A apreensão do território mineiro nos relatos de Auguste de Saint- Hilaire: uma leitura relacional

Artigo de Itamara Silveira Soalheiro publicado na Revista Eletrônica Cadernos de História, vol. V, ano 3, n.º 1. Abril de 2008.

Resumo
O presente artigo tem por objetivo discutir o conceito de território numa perspectiva relacional interligando-o com os relatos do naturalista Auguste de Saint-Hilaire, que construiu importantes observações sobre o Brasil oitocentista, principalmente sobre a Província de Minas Gerais. Os relatos de Saint-Hilaire marcam um momento importante de formação do território brasileiro, por isso teve-se a intenção de partir da leitura sistemática de suas observações para buscar perceber as características relacionais daquele território em formação.

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Itapiruçu

No século XIX o município de Leopoldina se estendia por território bem mais amplo do que o atual, incluindo distritos como o de Itapiruçu. Hoje estamos relembrando um texto publicado sobre a localidade.

Segundo Joaquim Ribeiro Costa, em Toponímia de Minas Gerais (Editora Itatiaia Ltda, 1993, Belo Horizonte, MG, página 262), Itapiruçu significa “a grande pedra elevada ou empinada”, resultado da aglutinação de “itá-apira”, ou pedra empinada e “açu”, grande. O “distrito policial de Tapirussú” conforme consta em sua lei de criação pertencia ao município de Leopoldina e permaneceria com as “actuaes divisas”. Ou seja, em 1883 já existia um povoado com o nome de Tapirussú.