Homens sem Paz

Livro de Constantino Ianni, publicado pela Civilização Brasileira em 1972, trata-se de uma segunda edição da obra lançada em 1963 por este filho de imigrantes italianos procedentes de Castellabate, província de Salerno. Foi indicado por um leitor deste blog que vem acompanhado os últimos posts. Agradecemos a indicação e confirmamos que realmente muitas obras citadas pelo autor foram utilizadas em nossos estudos. Ler agora serviu também para avaliarmos nossas conclusões anteriores, já que o especialista em Economia Política aborda muitos aspectos incluídos em nosso trabalho. 

Embora o livro trate mais especificamente da imigração posterior à época de nosso interesse, ressaltamos que o capítulo VII O Homem como Mercadoria nos permitiu confirmar a impressão que nos marcou desde o início da nossa pesquisa. Enquanto a literatura que consultávamos, no início da década de 1990, primava por uma visão romântica da imigração, nascia o desejo de conhecer o outro lado da história, ou seja, o contexto prévio que mencionamos inúmeras vezes.

Independente de concordarmos ou não com a integralidade do que escreveu Ianni, foi muito bom saber sobre os “riachos de ouro” que se transformaram em “ribeirão”, subtítulo Os Riachos de Ouro no citado capítulo. Não conhecemos os Annali e a opinião de Corbino, referida pelo autor. De todo modo, se a economia dos emigrados sustentou o desenvolvimento econômico da Itália, é mais um motivo para reverenciarmos aqueles valentes colonos que cruzaram o oceano para vir construir ou readaptar tantas cidades brasileiras, como é o caso de Leopoldina.

3 opiniões sobre “Homens sem Paz”

  1. Ele foi casado com a meia irmã de meu pai. Não tive praticamente contato com ele, mas os visitamos, quando eles moraram algum tempo em Ubatuba, por causa da saúde dele. Tio Constantino era irmão mais velho do sociólogo Octávio Ianni.

    Gostar

  2. Pois é, Angeline, gostei mt da indicação do leitor. Acho que obras assim são pouco conhecidas e os leigos permanecem com aquela visão romântica da imigração. Creio que divulgar nossos trabalhos possa contribuir para um melhor entendimento da questão.

    Gostar

  3. Apesar de não poder incluir em minha lista no momento essa obra, parece se tratar de um ótimo trabalho, p uma avaliação não romântica do contexto da emigração italiana. Os emigrados q procuro e o tempo é relacionado à primeira metade do século XIX e início da segunda.

    Gostar

Deixe uma resposta para Maria Beatriz de Carvalho Galvão Cancelar resposta