Nos estudos sobre os antigos habitantes de Leopoldina, foram consultados os livros de Atas de Eleições que incluem as Qualificações de Eleitores ou Atas de Alistamento. No caso do atual município de Argirita, elas foram encontradas no Livro de Atas de Eleições de Bom Jesus do Rio Pardo, códice 25, que abrange o período de 1862 a 1874 e pertence ao acervo da Câmara Municipal de Leopoldina. É uma fonte interessante para saber quem eram os homens brancos, livres, maiores de 24 anos, com renda anual que lhes desse o direito de votar e, se de renda superior, o direito também de serem votados. Muitos daqueles nomes já constavam da Lista Geral de Votantes de São João Nepomuceno, códice PP 11 caixa 43, cujo pacote 09 se refere ao então distrito de Bom Jesus do Rio Pardo e que está no Arquivo Público Mineiro.
Não se pretende, aqui, discutir o sistema eleitoral vigente no Brasil ao tempo do Império. O objetivo é apenas usar um de seus instrumentos de controle para reunir os nomes dos cidadãos nele inscritos. Ressalte-se que a ortografia dos nomes é a constante nas fontes consultadas.
Importante esclarecer que a coluna Nascimento indica o ano estimado segundo a idade constante nas atas consultadas. Já a coluna Localização traz a informação encontrada nas atas de 1862 a 1864, as únicas a mencionarem o local de moradia do eleitor. A indicação “Dores” seguida de um numeral ordinal significa que o eleitor residia em território que em 1856 passou a constituir o distrito de Dores do Monte Alegre, então pertencente ao município de Leopoldina, atualmente denominado Taruaçu e pertencente a São João Nepomuceno. O numeral se refere ao quarteirão de Dores do Monte Alegre na época.
A transcrição destes dados tem por objetivo auxiliar outros pesquisadores que não tenham oportunidade de ir a Leopoldina consultar os livros do século XIX que não estão disponíveis para acesso à distância.
Nota: este material foi produzido em 2001, atualizado e republicado em março de 2021.