Significado de Sobrenomes

Continuando com a série de questões frequentes nas mensagens de nossos leitores, hoje apresentamos um resumo sobre o Estudo da Origem e do Significado de Sobrenomes. Esclarecemos tratar-se de noções básicas com o objetivo auxiliar o início de um trabalho de pesquisa sobre o tema.
Em primeiro lugar queremos chamar a atenção para alguns termos.
– Onomástica é o ramo da Linguística que se refere ao estudo explicativo dos nomes próprios;
– Antroponímia é a divisão da Onomástica que estuda o significado dos nomes próprios;
– Etimologia é a parte da Gramática que trata da origem e formação das palavras.
Algumas pessoas se assustam quando encontram os termos acima e até mesmo desistem de prosseguir por julgarem tratar-se de alguma coisa muito complexa e inatingível. Ledo engano! Todos nós, que nos interessamos pelo estudo de nossas origens, em algum momento vamos entrar por este caminho. E podemos encontrar termos como os seguintes.
– Patronímico é o sobrenome derivado do nome do pai;
– Toponímico é o sobrenome que se refere a um local, à toponímia de um lugar, ou seja ao seu nome;
– Gentílico designa a Nação ou Estado a que pertence.
Há muitas obras publicadas sobre o assunto e inúmeros sites que o abordam. Cabe a cada um de nós escolher aquela fonte que passar pelo nossa crítica. Como aproximação do assunto, e considerando que estamos comemorando os 130 anos da Imigração Italiana em Leopoldina, vamos comentar o significado de alguns sobrenomes a partir do Dicionário dos Sobrenomes Italianos, de Ciro Mioranza, publicado pela Editora Escala de São Paulo. Nesta obra o autor retoma o contido em sua obra anterior – Filus Quondam, A Origem e o Significado dos Sobrenomes Italianos – publicada pela Editora São João de Guarulhos, SP.
Segundo Ciro Mioranza,
“prefixos e sufixos constituem a chave-mestra para entender os sobrenomes italianos e seu significado. Os prefixos são poucos. Os sufixos, porém, são muitos e se combinam e se aglutinam de todas as formas.”
Para não tornar cansativa esta exposição, destacamos alguns sufixos comuns em sobrenomes italianos, segundo este autor. A primeira forma é singular, seguida do plural.
– àccio, acci – aumentativo, pejorativo
– acco, acchi – diminutivo, indica local de origem
– ardo, ardi – onomástico, toponímico, diminutivo pejorativo
– engo, enghi – ressalta relação de parentesco
– eno, eni – noção de numeral, coletivo
– ente, enti – qualidade, profissão, gentílico
– oto, oti – étnico, gentílico das áreas meridionais
– tore, tori – profissão, arte e ofício, função
– trice, trici – feminino do anterior
No estudo dos sobrenomes, nós precisamos analisar a etimologia da palavra. É fundamental identificar o radical, os sufixos e prefixos. Só assim poderemos chegar ao significado.
Um exemplo: Gallo, segundo Ciro Mioranza, é proveniente
“do latim gallus, galo ou gaulês, ou seja, habitante da Gália. Gallus era sobrenome de prestígio na sociedade romana e se referia tanto à ave, como à etnia gaulesa. O sobrenome, portanto, pode indicar ‘oriundo da Gália’ como recordar os atributos do galo, a vigilância, a altivez, a sobranceria, o comando. Pode, ainda, ser uma referência ao habitante oriundo de uma das duas cidades ou de uma das várias povoações chamadas Gallo”.
Em Leopoldina este sobrenome aparece em descendentes de Pietro Gallo, procedente de Longare, Vicenza, Veneto. Ele passou ao Brasil em 1896 e foi contratado para trabalhar em fazenda de Além Paraíba, onde já viviam parentes seus. Posteriormente a família surge em fontes relativas a Providência, distrito de Leopoldina.
Pietro era casado com Corina di Lamassara com quem teve os filhos Giorgio, Guglielmo, Silvestre , Catterina, Maria e Angela. Esta última filha casou-se, no distrito de Providência, com Luigi Fermadi. Diferentemente da maioria dos filhos de italianos que usavam apenas o sobrenome paterno, como é comum na Itália, alguns filhos de Angela Gallo e Luigi Fermadi foram registrados com o sobrenome duplo: Gallo Fermadi.
Ainda não temos o significado dos dois outros sobrenomes mencionados neste texto, Lamassara e Fermadi, por não termos conseguido chegar ao original. Provavelmente são variações ortográficas. Talvez o primeiro seja “La Massaro”, sendo que “la” é o artigo feminino correspondente ao “a” em português. Massaro, segundo Mioranza, vem do latim massarius, derivado de massa, ou seja, latifúndio. O autor destaca que este sobrenome refere-se ao administrador ou feitor de uma grande propriedade agrícola, podendo também designar o colono que trabalha em tal propriedade. Uma outra possibilidade, ainda segundo Mioranza, é de que este sobrenome identifique o administrador de bens de uma comunidade, ou seja, “a massa” de bens da paróquia local, por exemplo.
Este texto foi enviado para uma professora de Leopoldina que nos consultou sobre o significado de alguns sobrenomes. Em seguida ela nos escreveu para declarar que não imaginava as múltiplas possibilidades oferecidas pelo projeto Conhecendo suas Raízes. Esta professora está pensando em ampliar o alcance para seus alunos do Ensino Médio, por acreditar que eles se sentirão mais estimulados para estudar Linguística. 
Nós nos sentimos recompensados ao perceber que nossos estudos sobre a Imigração em Leopoldina podem, finalmente, entrar na pauta das escolas. Sempre o dissemos e aqui repetimos: o passado da nossa cidade abre portas para o nosso futuro até por vertentes que não conseguimos perceber de imediato.

42 opiniões sobre “Significado de Sobrenomes”

  1. Ola pessoal, meu sobrenome é Righetti, estou indo a Itália no mês de maio ou junho, poderiam me informar se é o mesmo descendente da familia dos Righetto?
    O meu nome do meio é Agostino, tem alguma informação sobre?
    Desde ja Obrigado!

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    1. Olá Vinicius: é preciso saber quem foi o seu ancestral italiano para saber se há vínculo com a família que estudamos. Na fase da Grande Imigração vieram muitos usuários do sobrenome para o Brasil e nem todos eram da mesma família.

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  2. Ola gostaria de saber a respeito de meu parentes, meu falecido avo elias zotti era casado com herondina de almeida zotti, o meu bisavo pai de meu avo chamava-se miguel zotti e era casado com beatriz carnet, gostaria de informações dos meus bisavos de onde vieram.

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  3. Olá, estou a procura de informação sobre a família Sotti, Soti, Sotte, Sote que hoje está na região de Simonésia. Gostaria de saber se tem registro de quais foram os imigrantes que saíram de Leopoldina e foram para lá pra eu tentar começar uma procura por meus ancestrais. Qualquer informação me será muito bem vinda e desde já agradeço.

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    1. Olá Hudson: aqui mesmo no blog vc encontrará postagens sobre o tema. De todo modo, diga-me os nomes das pessoas que procura para que eu possa fazer uma busca no banco de dados.

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    1. Olá Esposti
      Estudei apenas os Righetto que viveram em Leopoldina, Minas Gerais. A família procedia de Camponogara, Venezia, Veneto. Não sei se há relação de parentesco com os seus.

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    1. Olá Deise: estudei basicamente os sobrenomes de origem italiana encontrados em Leopoldina entre o final do século XIX e os primeiros anos do seguinte.

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  4. Pode ser sim que tenham ido para Leopoldina e Mar de Espanha posteriormente, pois sei que há alguns parentes Vitral por parte do irmão de Fernando que nasceram em Mar de Espanha ou Leopoldina, sendo que alguns atualmente residem em Juiz de Fora ou no Estado do Rio de Janeiro. Muito obrigada pela resposta!

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  5. Olá Beatriz: não encontrei referências aos Vitral/Vitrali em Leopoldina, dentro do período que estudei. Talvez eles tenham se transferido para lá em data posterior. Sei apenas que alguns usuários do sobrenome viveram em Santo Antônio do Aventureiro antes de 1920.

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  6. Olá! Estou procurando informações e origem do pai de meu bisavô materno, que se chamava Fernando Vitral. Ele e o irmão eram imigrantes italianos. Pelo que soube, viveram em Leopoldina e Mar de Espanha. No caso de meu bisavô, Annibal Vitral, ele foi para São João del Rei, onde conheceu e casou-se com minha bisavó, permanecendo por muitos anos lá, antes de se mudarem com os filhos para São Paulo. Gostaria, portanto, de saber se há algum registro sobre Fernando Vitral em Leopoldina, assim como saber de que parte da Itália ele era.Se puder me ajudar, agradeço-lhe. Qualquer orientação é bem-vinda para minha pesquisa.Grata pela atenção.M. Beatriz de Carvalho Galvãob.201061@yahoo.com.br

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  7. Olá ElaineParece-me que o Giovanni Cagliari que você procura é outro. Eu só investiguei o que viveu em Leopoldina na última década do século XIX. Entre vários homônimos que localizei no Brasil, dois passaram por Santa Catarina. Ainda não tenho informações de origem.

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  8. Saiba, Angélica, que ficamos muito felizes em saber que nosso trabalho foi útil. Este é o nosso objetivo: divulgar nossas pesquisas para que outros conheçam a trajetória dos imigrantes que viveram em Leopoldina e ajudar a quem delas precise.

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  9. ola Nilza , mais uma vez parabens pelo seu otimo trabalho , sou sua admiradora !!!! E gostaria com muito prazer de te dar a noticia que consegui minha tao sonhada cidadania italiana , pelo meu avo GIUSEPPE ZOTTI , filho de DOMENICO ZOTTI , hoje com muito orgulho sou uma italiana , e gostaria de compartilhaar com vc esta alegria , e agradecer a todos vcs pelo lindo trabalho , e nao esquecendo que as meninas do cartorio de leopoldina , tambem merecem muito respeito , pela seriedade com que fazem o trabalho delas , entao parabens tambem a vc , pelas preciosas informaçoes contidas neste site , e as pessoas que trabalham no cartorio de leopoldina , muito obrigado , cada informaçao postada aqui por vc , é como ouro para nos , que amamos esta linda historia da imigraçao italiana . angelica zotti

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  10. Para a pessoa que procura pelos Cagliari que passaram por Leopoldina: por favor, informe seu e-mail para que possamos trocar informações. Seus dois últimos comentários vieram como 'anônimo' e preciso de dados adicionais sobre a sua questão.

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  11. Bom,a esse ponto as peças começam a se encaixar. Vou continuar a busca e caso consiga os resultados que espero, volto a me comunicar com voces.Mais uma vez obrigada por tudo.

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  12. Agradeço de verdade pela atençao e gentileza nas respostas. Me dirigi a voces porque na certidao de òbito da minha bisavò tambèm nao vem especificado o lugar aonde ela nasceu. Tinha a esperança de conseguir encontrar algo em Leopoldina mas pelo jeito pareçe que minhas buscas nao estao produzindo resultados. Achei algo em Santa Catarina sobre um certo Giovanni Cagliari que foi para Leopoldina, mas se ai tambèm passou o Giovanni/Joao Calgaro o Callegalo, posso pensar que se trata da mesma pessoa, ou seja, do meu bisavô?

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  13. Obrigada. Nosso objetivo é facilitar as buscas dos descendentes que se encontram longe da cidade de Leopoldina. Mas nem sempre temos as respostas procuradas. É o caso da origem de Francesca Todeschini. A família ficou pouco tempo em Leopoldina e nos poucos registros encontrados consta apenas que era italiana.

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  14. Queria elogiar o trabalho de voces porque atravès desse site consegui obter muitas informaçoes respeito a minha ascendencia.Posso perguntar a procedencia da Francisca Todeschini?

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  15. Sim,o marido se chama Giovanni Callegari e entre os filhos estao Carlo Callegari e Antonio Callegari. Nao sei dizer ao certo a data em que teriam passado ao Brasil. Sei somente que meu avò, Antonio Callegari, è do 1883, cerca.

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  16. Olà estou procurando alguma noticia sobre minha bisavò Francesca Todeschini que no Brasil foi alterado para Francisca Tudeschini. Gostaria de saber se ela passou por Leopoldina.

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  17. Olá: se os seus ascendentes passaram por Leopoldina, envie nomes e época para que seja possível fazer uma busca no banco de dados. Muitas vezes encontramos sobrenomes semelhantes mas que não guardam relação entre si, sendo necessário identificar o genearca para prosseguir nas buscas.

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  18. Então meu sobrenome é Rigueto, que segundo algumas pesquisas que andei fazendo possui a mesma descendencia do sobrenome do Riguete, mais eu queria me informar melhor sobre ele , se alguem puder me ajudar… Pelo o q minha avó paterna me informou o sobrenome na Italia é Righetto mais devido a Imigração foi tomando formas diferentes tais como Rigueto, Riguetto, Riguete , entre outros … se alguem puder me da uma ajuda ai pois eu gostaria de saber um pouco mais a respeito dele

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  19. Segundo Ciro Mioranza, Martinelli vem de Martino / Martini, do latim Martinus, sendo uma dedicação a Marte, o deus da guerra. O sufixo "ello / elli" é um dos diminutivos de maior incidência nos nomes e sobrenomes italianos

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  20. Angelika: em primeiro lugar, obrigada pelas palavras gentis. Nosso objetivo é justamente ajudar os descendentes dos imigrantes a recuperarem a história de suas famílias.Encontramos alguns grupos cujos sobrenomes trazem bastante dificuldade. No caso de seu interesse, são os Zotti, Sotti, Socci e Locci. Do que apuramos, os Zotti chegaram pelo vapor Washington, em 1888. No manifesto não há informação sobre origem. Foram para Leopoldina e depois de 1917 migraram para "a mata", termo que eles utilizavam para se referir à região onde se expandia a Estrada de Ferro, a partir de Carangola e até Manhuaçu. Mais tarde vamos encontrá-los em Simonésia, já com o sobrenome bastante modificado.Montamos os grupos familiares de Domenico e Pietro Zotti e passamos a buscar informes na Itália. Ficamos sabendo que o sobrenome é bastante incidente na Campania, província de Benevento e também na Puglia, província de Bari. Infelizmente, porém, não conseguimos encontrá-los em Liste di Leva, o que nos permitiria prosseguir em busca do comune de origem.Ainda em 1888 chegaram os Sotti que foram para Rio Preto, Minas Gerais. Nada conseguimos apurar sobre eles e parece que descendentes também migraram para a região de Governador Valadares.Em 1894 chegaram outros Sotti que se instalaram, inicialmente, em São João Nepomuceno. Procediam de Offagna, Ancona, Marche.Em 1897 chegaram os Locci, procedentes de San Vito, Cagliari, Sardegna. Alguns se instalaram em Leopoldina e região. Descendentes tiveram o sobrenome alterado para Socci, Soque, Zoque e outras variações. Também da região de Governador Valadares recebemos consultas de descendentes. É outro caso em que nada conseguimos localizar em Liste di Leva.

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  21. Olá. Sou bisneta de Giuseppe Zotti, que no Brasil ficou sendo conhecido como José Sotti, filho de Domenico Zotti que no Brasil ficou sendo sendo Domingos Sotti.Tive muita dificuldade nas minhas buscas por esse motivo. Não conseguia achar a certidão de nascimento do meu bisavô, na Itália ,com o sobrenome Sotti.Eu gostaria de receber informaçoes de Domenico Zotti e Giuseppe Zotti. Pode ser que vc até mesmo nem consiga com esses nomes porque em Simonésia todos os registros deles estão como José Sotti e Domingos Sotti.Gostaria de saber se em algumas das suas informações falam de onde eles eram na Itália e em qual navio eles vieram.Muito obrigado. Ah! E tinha me esquecido: eu só consegui descobrir essa diferença de nomes quando entrei no blog Imigrantes em Leopoldina e lá consegui encontrar essa informaçao de que a família de Domenico Zotti tinha migrado para Simonésia. Como eu já tinha todos os registros de Simonésia de Domingos Sotti , me aprofundei e consegui confirmar que era a mesma pessoa graças ao trabalho de vcs!!Muito obrigada.Um grande abraço,Angelika Sott Freitas

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  22. ola!! sou bisneta de pasqualle righetto, e gostaria de receber mais informaçoes sobre a familia righeto , meu email é ANGELIKA28@HOTMAIL.FR MUITO OBRIGADO AH!! E PERTENçO TAMBEM A FAMILIA ZOTTI SENDO QUE A FILHA DE PASQUALLE RIGHETTO SE CAZOU COM UM HOMEM DA FAMILIA ZOTTI SE FOR POSSIVEL RECEBER INFORMAçOES DAS DUAS FAMILIAS GOSTARIA MUITO!! E GOSTARIA DE PARABENIZAR VCS PELO TAO BOM TRABALHO DE VCS NAS PESQUIZAS .MUITO OBRIGADO ESPERO ANCIOSA A RESPOSTA !!!!!!!!

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  23. Carmela: seu sobrenome não é citado por Ciro Mioranza nem por Eduardo Coen. Para o primeiro autor, o sufixo ola é diminutivo instrumental, indicando profissão ou ofício e Lucco é gentílico por referência a Lucca, na Toscana. Mioranza informa que Luco vem do latim lucus e significa bosque. Portanto, Luciola seria um pequeno trabalhador do bosque.

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  24. Obrigada pelo comentário, José. É possível que seu antepassado tenha parentesco com Pasquale Righetto que veio a primeira vez ao Brasil em 1888 e foi contratado para trabalhar em Leopoldina. Voltou à Itália, transferindo-se definitivamente para Leopoldina em 1895. Nos documentos relativos às duas viagens, consta que a família era de Camponogara.

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  25. Sou descendente do sobrenome RIGHETTO, eo que vcs postaram procede, pois meu bisavo chegou ao Brasil em 1891 e em 1903 casou-se, mas nos registros e tanto na certidão de casamento afirmava ser proveniente de Veneza. Disto surgiram muitas dificuldades e limitações para encontrar o registro de nascimento do mesmo. Através de muitas pesquisas descobrimos que sua familia residiu em alguns vilarejos próximos de Veneza em torno de 15 a 20 Km. Foram encontrados irmãos dele batizados em SANTA MARIA DE SALA, MIRANO, em CALTANIA,SCALTENIGO, CAMPOCRUCE e por fim ele foi batizado em CAMPONOGARA

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