Italianos em Miraí, Muriaé e Palma

Muitas vezes encontramos informações que nos remetem aos municípios vizinhos, seja porque o imigrante foi contratado inicialmente por um fazendeiro daquelas cidades ou, no caso inverso, porque a família saiu de Leopoldina para trabalhar em outros lugares. De todo modo, é impossível circunscrever nossas buscas ao limite territorial de Leopoldina.

Agrupamos os imigrantes sobre os quais descobrimos passagem por Miraí, Muriaé ou Palma, com vistas a analisar sua trajetória. Descobrimos que nosso foco deveria centrar-se em antigos distritos. Para melhor situar nossos leitores, informamos a seguir os nomes das localidades na época, com os respectivos fazendeiros contratantes:

  • Banco Verde: Assis Fernandes, Francisco Teodoro Macedo, Gabriel Arcângelo da Silva, Theodoro Alves de Souza e Venâncio Alves da Silva

  • Bom Jesus da Cachoeira Alegre e São Sebastião da Cachoeira Alegre: Eudóxia Augusta Carmelo, Jeremias de Araújo Freitas, João Augusto Rodrigues Caldas, Joaquim Hilário Teixeira, José Januário Rabello, José Machado, Raymundo Correia do Espírito Santo e Xisto Jorge dos Santos

  • Cisneiros: Antonio Balbino Resende

  • Morro Alto: Barão de Monte Alto, José Antônio Alves Oliveira e Miguel Caputo

Além destes locais, Dores da Vitória, distrito de Miraí, aparece em várias fontes sem identificação do fazendeiro contratante.

Outro ponto que guiou a categorização do grupo foi a chegada ao Brasil. Descobrimos as seguintes datas de desembarque e vapores que os trouxeram:

Em 1895:

  • 31 de outubro, vapor Sempione

  • 18 de dezembro, vapor Arno

Em 1896:

  • 03 de janeiro, vapor Rosario

  • 13 de março, vapor Concordia

  • 21 de março, vapor Matteo Bruzzo

  • 05 de abril, vapor Colombo

  • 19 de junho, vapor Montevideo

Em 1897, outra viagem do vapor Rosario que aportou no Rio de Janeiro em abril.

Além das famílias que passaram por Leopoldina, estes vapores trouxeram outros imigrantes que seguiram para os mesmos lugares. Por não temos estudados todos eles, não podemos afirmar que a grafia original do sobrenome corresponda à que encontramos nos registros da Hospedaria Horta Barbosa. A relação a seguir serve, portanto, apenas como primeira informação.

Aggio Aldighieri Alti Andreini Anghietti Arcangeli Arvenghi
Baldazzi Baldi Baldiserotto Balleon Baratella Barbi Barbini
Bazzeggio Bellato Belletto Berardi Bergamini Bernardi Bertinazzi
Boarati Boeri Boldrin Bonfigioli Borile Boscariol Braga
Buontempi Burato Busasca
Carpanese Casagrande Casarin Cassina Cassis Cavalli Cesario
Cesati Chilese Cogo Cortese Curiani
Ermi
De Rosso Dedin Dian Doro Drudi Duse
Facca Faccio Faggionato Felippe Ferri Filippini Fiviani
Gamba Gambati Gatto Grava Guerra
Locatelli Lusti
Maccadanza Maffialetti Maggiolo

Malotto

Maltoni Mamponin Mancini
Mantovan Marzano Marzin Masega Mattioli Mazzuccato Melisen
Mesilon Michieletti Migani Meloni Milani Monfardini Moscardo
Muzzioli
Nati Nicolini Noris
Ottaviani
Paltrinieri Pandin Pareschi Parosi Pasin Patuzzo Pavan
Pezzetini Piccioni Piccolo Pironi Pistore Pozzolo Presti
Ricci Rincini Riz Ruffato
Sabadin Sadocca Salvatico Salviato Santinelli Savoretti Signorelli
Sotterina Suman
Tambo Tangheri Terzi Testa Tinti Tisiot Tittonei
Tonello Topa Tramarin Trapolli Travellin
Vacchi Vandi Vani Vezzole Villa Vio
Zambon Zardetto Zordan

54 opiniões sobre “Italianos em Miraí, Muriaé e Palma”

  1. Olá, procuro informações da familia CERIBELLI que morou na região de Boa Família.O italiano Pachual Ceribelli e sua esposa Madalena Ceribelli ( sobrenome de nascimento dela Laviola ). Eles tiveram 11 filhos, sendo os localizados no cartorio em Muriaé Carmelita, Maria, Conceição, Salvador, Geralda, Argentina, Helena, Elvira e Madalena.

    Porém, o José Pascoal Ceribelli , nascido em 1908 não foi localizado.

    Descobrimos a pouco que também foi localizado do outro filho deles Pascoal Ceribelli Filho por uma pessoa que fez a cidadania através dele. Porém, quando ligamos no mesmo cartório a moça falou que não tinha esse registro.

    Só falta essa certidão do José Pascoal ceribelli para finalizarmos nosso processo.

    encontramos somente a 2° via da certidão dele em Santo expedito. Precisamos localizar a 1° via que é onde o pai é declarante na certidão. E a primeira foi feita em Muriaé…

    agradeço desde já!

    Gostar

  2. Olá Nilza, parabéns pelo belo trabalho, infelizmente não temos nossa história preservada nas cidades. Busco informações sobre Frederico Petrillo, meu trisavô , que se estabeleceu, casou e teve filhos em Palma MG, mas infelizmente não consigo informações sobre a cidade que ele nasceu na Itália, porto de origem e data e local que chegou ao Brasil. Seria muito grato se pudesse me ajudar nessa busca. Obrigado.

    Gostar

    1. Olá, Marcelo. Obrigada pelo apoio.
      Não consegui acesso a fontes de Palma que permitissem estudar os imigrantes que lá viveram. Em alguns casos, pistas de origem estão nos batismos e casamentos religiosos do imigrante ou de seus filhos. Sugiro procurar os registros paroquiais.

      Gostar

    1. Olá, Juliana. Pesquiso apenas as antigas famílias de Leopoldina. Entre elas há Toledos provenientes de São Manoel do Pomba e do Presídio de São João Batista, que não parecem ter vínculo de parentesco. Dada a ligação mais frequente de São Paulo do Muriaé com o Presídio de São João Batista, sugiro pesquisar por lá.

      Gostar

  3. Olá
    Vc teria informações sobre D’aldoci? Pelo que eu sei ficavam em barao do monte alto.

    Essas embarcações vieram de que lugar da Itália? Vc sabe?

    Gostar

  4. Olá Nilza,
    Primeiramente gostaria de parabenizar-lá pelo trabalho, está ajudando muito em entendermos a história da nossa família.
    Sou descendente do Silvestro Nati que acredito que seja a família Nati de referência do seu trabalho. Para mapear todos os registros da família ainda me falta encontrar os registros de nascimento e batismo do Pietro Nati, por volta de 1902, e Adolpho Nati, por volta de 1906. Por acaso a família aparece em mais alguma referência além da Hospedaria de Juiz de Fora? Poderia compartilhar o que mais existe sobre os Nati no banco de dados que vocês possuem?

    Muito obrigado!

    Gostar

    1. Obrigada pelo apoio, Beatriz. Meu interesse pelos Natti surgiu por conta de Giuseppe e seu filho Antonio que saíram da então Hospedaria Provincial, em Juiz de Fora, com destino a uma fazenda do distrito de Providência. Eles chegaram pelo vapor Matteo Bruzzo em outubro de 1897 e viajaram a convite de Domenico Ricciardelli que viera no ano anterior. Não encontrei referência aos Natti no município de Leopoldina. Já entre os passageiros que chegaram em junho de 1896, pelo vapor Montevideo, encontrei a família de Silvestro Nati que foi para o município de Palma. Pedi algumas buscas naquele município e fui informada de que a família não ficou por lá.

      Gostar

      1. Nilza, Bom dia!
        Sobre a família de Silvestro Nati, realmente eles mudaram para o interior de São Paulo em 1908, encontrei até o Registro na hospedaria de São Paulo, eles foram de trem.
        Porém durante esse período que estiveram em Minas Gerais eu não consegui encontrar os registros, como esses dois registros não estão em Palma, acredito que talvez tenham ido para outra cidade de Minas. Sei que eles pegaram o trem em Antônio Carlos. Não sei se fazia sentido sair de Palma e pegar o trem em Antônio Carlos.

        Você tem a informação de até que ano ficaram em Palma?

        Muito Obrigado

        Gostar

      2. Olá, Beatriz. Não sei quando os Natti/Nati saíram de Palma e Leopoldina. Muitos imigrantes que chegaram na região não quiseram ficar. Foram diversas as causas da migração interna, inclusive a ida para Barbacena na expectativa de conseguir um lote na Colônia Rodrigo Silva. Antônio Carlos era distrito de Barbacena com outro nome. A estação de Antonio Carlos, distrito então denominado Sítio, era da Linha de Centro da Estrada de Ferro Dom Pedro II que se tornou a Estrada de Ferro Central do Brasil em 1889. Imigrantes foram para a zona da mata de trem e de lá saíram da mesma forma. Talvez valha a pena analisar as localidades do percurso.

        Gostar

  5. Olá, Alguma informação sobre a família Nerva? Estabeleceu-se em Muriáe – Boa família. a partir de 1890.
    O patriarca era Francisco Nerva (1851), filho de Estevam Nerva e Maria Nerva, teve 6 filhos na cidade com a brasileira Idalia Lizardo (1872).

    Gostar

      1. Tinha esperanças que tivesse alguma informação. Ele era um italiano guada-livros na época. Vou ver se encontro algo no acervo da diocese de Mariana. Obrigado e parabéns pelo blog.

        Gostar

  6. Boa tarde! Gostei bastante da matéria 😀 Estou procurando informações dos meus ancestrais. Devido ao falecimento da minha avó que não morava comigo, tivemos acesso a alguns documentos dela e descobrimos erro na sua certidão. Minha avó nascida em 1935 carrega o sobrenome Caçani, era de Cachoeira Alegre. Estou nessa busca para acerto do sobrenome.

    Gostar

    1. Olá, Ana Letícia. São comuns as divergências nos registros civis de eventos ocorridos na época. Mais corretos são os assentos paroquiais. Pelo sobrenome, pode ser uma família que teve membros residentes em Leopoldina da qual tenho informações até 1900. Informe a filiação de sua avó para que eu possa fazer uma busca.

      Gostar

      1. Boa tarde, Nilza! Desculpe a demora tive que pedir a documentação para uma tia. Pai Manoel Felipe de Almeida e Madalena Adelaide Caçani de Almeida.
        Vou para Itaperuna nessa semana e vou tentar passar pela região. Desde já agradeço pela atenção.

        Gostar

  7. Boa tarde.

    Estou buscando informações da família MOCCO. GOSTARIA DE ENCONTRAR OS NOMES NA RELAÇÃO DE BORDO OU HOSPEDARIA. CONSEGUI A RELAÇÃO DE DADOS ABAIXO, NO SITE DO APM (http://www.siaapm.cultura.mg.gov.br/). Não estou conseguindo avançar na pesquisa devido ao problema do flash player no site do APM.

    NOME: MOCCO FRANCESCO – 47 ANOS MOCCO
    SOBRENOME: MOCCO
    LIVRO: SA-920 PAG.: 45
    DATA 03/04/1897 (DATA DE ENTRADA NA HOSPEDARIA)
    NACIONALIDADE: ITALIANA
    DEPENDENTES MOCCO DEFENZA – 44 ANOS – MULHER
    MOCCO GIOVANNI – 18 ANOS – FILHO
    MOCCO CHIARA – 13 ANOS – FILHA
    MOCCO EMANUELE – 10 ANOS – FILHO
    EMBARCAÇÃO: ROSARIO
    MICROFILME: ROLO 04

    Gostar

  8. Estou procurando por CARLO PERINI, da ITÁLIA, entrou no BRASIL em 13/03/1896, veio no vapor CONCORDIA, teria a lista de imigrantes deste vapor ou outras informações???

    Aguardo,

    Gostar

  9. Olá!
    Tenho uma informação que pode acrescentar em suas pesquisas.
    Meu trisavô, família SALVINI, chegou no Brasil em 1896 e deu entrada na hospedaria de Juiz de Fora no dia 15 de Fevereiro de 1896. A Família foi contratada para trabalhar em Cisneiros, distrito de Palma, pelo fazendeiro Firmo de Araújo.
    Essas informações constam no arquivo público mineiro, localização: SA. 884, pag. 108.
    Espero ter contribuído um pouco com sua pesquisa.
    Parabéns pelo trabalho!

    Gostar

      1. Na sua postagem tem a informação da chegada do Vapor Arno em Dezembro de 1896. Em minhas buscas não consegui encontrar o registro e a lista de bordo dessa chegada, sabe me dizer se essas informações estão disponíveis online?

        Gostar

  10. Boa tarde!
    Procuro pelos antepassados da família da minha esposa.
    Segundo relatos da família vieram da Itália,não sabemos de qual região e o ano
    Mas viveram em Mirai – MG nos anos 1900 aproximadamente

    João Benedito Tacão 1912/1974
    Elidia Marcelina Sinigalia

    José Tacão
    Clotilde Tacão

    José Ramiro Sinigalia
    Amabia Sinigalia

    Gostar

  11. Boa noite !
    Por interesse em adquirir cidadania Italiana, gostaria de informação se possível for, sobre meu bisavô italiano Francisco Antonio Thomazzi, não obtendo no Cartório de Miraí-MG.
    Agradeço a atenção,
    Luiz Miguel Faria

    Gostar

  12. Olá boa tarde!
    Tenho uma informação á ser acrescentada na sua pesquisa.
    Meu bisavô, família GARAVELLI chegou ao Brasil no ano de 1896, e deu entrada na Hospedaria em J.Fora, dia 20/05/1896. A família havia sido contratada para trabalhar em Cisneiro, Palma, pelo fazendeiro,
    Coronel Firmo Pereira de Araújo. E saíram da hospedaria em 25/05/1896, conforme consta no Arquivo Público Mineiro, localização : Sa. 902, pag 67
    Eles chegaram no Vapor Attivittá.
    O objetivo da informação é só para acrescentar em suas informações.
    Espero ter ajudado.
    Att,
    Fabiana

    Gostar

    1. Obrigada, Fabiana. Por oportuno, pergunto: Giuseppe Garavelli e Antonio Garavelli, que vieram pelo Attività em 1896, eram parentes do Alessandro que chegou sozinho em 1891? Embora Giuseppe e Antonio fossem de Ravenna, você tem informação de que seriam parentes dos Garavello de Verona que chegaram em 1895 e foram para Leopoldina?

      Gostar

      1. Olá!
        Meu Deus, hoje, que fazendo uma nova busca, vi que vc me havia me respondido. Perdão, infelizmente, eu não tenho essa informação que vc me perguntou. Porém vc me deu uma nova informação, eu ainda não tinha conseguido identificar, de qual cidade eles vieram, apenas o poto de partida do vapor, que no caso foi Genova. Essa origem em Ravenna de Giuseppe e Antonio Garavelli é confirmada? Você poderia compartilhar comigo a fonte?
        Agradeço a atenção!
        Fabiana

        Gostar

      2. Fabiana: perguntei se eram parentes de outros usuários do sobrenome com base nos registros da Hospedaria Horta Barbosa. Só pesquisei, sem muito sucesso, o Domenico Garavello, que foi para Leopoldina. Embora pelo registro da imigração seria de Verona, pela Lista di Leva ele nasceu em Solesino, Padova.

        Gostar

  13. Prezados, meu bisavô Massimiliano Marconi e família veio para o Brasil contratado para trabalhar em Cisneiros, Palma. Depois mudou-se para onde hoje é o municipio de Macuco no estado do RJ, e depois para Trajano de Morais também no RJ onde veio a falecer em 1927.

    Gostar

      1. Olá Sr Renato. Sou Edimilson Cortez e bisneto do Massimilano Marconi. Estou levantando os dados das famílias e gostaria de obter mais dados dele e sua esposa Maria Magagna. Mru email é edicortez@gmail.com. Desde já agradeço! Saudações

        Gostar

Deixe um comentário