Segundo esta notícia, a partir de 1868 Leopoldina teve Comando da Guarda Nacional. Mas a primeira informação que encontramos sobre constituição deste corpo militar no município é de fevereiro de 1873, no mesmo jornal Diário de Minas, informando que José Antônio Pereira fora nomeado Major Ajudante de Ordens.
Segundo Sérgio Buarque de Holanda[1], não há fundamento para a ideia de que “a Guarda Nacional foi sempre uma tropa de elite”. Entre outros argumentos, ele ressalta a aceitação de escravos libertos e lembra que “todos os brasileiros, sem distinção de raça” podiam fazer parte da organização e que foi a “Guarda Nacional a primeira corporação oficial que fez cessar expressamente a distinção racial”.
O grande historiador lembra que a Guarda Nacional brasileira foi criada segundo modelo da francesa, reorganizada pela lei daquele país de 22 de março de 1831. O primeiro desfile da nossa Guarda Nacional ocorreu no dia 2 de dezembro de 1832, no aniversário de D. Pedro II.
Para Holanda, num segundo momento – de 1850 A 1888 – a GN passou por um “início da aristocratização dos seus quadros dirigentes”, tornando-se “milícia eleiçoeira”, ou seja, uma “força de oficiais sem soldados”. É neste período que ela é organizada em Leopoldina e em municípios vizinhos.
A então considerada milícia cidadã passou a ter seus membros nomeados pelos governos provinciais e os oficiais se tornaram contribuintes de um reforço no orçamento público, já que, para entrar em exercício, tinham que pagar o “imposto do selo e das patentes”.
Sérgio Buarque de Holanda declara que, na terceira fase, a Guarda Nacional foi sendo absorvida pelo Exército Brasileiro “até seu total desaparecimento em 1922”.
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[1] HOLANDA, Sérgio Buarque de (Org.). História Geral da Civilização Brasileira. São Paulo: Difel, 1985 Tomo II O Brasil Monárquico v. 4 p. 284, 282, 285 e 274
Olá Nilza!
Você tem mais informações acerca da Guarda Nacional em Leopoldina? Meu bisavô foi o tenente Laurindo Pereira Taveira no 423 Batalhão de Infantaria, e meu tio bisavô foi o capitão José Taveira em Conceição da Boa Vista. Eu já estive aqui procurando informações acerca deles no seu site.
Nesse jornal encontrei a relação das brigadas de Leopoldina em 1901, estão no final da página 4 e na página 5.
http://biblioteca.in.gov.br/web/guest/pesquisa?p_p_id=com_liferay_portal_search_web_search_results_portlet_SearchResultsPortlet_INSTANCE_xHpQvTWgIGX0&p_p_lifecycle=0&p_p_state=maximized&p_p_mode=view&_com_liferay_portal_search_web_search_results_portlet_SearchResultsPortlet_INSTANCE_xHpQvTWgIGX0_mvcPath=%2Fview_content.jsp&_com_liferay_portal_search_web_search_results_portlet_SearchResultsPortlet_INSTANCE_xHpQvTWgIGX0_redirect=%2Fpesquisa%3Fq%3D%2522Jos%25C3%25A9%2520Pereira%2520Taveira%2522&_com_liferay_portal_search_web_search_results_portlet_SearchResultsPortlet_INSTANCE_xHpQvTWgIGX0_assetEntryId=1997684&_com_liferay_portal_search_web_search_results_portlet_SearchResultsPortlet_INSTANCE_xHpQvTWgIGX0_type=document
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Olá, Ulisses. Não tenho informação sobre os nomes citados. Sobre a Guarda Nacional em Leopoldina, conheço uma coleção de informações sobre o século XIX que é o meu recorte temporal. A maioria foi copiada de imprensa periódica e de literatura. Quando procurei fontes específicas, nada encontrei.
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