Monolito gigante adormecido
Que desde priscas eras seculares
Jaz ao solo preso, convertido
Em atalaia sagrada d’estes lares.
Sobre teu dorso, Pedra, em tempo ido,
Veloz a jacutinga abriu os ares
Rumando além para o sertão perdido.
O Puri arisco os lindos mares.
De tuas selvas intérminas e densas
Correu dominador os seus arcanos,
Rei e senhor de florações extensas.
Testemunhaste sempre nossa sina
Através das idades e dos anos
Que és hoje o coração de Leopoldina!
Soneto de Barroso Júnior dedicado à Pedra do Cruzeiro, Leopoldina, Minas Gerais. Publicado na Revista Eu Sei Tudo de Abril de 1932, ano 15, nr 11, página 14.
30/4/15
Que lindo soneto!
Muito obrigada pela delicadeza.
Atenciosamente,
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