Gênio dos Puris

Monolito gigante adormecido

Que desde priscas eras seculares

Jaz ao solo preso, convertido

Em atalaia sagrada d’estes lares.

 

Sobre teu dorso, Pedra, em tempo ido,

Veloz a jacutinga abriu os ares

Rumando além para o sertão perdido.

O Puri arisco os lindos mares.

 

De tuas selvas intérminas e densas

Correu dominador os seus arcanos,

Rei e senhor de florações extensas.

 

Testemunhaste sempre nossa sina

Através das idades e dos anos

Que és hoje o coração de Leopoldina!

 

Soneto de Barroso Júnior dedicado à Pedra do Cruzeiro, Leopoldina, Minas Gerais. Publicado na Revista Eu Sei Tudo de Abril de 1932, ano 15, nr 11, página 14.

 

 

Um pensamento em “Gênio dos Puris”

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