A Terceira Geração

Philipp Dietz III

Nasceu no dia 31 de março de 1854 em Petrópolis, RJ.

Casou-se por volta de 1889, em Tebas, distrito de Leopoldina, MG, onde faleceu no dia 18 de janeiro de 1895 e foi sepultado.

A casa onde residia foi vendida pela viúva para o cunhado Julius, que veio a falecer no ano seguinte.

Em 1897 faleceu o filho mais novo, na casa de seu tio José Fontoura Rodrigues. Desconhecemos a trajetória da viúva e do filho Julius II. É provável que ambos tenham sido também vítimas da epidemia que ceifou outras vidas na família Dietz.

Anna Maria Magdalena Dietz

Nascida em Petrópolis no dia 05 de maio de 1858, aí faleceu aos 16 de fevereiro de 1863.

Julius Dietz

Dos filhos homens de Philipp Dietz II, Julius pode ter sido o de maior participação na vida econômica e social de Leopoldina.

Casou-se, em Leopoldina, no dia 20 de agosto de 1887. Não encontramos nascimento de filhos. Sua esposa tinha sido casada anteriormente e não há notícia de que tenha tido filhos. Após enviuvar, contraiu um terceiro matrimônio, do qual também não há notícia de descendentes.

Em 1893, Julius participou da Assembléia de Instalação da Sociedade Anonyma Arcádia Leopoldinense, cujas subscrições tinham por objetivo constituir uma companhia “no louvavel empenho de concorrer para a instrucção da mocidade”.

Em 1895 era Eleitor em Leopoldina. Neste ano, com a morte do irmão Philipp III, adquiriu a casa da cunhada. Foi proprietário de uma olaria em Tebas.

Faleceu aos 35 anos e meio, provavelmente vítima da epidemia que assolou o distrito de Tebas nos últimos anos do século XIX.

Jacob Dietz

Nasceu no dia 11 de feveiro de 1856 em Petrópolis, RJ.

Há muitos pontos em aberto sobre sua vida. No obituário publicado pelo jornal “O Sol”, Santos Dumont, 19 de março de 1939, cuja transcrição nos foi oferecida pelo pesquisador Luiz Mauro Andrade da Fonseca, consta:

“morreu, com a avançada idade de oitenta e quatro anos, após cruciante padecimento, em Santos Dumont, na madrugada de domingo último (12 de março).

Capitalista e proprietário. Nascido pobre, de origem humilde, Jacob Dittz, que era natural de Petrópolis, RJ, chegou a Santos Dumont aos idos das últimas décadas do século XIX, estabelecendo-se com ferraria. Daí até quase o findar de seus dias foi, sobretudo, o homem do trabalho.

E desde moço a sua bolsa esteve sempre aberta aos que dela necessitavam, cumprindo realçar as obras de caridade que praticou, a construção do Hospital de Misericórdia (fundado em 1904), que se no dr. Júlio Gurgel do Amaral teve o idealizador e mentor, em Jacob Dittz, o audacioso realizador: doou terrenos, subscreveu crescidas importâncias em dinheiro; deu tijolos, telhas, madeira, ferragens; foi administrador da obra; e na retina de seu contemporâneo desta época, bem nítida está gravada a figura esguia de Jacob Dittz, prumo ou colher à mão, trabalhando com os pedreiros, pedreiro ele mesmo.

Espírita, dirigia em 1914 o Centro Espírita Paz e Amor.

A Casa Jacob Dittz vendia louças, ferragens e artigos de cutelaria, e situava-se na praça Cesário Alvim defronte à Câmara, em 15 de novembro de 1925, sendo depois transferida para a Rua Antônio Ladeira, onde se encontra até hoje.

O Sr. Jacob Dittz, que era viúvo, deixa uma filha, Maria Dittz de Novais casada com o Sr. Guilherme de Novais e os filhos Jacob e Ernesto. Deixa vários netos, entre os quais o Sr. José Dittz, seu sucessor na antiga casa de ferragens de que era proprietário.”

Quando sua mãe faleceu em Tebas, em 1904, Jacob compareceu ao sepultamento. Em seguida levou seu pai para Santos Dumont, onde Philipp Dietz II veio a falecer em 1906.

Em 1911, Jacob foi nomeado Capitão Ajudante do 670º Batalhão de Infantaria de Santos Dumont.

Constança Maria Dietz

Nasceu em 1866, em Mar de Espanha, MG.

Casou-se em Leopoldina com o espanhol José Fontoura Rodrigues. Não teve filhos.

Viúva, passou a residir com uma de suas sobrinhas, no Largo do Rosário, em Leopoldina. Ao falecer, em 1957, residia na casa da sobrinha Alzira Dietz Tavares.

Johann Dietz

Mais um personagem da nossa história que depende de mais estudos.

Casou-se em 13 de setembro de 1890, em Leopoldina, com Josefina Maria Teixeira. A filha mais velha, Maria, nasceu e faleceu no distrito de Tebas. Não foi localizado o nascimento do segundo filho, Sebastião.

Transferiu-se para Faria Lemos onde ficou viúvo e casou-se pela segunda vez com Maria Amélia da Silva com quem teve os filhos Filipina (1906), Maria de Lourdes (1909), Venina (1911) e Mateus (1919). A memória familiar indica outros filhos de Johann, sem que se saiba se do primeiro ou segundo matrimônio: Regina, Tassília, Ana e José.

Há referências de provável migração para o sul do Espírito Santo, mais especificamente para São José do Calçado.

Pesquisas posteriores ao Encontro de 2010 trouxeram novas informações que indicam trajetória diferente para Johann Dietz. A atualização será publicada brevemente.
Guilhermina Dietz

Filha caçula de Philipp Dietz II e Philippina Katharina Deubert, Guilhermina nasceu no dia 18 de outubro de 1871 em Mar de Espanha, MG. Transferiu-se com a família para Leopoldina onde viveu por mais de 60 anos.

Casou-se antes de completar 17 anos, com um comerciante e proprietário de tropa de burros que atendia as redondezas. Ficou viúva aos 25 anos, em 1896, um mês depois da morte de seu irmão Julius, vítima da mesma febre amarela que tirou a vida de seu marido. Não sabemos se foi a mesma epidemia que teria causado a morte de seu irmão mais velho, Philipp III, em 1895, e do filho deste em 1897.

Do primeiro casamento ficaram-lhe 5 filhos pequenos, um dos quais parece ter falecido na mesma época do pai.

Em abril de 1898 contraiu segundo matrimônio com Carlos de Almeida, com o qual teve 9 filhos, sendo que 4 deles faleceram na primeira infância.

Carrito morava na vizinhança de Guilhermina, onde seus pais tinham uma pequena propriedade rural. Entre 1904, quando os pais de Carrito se transferiram de volta para Barbacena, e 1924, quando ele vendeu o resto da propriedade, o casal Guilhermina-Carrito atuou fortemente no suporte aos imigrantes que se estabeleceram na Colônia Agrícola da Constança. Permaneceram residindo na propriedade que Guilhermina herdara do primeiro marido.

Guilhermina foi madrinha de várias crianças que nasceram na redondeza. Pode ter sido parteira. Parece ter sido mulher bastante rígida e operosa. Além de produzir doces, biscoitos e bolos para vender, encarregava-se de preparar grande parte da alimentação oferecida por ocasião dos festejos da Capela de Santo Antônio, da Colônia, que foi construída em frente a sua casa. Carrito teria sido o artífice da construção da capela, para a qual contribuiu com trabalho e doações. Ao seu lado, Guilhermina trabalhava em várias frentes. Carrito prestava serviços para a ‘venda do Timbiras’, especialmente na matança de animais e venda da carne. Enquanto isso, Guilhermina supria a mesma ‘venda’ com a produção de sua cozinha e pomar.

Guilhermina e seu primeiro marido, Juscelino José Tavares, foram pais de: Afrânia c/c Severino José Machado; Erotides c/c Stela de Medeiros; Ruy, que parece ter falecido na infância; Maria c/c Antonio Germano Rodrigues; e, Alzira c/c Waldemar Tavares Medeiros. A esposa de Erotides e o marido de Alzira eram irmãos e prováveis parentes de Juscelino. Os maridos de Afrânia e Maria eram primos.

Do casamento com Carrito Guilhermina teve os filhos: Sebastião c/c Maria Magdalena, prima dos maridos de Afrânia e Maria; Elza c/c João Godinho Teixeira, ferroviário que se transferiu para o norte fluminense; Esther, falecida com 1 ano; Paulo c/c Otilia Martins Neto, parente de Carrito; Antonia, falecida aos 10 meses; Felipe, falecido aos 3 meses; José, falecido aos 6 meses; Gizelda, c/c Mario Malaquias de Souza e Vicente, c/c Iracema do Vale.

Guilhermina faleceu no dia 15 de julho de 1935 em Leopoldina e foi sepultada no Cemitério Nossa Senhora do Carmo.

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