Albertino e Maria Rosa

No início deste mês de março chegou-nos o pedido abaixo, de Lilian Sapucahy.

Olá todos do site! Estou começando a rastrear minhas raízes leopoldinenses... Localizei no arquivo acima o casamento de meus bisavós (Albertino X Maria Rosa). Não tenho nenhum nome da geração anterior (mães e pais de Albertino e Maria). Acredito que poderia achar essa informação no registro de BATISMO dos meus avós... Onde teria acesso a esse documento?

Este é o arquivo ao qual a Lilian se referiu e a partir do qual foi possível encontrar algumas informações adicionais.

O assento de matrimônio original não existe mais, pois na década de 1920 o Padre Aristides fez a transcrição e descartou o livro. Há muitas inconsistências nas transcrições e, portanto, é sempre interessante procurar outras fontes que possam confirmar ou corrigir os nomes.

Segundo o assento que se encontra na folha 355 do livro 5 de Matrimônios, sob o termo 2 consta que a cerimônia foi realizada no dia 6 de fevereiro de 1915, pelo Padre Julio Fiorentini.  O noivo Albertino José da Silva é citado como filho de Francelino Hipolito da Silva e de Maria Rosa da Conceição.

É do mesmo padre a transcrição do batismo de Olivia, filha de Francelino e Maria Rosa, nascida no dia 12 de abril de 1916, cujo assento se encontra no livro 16 de batismos, folha 30v, termo 203. Os nomes dos pais aparecem grafados da mesma forma no batismo do filho José, nascido no dia 23 de janeiro de 1918, conforme assento encontrado no livro 17 de batismos, folha 20v, termo 70.

Os padrinhos de Olivia foram Francisco Manoel Teixeira e Jacintha de Rezende Cimbron.  Talvez o padrinho fosse o marido de Maria Candida de Jesus, com quem teve os filhos Paulino, Ruy e Heitor entre 1908 e 1915. A madrinha provavelmente foi a açoriana Jacinta de Jesus Cimbron, casada em Leopoldina em 1889 com o também açoriano José de Rezende Mendonça, carpinteiro.

Os padrinhos de José foram José de Rezende Mendonça e Ernestina de Rezende Mendonça. José era o marido de Jacinta acima citada e Ernestina era a filha deles que mais tarde se casou com Nelson de Moraes Lima.

A noiva de Albertino foi identificada com o nome Maria Rosa da Silva, filha de Antonio Ferreira Moura e Virginia Rosa Moura. Os pais de Maria Rosa são mencionados no livro 2 de batismo, folha 162v, termo 1548, como pais de Lídia, nascida no dia 30 de julho de 1886. Foram padrinhos Luiz Augusto Salgado Lima e Maria do Carmo Cruz. Talvez o padrinho fosse Luiz de Salgado Lima, marido de Virginia Angelica da Gama.

Não foi possível identificar as testemunhas do casamento, já que os nomes não aparecem em outras fontes.

Casamentos em Conceição da Boa Vista

Assentos paroquiais pesquisados no livro 1 de matrimônios, 1860-1877, Igreja de Nossa Senhora da Conceição da Boa Vista, atualmente distrito do município de Recreio, MG

Assentos Paroquiais de Matrimônio em Leopoldina

Republicamos postagem de 2009, com o índice entregue à Secretaria Paroquial da Igreja Matriz de Nossa Senhora do Rosário em Leopoldina.

Índice dos assentos paroquiais de casamentos em Leopoldina

Foi entregue à Secretaria Paroquial da Matriz de Nossa Senhora do Rosário, em Leopoldina, um índice para facilitar a localização dos eventos e, também, evitar o manuseio desnecessário dos livros.

O trabalho foi antecedido das seguintes informações:

O objetivo deste trabalho é colocar à disposição da Secretaria Paroquial um instrumento que diminua o manuseio dos mais antigos livros de casamentos, contribuindo para a preservação destes importantes documentos da história de Leopoldina.

O levantamento foi realizado nos livros de matrimônios da Paróquia de São Sebastião do período de 1861 a 1930, sempre contando com o excelente atendimento da secretária Anália.

O livro mais antigo, identificado como “de escravos”, é original e foi dividido em duas seções, sendo a primeira destinada aos casamentos e a outra aos batismos. A primeira, com 100 folhas, não contém somente casamentos entre mancípios. Em muitos, apenas um dos cônjuges era cativo. Há também pequeno número de casamentos entre pessoas livres.

O livro que recebeu da administração do Arquivo Eclesiástico o número 1 é também original, inicia-se em maio de 1877 e contém 396 páginas utilizadas, sendo o último registro de outubro de 1889.

O livro número 2, original, abrange o período de outubro de 1889 a junho de 1898. Foi utilizado até a página 196 verso.

O livro número 3, com 400 páginas, recebeu o acréscimo de um Termo de Abertura assinado pelo Cônego José Ribeiro Leitão no dia 27 de dezembro de 1958. Contém transcrição realizada pelo Padre Aristides de Araújo Porto no ano de 1928, de eventos do período de 1898 a 1908. Por esta divergência de datas conclui-se que houve reorganização do Arquivo na década de 1950.

O livro de número 4, com o último assento aposto na página 379, é também transcrição realizada pelo mesmo padre em 1928, dos assentos relativos aos anos de 1916 a 1923.

O volume de número 5, com 400 páginas, abrange o período de 1908 a 1916. Trata-se igualmente de transcrição de 1928 e inclui vários assentamentos lançados em outros volumes, alguns com datas totalmente diferentes e trocas entre nomes de noivos e pais.

O último volume analisado é o de número 6, é original do período 1924 a 1930 e contém 109 páginas preenchidas.

Um aspecto que se destaca na comparação entre os originais e os transcritos é relativo à grafia de nomes e sobrenomes. Enquanto os primeiros trazem a forma presente em outros documentos relativos às pessoas envolvidas, os outros apresentam adaptação para as normas ortográficas vigentes no momento da transcrição, tornando alguns nomes irreconhecíveis, mormente os estrangeiros.

Supõe-se que o Padre Aristides, além do desgaste físico que a transcrição demandou, tenha passado por intensa dificuldade de leitura dos originais. Foram encontradas algumas anotações do vigário da época dos eventos – o Padre Fiorentini, e comparando-se o conteúdo com o transcrito tornam-se claras as modificações em datas e nomes de pais, padrinhos e noivos.

Ressalte-se, portanto, a necessidade de utilizar este índice considerando as possíveis variações. Para as alterações identificadas na comparação com outros documentos, optou-se por inscrever a forma original entre colchetes. Por exemplo: Luiza Yaja [Luigia Naia].

Nilza Cantoni e Elisabeth Dorigo, maio 2009