigrante Italiano
Será no próximo sábado, dia 20, no programa Faz da Rádio Jornal, das 10 ao meio dia, a homenagem ao Imigrante Italiano.
O programa da Rádio Jornal AM 1560 pode ser acompanhado também pela internet.
Imigração para Colonização
“Quem estudar acuradamente o quatriennio-Bias Fortes verificará, sem esforço, a infecundidade, a inanidade desse periodo governamental. Em materia de economia politica o que elle fez de mais notavel foi supprimir o serviço de immigração, aliás dispendiosissimo e oneroso aos cofres estaduaes, sem cogitar da colonização[…]”
21 de Fevereiro – Dia Nacional do Imigrante Italiano
A Lei federal nº 11.687, de 02.06.2008, instituiu o dia 21 de Fevereiro como data nacional para lembrar a imigração italiana. Parece que não estão dando muita atenção para esta lei em Leopoldina.
Júlio Vanni, jornalista, historiador de Pequeri-MG onde foi Prefeito, ex aluno do Ginásio Leopoldinense, com diversos livros publicados sobre a imigração italiana e um dos artífices da festa anual realizada naquela cidade em homenagem aos imigrantes que ali viveram.
Rosalina Pinto Moreira, professora, historiadora, autora de Imigrantes… Reverência, sobre a Colônia Santa Maria, da cidade de Astolfo Dutra, atualmente concluindo outra obra sobre a história do município.
Luja Machado e Nilza Cantoni, historiadores, membros da Academia Leopoldinense de Letras e Artes, autores de coluna sobre a Colônia Agrícola da Constança no jornal Leopoldinense.
Convidamos a todos para ouvirem o programa da Rádio Jornal AM 1560, que pode ser acompanhado pela internet.
Imigrantes Italianos e a Cidade
“A primeira riqueza da Itália são as suas cidades”, declara Cléia Schiavo Weyrauch no início do texto Os italianos, a cidade e a expansão do Rio de Janeiro, publicado no livro Travessias Brasil-Itália, editora da Uerj, 2007.
A leitura deste texto nos faz refletir sobre a grande mobilidade dos imigrantes italianos que viveram em Leopoldina no final do século XIX. Isto porque, na medida em que o desenvolve, a autora ressalta a profunda relação que eles mantinham com as áreas urbanas, mesmo que tenham vivido em áreas agrícolas na terra natal.
Referindo-se ao clássico Do Outro Lado do Atlântico, de Angelo Trento, Weyrauch acrescenta:
“Nos grotões, nos bairros distantes e nos próximos – enfim, em todas as partes da cidade – por onde passassem os italianos, eles organizavam o espaço público tendo a rua como metáfora de um lugar de convivência e enriquecimento em todos os níveis.”
Possivelmente aí está uma boa definição para o movimento que fez com que os imigrantes, instalados na Colônia Agrícola da Constança ou em outras regiões do município, buscassem organizar um espaço público de convivência ou cedo se transferissem para a área urbana.